quarta-feira, dezembro 24, 2025

Brasil negligencia os acidentes de carros provocados por distúrbios do sono 

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Artigo “Brasil negligencia os acidentes de carros provocados por distúrbios do sono” por Sidnei Canhedo*

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com o instituto global World Sleep Society, mostram que problemas relacionados ao sono se transformaram em um desafio global que ameaça a qualidade de vida de cerca de 45% da população. Outro recente estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Chicago relata que a baixa qualidade do sono, apneia obstrutiva e trabalho em turno são fatores que podem acarretar no desenvolvimento de diabetes tipo 2. O sono pode matar de diversas formas. 

Além de estar associado ao risco de desenvolver doenças crônicas, quando há conexão entre ‘sono e voltante’, a tragédia se torna uma ameaça assustadora. De acordo um levantamento divulgado pela American Automobile Association for Traffic Safety, 21% dos acidentes fatais nos Estados Unidos são causados por sonolência. O mesmo estudo aponta que dirigir com sono por estar 24 horas sem dormir é o mesmo que estar alcoolizado com 0,1% BAC, sigla em inglês para ‘Conteúdo de Álcool no Sangue’. Este teor já está bem próximo de causar comprometimento físico, perda de julgamento, ter a visão turva, problemas com coordenação e equilíbrio e potencialmente, disforia. 

A gravidade desse drama é quase inquestionável, tanto que na mesma pesquisa realizada entre americanos, 94.8% dos respondentes afirmam que conduzir com sono é muito ou extremamente perigoso. Mas essa consciência parece ter funcionado como pressão apenas para os legisladores nos estados de Arkansas e New Jersey, onde essa irresponsabilidade de motoristas se tornou crime, nos mesmos moldes de beber embriagado. 

Quem saiu mesmo à frente foi a Europa, onde os parlamentares da União Europeia decidiram obrigar as montadoras a entregarem os novos veículos das fábricas com algum tipo de sistema de monitoramento de fadiga e sono instalados como padrão de medida de segurança. A nova lei começou a valer este ano de 2024 e faz parte do pacote de regulamentações do Euro NCAP (Programa Europeu de Segurança em Automóveis). 

Por lá, segundo o bloco europeu, cerca de 50% de todos os acidentes nos 27 países que compõem o grupo, estão relacionados a fadiga ou distração. A medida que obriga o uso de tecnologias de monitoramento de sono, juntamente com outros avanços do Euro NCAP, deverá, de acordo com as expectativas das autoridades, salvar mais de 25 mil vidas e evitar mais de 140 mil ferimentos graves até 20238.

E no Brasil? 

Segundo estudos da OMS o Brasil é o terceiro país com mais mortes no trânsito no planeta, tendo fechando 2022 com impressionantes 31.174 óbitos em suas ruas e estradas. Só fica atrás de Índia e China, com populações que ultrapassam 1.4 bilhão de habitantes, contra 203 milhões do Brasil. Há diversas facetas para esse drama, mas, certamente, a irresponsabilidade dos motoristas brasileiros é, notoriamente, um dos fatores principais para essa posição no ranking. 

Na outra ponta da responsabilidade estão governos, legisladores e autoridades policiais. São incapazes de promoverem campanhas constantes e eficazes sobre a importância de não dirigir após ingestão de medicamentos ou em situação de fadiga ou sonolência. Não criam leis capazes de coibir a impunidade e nem de obrigar as montadoras a implantarem câmeras de detecção de fadiga como fez a Europa. Simplesmente não há esse debate no Brasil. 

Há tecnologias de eficiência comprovada que podem emitir um alerta salvador ao motorista de que é hora de parar para descanso, caso esteja só, ou entregar o volante a um colega que esteja em condições seguras para guiar. Na Europa esse sistema passa a ser padrão assim como ocorreu com o airbag. 

Em um ano eleitoral em que escolheremos os executivos e legisladores municipais, responsáveis por tornar a vida nas cidades mais justa e segura, é preciso incluir na pauta de debates sobre gestão de trânsito o sono como fator de risco importantíssimo. Assim como foi com o airbag e o cinto de segurança, não é necessário o convencimento da opinião pública. Bastam algumas ações efetivas, como estão fazendo os europeus. A tecnologia está disponível para prevenir acidentes, é preciso apenas de boa vontade política que tenha como prioridade a preservação de vidas. 

*Sidnei Canhedo é mestre em Saúde Ambiental e gestor da Optalert, biotech australiana, líder mundial em tecnologia de controle de fadigas. scanhedo@optalert.com 

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Fiat revela nova linha de Ducato, Doblò e Scudo

A Fiat Profissional acaba de anunciar a mais recente renovação da sua linha de veículos comerciais, incluindo os modelos Ducato, Doblò e Scudo para o ano de 2024. Este lançamento introduz novos motores elétricos, um design renovado e soluções para atender às necessidades dos profissionais modernos e do segmento de veículos recreativos.

O Ducato, um modelo da Fiat desde 1981, passou por uma transformação significativa. O novo E-Ducato, desenvolvido internamente, ganha maior autonomia elétrica, que supera a versão anterior em mais de 30%. Equipado com uma bateria de 110 kWh, o E-Ducato oferece uma autonomia de até 424 km no ciclo WLTP, com uma redução de preço de 25%.

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Além disso, uma inovação é introduzida tanto na versão elétrica quanto na diesel do Ducato: o banco “Eat&Work”, projetado para otimizar o espaço e oferecer conveniência para profissionais em movimento.

