O sistema de pedágio eletrônico Free Flow está em expansão no estado de São Paulo, com o objetivo de melhorar a fluidez do trânsito e reduzir congestionamentos. Pouco conhecido pelo público, o método dispensa cancelas e paradas obrigatórias, proporcionando assim, maior eficiência no deslocamento dos veículos. Aliás, para esclarecer dúvidas e apresentar a novidade ao setor de transportes, especialistas realizarão um seminário no próximo dia 20 de fevereiro na sede do FETCESP, na Vila Maria, em São Paulo. Mais informações o evento no final deste artigo.
Congestionamentos e impactos ambientais
Os pedágios tradicionais, embora essenciais para a manutenção das rodovias, também contribuem para retenções e engarrafamentos. No Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), administrado pela Ecovias, congestionamentos podem durar até oito horas em períodos de alto fluxo. Em 26 de dezembro de 2024, por exemplo, a concessionária registrou 50 km de engarrafamento na descida para a Baixada Santista e 29 km no sentido oposto. O tempo parado no trânsito não apenas prejudica a mobilidade, mas também aumenta o consumo de combustível e a emissão de gases poluentes.
Atualmente, São Paulo tem três pórticos de Free Flow, mas irão ampliar a implantação ao longo de 2025. No primeiro semestre, a concessionária CCR RIO-SP instalará 21 novos pontos na Grande São Paulo e, no segundo semestre, mais nove, incluindo sete no sentido litoral e dois no trecho norte do Rodoanel Mário Covas.
O sistema funciona por meio da identificação da placa do veículo ou de tags eletrônicas. O pagamento pode ser feito diretamente no site da concessionária responsável pelo trecho. Entretanto, a falta de conhecimento sobre o funcionamento da tecnologia tem levado muitos motoristas a serem multados por não quitarem a cobrança dentro do prazo.
Benefícios para o transporte rodoviário de cargas
Carlos Panzan, presidente da Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Estado de São Paulo (FETCESP), destaca que a tecnologia do Free Flow trará ganhos significativos para a logística, especialmente para o transporte rodoviário de cargas (TRC).
“O Free Flow sempre foi uma reivindicação do setor de transportes como uma forma de universalização do pedágio. A fluidez que ele possibilita colabora para o transporte de cargas cumprir prazos e auxilia na economia de outros gastos”, afirma Panzan.
O sistema não substituirá as praças tradicionais de pedágio, mas a previsão é que os responsáveis pela cobrança reduzam os valores nesses locais, ajustando-os ao uso eficaz das rodovias.
Para ampliar o conhecimento sobre o funcionamento do Free Flow e evitar penalizações indevidas, a FETCESP promoverá o ‘Seminário Free Flow – A Nova Modalidade do Pedágio Eletrônico’, destinado a profissionais e empresas do setor. O evento ocorrerá no dia 20 de fevereiro, na sede da entidade, em São Paulo.
“Estamos vivendo um grande avanço logístico, onde podemos reduzir o tempo de viagem, melhorar a entrega do frete e assegurar uma redução de custos operacionais, inclusive no consumo de diesel”, explica Panzan.
Confira a programação:
09h30: Credenciamento e Café de Boas-Vindas
10h00: Cerimônia de Abertura
10h30: Regulamentação do Sistema Free Flow
11h00: Free Flow e o Gerenciamento de Tráfego na Via Dutra
11h30: Cronograma de Aplicação em São Paulo
12h00: Meios de Pagamento no Sistema
12h30: Encerramento
13h00: Brunch
O evento acontecerá na Rua Orlando Monteiro, 21 – Vila Maria – São Paulo/SP, e as inscrições podem ser feitas por meio do formulário disponibilizado pela FETCESP.
Uma parceria entre a Bunge e a Martelli Transportes marca um avanço significativo na descarbonização do transporte rodoviário de cargas no Brasil. Aliás, neste mês, as empresas deram início a uma operação que utiliza biocombustível B100 em 10 caminhões da transportadora mato-grossense. Além disso, os veículos são abastecidos com biodiesel 100% renovável. Produzido a partir de óleo de soja na unidade de biodiesel da Bunge em Nova Mutum (MT).
A saber, a iniciativa prevê que os caminhões sejam dedicados exclusivamente ao transporte de farelo de soja entre a planta de Nova Mutum e o terminal TRO, em Rondonópolis (MT). O acordo entre as empresas tem duração de dois anos e envolve o transporte de aproximadamente 5 mil toneladas de farelo de soja por mês. Utilizando assim, cerca de 50 mil litros de B100 mensalmente.
O projeto, aprovado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), tem como objetivo coletar dados sobre rendimento, rentabilidade e desempenho ambiental do biocombustível. Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), o uso do B100 reduz em até 99% as emissões de CO2 em comparação ao diesel convencional.
Estratégia de descarbonização da Bunge
A Bunge tem investido na redução das emissões de carbono como parte de sua Política Global de Não Desmatamento e do seu programa de incentivo à agricultura regenerativa. A companhia estabeleceu metas baseadas na ciência e validadas pela Science Based Targets Initiative (SBTi). Aliás, que preveem uma redução de 25% nas emissões dos escopos 1 e 2 e de 12,3% nas emissões de escopo 3 até 2030, tendo como base o ano de 2020. Em 2023, a empresa já havia alcançado redução de 15,8% nas emissões de escopo 1 e 2 e de 10,6% nas emissões de escopo 3.
“A necessidade de descarbonização da economia coloca a agricultura no centro das soluções, com muitas oportunidades de negócio para grãos, oleaginosas e novas sementes. Combustíveis de fontes vegetais terão papel importante na transição energética, cujo sucesso depende de uma jornada coletiva. Por isso, a Bunge vem evoluindo em suas parcerias estratégicas tanto no setor logístico quanto nas demais áreas focadas na redução da emissão de gases poluentes”, afirma Charles Vieira, diretor sênior de Logística da Bunge.
O transporte rodoviário é o principal usuário de combustíveis fósseis no mundo e, no Brasil, representa cerca de 85% do modal utilizado no escoamento da produção de grãos. “A descarbonização do setor de transportes é um desafio que nos propomos a conquistar. E que se mostra possível com o apoio de nossos clientes e fornecedores. Esse é mais um capítulo da trajetória da empresa, que agora se direciona à adoção de medidas com maior impacto na busca pelo desenvolvimento sustentável”, comenta Genir Martelli, sócio-proprietário da Martelli Transportes.
