sábado, dezembro 20, 2025

OS BENEFÍCIOS E COMO TER UMA USINA DE ENERGIA SOLAR NA TRANSPORTADORA

  • Para ter uma usina de energia solar na própria empresa não precisa ser uma Ambev, mesmo esta sendo o melhor exemplo a ser seguido
  • Os benefícios são diversos, para a transportadora e para a sociedade para por fim às sobretaxas das bandeiras amarela e vermelha
  • As etapas para a execução de um projeto

Algumas transportadoras e embarcadores têm conseguido bons resultados com a instalação de usina de energia solar para reduzir o custo logístico. Entre os embarcadores, um dos melhores e maiores exemplos que existem no Brasil é o da Ambev. No entanto, não precisa ser uma gigante da fabricação de bebidas para gerar a própria energia, já que o “mini usinas” já existem em muitas residências.

usina de energia solar
Uma das 38 usinas de energia solar da Ambev

No entanto, quanto mais as empresas utilizarem fontes próprias para a produção de energia elétrica, mais elas contribuem para evitar que a população brasileira pague as sobretaxas das tarifas com bandeiras amarela e vermelha.

usina de energia solar
Pioneirismo da Ambev para a eletrificação da frota foi com a Volkswagen

Leia também: XCMG Lança Caminhão E Carregadeira De Rodas Elétricos No Brasil

VW e-Delivery, JAC e FNM

A Ambev já possui 38 usinas de energia solar funcionando nos centros de distribuição espalhados pelo país. A frota de caminhões elétricos já conta com mais de 250 caminhões elétricos entre os modelos VW e-Delivery e JAC iEV1200T. O objetivo é chegar a 1.600 unidades, substituindo parte da frota de cerca de 5.300 caminhões movidos a diesel.  

Os caminhões são abastecidos por essas usinas fotovoltaicas. Além dos caminhões da VW e JAC, a Ambev vem testando caminhão elétrico da startup FNM, fabricante brasileira que comprou a ícone marca antiga (isso uma história para outro artigo), que vai lançar seus caminhões elétricos em breve.

Os FNM elétricos serão produzidos na fábrica da Agrale, em Caxias do Sul (RS). Segundo registros no Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), duas unidades FNM foram licenciadas este ano para testes.

Exemplo de usinas em transportadoras

Duas transportadoras mineiras também já utilizam esse potencial da natureza para reduzir a conta de luz, ação que reverte, também, pontos positivos sobre as praticas de ESG.

Os exemplos são da Transmartins e Expresso Nepomuceno. Existem outros, mas esses dois são suficientes para mostrar os benefícios alcançados.

A Transmartins, de Belo Horizonte (MG), implantou as usinas em três unidades desde 2021. Com esta iniciativa, ela já economizou mais de R$ 200 mil em contas de energia elétrica.

A Expresso Nepomuceno investiu em quatro usinas de geração de energia fotovoltaica. Essas usinas são capazes de gerar, anualmente, um total de 35 MwH (megawatt-hora) de energia. Um MwH representa um milhão de watts de potência usados durante um ano.

Para ter uma noção prática, aqui estão algumas comparações que podem ajudar a visualizar a quantidade de energia:

  • 35 MWh é suficiente para alimentar uma casa média por aproximadamente 2.500 dias, considerando um consumo médio de 40 kWh por dia.
  • Se uma lâmpada incandescente de 100 watts ficasse ligada durante 35.000 horas, ela consumiria 3,5 MWh.
  • Um carro elétrico com uma bateria de 50 kWh poderia ser totalmente carregado cerca de 700 vezes com 35 MWh.

Além dos benefícios financeiros

A usina fotovoltaica também desempenha um papel fundamental na redução das emissões de gases de efeito estufa (GEEs).

Graças à opção da empresa em utilizar fontes de energia limpa e renovável, deixou-se de liberar essa quantidade de gases de efeito estufa. Se gerássemos energia por meio de fontes poluentes, como geradores a diesel ou termoelétricas, a quantidade significativa de CO2 agravaria o aquecimento global e as mudanças climáticas.