O Doblò é reinventado com foco na conectividade e na tecnologia de infoentretenimento, transformando-se na oficina móvel definitiva para profissionais. A nova versão BEV do Doblò agora oferece uma autonomia de mais de 340 km no ciclo WLTP e capacidade de carga rápida, enquanto mantém sua flexibilidade e espaço interno, características que sempre definiram este modelo.

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O novo Scudo combina compacidade com espaço interno generoso. A versão E-Scudo, com seu motor 100% elétrico, por certo, oferece a melhor autonomia da sua classe, de até 352 km no ciclo misto WLTP.

Com mais de um século de tradição no setor de veículos comerciais, a Fiat Profissional continua a inovar, certamente, oferecendo soluções sustentáveis e eficientes. A nova linha de modelos Ducato, Doblò e Scudo é um compromisso da marca em fornecer veículos a fim de atender às necessidades dos profissionais. Além disso, contribuir para um futuro mais sustentável.

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Futuro das estradas: o avanço do hidrogênio em veículos comerciais e de passeio

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Futuro das estradas: conheça neste artigo os estágios atuais do desenvolvimento de veículos movidos.

Por Eustáquio Sirolli*

A nova alternativa energética — hidrogênio — em uso veicular traz um interessante leque de possibilidades. Cada alternativa tem suas especificidades e vantagens inerentes ao uso e atendimentos operacionais.

Caminhões

A forma mais difundida até agora é o uso de tanques atrás da cabine com hidrogênio a 350 bar. A Hyundai com seu caminhão XCIENT tem a vanguarda no tema, tendo rodados na Suíça uma frota de quase 50 caminhões de distribuição por mais de 4 milhões de km. Uma abordagem no mercado americano motivou a empresa a desenvolver caminhões da classe 8 e na configuração trator (cavalo mecânico).

Outra abordagem nesse segmento foi a Daimler Truck que aposta na versão sLH2, subcooled liquid H₂, sendo o hidrogênio líquido sob pressão (16 bar) que merece uma abordagem futura. Com essa solução, a Daimler Truck montou no veículo GenH2 os dois tanques criogênicos no mesmo local dos de diesel sem grande impacto no layout do veículo e ofereceu uma massa de 40 kg de hidrogênio por tanque, totalizando 80 kg e atingiu uma autonomia de mais de 1.000 km!

Ônibus

Esse é o produto com maior foco de descarbonização preponderante no uso urbano. O Brasil, por meio de um projeto da Marcopolo, com parceiros, construiu um protótipo e três veículos pré-série. Eles rodaram no ABCD paulista. O objetivo foi atender a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos). Os tanques montados foram abastecidos com hidrogênio gasoso a 350 bar e a autonomia era de 14/15 kg de hidrogênio para cada 100 km.

A capacidade dos tanques montados no teto dos ônibus era de 32–35 kg, permitindo um rodar diário seguro. Atualmente, existe ônibus com consumo de 6,25 kg de hidrogênio para rodar os mesmos 100 km, uma otimização super relevante!

Um tema a refletir, como adequar os ônibus rodoviários? Creio que aqui o hidrogênio criogênico deverá ser uma alternativa a ser intensamente estudada, pois no teto a massa dos tanques podem elevar demais o centro de gravidade dos ônibus rodoviários, tornando a condução insegura e se forem alocados nos porta-malas reduzirão o espaço de bagagens.

Automóveis

Para ponderar nesse universo vale a pena tomar como referência o Toyota — Mirai — veículo a hidrogênio com célula a combustível. Ele está equipado com 3 cilindros com fibra de carbono, que totalizam aproximadamente 140 litros, que comportam 5,6 kg de hidrogênio, pressão de 700 bar, e fornecem segundo Guiness Book uma autonomia de 1.360 km conforme teste feito na Califórnia, rodando em trecho urbano e rodoviário.

O tanque de gasolina do Toyota Corolla é de 60 litros, assumindo um consumo médio de 10 km/litro a autonomia seria de 600 km! Reflexão, para empacotar os tanques de hidrogênio o volume ocupado é mais que o dobro da gasolina, ou seja, um desafio de engenharia para deixar o Mirai com poucos sacrifícios na ocupação de espaços de conforto e operacionais, porta-malas, por exemplo!

Quais alternativas seriam possíveis, uma primeira reduzindo os tanques de hidrogênio para deixar o Mirai com a mesma autonomia do carro a gasolina, com isso os tanques de hidrogênio poderiam ser reduzidos para algo em torno de 70 litros e autonomia de 650 km, pura conjectura!

Uma alternativa seria o uso de hidrogênio criogênico que poderia ocupar um tanque de 40 litros para a autonomia de 650 km, mas ainda é uma alternativa em estudo. A tecnologia madura é abastecer com hidrogênio gasoso a 700 bar.

Aqui parece que em caminhões pesados de longa distância o hidrogênio criogênico deva ser a solução simplificadora.

Concluindo, o hidrogênio e a célula a combustível, aparecem no “palco tecnológico” como protagonistas a serem pesquisados e com base em soluções factíveis na tecnologia, custos e logística serem implementadas passo a passo.

É um novo mundo energético!
Eustáquio Sirolli
Engenheiro Eustáquio Sirolli

*Eustáquio Sirolli é engenheiro, com de mais de 47 anos de atuação na indústria automobilística. São 39 anos na Mercedes-Benz do Brasil, onde chegou ao cargo de gerente de Marketing do Produto e depois de Treinamento. Além de oito anos como diretor de Engenharia da Foton caminhões. Graduado em Engenharia de Produção e Automobilística pela FEI, fez MBA em Automotive Business pela FGV e mestrado em Ciência dos Materiais pelo IPEN/USP. Além disso, está focando no estudo sobre hidrogênio em aplicações veiculares.