Tecnologia Volvo para o B100
Para viabilizar a operação, a Martelli Transportes adquiriu 10 caminhões Volvo FH com um motor desenvolvido exclusivamente para rodar com 100% de biodiesel. A solução, disponível sob encomenda, é a única no mercado que permite ao transportador operar com diferentes proporções do biocombustível. A saber, variando do B14 (mistura padrão do diesel S10) até o B100 (biodiesel puro). “Temos o compromisso global de zerar as emissões de CO2 em nossos veículos até 2040. A oferta de caminhões compatíveis com B100 no Brasil é um dos avanços para atingir esse objetivo”, destaca Alcides Cavalcanti, diretor executivo da Volvo Caminhões.
A iniciativa da Bunge e da Martelli Transportes representa um passo significativo na busca por soluções sustentáveis para o transporte de cargas no Brasil. Certamente, demonstrando o potencial do biocombustível como alternativa viável na transição energética do setor.
O setor de transporte e logística no Brasil se prepara para um 2025 promissor, impulsionado por investimentos em infraestrutura e pelo aumento da demanda em segmentos estratégicos. Empresas como a TAFF Brasil e a GCF Transportes estão ampliando suas operações para acompanhar o crescimento do mercado.
TAFF Brasil: crescimento de 25% e ampliação da infraestrutura
A TAFF Brasil, uma das principais integradoras logísticas da cadeia fria de alimentos perecíveis, projeta um crescimento de 25% em 2025. A empresa registrou um aumento de 20% na movimentação de cargas em 2024, consolidando-se como um dos principais players do setor. No ano passado, foram transportadas mais de 12 milhões de toneladas de alimentos e realizadas 380 mil entregas, um salto significativo em relação a 2023.
Para sustentar essa expansão, a empresa investiu R$ 16 milhões nos últimos seis meses na ampliação de sua infraestrutura, incluindo dois novos galpões em Barueri (SP) e a ampliação da capacidade no Rio de Janeiro (RJ). No primeiro trimestre de 2025, estão previstas expansões em Contagem (MG) e Cuiabá (MT), reforçando sua presença nacional. Além disso, a companhia planeja inaugurar centros de distribuição nos três estados da região Sul, consolidando sua cobertura logística em todo o país.
“O mercado mudou e o comércio agora trabalha com previsão de vendas, reduzindo os estoques. Isso impulsiona a demanda por entregas fracionadas, nossa especialidade no transporte de alimentos congelados, resfriados e climatizados”, afirma Marcelo da Paixão, presidente da TAFF Brasil.
Atualmente, a TAFF Brasil atende a 1.483 cidades e 23,5 mil pontos de vendas, com 27 unidades espalhadas pelo Brasil. Seu maior centro de distribuição está localizado em Barueri (SP), com 11 mil metros quadrados e infraestrutura de ponta para garantir a qualidade e eficiência das operações.
GCF Transportes: crescimento e perspectivas para 2025
O transporte rodoviário de cargas segue e seguirá como o principal modal logístico do Brasil e no mundo, movimentando cerca de 64% das mercadorias do país. Em 2024, o setor apresentou crescimento significativo, impulsionado pelo aumento da demanda por combustíveis e derivados. Para 2025, a previsão é de movimentação recorde de 2.303,1 milhões de toneladas de carga, com foco na região Sudeste.
A GCF Transportes, especializada no transporte de papel, celulose e aço, registrou um crescimento expressivo, passando de 7.200 entregas em 2023 para quase 10 mil em 2024. A empresa segue investindo para ampliar sua capacidade e atender à crescente demanda desses segmentos, que devem ser impulsionados pelos investimentos previstos para o setor.
Um 2025 promissor para o setor logístico
Com investimentos robustos e ampliação da infraestrutura, o setor logístico brasileiro se prepara para um ano de crescimento acelerado. A modernização das operações, a expansão de centros de distribuição e o aumento na demanda por serviços especializados devem impulsionar ainda mais o transporte de cargas no país. Empresas como TAFF Brasil e GCF Transportes estão na vanguarda dessa evolução, garantindo eficiência e qualidade para seus clientes em 2025 e nos anos seguintes.
Cases de retrofit de caminhões a diesel para gás ou 100% elétrico no Brasil já foram temas de reportagens aqui na Frota News. Agora de caminhão híbrido, é uma novidade que ocorre nos Estados Unidos. Quem sabe pode ser uma ideia a ser replicada no Brasil?Vamos conhecer o projeto da ReVolt Motors, com sede em Austin, Texas. Ela vai estrear um Peterbilt 379 híbrido “retrofitado” – o caminhão de demonstração da empresa – no Mid-America Trucking Show, entre os dias 27 e 29 de março, em Louisville, Kentucky.
O sistema é mostrado aqui em ilustração (e sim, sabemos, esse não é um 379, mas sim o modelo de frota 579 deles). Ele apresenta tanto um motor gerador a diesel quanto um motor elétrico. Antes, vamos esclarecer que o Brasil já conta com dois projetos de ônibus híbridos, no entanto, de modelos zero km. Leia mais sobre isso no final deste artigo.
O modelo escolhido para demonstrar a tecnologia é um clássico Peterbilt 379, equipado tanto com um motor a diesel gerador quanto um motor elétrico, permitindo operação flexível conforme as necessidades da rota e regulamentações ambientais.
Diferente de projetos puramente elétricos ou movidos a células de combustível de hidrogênio, a solução da ReVolt Motors busca equilibrar autonomia e eficiência. Segundo Gus Gardner, fundador e CEO da empresa, o sistema oferece aos motoristas a possibilidade de alternar entre o motor a diesel e o modo totalmente elétrico com um simples acionamento de botão. “Nosso sistema é como um caminhão elétrico, mas sem as baterias excessivamente pesadas. O motor a diesel funciona como um gerador, carregando as baterias que impulsionam o caminhão”, explica Gardner.
