quarta-feira, dezembro 24, 2025

Como as empresas podem reduzir custos de energia e emissões de carbono

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Grandes empresas gastam diretamente muito dinheiro em energia a cada ano – e milhões indiretamente, na cadeia de suprimentos, terceirização e logística. E como reduzir os custos de energia?

Por Pedro Okuhara*

No entanto, fora das indústrias mais intensivas, muitas companhias ainda consideram esse consumo apenas como um custo a ser gerenciado. Este é um erro estratégico que negligência enormes oportunidades para reduzir riscos, melhorar a resiliência e gerar novo valor.

Hoje, a eficiência energética está ganhando destaque na agenda corporativa devido às tendências ambientais, sociais e de negócios, incluindo mudanças climáticas e regulamentação global de emissão de carbono, pressões crescentes sobre os recursos naturais, expectativas crescentes sobre o desempenho ambiental corporativo, inovações em tecnologias e queda dos preços das energias renováveis.

E essa crescente preocupação já está se refletindo no planejamento estratégico. Um relatório da Harvard Business Review Analytic Services constatou que aproximadamente 90% dos executivos sentem uma pressão significativa para reduzir seus gastos com energia, e mais de 80% disseram que os preços variáveis são um desafio.

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Atualizações garantem maior eficiência energética

As empresas tornaram-se mais estratégicas e sofisticadas em relação ao gerenciamento de energia ao longo dos anos. Atualizações e retrofits de equipamentos abriram caminho para análises e planos de eficiência energética de alto nível, integração de tecnologias de fontes limpas e muito mais.

Conforme as tecnologias evoluíram e as empresas se tornaram mais estratégicas sobre como direcionar os gastos, os investimentos em soluções para redução do controle do consumo oferecem custos mais baixos e maior redução de gases de efeito estufa.

O Movimento de Eficiência Energética, um fórum global que reúne cerca de 200 organizações que compartilham ideias, melhores práticas e compromissos, indica que a adoção de soluções de tecnologia maduras e amplamente disponíveis fornecerão resultados rápidos e ROI – e podem ser implantadas em escala, tanto em instalações industriais, comerciais e residenciais.

Segundo analistas da Agência Internacional de Energia (AIE), a eficiência energética é um ganho para as empresas e para o clima. Eles afirmam que embora a indústria precise abordar a mudança climática em todas as frentes – como aumentar o uso de fontes renováveis, investir em processos de baixo carbono e desenvolver modelos de negócios circulares – esse ponto se destaca como a oportunidade que apresenta as melhores perspectivas de curto prazo para reduções de emissões.

A importância de gerenciar o uso da energia

A verdade é que sem um sistema de gerenciamento de energia, o futuro da sua organização está em jogo. Controlar e reduzir o consumo na sua organização é importante porque permite reduzir custos, riscos e emissões de carbono.

Soluções de eficiência energética e de gerenciamento de energia não apenas identificarão oportunidades para economizar esse recurso, mas também ajudarão você a tomar ações para direcioná-las. Com esse conhecimento, você pode monitorar seu progresso e gerenciar ainda mais seu consumo.

Ao adotar um sistema de gerenciamento de energia, a empresa pode eliminar a curva de aprendizado associada ao controle individual, acessando suas configurações, agendas e permissões em um sistema de gerenciamento central.

Com isso, ao eliminar o desperdício e reduzir gastos excessivos, será possível diminuir os custos operacionais e administrar seus negócios com mais eficiência.

O objetivo é melhorar o seu negócio como um todo. Sobretudo, no desenvolvimento de metas de consumo para toda a organização. Dessa forma, tomando decisões estratégicas com a orientação de especialistas, com informações sobre custos e expectativas, o que orientará as soluções adequadas para suas necessidades de gerenciamento de energia.

Pedro Okuhara é especialista de produtos e aplicações na Mitsubishi Electric.

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Brasileiro cria bafômetro veicular para prevenir condução alcoolizada

A Volvo do Brasil foi a primeira fabricante a lançar o bafômetro que impede a partida de caminhões e ônibus, chamado por de Alcolock. Agora, um brasileiro desenvolve um bafômetro mais sofisticado e que pode ser instalado em qualquer caminhão, e diversos outros tipos de veículos. Ele já está sendo testado no Brasil para combater um dos maiores flagelos no trânsito: a condução sob influência do álcool. O projeto é apoiado pela Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e está em fase inicial de testes em carretas nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo.

Um dos maiores defensores do projeto é Ricardo Prates, um professor de 60 anos, tetraplégico e agente de Educação/Conscientização da Operação Lei Seca do Estado do Rio de Janeiro. Prates, que sofreu um grave acidente há 30 anos devido à condução sob influência do álcool, hoje usa sua experiência para conscientizar sobre os perigos dessa prática.

O etilômetro veicular, criado pela startup SIGHIR Enterprise do Rio de Janeiro, com desenvolvimento tecnológico realizado pela Unidade Embrapii Instituto Federal Fluminense — IF Fluminense, tem como objetivo principal evitar que motoristas embriagados coloquem suas vidas e as de outros em risco.

bafômetro
Um dos etilômetro veicular em teste

Funcionamento do etilômetro veicular

Ao entrar no veículo, o motorista sopra em um bafômetro instalado no painel. Se houver detecção de álcool, o sistema bloqueia automaticamente o motor, impedindo a partida. A tecnologia inclui telemetria e câmeras para registrar a identidade do condutor no momento do teste.