 

Produção do ônibus elétrico e-Volksbus começará no segundo semestre desde ano

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Os operadores de transporte público de passageiros vão poder contar com mais um fabricante de ônibus elétricos urbanos. A Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) anunciou que iniciará a produção de seu primeiro ônibus elétrico, o e-Volksbus, já no segundo semestre de 2024.

Com a chegada da marca, que já tem tradição no fornecimento de chassis de ônibus urbano a diesel (4.490 unidades emplacadas em 2023), o Brasil passará a contar com seis fabricantes: BYD, Marcopolo Attivi Integral, Mercedes-Benz, Eletra e Higer.

O segmento de ônibus elétrico urbano é um que tem mais chances de prosperar no Brasil. Como já ocorre em São Paulo, há tendência de surgirem legislações municipais para tornar o obrigatório a eletromobilidade no transporte público urbano. Além disso, devido às questões ambientais, há maior disponibilidade de recursos financeiros, seja dos cofres públicos ou linhas de créditos de financiamentos nacionais e internacionais com juros subsidiados.

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e-Volksbus by Engenharia brasileira

O veículo, que está em fase de desenvolvimento no centro mundial de engenharia da empresa, localizado em Resende (RJ), representa um marco importante na trajetória da VWCO rumo à eletromobilidade. O e-Volksbus incorpora o conhecimento adquirido pela companhia ao longo de cinco anos de experiência com o e-Delivery, o primeiro caminhão elétrico desenvolvido integralmente no Brasil.

Os dois veículos compartilham tecnologias e componentes, uma estratégia que visa otimizar o desempenho e a durabilidade dos modelos em condições severas de operação, características comuns no Brasil.

Rodrigo Chaves, vice-presidente de Engenharia da Volkswagen Caminhões e Ônibus, destacou a importância do novo passo dado pela empresa. “Estamos avançando na eletromobilidade urbana. Após testes bem-sucedidos com nosso chassi elétrico e o e-Delivery, estamos prontos para começar a produção do e-Volksbus, um avanço significativo para adaptar nosso processo produtivo a essa nova realidade.”

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Com capacidade de 22 toneladas e autonomia de até 250 km, o modelo é projetado para carregamentos noturnos, visando maximizar sua produtividade. Além disso, o ônibus elétrico apresenta características como sistema de frenagem regenerativa, a fim de aumentar a autonomia da bateria. Além disso, diminui o desgaste dos freios, e o sistema Eco-Drive Mode, que otimiza o consumo de energia.

Entre as facilidades, o modelo oferece proteção contra inundações. Além disso, está equipado com sistema de ajoelhamento e suspensão pneumática integral, garantindo maior acessibilidade e conforto aos passageiros. Ainda em fase de protótipo, o e-Volksbus utiliza, por fim, uma arquitetura modular exclusiva. Dessa forma, possibilita a produção de diferentes tamanhos de ônibus elétricos, desde micro-ônibus de nove metros até superarticulados de 23 metros.

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Curso Presencial: Gestão Estratégica de Transporte – Capacite-se para o Futuro!

A Fabet-SP anuncia com entusiasmo que estão abertas as inscrições para o curso presencial “Gestão Estratégica de Transporte, 1ª Edição de 2024”. Este curso inovador é projetado para profissionais que buscam aprimorar suas habilidades em planejamento, operacionalização e gerenciamento de frotas de veículos.

Com um foco claro na capacitação de alto nível, o curso Gestão Estratégica de Transporte abordará temas essenciais para o entendimento completo do setor de transportes. Os participantes irão mergulhar em estratégias de otimização de custos, mantendo sempre o compromisso com a segurança, a qualidade do serviço e a satisfação do cliente.

O gerenciamento eficaz de transporte é mais do que apenas uma habilidade – é uma necessidade crítica para o sucesso de qualquer operação logística. Através deste curso, os profissionais serão equipados com conhecimentos atualizados e práticas recomendadas do mercado para enfrentar os desafios contemporâneos da gestão de transporte.

Não perca esta oportunidade única de desenvolver competências que irão diferenciá-lo no mercado. Inscreva-se já e dê o próximo passo na sua carreira profissional!

Gestão Estratégica de Transporte
Inscrições abertas

Sobre a Fabet

A Fabet (Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte) é uma instituição que leva educação, treinamento e desenvolvimento para quem faz do meio de transporte o seu meio de vida. A instituição possuí programas e atividades pedagógicas para conduzir passo a passo todo o profissional da área – empresários, motoristas e embarcadores, rumo a um caminho mais eficiente, seguro e inteligente na operação do transporte de cargas secas, líquidas, perigosas, indivisíveis, passageiros,construção civil e mineração.

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Recentemente, foi concluído com sucesso o 1º módulo do curso de Gestão em Segurança no Transporte de Cargas na Fabet-SP. O evento reuniu 41 participantes de 24 empresas, incluindo transportadoras e embarcadores, provenientes das mais diversas regiões do Brasil.