O modelo retrofitado pode operar aproximadamente 160 quilômetros em modo totalmente elétrico, com variação de 20%, o que o torna ideal para ambientes urbanos ou portos com restrições de emissões. Quando o motor a diesel está em uso, o alcance é comparável ao de um caminhão tradicional, permitindo que os motoristas mantenham suas rotas de longa distância sem preocupações com infraestrutura de recarga.
Com um consumo de pelo menos 12 milhas por galão (aproximadamente 5,1 km/l), a tecnologia da ReVolt Motors promete uma economia de combustível de até 40%. Isso representa uma solução viável para transportadores que buscam reduzir custos operacionais sem renunciar à confiabilidade de seus caminhões.
Os impactos ambientais também são expressivos. A redução de até 40% nas emissões de carbono posiciona o caminhão para futuras certificações ambientais, contribuindo para um setor de transporte mais sustentável nos EUA. “Os caminhoneiros americanos querem que seus caminhões reflitam sua identidade, e nossa tecnologia permite que eles continuem dirigindo os modelos que amam, enquanto reduzem o impacto ambiental”, destaca Gardner.
Viabilidade econômica e alto desempenho
O retrofit oferecido pela ReVolt Motors representa uma alternativa economicamente vantajosa para transportadores que enfrentam mandatos ambientais mais rigorosos. A solução é significativamente mais acessível do que a aquisição de um caminhão elétrico novo, que pode custar mais de US$ 500.000 (equivalente a R$ 2,9 milhões).
O desempenho também é um dos pontos fortes do caminhão híbrido da ReVolt. O modelo oferece 4.745 Nm de torque e 670 cavalos de potência, permitindo operação eficiente mesmo em aplicações de carga pesada. Com uma capacidade de peso bruto total (GVWR) de 130.000 libras, o caminhão está pronto para enfrentar desafios logísticos exigentes.
Enquanto o mercado norte-americano começa a explorar os retrofits híbridos, o Brasil ainda caminha em ritmo mais lento nesse segmento. O país possui dois projetos de ônibus híbridos, ambos desenvolvidos como veículos novos: um protótipo da Volkswagen Caminhões e Ônibus, o e-Volksbus Flex, e o modelo Volare Attack 9 Híbrido, apresentado pela Marcopolo na última Lat.Bus. No entanto, ainda não há iniciativas no segmento de caminhões retrofitados. Esses projetos para ônibus também são diferentes. Eles têm o motor elétrico para tracionar o ônibus e o motor a combustão para gerar energia para as baterias.
A abordagem da ReVolt Motors pode servir de inspiração para o setor brasileiro, especialmente diante das crescentes demandas por redução de emissões. A possibilidade de adaptar caminhões existentes para um sistema híbrido pode representar uma solução viável para frotistas que desejam modernizar seus veículos sem um investimento exorbitante em novos modelos 100% elétricos.
O primeiro de montadora, mas ainda não saiu da fase de protótipo é o da Volkswagen Caminhões e Ônibus, desenvolvido em Rezende (RJ). O outro foi apresentado pela Marcopolo na última Lat.Bus, o modelo Attack 9 Híbrido.
Conclusão
A ReVolt Motors está trazendo uma nova alternativa para o setor de transporte de cargas nos Estados Unidos com sua tecnologia de retrofit híbrido. A empresa aposta na combinação entre eficiência, sustentabilidade e viabilidade econômica para atrair transportadores e caminhoneiros independentes. Com sua estreia no Mid-America Trucking Show, a ReVolt promete revolucionar a forma como o transporte pesado se adapta às novas exigências ambientais e de mercado. Resta saber se essa tecnologia ganhará espaço em outras regiões, como o Brasil, onde a busca por soluções sustentáveis também é crescente.
Quando escutamos o nome da marca Shineray a primeira que nos vem a cabeça é a de motocicleta. No entanto, a empresa investe para ganhar novos segmentos de mercado e entrou no prospero setor de logística urbana. Nos últimos momentos de 2024, a já consolidada fabricante de veículos de duas lançou o minitruck TLux com PBT de 2.685 kg ou 1.190 kg de carga útil.
O TLux já chega com um título: melhor relação custo-benefício do seu segmento de veículo comercial pelo a capacidade de carga, potência e equipamentos. O seu preço de tabela sugerida é de R$ 111.990, com a carroceria metálica aberta.
Muitos pequenos empreendedores, comerciantes e frotistas, que podem ser bem atendidos com um veículo comercial nesta faixa de PBT, só contavam com as opções de picapes compactas cabine simples capacidade de carga inferior (720 kg), como a Fiat Strada 1.3 Flex (a partir de R$ 109.000), picapes médias, como Chevrolet S10 CS (a partir de R$). As outras opções são mais caras e com uma capacidade superior, muitas vezes, desnecessária (3.400 kg de PBT), como Hyundai HR e Kia Bongo (a partir de R$ 170 mil).
O Tlux conta com as mesmas vantagens de comerciais leves que pertencem à categoria de caminhonete e mostrando-se muito eficientes em diversas atividades da logística urbana. São elas: não há as mesmas restrições de circulação dos caminhões, apenas a mesma de rodízio dos automóveis e dependendo da cidade. Bem como, estacionar nas mesmas vagas de automóveis, valor de pedágio e demais regras dos automóveis do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) serem as mesmas dos automóveis, incluindo a CNH categoria B. A exceção deve ser observada para o tipo de atividade. Se o carro será emplacado com placa comum (atividade para uso pessoal ou negócio próprio) ou placa vermelha (atividade remunerada para terceiros).
Custo-benefício
O modelo é equipado com um motor a gasolina 1.6 16V, que entrega 122 cavalos de potência, garantindo um bom equilíbrio entre desempenho e economia para operações urbanas. Confira a ficha técnica:
Fonte: Shineray do Brasil
Design e funcionalidade
Outro ponto forte do TLUX que quem pode trabalhar com carroceria aberta é a caçamba de três metros de comprimento e laterais rebatíveis, facilitando a carga e descarga. A suspensão traseira de molas laminadas reforça a estabilidade do veículo mesmo quando está completamente carregado.