Além disso, para evitar fraudes, o etilômetro realiza testes surpresa durante o trajeto. Uma mensagem de voz solicita que o condutor estacione. Por certo, de forma que possa realizar nova checagem. Todo o processo é acompanhado em tempo real, permitindo averiguação do comportamento do motorista por câmeras e pelos índices de velocidade, aceleração e frenagem, entre outros.

Testes do bafômetro

O projeto do etilômetro veicular já recebeu mais de R$ 1 milhão em investimentos e está atualmente em fase de testes.

Quatro protótipos estão em operação, sendo uma delas instalada em carro de passeio e três em carretas da transportadora Expresso Predileto e Lógika Transportes. Ambas são especializadas em cargas pesadas e perigosas para o setor de petróleo e gás.

Os primeiros resultados foram tão bem-sucedidos. Dessa forma, um lote inicial de 80 unidades já está sendo produzido e deve ficar pronto até fevereiro de 2024. A empresa distribuirá algumas amostras do etilômetro a empresas interessadas para testes internos e aplicará cerca de 50 unidades em uma nova etapa de testes, principalmente instalando-as nos veículos da Expresso Predileto e Lógika. A expectativa é que o etilômetro seja lançado no mercado em breve.

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Desafios superados

O projeto enfrentou desafios para tornar a tecnologia viável comercialmente. Dessa forma, comparado a um bafômetro alemão existente no mercado, o modelo brasileiro oferece soluções práticas e avançadas a um custo significativamente menor. A equipe da Unidade Embrapii IF Fluminense trabalhou para superar desafios como a substituição de sensores e a utilização de canudos descartáveis genéricos.

“O setor de transporte e logística lida com vários tipos de seguros, como o de vida, o da carreta, o do casco do veículo, o da carga e o contra terceiros. Portanto, um dos maiores riscos que podem comprometer todos esses seguros é um acidente envolvendo álcool. Por isso, as empresas do setor de logística precisavam de recursos tecnológicos para monitorar o consumo de bebidas alcoólicas pelos motoristas. No entanto, não havia no mercado um etilômetro que pudesse se integrar com câmeras e com a telemetria, para atender a essa demanda. Foi então que lançamos o desafio à Unidade Embrapii IF-Flu e eles aceitaram”, conta Ricardo de Barros Tostes, CEO da SIGHIR Enterprise.

O empresário, que também é CEO da Expresso Predileto e da Lógika Transportes, foi o responsável por apresentar a ideia à Unidade Embrapii. Dessa forma, e diante da viabilidade do projeto, criou a startup SIGHIR Enterprise, com o propósito específico de levar adiante a pesquisa. Para o futuro, ademais, os planos são ampliar a tecnologia para uso em vários outros tipos de meios de transporte e equipamentos que dependam de condução humana, como guindastes, empilhadeiras, barcos e aeronaves.

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Gestão de frota: a Braspress além da renovação dos caminhões

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A Braspress, uma das maiores empresas de transporte de cargas do país, iniciou 2024 com a notícia de um investimento de R$ 116 milhões na compra de 235 veículos e 90 carretas, visando ampliar e renovar sua frota. Neste acordo, conheço um pouco mais a gestão de frotas da Braspress além da renovação de frotas, como o pioneirismo na contratação de motoristas motoristas.

A empresa, que atende todo o Brasil e o Mercosul, pretende oferecer um serviço de qualidade e eficiência aos seus mais de 40 mil clientes em todo o território nacional.

A frota total

Os novos veículos são das marcas Mercedes-Benz e Volkswagen, e serão distribuídos entre as 117 filiais da empresa. Segundo o Diretor-Presidente da Braspress, Urubatan Helou, cerca de 20% dos veículos são para a renovação da frota, e o restante cerca de 80% são para a ampliação. Com a nova aquisição, a Braspress iniciou 2024 com 3.325 caminhões em sua frota, que realizam a distribuição de encomendas em todo o Brasil e no Mercosul, sobretudo, com o apoio de 9.123 colaboradores e cerca de 2.000 agregados.

“A inovação e os investimentos são constantes na nossa história e não poderia ser diferente neste início de ano. Além disso, nós não medimos esforços para atender nossos clientes, sempre prezando pela qualidade e responsabilidade”, declarou o Diretor-Presidente.

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A Braspress também se destaca pela manutenção própria da sua frota, garantindo assim um pronto atendimento às necessidades mecânicas de uma forma extremamente eficaz. Além disso, a empresa conta com um quadro de 1.524 motoristas, sendo 169 mulheres profissionais do volante. A primeira motorista mulher da Braspress foi contratada em 1998. Isso, a partir de uma ideia adotada pelo Diretor-Presidente da Companhia, Urubatan Helou, após uma viagem ao exterior. Lá, viu uma mulher no comando de um ônibus articulado. No início, parecia uma alternativa de Marketing, mas acabou abrindo espaço para as mulheres no competitivo mercado de trabalho, que antes era tradicionalmente composto por homens.