As empresas participantes merecem reconhecimento especial. A Fabet agradece às seguintes organizações por seu comprometimento com a segurança e eficiência no transporte:

Nitro, Transportadora Ouro Verde, Rio Transportes, Tropical Transportes Ipiranga, Cita Transportes Ltda., Citrosuco, Crossatti e Paiva Assessoria, Consultoria e Treinamentos EuroChem Brasil, Fadel Transportes e Logística Ltda., G2L Logística, Transportadora Garbuio, Iblogistics, Ipiranga, Ivoglo Transporte de Combustíveis, JD Cocenzo Transportes, Menegazzo Ambev, PRA LOG Rentals – Serviço de Transporte, Rodowall Transporte Rodoviário, Kothe S.A., Transportes Santa Maria, Transparaná Transportando Soluções, Tassi Transportes e Vibra.

Conclusão do 1º Módulo do Curso de Gestão em Segurança no Transporte de Cargas na Fabet-SP

Facchini inova com lançamento de semirreboque graneleiro em inox

As transportadoras G10 e Transpanorama foram as primeiras compradoras do mais recente lançamento da Facchini: semirreboque Graneleiro 4 Eixos em inox. Este lançamento atende, especialmente, o transporte de materiais corrosivos, graças à sua estrutura que promete não apenas estética superior, mas também uma durabilidade maior.

O novo semirreboque da Facchini vem em três configurações de tamanho: 13,5 metros, 14 metros e 14,5 metros. O destaque do projeto é a caixa de carga em aço inoxidável, acompanhada de tampas em Aluplast com revestimento em alumínio, que não apenas embelezam o implemento, mas também contribuem para a redução do seu peso e aumento na sua vida útil.

Claudio Adamuccio e Valdecir Adamuccio. Foto: Transpanorama-Divulgação

Valdecir Adamuccio, diretor comercial de ambas as empresas, ressalta os benefícios que o novo semirreboque traz, enfatizando a maior durabilidade e resistência, essenciais para o transporte seguro e eficiente de cargas corrosivas. O design cuidadoso e as tecnologias empregadas não apenas melhoram a prestação de serviços aos clientes, mas também reforçam o compromisso com a qualidade e segurança no transporte.

Além da estrutura em aço inoxidável, o semirreboque da Facchini inclui outras inovações, como a vedação completa das tampas para evitar vazamentos, fixação interna das cintas para maior segurança, e um sistema de trava do quarto eixo que reduz o desgaste dos pneus e aumenta a segurança.

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Grupo G10

Fundado no ano 2000, o Grupo G10 emergiu da colaboração entre empresários visionários do setor de transportes no Brasil. O grupo revolucionou o setor por meio da implementação de veículos bitrem. Ademais, com adoção de práticas de gestão avançadas, marcando sua liderança em tecnologia e sistemas de gestão de transporte de cargas.

Detentor das certificações ISO 9001 e SASSMAQ, o Grupo G10 atua em diversas áreas. Sobretudo, incluindo o transporte de grãos, e-commerce, líquidos, alimentos, produtos industrializados e defensivos agrícolas, sempre visando parcerias duradouras e logística eficiente. O compromisso com a sustentabilidade é um pilar central, orientando todas as iniciativas do grupo em busca de um impacto positivo social, ambiental e econômico.

Transpanorama

Desde sua fundação em 1986, a Transpanorama tem se destacado no setor de transporte brasileiro. Certamente, iniciando com o transporte de produtos hortifrutigranjeiros e madeiras nos estados de São Paulo e Mato Grosso, respectivamente. Em 1996, a empresa redirecionou seu foco para o transporte especializado de grãos. Por certo, a partir de Maringá, adaptando-se à demanda dos clientes e marcando o início de uma fase de expansão significativa.

Com a fundação do G10 em 2000 e a diversificação para o transporte de granéis líquidos e produtos industrializados, a Transpanorama consolidou sua posição como líder no setor. Inovações como o desenvolvimento do caminhão 8×2 em parceria com a Scania em 2015. Além disso, o lançamento do curso “Florescer, Formando para o Trabalho” evidenciam seu compromisso com a evolução constante. Hoje, com mais de 30 anos de atuação, a Transpanorama orgulha-se de estar entre as 10 maiores frotas do Brasil.

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Mercedes-Benz Trucks Classic: como o caminhão Daimler de 1899 moldou o futuro do transporte

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A terceira versão do primeiro caminhão do mundo de 1896 faz parte da Mercedes-Benz Trucks Classic Collection. Este é o caminhão Daimler de 1899 com acionamento cardã, construído pela Daimler-Motoren-Gesellschaft, Cannstatt.

O caminhão, que na época ainda funcionava com gasolina da farmácia, havia sido acionado, inicialmente, três anos antes em Cannstatt. O carro em si tinha apenas 13 anos na época.

Carros e caminhões eram extremamente raros nas estradas naquela época. As carruagens puxadas por cavalos continuaram a ser utilizadas para o transporte de pessoas e mercadorias, especialmente nas cidades. O transporte de carga em longas distâncias, no entanto, era feito por trem ou navio.

Segundo o registro feito no ‘Livro da Comissão’ de 11 de março de 1899, o caminhão cardã Daimler de 1899 foi entregue à “Obra Municipal de Água de Stuttgart”, onde serviu lealmente entre 1899 e 1923.

Daimler de 1899
Foto tirada na passagem subterrânea perto da estação ferroviária de Cannstatt

Foto tirada na passagem subterrânea perto da estação ferroviária de Cannstatt nos leva de volta àquela época: na frente, em um táxi aberto, está o motorista com um trabalhador parado na parte de trás da plataforma. Ao lado dele está um enorme torno dispositivo para cortar tubos e fios — naquela época, as ferramentas essenciais para colocar canos de água, que eram em sua maioria feitos de metal.