Tecnologia e conforto
Apesar de ser um mini caminhão, o TLux não deixa de lado o conforto do motorista. O modelo conta com direção elétrica, ar-condicionado, painel digital LCD, vidros elétricos e sistema de som com conexão USB e AM/FM. Além disso, a segurança é reforçada pelos freios ABS (obrigatório por lei) nas quatro rodas (a disco no eixo dianteiro e no traseiro) e luzes de neblina.
. O modelo conta com direção elétrica, ar-condicionado, painel digital LCD, vidros elétricos e sistema de som com conexão USB e AM/FM
Expansão da Shineray no Brasil
A Shineray tem expandido sua presença no mercado brasileiro e, em 2024, já ultrapassou 61 mil unidades vendidas no país, considerando todas as linhas de produtos.
A conexão com o futuro impulsiona a trajetória da Shineray do Brasil, mas sem deixar de lado a sólida história construída ao longo de 19 anos de operações no país. A tecnologia, aliada à economia e à qualidade, são os pilares que sustentam as atividades da fábrica localizada no Complexo Industrial de Suape, em Pernambuco. Essa unidade industrial se destaca por ser a única do segmento de duas rodas fora da Zona Franca de Manaus, com uma capacidade produtiva de até 300 mil unidades por ano. Sua localização estratégica, em um dos principais polos industriais do Norte e Nordeste, reforça o compromisso da empresa com a inovação e o desenvolvimento do setor.
Com portfólios, a Shineray do Brasil oferece diversas soluções para mobilidade urbana. A linha de produtos inclui patinetes, scooters, cicloelétricos, ciclomotores e motocicletas à combustão e elétricas
O ano de 2024 foi marcado por investimentos estratégicos na ampliação da rede de lojas, fortalecimento do pós-venda e aprimoramento da oferta de peças de reposição. Já para 2025, a Shineray do Brasil se prepara para lançar novos modelos, incluindo motos de maior cilindrada, tornando seu portfólio ainda mais completo.
As gigantes Goodyear e ZF, especializadas, respectivamente, na fabricação de pneus e no desenvolvimento de sistemas inteligentes para veículos, anunciaram um novo produto: o Goodyear TPMS Plus. O sistema TPMS (Tire Pressure Monitoring System) já é amplamente utilizado em veículos, mas agora, as duas empresas, prometem resultados superiores para os frotistas, elevando os padrões de monitoramento de pneus.
O novo sistema é fruto da parceria entre as duas empresas, que desenvolveram a solução com base em pesquisas de mercado, testes tecnológicos e escuta ativa dos clientes. O objetivo é entregar uma ferramenta eficiente para aumentar a segurança, a rentabilidade e a sustentabilidade das operações logísticas.
O que é o TPMS?
O TPMS é um sistema eletrônico projetado para monitorar a pressão dos pneus de um veículo e alertar o motorista caso haja alguma irregularidade. Ele utiliza sensores instalados em cada pneu para medir a pressão e transmitir as informações para um computador de bordo ou painel de instrumentos, permitindo o acompanhamento em tempo real.
Benefícios do TPMS
Segurança: Pneus com pressão inadequada comprometem a estabilidade do veículo, aumentam o risco de acidentes e reduzem a eficiência da frenagem. O TPMS ajuda a manter os pneus na pressão correta, garantindo maior segurança.
Economia: A pressão inadequada aumenta o consumo de combustível e reduz a vida útil dos pneus. O sistema otimiza esses fatores, reduzindo custos operacionais.
Conforto: Manter a pressão ideal melhora a dirigibilidade, reduzindo vibrações e ruídos.
Scalar Evo Pulse e Goodyear Mobility Cloud
A solução TPMS Plus é baseada no Scalar Evo Pulse, um sistema avançado de monitoramento que utiliza sensores instalados nas rodas para medir, em tempo real, a pressão, a temperatura e a localização dos pneus. Os dados coletados são enviados para a plataforma web Goodyear Mobility Cloud, onde os gestores de frota podem acompanhar informações detalhadas sobre os pneus e os veículos conectados.
O sistema oferece funcionalidades avançadas, como:
Notificações automáticas para gestores em casos de perda de pressão, variação de temperatura ou saída de uma área geográfica definida.
Apoio humano na gestão de pneus, facilitando a integração da tecnologia às operações da frota.
Prevenção de riscos, como superaquecimento do conjunto freio-roda-pneu, evitando possíveis incêndios.
Fonte: Goodyear
Resultados dos testes
Pesquisas realizadas pela Goodyear no Brasil demonstraram um impacto significativo da tecnologia. Os testes indicaram um aumento médio de 13% na quilometragem dos pneus monitorados, garantindo que operassem com pressão e temperatura ideais. Além disso, a tecnologia contribui para a preservação da carcaça, aumentando a durabilidade e melhorando o processo de recapagem.
Parceria estratégica
Maurício Paguaga, Gerente Sênior da Linha de Negócios de Soluções Digitais e Industriais da ZF Aftermarket, destaca que a colaboração entre as duas empresas une expertises complementares para oferecer aos frotistas mais segurança e rentabilidade. “A robusta engenharia automotiva da ZF, aliada ao amplo conhecimento da Goodyear sobre pneus, resulta em uma solução totalmente integrada, voltada às necessidades dos clientes.”
Fernanda Baré, Gerente Sênior de Serviços & Soluções da Goodyear do Brasil, reforça que o Goodyear TPMS Plus permite ganhos financeiros diretos e indiretos, além de contribuir para a sustentabilidade das operações logísticas.
Obrigatoriedade do TPMS no Brasil
Desde 2022, o TPMS é equipamento obrigatório em veículos novos no Brasil, conforme a Resolução nº 998/2022 do Contran.
Impacto esperado
Com essa nova solução, as empresas esperam oferecer:
Manutenção preventiva e corretiva mais eficiente;
13% de aumento na vida útil dos pneus;
Maior possibilidade de recapagem;
Redução de custos e otimização da gestão de frotas.
A Goodyear é uma fabricante norte-americana de pneus com presença global, enquanto a ZF é uma empresa alemã de tecnologia, especializada em sistemas para veículos de passeio, comerciais e industriais.