A Braspress é uma empresa que nasceu em 1º de julho de 1977, com o objetivo de atender o segmento de transporte de cargas fracionadas. Desde então, vem crescendo e se consolidando como uma das líderes do setor, com uma filosofia de reinvestir seus lucros na própria organização. A empresa possui uma estrutura moderna e eficiente, que inclui centros de distribuição, terminais de carga, armazéns, oficinas, postos de combustível, entre outros. A Braspress também se preocupa com a responsabilidade social e ambiental, apoiando diversas causas e projetos. Por fim, conta com o Instituto Braspress de Responsabilidade Socioambiental, o Programa Braspress de Educação Ambiental, o Programa Braspress de Reciclagem, entre outros.

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BorgWarner recebe certificação inédita para remanufatura de turbos no Brasil

A BorgWarner anunciou que recebeu a certificação de sua linha de remanufatura de turbocompressores neste ano. A empresa é a primeira do setor a obter o Selo Remanufaturados, concedido pelo Instituto da Qualidade Automotiva (IQA) em parceria com a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA).

A remanufatura de turbos é um processo que consiste na recuperação de peças usadas, substituição de componentes danificados e testes rigorosos de qualidade. O objetivo é oferecer uma alternativa econômica e ecológica para os clientes, que podem adquirir produtos com o mesmo desempenho e garantia de um turbo novo original.

Guilherme Soares, Head de Aftermarket para Emissions, Thermal and Turbos no Brasil, destaca que, a partir da adoção do selo nas embalagens, os clientes da companhia têm a garantia de adquirir produtos provenientes de um processo sustentável, que segue os mesmos requisitos de qualidade, desempenho e garantia de um turbo novo original.

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“Globalmente, a BorgWarner já evitou o desperdício de 24.000 toneladas métricas de alumínio, aço e ferro fundido no meio ambiente com o processo de remanufatura. O selo assegura a qualidade que somente quem fabrica a peça original na montadora pode oferecer”, afirma Soares.

Para identificar peças certificadas, é essencial que a embalagem contenha o Selo Remanufaturados, o código do fabricante e um QR Code. Dessa forma, os consumidores podem acessar o site do IQA e verificar informações relevantes sobre o processo de remanufatura do produto, como a origem, o histórico e a rastreabilidade.

A busca por peças de reposição a preços acessíveis está, assim, pavimentando o caminho para um futuro promissor no setor de remanufatura automotiva. Segundo a AEA, o mercado brasileiro de remanufatura movimenta cerca de R$ 5 bilhões por ano e gera mais de 100 mil empregos diretos e indiretos.

A BorgWarner é uma das pioneiras na remanufatura de turbos no Brasil, com uma operação iniciada em 2012. A empresa conta com uma equipe especializada. Além disso, com equipamentos de última geração para realizar o processo, que atende a diversos segmentos, como automotivo, agrícola, marítimo e industrial.

A remanufatura de turbos da BorgWarner contribui para a preservação dos recursos naturais. Sobretudo, para a diminuição das emissões de poluentes. Ademais, alinhada com a missão da empresa de fornecer soluções de propulsão limpa e eficiente para um mundo em movimento.

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Desafios da eletrificação de frotas: uma análise entre FedEx e DHL

A FedEx possui, no mundo, uma frota com mais de 80.000 veículos, além de cerca de 700 aviões. No Brasil, ela anuncia que investiu em 15 motos elétricas para compor a frota, complementando a frota com 10 vans elétricas.

Se uma empresa que tem faturamento anual equivalente a R$ 454 bilhões está insegura para investir em veículos elétricos, como as empresas de transportes menores estão? Entendemos que o 25 veículos elétricos na frota da FedEx é um teste, não uma renovação de frota. E existem razões para essa insegurança, no mundo todo. No Brasil, mais ainda.

É só ver como os moradores de São Paulo que estão vivendo apagões nos últimos meses. O conflito foi judicializado por prefeitos, ministérios públicos, Procon, entidades de proteção do consumidor, empresas prejudicadas pela falta de energia e consumidores finais.

O problema é muito complexo, e virou um conflito gigante entre a Enel e o prefeito de São Paulo. Além disso, de muitas cidades do interior paulista. O mesmo em Minas Gerais com a Cemig. E o mesmo em diversos estados do Brasil. Ou seja, não adianta ter bons veículos elétricos, ter uma produção de energia sustentável se não há infraestrutura segura para entregar a energia para o consumidor final.

É um questionamento importante, pois, temos há problemas na eletrificação de frotas que precisamos entender.

Planejado x executado

Pelos planos anunciados pela Ambev com a Volkswagen Caminhões e Ônibus, a frota de caminhões VW e-Delivery (primeiro e único caminhão 100% elétrico a bateria fabricado no Brasil) teria que ter 1.600 unidades na frota. Dezembro de 2023 já passou e a meta não foi cumprida nem em 20%. Segundo a Anfavea (associação dos fabricantes), em 2023, foram emplacados 465 caminhões e ônibus, bem menos do que as 749 unidades de 2022. E a maioria é de modelos importados da China.