Após 24 anos, a Stuttgart Water Works substituiu o caminhão por um modelo mais recente. Ele o devolveu à Daimler-Motoren-Gesellschaft em 1923. Na época, já passou a fazer parte do acervo do museu.

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À medida que os bombardeios se intensificaram em Untertürkheim em 1944, por certo, parte da coleção do museu foi transferida para Dresden.

Durante a subsequente ocupação da Alemanha, ademais, nos anos anteriores à reunificação, todas as tentativas de devolver o veículo a Stuttgart falharam.

Daimler de 1899
Os caminhões Mercedes-Benz atuais possuem modernos sistemas de freios. Mas, veja como era há 125 anos

Foi somente quando o Muro de Berlim caiu, em 1989, que a Daimler-Benz AG, como era então conhecida, conseguiu chegar a um acordo com o Estado Livre da Saxônia em 1991, após dois anos de negociações para devolver 16 veículos históricos, incluindo o cardã Daimler.

O caminhão de 1899, para o museu após 63 anos. Como parte da cisão da Daimler Truck AG, o veículo foi transferido para o inventário da Mercedes-Benz Trucks Classic, onde é alojado e cuidado seguramente desde então.

Visualmente, o caminhão cardã Daimler de 1899 se assemelha a uma carruagem puxada por cavalos sem mastro. Por certo, uma grande porta elevatória sobre rodas de madeira com motor de combustão.

Apenas três anos após a entrega do primeiro caminhão, já se desenvolveu significativamente a sua tecnologia. Certamente, até hoje é relevante nas suas características básicas.

Ao contrário do primeiro e do segundo, não se instalava mais a tração do caminhão cardã Daimler 1899 na parte traseira. Assim como, na estrutura do veículo sob a cabine. Isso se mostrou impraticável ao carregar pela parte traseira. Sobretudo, colocou-se na frente do veículo, sobre o eixo dianteiro.

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Agora dirigia-se o caminhão por meio de uma caixa de direção em vez de correntes. A transmissão de força por meio de pinhões na roda, certamente, antecipou o moderno eixo de redução do cubo planetário.

As características que eram o que havia de mais moderno em 1899 incluíam o resfriamento eficiente do motor por meio de um radiador tubular e freios que atuam nas duas rodas traseiras, bem como na caixa de redução. Ter freios apenas no eixo traseiro continuaria sendo comum por muitos anos.

No folheto de vendas da época, por certo, oferecia-se o caminhão cardã Daimler de 1899 com “motor de 2 ou 4 cilindros”. Agora também com “ignição elétrica”.

A produção desses veículos comerciais e de entrega variava de 4, 6, 8, 10 a 12 cavalos de potência. Os veículos, ademais, receberam capacidades de carga útil de 1.550, 2.500, 3.750 e 5.000 quilogramas. “As rodas estão equipadas com pneus de ferro”, lê-se na descrição. Nos paralelepípedos comuns na época, o barulho era enorme.

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Asteca Hinomoto investe em frota própria com mais 15 caminhões MB

A Asteca Hinomoto, fabricante de produtos alimentícios e bebidas com 76 anos de tradição no mercado, reforça a sua frota própria de distribuição com 15 novos caminhões Mercedes-Benz. A empresa, localizada em Presidente Prudente (SP). São dez unidades do modelo semipesado Atego 1719, três do Atego 2429 6×2, também semipesados, e dois cavalos mecânicos Actros 2548 6×2.

Com essa aquisição, a frota da empresa sobe para 120 veículos, dos quais 90% são da marca Mercedes-Benz. Segundo Nobuo Fukuhara, presidente da empresa, a escolha por veículos Mercedes-Benz vem de longa data. “Esta aquisição visa atender à expansão comercial e aumento da demanda por entregas, além de nos auxiliar na padronização e facilitação na aquisição de peças”, afirmou Fukuhara.

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A Asteca Hinomoto possui um vasto portfólio de produtos, com mais de 140 itens fabricados em sua unidade em Presidente Prudente. Entre as marcas produzidas estão Hinomoto, com variedades de shoyo e missô, Asteca e Kirin (molhos), San Vito (massas), além de bebidas sob as marcas Asteca e Vodka Ascov.

Este reforço na frota vem do relacionamento de mais de cinco décadas entre a Asteca Hinomoto e a concessionária Aoki, localizada em Regente Feijó (SP). Jefferson Ferrarez, vice-presidente de Vendas, Marketing e Peças & Serviços Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil, destaca a importância deste relacionamento. “O expressivo uso de nossa marca na frota da Asteca Hinomoto e o atendimento contínuo do concessionário Aoki evidenciam a força de nosso relacionamento com esta empresa”.

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Outras notícias

>> A Gestran, uma empresa de soluções tecnológicas para o setor de transporte e logística, dá um passo ao integrar Elcio Rosa, um experiente engenheiro de software com 18 anos de carreira no setor, como sócio e diretor de Produtos e Tecnologia. Rosa, conhecido por seu envolvimento direto e prático, traz para a Gestran uma rica experiência adquirida em empresas de renome como Manhattan, Kuehne-Nagel, Praxio e Repom/Edenred.

Com este movimento, a Gestran, que já atende grandes clientes como Ambev, Cocamar e Festval, planeja intensificar o desenvolvimento. Ademais, com a aplicação de inteligência artificial na gestão de frotas e logística. Rosa propõe um plano de ação em cinco etapas, focando na ampliação do uso de IA, renovação tecnológica, expansão de produtos baseados em pautas ESG, melhoria dos indicadores de gestão por meio da tecnologia, e adoção de novos meios de pagamento. Este reforço na equipe promete transformar a gestão de transportes, elevando a Gestran a novos patamares de inovação e sustentabilidade.