A Scania Latin America anunciou a substituição do gás natural fóssil por biometano para redução das emissões em sua fábrica brasileira. A partir de agora, a unidade industrial da empresa em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, passa a utilizar biometano renovável em substituição ao gás natural de origem fóssil. Com essa mudança, a montadora espera reduzir em cerca de 250 toneladas por mês a emissão de CO₂, o que equivale a uma redução anual de aproximadamente 2.750 toneladas.
Está uma iniciativa que vem, cada vez mais sendo adotada pelas indústrias, como Nestlé, Ambev, PepsiCo, L’Oréal, entre outras.
“Essa iniciativa corrobora com nossos compromissos de descarbonização e se soma a uma série de investimentos que fizemos para tornar nossa produção cada vez mais eficiente, com menor impacto ao meio ambiente”, afirma Christopher Podgorski, presidente e CEO da Operação Industrial da Scania para a América Latina.
Economia Circular
O executivo destaca ainda que o biometano é uma solução concreta para um transporte de baixo carbono. “Trata-se de um exemplo inequívoco de economia circular e uma prova viável de converter um passivo ambiental em um ativo energético verde e renovável, que agora abastece as necessidades da operação industrial da montadora”, complementa.
A substituição do gás fóssil pelo biometano impacta diretamente diversas atividades da fábrica, como as estufas do processo de pintura de cabinas, os equipamentos dos restaurantes e o abastecimento de veículos industriais, incluindo empilhadeiras. Além disso, a mudança também afeta as emissões indiretas (Escopo 3) da empresa, considerando o primeiro abastecimento dos caminhões movidos a gás entregues aos clientes e os veículos da LOTS, empresa do Grupo Scania especializada em soluções logísticas.
“Todo esse movimento visa atingir a meta estabelecida pelo Science Based Target (SBTi), que prevê a redução de 50% das emissões de gases de efeito estufa nos Escopos 1 e 2 até o final deste ano, considerando a operação de todas as unidades da Scania no mundo”, finaliza Podgorski.
Com essa transição para o biometano, a Scania reforça seu compromisso com a sustentabilidade e se posiciona como referência na indústria automotiva ao investir em soluções que contribuem para um futuro mais limpo e eficiente.
As vantagens do biometano em relação ao gás natural
Em comparação com o gás natural de origem fóssil, o biometano apresenta um potencial de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) que pode chegar a até 90%. Essa porcentagem expressiva se deve principalmente a dois fatores:
Origem renovável: O biometano é produzido a partir da decomposição de matéria orgânica, como restos de alimentos, esterco animal e lodo de estações de tratamento de esgoto. Esse processo captura o metano, um potente GEE, que seria liberado na atmosfera caso esses resíduos fossem descartados de forma inadequada.
Ciclo do carbono: O carbono presente no biometano é considerado como parte do ciclo curto do carbono. Isso significa que o CO₂ emitido durante sua combustão já foi previamente absorvido da atmosfera por plantas e outros organismos vivos, o que não ocorre com o gás natural, que libera carbono “estocado” no subsolo há milhões de anos.
É importante ressaltar que a redução exata das emissões de GEE com o uso do biometano pode variar dependendo de diversos fatores, como a tecnologia de produção, a fonte de matéria orgânica utilizada e a aplicação final do biometano (geração de energia, combustível veicular etc.). No entanto, de forma geral, o biometano se destaca como uma alternativa muito mais limpa e sustentável em comparação com o gás natural de origem fóssil.
O caminho para a produção de biomentano. Ilustração: Gás Verde
Gás Verde
Presente em seis estados brasileiros, a Gás Verde oferece soluções para apoiar a descarbonização de empresas de diferentes setores que, assim como ela, estão comprometidas com a sustentabilidade do planeta.
Produz biometano proveniente do biogás de aterros sanitários em plantas espalhadas pelo Rio de Janeiro e por São Paulo – e, até 2028, prevê que sua produção passe de 160 mil m³/dia para 600 mil m³/dia com 10 novas plantas instaladas pelo país.
A partir de 2025, passará a fornecer também CO₂ verde, substituto sustentável do gás carbônico de origem fóssil, para indústrias de diversos setores.
Produção de biometano com rastreabilidade
A locação das usinas da Gás Verde
A Gás Verde atua na transformação do biogás gerado pela decomposição de resíduos urbanos em biometano em seis estados brasileiros. Esse processo impede que o metano – um gás de efeito estufa 25 vezes mais potente que o CO₂ – seja liberado na atmosfera e, simultaneamente, reduz a necessidade de combustíveis fósseis. Dessa forma, a empresa contribui duplamente para a mitigação das mudanças climáticas.
Com plantas localizadas nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, a empresa já produz 160 mil metros cúbicos de biometano por dia. Até 2028, a previsão é ampliar essa capacidade para 600 mil metros cúbicos diários, com a instalação de dez novas unidades pelo país. Esse avanço reforça o compromisso da Gás Verde com a descarbonização e a transição para uma economia de baixo carbono.
Além da produção de biometano, a partir de 2025 a empresa passará a fornecer CO₂ verde – um substituto sustentável do gás carbônico de origem fóssil –, atendendo indústrias de diversos segmentos que buscam reduzir sua pegada ambiental. Essa iniciativa abre novas possibilidades para setores que necessitam desse insumo em seus processos produtivos e desejam adotar práticas mais sustentáveis.
A Gás Verde também comercializa energia renovável e oferece o BioREC, um certificado de rastreabilidade do biometano. Esse selo permite que empresas comprovem o uso de combustível sustentável, alinhando-se às diretrizes de ESG e fortalecendo suas estratégias de sustentabilidade.
A busca por inovação e eficiência no agronegócio tem gerado soluções tecnológicas de ponta, e a parceria entre a Grunner e a Mercedes-Benz é um exemplo notável dessa transformação. O FrotaCast, vídeocast da Frota News, apresenta em seu oitavo episódio uma entrevista com José Antonio Marchetto Reche, diretor de Operações da Grunner, para discutir o impacto da tecnologia na logística do campo.
A revolução da Grunner no agronegócio
A Grunner nasceu da iniciativa de uma família de agricultores que buscava soluções para aumentar a produtividade na colheita de cana-de-açúcar sem comprometer a qualidade do solo. Assim, surgiu o Grunner 2423K, um veículo autônomo que acompanha a colhedora, reduzindo o impacto ambiental e otimizando a colheita. Porém, de lá para cá, houve uma evolução com a sofisticação e velocidade de um Mercedes-AMG ONE.