FedEx
Fonte: Carta da Anfavea de janeiro de 2024

Há muitos gargalos

Existem problemas que precisam ficar mais claros para a sociedade. A FedEx promete um investimento até 2040 para ter 100% da frota com veículos elétricos. Pode ser se o investimento for exponencial. Pelo que estamos assistindo no presente, será muito desafiador ter uma frota com veículos 100% elétricos. Há investimentos em infraestrutura de recarga de veículos elétricos? Sim, mas precários.

Na semana passada, a Volvo Cars Brasil anunciou uma parceria com o McDonald’s para ter carregadores nas lojas de sanduíches. Os carregadores são de baixa potência, de 7,4 kW e 22 kW, os mais baratos e ineficientes. Um carregador de 7,4 kW é vendido por R$ 7 mil no Mercado Livre. Um carregador de alta potência pode chegar a R$ 300 mil, incluindo os custos de instalação. Os preços estão caindo com o aumento da demanda, mas ainda são altos.

A potência e a qualidade da estação de carregamento muda o tempo que o veículo ficará imobilizado para a recarga das baterias. Pode variar de mais de 24 horas para minutos. Quantas horas o cliente ficará comendo sanduíches para esperar a recarga do carro elétrico?

A minha experiência em um eletroposto com carregador de 7,4 kW em uma unidade da Porto Seguro foi de 3 horas para uma carga suficiente para rodar 28 quilômetros. Se eu quisesse a carga completa, eu teria que ficar 19 horas na Porto Seguro. O artigo sobre esta experiência está abaixo.

Para a transição energética ocorrer é preciso fazer mais do que a FedEx está fazendo, pois temos exemplo melhor. A DHL Supply Chain tem apresentado ações mais convincentes, incluindo todas as fontes de biocombustíveis, como biometano e HVO.

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No Brasil, a DHL já possui 85 veículos de carga elétricos. Ainda é pouco, mas 70 a mais do que a FedEx. No entanto, a DHL tem um plano transparente para a transição energética. Ela anunciou investimento equivalente a R$ 2,8 bilhões para a transição energética só nos países da América Latina, tendo o Brasil como um mercado importante para isso.

Estamos comparando duas gigantes da logística, e não uma gigante com uma média. Podemos comparar duas gigantes do setor de bebidas. Em logística, a AB InBev dá uma surra na The Coca-Cola Company. No Brasil, a Ambev dá uma surra na Coca-Cola FEMSA. É só comparar os números.

Mesmo que a Ambev ainda não tenha alcançado os objetivos para 2023, no setor de bebidas ela é muito superior em logística do que os concorrentes.

Trabalhamos para aprender com os erros e acertos dessas empresas, e esses comparativos de líderes de segmento de mercados nos ensinam muito. E servem para empresas de logística de qualquer porte.

Saiba mais:

Grupo Volvo aposta no hidrogênio para alcançar emissões líquidas zero

No site do Frota News há dezenas e dezenas de artigos sobre o tema para mostrar a evolução da transição energética. A transição energética acontecerá, mas não será fácil e nem barata. Por isso é importante o debate, a busca do conhecimento e, principalmente, o compartilhamento de experiências.

quisesse a carga completa, eu teria que ficar 19 horas na Porto Seguro. O artigo sobre esta experiência está abaixo.

Para a transição energética ocorrer é preciso fazer mais do que a Fedex está fazendo, pois temos exemplo melhor. A DHL Supply Chain tem apresentado ações mais convincentes, incluindo todas as fontes de biocombustíveis, como biometano e HVO.

No Brasil, a DHL já possui 85 veículos de carga elétricos. Ainda é pouco, mas 70 a mais do que a Fedex. No entanto, a DHL tem um plano transparente para a transição energética. Ela anunciou investimento equivalente a R$ 2,8 bilhões para a transição energética só nos países da América Latina, tendo o Brasil como um mercado importante para isso.

Distribuição de bebidas

Estamos comparando duas gigantes da logística, e não uma gigante com uma média. Podemos comparar duas gigantes do setor de bebidas. Em logística, a AB InBev dá uma surra na The Coca-Cola Company. No Brasil, a Ambev dá uma surra na Coca-Cola FEMSA. É só comparar os números.

Mesmo que a Ambev ainda não tenha alcançado os objetivos para 2023, no setor de bebidas ela é muito superior em logística do que os concorrentes.

Trabalhamos para aprender com os erros e acertos dessas empresas, e esses comparativos de líderes de segmento de mercados nos ensinam muito. E servem para empresas de logística de qualquer porte.

No site do Frota News há dezenas e dezenas de artigos sobre o tema para mostrar a evolução da transição energética. A transição energética acontecerá, mas não será fácil e nem barata. Por isso é importante o debate, a busca do conhecimento e, principalmente, o compartilhamento de experiências.