>> A Bauko, empresa de distribuição e locação de máquinas e equipamentos de construção e terraplanagem, tornou-se revenda autorizada de pneus Michelin.

>> Carlos Tanaka, fundador da PostalGow, destaca a logística reversa, a fim de ser uma solução essencial para o problema dos resíduos eletrônicos. Sobretudo, promovendo a sustentabilidade ao reintegrar produtos descartados na cadeia produtiva. Esta abordagem, sobretudo, reduz a contaminação ambiental. Além disso, conserva recursos naturais, exigindo a colaboração entre empresas e consumidores para efetivar a coleta e reciclagem de dispositivos antigos. Em 2023, a PostalGow teve um de crescimento de 60%. E empresa possui capacidade instalada para atender até 300 mil solicitações mensais de retirada de equipamentos. O armazém central utilizado atende a 25 mil pallets e, por fim, com a capacidade de recondicionamento chega a até 70 mil equipamentos por mês.

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Abastecendo Mais que Carros: a nova visão da Ipiranga para a mobilidade brasileira

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Recentemente, a Ipiranga, distribuidora de combustíveis, deu um passo em direção ao futuro, reformulando completamente sua marca e propósito. Com o slogan “Abastecer a Vida em Movimento”, a empresa expandiu seu território para além dos combustíveis, adentrando o amplo universo da mobilidade. Esse movimento estratégico visa acompanhar os brasileiros em todas as suas jornadas, seja a pé, de carro ou bicicleta.

Os postos Ipiranga receberam uma nova identidade visual, abraçando cores mais vivas e recursos materiais sustentáveis.

A nova face da Ipiranga também se fez presente nas pistas de corrida, com os carros e uniformes da equipe Ipiranga Racing na Stock Car exibindo a atualizada identidade da marca. Um dos destaques dessa renovação foi o lançamento da linha de combustíveis aditivados IPIMAX, prometendo aos consumidores a qualidade já reconhecida da Ipiranga com um desempenho ainda superior.

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A nova identidade e, sobretudo, o compromisso renovado com a mobilidade geraram um impacto considerável na mídia, alcançando mais de 13 milhões de pessoas em diversas reportagens de jornais, revistas e portais, como o Frota News. Essa visibilidade contribuiu para a conquista de 25 premiações nacionais e internacionais, reafirmando o sucesso da estratégia adotada pela empresa.

Atualmente, mais de 800 postos já operam sob a nova marca, e a expectativa é que esse número chegue a 2.000 até o fim de 2024. A nova imagem tem se mostrado benéfica não apenas em termos de reconhecimento de marca, mas também no desempenho comercial dos postos. Segundo pesquisas, aqueles que adotaram a nova identidade visual registra, por fim, um aumento de aproximadamente 2 pontos percentuais em volume de vendas em comparação com os que ainda não fizeram a transição.

A linha IPIMAX, ademais, capturou rapidamente a atenção dos consumidores brasileiros, com 8 em cada 10 pessoas reconhecendo a marca no último trimestre de 2023. Além disso, as buscas pelo termo “Ipimax” no Google cresceram impressionantes 243%, culminando em um recorde de participação no mix de produtos da empresa no final do mesmo ano.

FICHA TÉCNICA

Cliente: Ipiranga
CEO Ipiranga: Leonardo Linden
VP de Marketing e Desenvolvimento de Negócios Ipiranga: Bárbara Miranda
Diretora de Marketing: Rafaella Gobara
Gerente de Comunicação e Marketing: Fernanda Menezes

Equipe Técnica: Eric Mizuno, Fernanda Nunes, Thays Pereira, Beatriz Jorge, Nicole Ferraz, Flávia Oliveira, Joana Grottera, Carolinne Duarte, Emily Luizetto, Débora Conti, Débora Amado, Cleide Motta, Anna Carolina Saldanha

Agência: Talent
Anunciante: Ipiranga Produtos de Petróleo
Produto: Institucional
Campanha: Completa pra mim

Título: Olodum, Magal e Promo
CEO: Lica Bueno
CCO: Gustavo Victorino
ECDs: Ana Cavalcanti e Danilo Janjacomo
Diretores de Criação: Camila Miyamura e Lui Lima
Criação: Rodrigo Casanovas, Rafael Santos
Negócios: Carol Escorel, Bianca Bizello, Fernanda Faria, Alice Savioli, Wey Borges

Estratégia: Gabriela Soares, Danilo Honorato Campos, Alexandre Dória, Tiago Reis, Gisele Lacerda Mídia: Vitor Kamada, Gabriel Asencio Figueiredo, Julia Martinez, Sara Alves, Rogério Vasconcelos Diretor Executivo RTV: Victor Alloza Produtora RTV: Erika Sartini

Estagiária de Produção: Bordô Andrade Artbuyer: Daniele Sampaio Produção Gráfica: Ingo Santos, Matias Santos, Edson Santos Arte final: Carlos Locoselli, Daniel Camargo Revisora: Clariana Ganimi Retoque/tratamento de imagem: Hadolpho Correa Produtora Imagem Produtora: Barry Company Direção de cena: Laga Villanova Assistente de direção: Gustavo Gusmão Produção Executiva: Krysse Mello e Maria Fernanda Moura Atendimento: Daniela Silva e Carolina Teixeira Coordenador de produção: Paula Monteiro e Daiana Muller Direção de produção: Luciana Oppido Diretor de fotografia: Will Etchebehere Diretor de arte: Billy Castilho Produção de Elenco: Alice Wolfenson e Neto Avena Produtora de Figurino: Juliana Prysthon Pós-produção: Bussola Post Coordenador de Pós-Produção: Ale Cois e Sabrina Comar Montador: André Dias