Conheça sobre esta rápida evolução na automação de caminhões Mercedes-Benz que viram sofisticadas máquinas agrícolas para aumentar a eficiência e produtividade do agronegócio brasileiro e, em breve, de outros países.
Abaixo, alguns cortes da entrevista com José Reche:
Parceria com a Mercedes-Benz: tecnologia e inovação
A colaboração com a Mercedes-Benz permitiu avanços significativos na tecnologia agrícola. A expertise da montadora alemã possibilitou o desenvolvimento de máquinas ainda mais eficientes, reforçando a capacidade da Grunner em oferecer soluções sustentáveis e inovadoras para o setor.
Reconhecimento internacional
A mais recente conquista dessa parceria foi o prêmio “Truck Innovation Latin America 2025“, concedido ao caminhão autônomo da Grunner. O reconhecimento destaca a importância da tecnologia no agronegócio e evidencia o compromisso da Grunner e da Mercedes-Benz com a eficiência e sustentabilidade no transporte de produtos.
Benefícios da tecnologia Grunner
Os avanços tecnológicos promovidos pela Grunner trazem diversos benefícios ao agronegócio:
Aumento da produtividade: os veículos autônomos elevam a eficiência operacional em pelo menos 10%.
Sustentabilidade: os equipamentos consomem 50% menos combustível que tratores convencionais, reduzindo significativamente as emissões de poluentes.
Otimização logística: a automação permite uma gestão mais precisa e eficiente dos processos de transporte e colheita.
O futuro da Grunner
A Grunner continua investindo em inovações e desenvolvendo novas tecnologias para o agronegócio. Entre os projetos futuros, destaca-se um caminhão multiuso, capaz de desempenhar diversas funções no campo, como colheita de grãos, distribuição de herbicidas e aplicação de calcário.
Com essa abordagem inovadora, a Grunner reafirma seu papel como uma empresa brasileira que está revolucionando o agronegócio. Sua tecnologia não apenas torna o setor mais produtivo, mas também promove um futuro mais sustentável para o Brasil e o mundo.
Sobre o entrevistado
Com 55 anos, José Reche tem uma trajetória profissional marcada por experiência e liderança. Graduado em Gestão de Relacionamento com o Cliente e com pós-graduação em Liderança, ele ainda soma dois MBAs, um em Marketing e Vendas e outro em Liderança e Motivação. Sua formação teve início no SENAI Humberto Reis Costa, na Vila Alpina, onde começou a trilhar o caminho que o levaria a ocupar cargos estratégicos em grandes empresas do setor automotivo.
Durante 32 anos e meio, José Reche atuou na Mercedes-Benz, ocupando diversas posições de destaque até alcançar o nível executivo E3. Após essa longa jornada na montadora, ele assumiu, por dois anos e meio, o cargo de diretor executivo nas concessionárias Sambaíba e Divena. Hoje, à frente das operações da Grunner como COO (Chief Operating Officer), ele lidera iniciativas voltadas para inovação, crescimento sustentável e excelência operacional.
A inclusão de mulheres no transporte pesado está ganhando força no setor da construção civil. No canteiro de obras do Rodoanel Norte, um programa pioneiro do Consórcio Cantareira, com apoio da Fabet-SP, está capacitando mulheres para atuarem como motoristas de caminhões caçamba. A iniciativa atende a uma necessidade urgente da obra: a demanda por profissionais qualificados para a movimentação de insumos e materiais.
Além de suprir essa carência, o projeto tem um impacto social significativo, promovendo a equidade de gênero em uma área historicamente dominada por homens. “Queremos não apenas preencher vagas, mas também transformar o setor, mostrando que as mulheres têm total capacidade para atuar em operações pesadas com segurança e eficiência”, destaca Meristela Ferreira do Carmo Carvalho, gerente de Sustentabilidade do Consórcio Cantareira.
O programa, desenvolvido em parceria com a Fabet São Paulo, oferece um treinamento técnico intensivo, garantindo que as novas motoristas estejam preparadas para os desafios do canteiro de obras. Com essa iniciativa, o consórcio reforça seu compromisso com a diversidade, a inclusão e a valorização da mão de obra feminina no setor de infraestrutura.
Confira e entrevista que Frota News realizou com Meristela Ferreira do Carmo Carvalho, gerente de Sustentabilidade do Consórcio Cantareira, mestre em Gestão de Obras, especialista em engenharia de segurança do trabalho, ergonomista e engenheira eletricista:
Qual foi a principal motivação por trás da iniciativa para formação de mulheres condutoras de caminhões caçamba?
A principal motivação foi suprir a demanda por motoristas qualificados para o transporte de insumos e materiais na obra do Rodoanel Norte, somado ao desejo de promover mais inclusão social e equidade de gênero no setor de transportes pesados. A construção da obra gera milhares de empregos diretos e indiretos, trazendo inúmeras oportunidades de inclusão social. O programa visa capacitar mulheres para atuarem como motoristas de caminhões caçamba, uma função tradicionalmente ocupada por homens, garantindo oportunidades de emprego e empoderamento feminino. A iniciativa está alinhada aos valores de diversidade e inclusão das empresas que compõem o Consórcio Cantareira, OEC e Renea Infraestrutura, com o objetivo de impactar positivamente a sociedade e a empregabilidade nas redondezas da obra.
Pode compartilhar detalhes sobre o treinamento oferecido pela Fabet São Paulo para preparar essas mulheres para as operações de caminhões caçamba?
O treinamento oferecido pela Fabet São Paulo é altamente estruturado e adaptado para atender às necessidades específicas da operação de caminhões caçamba. O curso tem uma carga horária de 104 horas, distribuídas em 13 dias de capacitação intensiva, contemplando:
20 horas teóricas sobre integração e desenvolvimento interpessoal.
20 horas de mecânica avançada, direção econômica e tecnologia embarcada.
40 horas práticas supervisionadas, com foco em manobras seguras e operação de veículos caçamba.
8 horas sobre legislação de trânsito e tacógrafo.