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Caminhões e ônibus: a revolução da indústria nas duas últimas décadas

Uma das transformações mais significativas da indústria automotiva nas duas últimas décadas foi a evolução dos caminhões e ônibus, que se tornaram mais sofisticados, seguros e eficientes após os fabricantes serem mais focados no atendimento dos frotistas, como transportadores, empresas de logísticas e embarcadores com frota própria. Até há cerca de duas décadas, havia fabricantes de automóveis que fabricavam caminhões e ônibus. No entanto, a prioridade era o veículo de passeio.

A indústria automotiva evoluiu após o entendimento que, para planejar o futuro e fazer investimentos mais assertivos, foi necessário ter mais foco no negócio de veículos comerciais.

Entre os exemplos concreto, temos o ex-grupo Fiat que foi dividido em três grupos atuais: Stellantis, CNH Industrial e Iveco Group. Naquela época, as prioridades de investimento eram para os automóveis Fiat, Alfa Romeo, Maserati e Lancia. Se possível, investiam nas outras marcas, entre elas a Iveco. De forma resumida, houve muitas mudanças até chegar no nível atual e recente, sobretudo, sendo o Grupo Iveco totalmente independente e focado nas marcas de veículos comerciais com as marcas Iveco, Iveco Bus, Heuliz (ônibus), FPT Industrial (motores), IDV (veículos militares), Astra (caminhões fora de estrada) e Magirus (equipamentos para bombeiros).

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As marcas do Grupo Iveco

O mesmo ocorreu com outros grupos automotivos europeus para atender melhor as demandas dos clientes frotistas e as regulamentações específicas para esse tipo de veículo. Visualmente, até uma criança reconhece a diferença entre um automóvel e um caminhão. Porém, diferenciar os clientes já pode ser apenas pelo visual?

Paga-se por tecnologia

Os transportadores, tendo condições financeiras, pagam pela tecnologia com base na planilha de Excel do TCO (Custo Total de Operação), não pelo “status” ou vaidade. Pelo menos, a maioria. Volvo FH e DAF XF não são líderes de mercado por que são os mais baratos, pelo contrário.

Em 2023, o VW Polo liderou as vendas de automóveis no Brasil, custando a partir de R$ 87.449. Já o caminhão mais vendido foi o Volvo FH 540, que saía por R$ 1.084.225, valor médio, conforme a Fipe. A diferença de tecnologia e equipamentos entre os dois veículos é enorme. O caminhão, sobretudo, tem um papel essencial para o progresso de qualquer país. No Brasil, dizem que 60% do transporte de carga é feito por transporte rodoviário, um número que não achei, até hoje, uma uma explicação lógica. Na Europa o transporte rodoviário de carga é responsável por 77%, segundo a ACEA.

Fiz uma pesquisa nas 20 maiores economias do mundo. O que eu descobri? No mundo todo não existe cidade sem transporte rodoviário. O trem é importante? Lógico que é. Para quem? Esta é a pergunta importante. O trem transporta o nosso pão de cada dia? A alface do almoço? Abastece os mercados das mais de 5.700 cidades do Brasil? Leva remédio para a sua mãe? Mas se você quiser comprar toneladas de minério, soja, milho, o trem é muito útil, principalmente para os exportadores e importadores. E para a maioria dos brasileiros que precisa da comida diariamente? Não precisa existir uma competição entre modais, pois cada um tem a sua função. Já tentou andar de bicicleta e patins em uma ferrovia? E numa estrada asfaltada? O brasileiro precisa de estrada. As multinacionais de importação de commodities precisam de ferrovias.

Além de transportar cargas para as mais de 5.700 cidades brasileiras, também transporta cargas para outros modais, como trem, avião ou navio.

Legislação mais complexa

Quem dirige um caminhão, especialmente um biarticulado com bitrem ou rodotrem, precisa de muito treinamento. Não é como dirigir um carro comum. Um caminhão desses pode ter valor superior a R$ 3 milhões, incluindo os valores do cavalo mecânico, implemento rodoviário e carga. Eles também precisam cumprir normas publicadas constantemente pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito), ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), estados, municípios e mais diversos outros órgãos públicos.  Tudo isso, além de seguir as regras do que o Código de Trânsito Brasileiro. Por isso, o motorista de caminhão é mais do que um motorista, é um gestor de unidade móvel (muito longo). Ele tem que ser muito responsável e cuidadoso.

Por isso, muitos grupos automotivos tomaram a decisão pela maior especialização. Alguns países têm associações que representam esses segmentos separadamente, como no México, que conta com a Amia (veículos leves) e a Anpact (veículos pesados). No Brasil, a Anfavea engloba todos os fabricantes de veículos automotores, incluindo os de máquinas agrícolas e de construção. Na Anfavea, a indústria de automóveis de passeio tem mais voz do que a de veículos pesados e máquinas agrícolas e de construção.

Volvo Group

O Grupo Volvo é uma indústria sueca que, desde 2010, se dedica à produção e comercialização de veículos comerciais, como caminhões, ônibus, equipamentos de construção (Volvo CE) e motores marítimos e industriais (Volvo Penta). Para ter foco, o Grupo Volvo vendeu a sua divisão de automóveis para a empresa chinesa Zhejiang Geely Holding Group. Além disso, o Grupo Volvo possui outras marcas no seu portfólio, como a Renault Trucks, a Rokbak, a Prevost, a Novabus, a Mack e a Arguus.