Finalizador: Bruno Magosso
Color: Acauan

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Ipiranga lança diesel R5 exclusivamente para frotistas

Talentos: Olodum e Sidney Magal: People and Brands

Produtora Áudio Direção musical: Comando S Produção executiva: Serginho Rezende Mixagem e finalização: Equipe Comando S Atendimento: Elis Pedroso e Juliana Marchetti Locutor: Marco Antônio
Produção jingle Olodum: Elpido Bastos

Estúdio: Groove Estúdio
Produção jingle Magal: Caique Vandera

Estúdio: Roxy Studio
Licenciamento direitos músicas: Warner Chappell Music

Produção fotos:
Fotógrafo: Gustavo Lacerda Coordenadora de produção: Cristiane Regina Cirelli Produtora geral de set: Aline Mestre de Casa Assistente de fotografia: João Ricardo Leoci Assistente de fotografia: Raphael Jacomini
Assistente de fotografia: Sthefanny Capelos de Souza Retoque/tratamento de imagem: Studio Boreal

Agência: Mutato
CEO: Andre Passamani
COO: Décio Freitas
CMO: Daniel Cecconello
Diretora Geral/Executiva de Criação: Alessandra Muccillo
Diretores de Criaçāo Associados: Carol Freitas e João Selare
Redação: Carol Freitas, Maxuel Menezes, Alexandre Stamm e Beatriz Vaz
Direção de Arte: João Selare, André Cândido, Juliana Freire, Leonardo Waiss e Willian Cotô
Community Manager: Caroline Venco
Diretora Geral de Estratégia: Juliana Morganti
Supervisora de Planejamento: Silvia Chabes
Assistente de Planejamento: Vitor Correa
Diretora de insights: Izabella Demercian
Analista de Insights: Agatha Galdino
Diretora de Atendimento: Nagila Nunes
Atendimento: Nathalia Romeiro e Nayane Torres
Estagiária de Atendimento: Gabriela Santarelli
Diretora de Influência: Thais Mara
Influência: Carolina Guimarães, Vanessa Corazza, Thaynara Pio, Nathalia Gallasi e Tatiane Correia
Diretora Executiva de Produção Integrada: Renata Ruas
Produção: Thais Soares

Agência de Mídia: i-Cherry
Diretor Presidente: Adriano Nadalin
Diretor de Mídia e Negócios: Vinicius Nunes
Diretora de Mídia: Elyara Buest
Coordenadora de Estratégias Digitais: Ismênia Machado
Gerente AdTech: Aldo Tozzo
Supervisores de Estratégias Digitais: Renato Antunes dos Santos, Deyvid Sanches
Mídia: Leonardo Martins, Gabriel Mariano, Alessandro Pereira, Gabriel Bruning, Giovana Abrahim
Criação: Ana Minosso
Análise Web: Talita Sousa, Iris Oliveira, Felipe Antunes
Tecnologia: Felipe Mikos de Lara, Hamad Queiroz

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Caminhões versus automóveis: entenda os diferentes caminhos dos investimentos no Brasil

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Nos últimos meses, alguns fabricantes de automóveis de passeios divulgaram altos investimentos no Brasil, que já totalizam R$ 87,85 bilhões. Excelente. No entanto, alguns veículos de comunicação, inclusive especializados em economia (o mais importante chegou a estampar a manchete “Onda de investimentos exclui caminhões”), questionaram as fabricantes de caminhões e ônibus sobre investimentos.

O objetivo deste artigo é explicar que são indústrias diferentes e que estão em momentos diferentes, mesmo estando em um parecido “mesmo” setor, chamado de indústria automobilística e fazerem parte da mesma associação, a Anfavea .

Primeiramente, e de forma bastante simples, os investimentos anunciados pela General Motors South America, Volkswagen do Brasil, Renault, Nissan do Brasil, Stellantis South America e Toyota do Brasil são porque eles estão atrasados em tecnologias para a transição energética da mobilidade. Por isso, estão perdendo mercado para as marcas chinesas BYD Brasil, GWM Brasil e CAOA Chery, esta última, representada no Brasil pela brasileira CAOA. Portanto, esses bilhões anunciados são para recuperar o atraso e desenvolverem automóveis híbridos. As marcas tradicionais no Brasil só produzem, atualmente, veículos da economia que o mundo não quer mais. Agora, elas precisam mudar isso, ou, estarão fora do mercado. Os modelos elétricos e híbridos vendidos no Brasil são importados.

Os números mostram duas indústrias automotivas em mundos diferentes

investimentos
O universo do automóvel tem meta de vender uma unidade para cada brasileiro, se possível
investimentos
A indústria de caminhões e ônibus produzem ferramentas para mercadorias e pessoas chegarem em qualquer lugar para que pessoas tenha suprimentos e empregos

No caso de caminhões e ônibus, o mercado é outro. As fabricantes de caminhões não estão perdendo mercado, por enquanto, para as marcas chinesas. Em ônibus urbano, o sinal de alerta acendeu, tanto que a Mercedes-Benz Caminhões e Ônibus já lançou o seu modelo elétrico urbano, e no mercado de ônibus rodoviário, o risco continua na escala zero. São realidades diferentes.