8 horas sobre direção responsável e segurança operacional.
8 horas sobre o Programa Integrado de Gestão do Consórcio Cantareira e o monitoramento via sistema IRIS (sistema implantado em todos os caminhões do Consórcio Cantareira).
Habilidades específicas para caminhão Caçamba
Início das obras. Foto: Consórcio Cantareira
Como a capacitação para caminhões caçamba difere da de caminhões rodoviários?
A operação de um caminhão caçamba exige habilidades específicas, pois o veículo trafega dentro de obras, locais de terraplanagem e estradas não pavimentadas, ao contrário dos caminhões rodoviários, que operam predominantemente em rodovias. Assim, a capacitação incluiu:
Treinamento em terrenos instáveis e operações off-road.
Manobras em espaços reduzidos dentro do canteiro de obras.
Técnicas para basculamento seguro da carga, prevenindo tombamentos e acidentes.
Uso eficiente da tração e dos freios em terrenos inclinados.
A grade curricular foi construída para atender à especificidade do trabalho com caminhões caçamba, garantindo segurança e eficiência operacional.
O que diferencia a rotina de motorista de caçamba em relação aos outros tipos de transportes?
A principal diferença está no ambiente de operação e na dinâmica de trabalho. Enquanto motoristas rodoviários transportam cargas por longas distâncias, os condutores de caminhão caçamba realizam deslocamentos curtos e frequentes dentro do canteiro de obras, com ciclos contínuos de carregamento e descarregamento.
Além disso, a pessoa motorista de caçamba precisa:
Ter domínio sobre terrenos acidentados e operações em declives e aclives.
Realizar manobras precisas em espaços reduzidos.
Operar em sinergia com outras máquinas de construção, como escavadeiras e retroescavadeiras.
Estar atento à segurança, prevenindo tombamentos e acidentes no descarregamento.
Como a inclusão de mulheres como motoristas de caminhão de caçamba contribui para os objetivos de segurança e eficiência do Consórcio Cantareira?
A inclusão de mulheres motoristas traz benefícios significativos para a segurança e eficiência da operação. Estudos já indicam que motoristas mulheres apresentam menores índices de acidentes, maior zelo pelo veículo e melhor cumprimento dos protocolos de segurança.
No contexto do Consórcio Cantareira, essa inclusão fortalece os objetivos de:
Redução de acidentes operacionais, com a meta de diminuir incidentes;
Aumento da eficiência no transporte de materiais, melhorando a produtividade;
Melhoria no clima organizacional, promovendo a diversidade e incentivando boas práticas no ambiente de trabalho.
Já conheciam os treinamentos da Fabet?
Sede da Fabet-SP, na Rodovia Castelo Branco. No prédio maior, há o Teatro Fabet para 300 pessoas. Ao lado, o prédio administrativo, salas de aulas e laboratório.
Sim, a Fabet é uma referência nacional na capacitação de motoristas profissionais e já desenvolveu diversos treinamentos para o setor de transporte rodoviário e construção civil, sendo, inclusive, parceira da OEC desde 2006, projetos do Brasil e exterior. A experiência da Fabet na formação de motoristas qualificados foi um fator determinante para a escolha da instituição como parceira do projeto.
Além de motoristas para caminhão caçamba, planejam ampliar as oportunidades para outros tipos de caminhões ou máquinas de construção?
Sim, há o interesse em expandir o programa para capacitação de mulheres em outras funções, incluindo:
Operação de máquinas pesadas, como escavadeiras e pás carregadeiras.
Condução de outros tipos de caminhões, como betoneiras e carretas.
Formação de líderes operacionais, para incentivar a progressão de carreira dentro do setor.
Um raio X da operação. Quantos motoristas homens trabalham atualmente no Consórcio?
Atualmente, o Consórcio Cantareira conta com 269 motoristas homens operando caminhões na obra do Rodoanel Norte.
o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, foi recebido pela concessionária Via Appia e pelo Consórcio Cantareira, formado pelas empresas Odebrecht Engenharia e Construção e Renea Infraestrutura, que executam as obras do trecho Norte do Rodoanel Governador Mario Covas
E operadores de máquinas?
No momento, há 269 operadores de máquinas da linha amarela, incluindo escavadeiras, retroescavadeiras e motoniveladoras.
Qual a expectativa de treinar e contratar quantas mulheres motoristas?
A previsão inicial é treinar e contratar 20 mulheres motoristas na primeira fase do programa.
Após a seleção prévia conduzida pela Fabet, as 20 mulheres selecionadas serão contratadas pelo Consórcio Cantareira, garantindo acesso ao canteiro de obras e participação no treinamento com segurança e conformidade trabalhista.
O programa poderá ser expandido conforme a necessidade da obra.
Já tiveram experiência com mulheres motoristas de caminhões em outras obras?
Sim, já tivemos experiência com mulheres motoristas de caminhões, contando com três profissionais em obras da OEC atuando. As empresas que integram o Consórcio Cantareira (OEC e Renea Infraestrutura) tem como meta ampliar significativamente esse número.
É sabido que faltam profissionais qualificados para logística, principalmente motoristas. Como isso afeta a construção civil?
A escassez de motoristas qualificados impacta diretamente a logística da construção civil, pois a movimentação de insumos e materiais depende de profissionais treinados. A falta de motoristas pode gerar atrasos na obra, aumento de custos operacionais e baixa produtividade.
Como a presença de mulheres motoristas impacta a indústria da construção civil?
A presença de mulheres no setor contribui para:
Ampliar a oferta de mão de obra qualificada, reduzindo o déficit de profissionais;
Promover diversidade e inclusão, tornando o ambiente mais equilibrado e seguro;
Aprimorar a segurança operacional, devido ao perfil mais cauteloso e responsável das motoristas.
Como o Consórcio Cantareira planeja medir os resultados a longo prazo desta iniciativa?
Os resultados do programa serão acompanhados por meio de métricas quantitativas, incluindo:
Taxa de aproveitamento após o curso
Retenção no mercado de trabalho até o término da obra
Redução de acidentes com motoristas certificadas
Aumento da produtividade operacional
Além disso, será implementado um acompanhamento pós-certificação, “on the job”, garantindo suporte às motoristas nos primeiros meses de trabalho.