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Mas marcas do Grupo Volvo

Grupo Traton

A Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) é uma empresa brasileira que nasceu dentro da Volkswagen do Brasil em 1981. Ela se tornou independente, com sucesso nacional e internacional, exportando para cerca de 30 países. Em 2018, o Grupo Volkswagen AG anunciou a criação do TRATON Group, uma holding que reúne as marcas VWCO, Scania, MAN Truck & Bus e RIO, que tem ações na bolsa de valores. Recentemente, o TRATON Group adquiriu o controle da Navistar, uma empresa norte-americana de veículos pesados, ademais, que já atuou no Brasil com a marca International.

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Marcas de caminhões e ônibus do Grupo Traton

Daimler Truck

A Daimler AG também se desmembrou em dois grupos distintos em dezembro de 2022: uma dedicada aos automóveis e vans, e outra aos caminhões e ônibus. No Brasil, elas são chamadas de Mercedes-Benz Cars & Vans e Mercedes-Benz do Brasil (caminhões e ônibus).

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As marcas do grupo Daimler Truck e Buses. O print é do site para jornalistas e o número à direita da marca indica a quantidade de releases sobre cada marca

Conclusão

Os caminhões e ônibus tiveram uma evolução muito grande. Os caminhões mais vendidos não são os mais baratos graças ao aprendizado sobre o TCO. São os que possuem mais tecnologia, eficiência energética e conforto para o motorista profissional. Por fim, ganhou a indústria automotiva, os transportadores com opções de veículos melhores e a sociedade como um todo, com caminhões mais seguros nas estradas e menos poluentes. Lógico que, no Brasil, ainda temos uma frota antiga, mas isso é tema para outro artigo.

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A indústria brasileira de biodiesel deveria investir em HVO

Uma alternativa mais sustentável e eficiente para a indústria de biodiesel brasileira seria apostar na produção do HVO, o combustível de óleo vegetal hidrogenado, em vez de pressionar o Congresso Nacional para aumentar o percentual da mistura de biodiesel no diesel fóssil. A mistura do biodiesel com diesel acima de 10% pode causar danos aos motores a diesel, conforme demonstrado por estudos técnicos em diversos países. Por isso, muitas empresas estão investindo em HVO, que apresenta benefícios ambientais e econômicos. No entanto, a produção do HVO requer investimentos em tecnologias e infraestrutura.

A transição energética do diesel fóssil para o diesel renovável verde é uma necessidade urgente para a indústria de transportes, que visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa e contribuir para o combate às mudanças climáticas.

Apoiador Frota News em transição energética:

Green Fuel: a tecnologia brasileira com hidrogênio para veículos comerciais

O HVO é uma alternativa promissora, que pode substituir o diesel fóssil sem a necessidade de adaptações nos motores ou na infraestrutura de distribuição. No entanto, para que o HVO seja competitivo e sustentável no mercado brasileiro, é preciso que a indústria nacional invista na produção desse biocombustível, aproveitando as vantagens competitivas do país em termos de disponibilidade e diversidade de matérias-primas. O HVO é produzido a partir de óleos vegetais ou gorduras animais, que passam por um processo de hidrogenação para remover o oxigênio e aumentar a qualidade do produto.

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Grupo Volvo aposta no hidrogênio para alcançar emissões líquidas zero

Se a indústria brasileira não investir, mesmo que seja por meio de parceria com empresas de outros países, o Brasil arrisca perder espaço para empresas estrangeiras que já produzem HVO e que podem se aproveitar da demanda crescente por esse produto no país.

Porém, há desafios para a produção do HVO, da mesma forma que há desafios para qualquer outro caminho para a transição energética. O uso de gasolina, etanol, diesel e GNV é mais cômodo, pois já há uma gigantesca infraestrutura construída.

O HVO promete uma economia de carbono de até 94%. No entanto, é preciso conhecer os desafios, e exemplos de outros países podem auxiliar a indústria brasileira. A Green Biofuels, do Reino Unido e contava com a finlandesa Neste para o fornecimento de seu HVO, enfrentou uma série de desafios financeiros e legais.

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No Brasil, a ANP (Agência Nacional do Petróleo) já regulamentou o HVO: (RANP 842/2021). A Volkswagen Caminhões já apresentou a versão o VW Meteor Optimus na Fenatran de 2022. Mesmo que o HVO funcione em qualquer motor diesel, o fabricante, para vender o modelo com essa indicação de combustível, precisa realizar uma nova homologação.

Para começar a produção do VW Optimus, a VWCO espera o cliente encomendar o modelo. Já o cliente, espera existir o HVO nos postos de abastecimentos, e a indústria de biocombustíveis está esperando o quê?

No entanto, há projetos de construção de biorrefinarias de HVO no país, como o anunciado pela Vibra Energia e a Brasil BioFuels, que prevê o início da produção em 2025.

Muitos especialistas acreditam no potencial do diesel verde. Ademais, os fornecedores de biocombustíveis vão enfrentam desafios para equilibrar o crescimento da oferta, demanda, distribuição e os pagamentos de impostos variáveis.