Desde 2018, as marcas de veículos pesados já acumularam R$ 8,65 bilhões de investimentos anunciados. O ciclo de investimento de pesados encerra em 2025, pois foram para atender, principalmente, a legislação ambiental Proconve P8. Novos ciclos serão anunciados em breve.

Segundo a Anfavea, existem 25 marcas de automóveis associadas, considerando que algumas pertencem a um mesmo grupo, como no caso da Stellantis, que controla a Fiat, Jeep, Ram, Citroën e Peugeot, para citar apenas um exemplo. Além disso, há as marcas importadas e associadas a Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores). No caso de caminhões, são seis marcas. Em ônibus, também são seis marcas, com duas responsáveis por fornecer quase 70% da demanda dos transportadores de passageiros urbanos a partir do modelo padrão. E já há sete marcas adiantadas no processo de fabricação de ônibus urbanos elétricos, sendo duas de origem chinesa.

Ciclos diferentes

Os investimentos realizados pela Scania Brasil, Volvo do Brasil, Volkswagen Caminhões e Ônibus, Mercedes-Benz Caminhões e Ônibus e DAF Caminhões Brasil foram para modernizar os caminhões e ônibus em tecnologias de redução de emissões, segurança e conforto.

A realidade entre a indústria de automóveis e pesados é tão grande, que, os 10 automóveis mais vendidos no Brasil são os de menor valor de investimento pelo cliente, e os 10 caminhões mais vendidos são os de maior valor de investimento pelo cliente.

Os frotistas estão valorizando tecnologias, principalmente, de segurança e conforto para os motoristas. Hoje, para uma transportadora reter um bom motorista, ela precisa entregar uma boa ferramenta de trabalho.

Transição energética em pesados

Diferentemente dos automóveis, que tem a maior parte que pode ser substituída por transporte público, apenas uma parte é utilizada como ferramenta de trabalho, que são automóveis de frotas corporativas.

A indústria de caminhões e ônibus, quase 99% dos veículos são ferramentas de trabalho. Existem alguns casos de pessoas que compram para o lazer, como o caso do autor das músicas da Escola de Samba Beija Flor que comprou um MAN TGX porque gostavam de sair para as estradas para se inspirar. Há casos de donos de transportadoras que também compram cavalos mecânicos premium para usar como veículo de passeio, e, os casos de motorhome, entre outros. Mas não chega a 1% da produção.

No site do Frota News há dezenas de reportagens sobre empresas e iniciativas para a transição energética em transporte e logística, e os desafios são muito maiores. Para começar, a legislação que regula veículos de carga a partir de 3.500 kg é múltipla vezes mais complexas do que a que regula automóveis.

Além do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) pegar leve com os automóveis e pegar pesado com caminhões e ônibus, temos a Lei da Balança. Esta legislação confusa inviabiliza cavalos mecânicos elétricos. Os poucos caminhões pesados elétricos que vemos no Brasil, só podem transportar cargas leves, pois eles já transportam cerca de 3 toneladas de bateria sobre o eixo dianteiro, no caso dos cavalos mecânicos. Além disso, o setor de transporte de carga gasta energia para atender milhares de outras legislações da ANTT, Receita Federal, receitas estaduais, Ibama e outras complexas regulamentações múltiplas municipais etc. O transportador precisar ler ou pagar alguma consultoria para ler, diariamente, o Diário Oficial da União, e dos estados e municípios.

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E, para dificultar a vida do transportador, temos problemas de infraestrutura de energia. Afinal, o consumo de energia de um veículo pesado é muito superior em relação ao leve. Um carregador de energia elétrica para automóvel parte de R$ 7 mil e pode até ser comprado no Mercado Livre. Para caminhão, o investimento em uma estação de recarga elétrica parte de R$ 300 mil para uma frota de quatro unidades. Só que as frotas são grandes.

O dono de automóvel tem outras opções de mobilidade, como pegar um táxi, um carro de aplicativo, metrô e ônibus. Um transportador que precisa entregar 50 toneladas de carga não pode contar com essas alternativas.

Caminhão a gás e biodiesel

Existem centenas de postos no Brasil para abastecer automóveis a gás. Para caminhões, os primeiros estão sendo construídos. O tipo de bomba de abastecimento e o volume de gás são completamente diferentes.

Dois frotistas embarcadores (L’Oréal e PepsiCo) no Brasil que possuem caminhões Scania a gás e querem abastecê-los com biometano, estão fazendo investimentos por conta própria, com parceiros especializados, em postos de abastecimento próprios de gás biometano para caminhões.

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Outras empresas, como a Virtu GNL e Eneva vão utilizar 180 caminhões Scania movidos a gás natural liquefeito. Certamente, por ser no momento, a melhor tecnologia de energia sustentável disponível no Brasil para transporte rodoviário de longa distância. Mas já estão de olho no futuro para utilizarem também o biometano. Segundo a ABiogás, há mais de R$ 7 bilhões de investimentos em usinas de biogás em produção no Brasil, matéria-prima para o biometano.

No caso do biodiesel, a JBS, Amaggi, Catto Transportes, 3tentos estão provando a viabilidade do uso de 100% de biodiesel. Por certo, melhor opção ecológica do que o uso da mistura de biodiesel no diesel derivado de petróleo. O petróleo hoje é responsável pelos problemas climáticos e guerras no mundo. Transição energética é ficar independente de petróleo, ou, pelo menos, ter planejamento para isso.

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Para concluir, existe um abismo de propósitos entre indústria automotiva de automóveis e indústria automotiva de caminhões e ônibus.

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