Considerando que as expectativas de investimentos em infraestrutura no Brasil são bastante positivas, o podem dizer para os futuros profissionais sobre o setor de construção civil?”
Os futuros profissionais do setor de construção civil podem esperar um cenário de crescimento, impulsionado por investimentos em infraestrutura, como o projeto do Rodoanel Norte. Além das oportunidades tradicionais, o setor está evoluindo em direção à inclusão social, capacitação profissional e inovação tecnológica.
Além desta iniciativa para contratação de mulheres, o Consórcio Cantareira está com 1.000 vagas abertas para trabalhar nas obras do trecho Norte do Rodoanel Governador Mário Covas, tendo base na cidade de Guarulhos (SP). Os interessados devem enviar o currículo informando a vaga pretendida para o e-mail vagasconsorciocantareira@consorciocantareira.com.br. Estão sendo oferecidas vagas para Ajudante de Produção, Apontador(a), Armador(a), Carpinteiro(a), Encarregado(a) de Civil, Greidista, Mangoteiro(a), Marteleiro(a), Motorista Caminhão Munck, Motorista Caminhão Prancha, Operador(a) de Caminhão Basculante, Operador(a) de Escavadeira, Operador(a) Manipulador(a) Telescópico, Operador(a) de Motoniveladora, Operador(a) de Retroescavadeira, Operador(a) de Rolo Compactador, Pedreiro(a), Rigger Sinaleiro(a), Sinaleiro(a) e Soldador(a). Fonte: Assessoria de Imprensa do Consórcio Cantareira
Destaques importantes para quem deseja ingressar na área:
Demanda por Profissionais Qualificados – a escassez de motoristas e operadores de máquinas impacta diretamente a logística e eficiência das obras, abrindo espaço para novas contratações e capacitação contínua.
Inclusão e Diversidade – O setor está ampliando a participação de mulheres, com iniciativas como o treinamento de motoristas de caminhão caçamba, promovendo um ambiente mais equilibrado e seguro.
Capacitação técnica e Especialização – Programas estruturados, como os da Fabet, preparam profissionais para operar veículos e máquinas em condições adversas, aumentando a segurança e eficiência operacional.
Crescimento e Expansão – Há perspectivas de expansão para outras funções, como operação de escavadeiras, betoneiras e carretas, além do desenvolvimento de líderes operacionais.
Segurança e Eficiência – A qualificação de profissionais contribui para a redução de acidentes e aumento da produtividade, fatores essenciais para a sustentabilidade do setor.
Para os futuros profissionais, investir em capacitação técnica, acompanhar as tendências de inclusão e inovação e desenvolver habilidades de segurança operacional serão diferenciais para se destacar nesse mercado em expansão.
O primeiro protótipo funcional de um motor elétrico foi construído em 1834 pelo ferreiro americano Thomas Davenport. Mas foi somente em 1886 que o cientista alemão Werner von Siemens inventou o primeiro motor elétrico de corrente contínua auto-induzido, considerado o marco inicial da história dos motores elétricos. Passados mais de um século, o atuador elétrico automotivo disputar a cena internacional com os motores a combustão. E mais quatro modelos da BorgWarner querem ser protagonistas neste cenário. Pelo menos, nos modelos de três marchas chinesas.
A BorgWarner, que possui 99 fábricas no mundo, sendo três no Brasil, continua a expandir sua atuação no setor de veículos de nova energia e recentemente garantiu quatro novos projetos com três grandes montadoras chinesas. Os contratos incluem o fornecimento de motores hairpin – um tipo de motor elétrico que utiliza uma tecnologia de enrolamento do estator diferenciada em comparação com os motores elétricos tradicionais – de alta tensão (HVH) de 400 V.
Entre os projetos firmados, destaca-se o fornecimento de motores para uma plataforma híbrida de tração traseira de 200 kW de um importante fabricante chinês de veículos de nova energia. A produção desse modelo está programada para iniciar em agosto de 2025. Além disso, a BorgWarner fornecerá motores para uma plataforma elétrica pura de 150 kW de uma das principais montadoras chinesas, cuja produção em massa começará em março de 2026.
A BorgWarner ainda não informou quais são essas três marcas. No entanto, é de conhecimento nos bastidores que ela já fornece marcas do grupo Stellantis (Fiat, Jeep e Peugeot), Volkswagen Group, Li Auto, entre outras).
Outro avanço significativo envolve a parceria com uma grande fabricante chinesa para equipar seus veículos de próxima geração com motores elétricos, abrangendo modelos híbridos plug-in e de alcance estendido. A produção desses veículos está prevista para agosto e outubro de 2025, reforçando o compromisso da BorgWarner com a mobilidade sustentável.
“Estamos satisfeitos em estender nosso sucesso na China com várias novas conquistas em negócios de motores elétricos para uma variedade de aplicações híbridas e elétricas”, afirmou Dr. Stefan Demmerle, presidente e gerente geral da BorgWarner PowerDrive Systems. “Estamos dedicados a inovar continuamente nossa tecnologia e melhorar nossos processos de fabricação para entregar produtos e serviços de alta qualidade, atendendo às necessidades em evolução dos clientes de veículos de nova energia.”
Ultra Short High Voltagen
Para atender à crescente demanda do mercado chinês, a BorgWarner introduziu uma nova tecnologia eMotor chamada Ultra Short High Voltage Hairpin (S-HVH). Essa inovação otimiza processos de fabricação para reduzir o comprimento total do motor em mais de 5 mm em comparação com os enrolamentos HVH tradicionais.
A tecnologia S-HVH eMotor não só reduz o volume axial, mas também aumenta a densidade de potência e minimiza o uso de cobre, proporcionando maior eficiência e economia de custos. Outro diferencial é sua compatibilidade com as linhas de produção existentes, permitindo atualizações fáceis nas fábricas sem a necessidade de grandes investimentos. Adaptável a diversas aplicações, essa solução pode ser utilizada tanto em plataformas de 400 V quanto de 800 V.
Assim, a empresa garante seu futuro, seja ele com motores a combustão, pois ela é um dos maiores fabricantes de turbocompressores e outros componentes, seja ele com eletromobilidade.