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Grupo Volvo aposta no hidrogênio para alcançar emissões líquidas zero

O Grupo Volvo anunciou que utilizará uma gama das mais recentes tecnologias de propulsão na sua ambição de alcançar produtos, soluções e serviços com emissões líquidas zero de gases com efeito de estufa até 2040. A empresa já está oferecendo soluções elétricas a bateria e vai investir fortemente no campo do hidrogênio — tanto para aplicações em células de combustível como combustível renovável para motores de combustão.

O Grupo Volvo é uma das empresas automotivas que defende a pesquisa e o desenvolvimento contínuo do motor de combustão interna para alcançar emissões líquidas zero em caminhões, ônibus, construção, soluções marítimas e industriais. Outras duas empresas são Cummins e FPT, que já possuem motores de combustão a hidrogênio em testes.

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A tecnologia dos motores de combustão tem sido continuamente desenvolvida e refinada ao longo da história do Grupo Volvo e ainda é relevante no cenário atual e futuro, juntamente com novas tecnologias.

“Acreditamos que o futuro exigirá aplicações de propulsão variadas para atender às necessidades e demandas ambientais de nossos clientes. É por isso que estamos adotando uma abordagem tripartida para a propulsão. Vejo o motor de combustão interna que funciona com hidrogênio verde como outra solução de grande interesse que testamos atualmente nos nossos laboratórios de motores e veículos de teste”, afirma Lars Stenqvist, diretor de Tecnologia do Grupo Volvo.

O hidrogênio é considerado um dos combustíveis mais promissores para o transporte sustentável, ao poder ser produzido a partir de fontes renováveis, armazenado e transportado facilmente e usados para gerar energia sem emissões de carbono. O Grupo Volvo explora diferentes formas de utilizar o hidrogênio nos seus veículos, tanto em células de combustível que convertem o hidrogênio e o oxigênio em eletricidade, como em motores de combustão que queimam o hidrogênio como um combustível alternativo ao diesel.

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O Grupo Volvo está estabelecendo a bolsa VICE (Motor de Combustão Interna Volvo) para garantir a competência contínua da tecnologia de motores de combustão interna devido ao financiamento público reduzido para pesquisa acadêmica neste campo de tecnologia e, portanto, ao interesse reduzido entre os estudantes. A bolsa é uma parceria entre o Grupo Volvo e duas universidades suecas, Chalmers University of Technology e Lund University, que irão recrutar e supervisionar quatro estudantes de doutorado cada uma, que irão realizar suas pesquisas sobre o uso do hidrogênio nos motores de combustão.

“A pesquisa de hidrogênio em Chalmers, principalmente com o centro TechForH2, é um ambiente estimulante. Além disso, colaborativo que será ainda mais enriquecido com a nova bolsa de doutorado”, disse Martin Nilsson Jacobi, presidente e CEO da Chalmers University of Technology. “A tecnologia que está sendo desenvolvida representa novos passos na transição para uma sociedade livre de combustíveis fósseis. A combustão de hidrogênio pode criar robustez e, assim, ajudar-nos a lidar com muitos cenários de transição globais.”

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“Nos últimos anos, o financiamento para investigação em motores de combustão interna foi reduzido. Ademais, os centros de competência nacionais desapareceram”, afirma Annika Olsson, professora e reitora da Faculdade de Engenharia da Universidade de Lund. “Mas, para contribuir para a redução da dependência dos combustíveis fósseis. Além disso, ao mesmo tempo, aumentar o crescimento das empresas suecas, precisamos de uma forte educação e investigação sobre futuras tecnologias de propulsão. Sobretudo, estreitar colaboração entre a indústria e o meio acadêmico. O hidrogênio proveniente do excedente de eletricidade é um exemplo de uma área. Onde, juntos, temos a oportunidade de alcançar um salto tecnológico em benefício do clima.”

Uma vez recrutados, os candidatos aprovados se tornarão estudantes de doutorado industrial e realizarão suas pesquisas durante 2024–2029. Os alunos serão contratados pelo Grupo Volvo, que também financiará pesquisas, supervisão e despesas experimentais.

“Nossa bolsa é uma iniciativa não apenas para salvaguardar a educação dos pesquisadores. Além disso, para auxiliar na transição para o transporte sustentável com uma das três tecnologias de propulsão do Grupo Volvo. É importante que a indústria e a academia tenham uma parceria forte. Dessa forma, saudamos mais iniciativas para garantir o conhecimento a longo prazo do motor de combustão interna”, afirma Lars Stenqvist.

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FSJ Logística inicia 2024 com mais 80 novos veículos em sua frota

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A FSJ Logística, empresa especializada em transportar cargas fechadas com rotas fixas por todo o Brasil, está dando início ao ano de 2024 com um impulso significativo em sua frota rodoviária. Com foco no crescimento das operações de grandes transferências, a empresa realizou aquisições estratégicas ao longo do último ano.

Para este ano, a empresa planeja continuar investindo em sua frota, visando a compra de mais 141 veículos, entre cavalos, carretas e trucks. Desse total, 79 serão destinados à renovação dos veículos mais antigos, mantendo a frota média com no máximo três anos de uso. Os outros 62 veículos serão destinados ao incremento da frota, buscando atender às crescentes demandas do mercado.

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Em 2023, a FSJ Logística não apenas renovou 72 veículos de sua frota como também incorporou mais 80 veículos zero quilômetros, solidificando-se como uma força motriz no setor de logística e transporte.

Rafael Jacobsen, diretor de Operações da FSJ Logística, destaca: “Iniciamos o ano de 2024 com uma frota renovada e ampliada, com capacidade para atender com qualidade e agilidade todo o mercado brasileiro em operações de grandes transferências.”

Para este ano, a empresa planeja continuar investindo em sua frota, a fim de comprar mais 141 veículos, entre cavalos, carretas e trucks. Desse total, 79 serão destinados à renovação dos veículos mais antigos, mantendo a frota média com no máximo três anos de uso. A empresa destinará os outros 62 veículos ao incremento da frota, buscando atender às crescentes demandas do mercado.

A JSL S.A. adquiriu a FSJ Logística no segundo semestre de 2023, pelo destaque de suas estatísticas operacionais. Ademais, realiza 5,4 mil viagens por mês, a empresa transporta aproximadamente 11,7 milhões de pacotes, totalizando 82 mil toneladas. Com uma extensa malha de 210 rotas fixas, a FSJ Logística percorre de 4,5 milhões a 5 milhões de quilômetros mensalmente.

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Fundada em 2015 com um foco especial nas grandes transferências (Middle Mile) de cargas do e-commerce, a FSJ Logística é uma empresa familiar gerenciada por Emerson Davo. Além disso, suas iniciais fazem alusão à Fazenda São Judas, propriedade rural de José Afonso Davo, fundador da Jadlog, uma empresa de renome no setor de transportes. O rápido crescimento e os resultados excepcionais da FSJ Logística, sobretudo, chamando a atenção da JSL S.A. Dessa forma, no ano passado, o Grupo Simpar, controlador da JSL, adquiriu a empresa.

Por fim, a empresa conta com uma frota de cerca de 600 veículos. Ademais, inclui cerca de 100 carretas blindadas, a FSJ Logística diz estar preparada para enfrentar os desafios e oportunidades neste ano.

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Viação Gato Preto testa tecnologia que usa hidrogênio para reduzir consumo e emissões

O transporte público é um dos principais desafios para as grandes cidades, especialmente no que diz respeito à sustentabilidade e à qualidade do serviço. Pensando nisso, a  Viação Gato Preto, em parceria com a SPTrans, a Mercedes-Benz do Brasil e a Green Fuel, realizou um experimento inovador: testar o uso de um dispositivo que injeta hidrogênio nos motores a diesel.

O teste envolveu 10 ônibus urbanos, visando reduzir o consumo de  combustível e as emissões de poluentes. O transporte público é um dos principais desafios para as grandes cidades, especialmente no que diz respeito à sustentabilidade e à qualidade do serviço.

O dispositivo GF 420, desenvolvido pela Green Fuel, é um gerador de hidrogênio que utiliza água e energia elétrica para produzir o gás, que é misturado ao ar na admissão do motor. Segundo a empresa, o hidrogênio melhora a queima do diesel, aumentando, em cargas parciais a potência, o torque e a eficiência do motor, além de diminuir a emissão de gases nocivos ao meio ambiente.

Viação Gato Preto
Dispositivo GF 420, desenvolvido pela Green Fuel

Para avaliar os benefícios da tecnologia, a Viação Gato Negro selecionou cinco ônibus chassi Mercedes-Benz O-500 U LE 1826, equipados com motores Euro 5, para receberam o dispositivo da Green Fuel. Ademais, outros cinco ônibus idênticos foram usados como controle, sem o dispositivo.

Os dez ônibus operaram normalmente na linha 856R-10 (Lapa x Socorro, extensão de 52 km, ida e volta). Os testes foram durante 90 dias, entre setembro e dezembro de 2023.

Os resultados

O experimento foi acompanhado pela SPTrans, que fiscalizou os ônibus e os abastecimentos, e pela Mercedes-Benz do Brasil. Além disso, a Netz Engenharia Automotiva foi responsável por monitorar os parâmetros de funcionamento dos motores e realizar as medições de consumo.

Os resultados foram positivos: os cinco ônibus com o dispositivo da Green Fuel apresentaram uma redução média de 4,05% no consumo de diesel em relação aos cinco ônibus sem o dispositivo. Isso significa uma economia de cerca de 80 litros de diesel por mês por ônibus. Portanto, uma redução de aproximadamente R$ 420,00 nos custos operacionais mensais por veículo.

Além disso, cada ônibus com o dispositivo da Green Fuel, que percorreram 10.000 km, durante os testes, deixaram de emitir 595 kg de CO2.

O experimento demonstrou que o uso do dispositivo da Green Fuel é uma alternativa viável. Além disso, eficaz para melhorar o desempenho dos motores a diesel e reduzir o impacto ambiental do transporte público.

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