Como toda a sociedade se beneficia

A energia solar fotovoltaica é uma fonte limpa e renovável que utiliza a luz do sol para gerar eletricidade. Ao optar por essa forma de energia, a Transmartins coloca em prática um modelo de negócio sustentável e contribui para a diminuição da dependência de fontes de energia não renováveis, como os combustíveis fósseis, ou utilizar a energia das concessionárias de serviços públicos, sobrecarregando o sistema e fazendo a energia elétrica encarecer para toda a população com as sobretaxas.

Como implantar uma usina de energia solar

Iniciar um projeto para ter a própria usina fotovoltaica requer um planejamento cuidadoso e uma série de etapas. Aqui estão algumas orientações para uma transportadora que deseja iniciar esse projeto:

Avalie a viabilidade: antes de iniciar qualquer projeto, é importante realizar uma análise de viabilidade para determinar se a instalação de uma usina fotovoltaica é adequada para a transportadora. Considere fatores como a disponibilidade de espaço para instalação, a capacidade financeira para investir inicialmente e o potencial de economia de custos a longo prazo.

Realize um estudo de demanda energética: é essencial entender o consumo de energia da transportadora para dimensionar corretamente a usina fotovoltaica. Analise os dados de consumo de energia ao longo do tempo e identifique os períodos de maior demanda. Isso ajudará a determinar o tamanho e a capacidade da usina necessária para atender às necessidades energéticas da transportadora. Faça esta projeção considerando a expectativa de crescimento a médio prazo.

Pesquise e escolha um fornecedor:

Procure por fornecedores confiáveis de sistemas fotovoltaicos. Acima de tudo, realize pesquisas de mercado, solicite orçamentos e verifique a reputação e a experiência dos fornecedores. Escolha aquele que ofereça a melhor combinação de qualidade, preço e suporte pós-venda.

Projete o sistema fotovoltaico: trabalhe com o fornecedor escolhido para projetar a usina fotovoltaica de acordo com as necessidades específicas da transportadora. Isso inclui determinar a quantidade de painéis solares, inversores, baterias (se necessárias) e outros componentes necessários para o sistema.

Obtenha as licenças e aprovações necessárias: verifique as regulamentações locais, estaduais e nacionais para a instalação de usinas fotovoltaicas e assegure-se de cumprir todos os requisitos legais. Desse modo, isso pode envolver a obtenção de licenças de construção, autorizações ambientais e conexão à rede elétrica.

Financie o projeto: determine as opções de financiamento disponíveis para o projeto. Assim, pode-se buscar financiamento próprio da transportadora, empréstimos bancários, parcerias com investidores ou programas de incentivo governamentais para energia renovável.

Realize a instalação e a conexão à rede:

Após a obtenção das aprovações e do financiamento, inicie a instalação da usina fotovoltaica de acordo com o projeto definido. Isso envolve a montagem dos painéis solares, a instalação dos inversores e outros componentes elétricos. Em seguida, é necessário realizar a conexão à rede elétrica, seguindo as diretrizes e padrões estabelecidos.

Monitore e mantenha o sistema: uma vez que a usina esteja operacional, é importante monitorar regularmente o desempenho do sistema fotovoltaico. Verifique a produção de energia, monitore os componentes e realize a manutenção preventiva conforme recomendado pelo fornecedor. Isso ajudará a garantir a eficiência e a longevidade do sistema.

Lembre-se de que cada projeto pode ter requisitos específicos, portanto, é recomendável procurar a orientação de especialistas em energia solar e consultores técnicos para obter um planejamento e execução adequados.

Em suma, há 10 anos, não havia muitos fornecedores, componentes nacionais e especialistas no mercado para atender este segmento, o que elevava o custo. Atualmente, muitos fornecedores e especialistas já nacionalizaram muitos dos componentes que eram importados e, consequentemente, caros, incluindo as placas solares.

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Se identifica com esses quatro valores, fundamentais para a construção das práticas de ESG, que sintetiza as três principais áreas de preocupação ambiental, social e governança. 

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PIB DO TRANSPORTE CRESCE 1,2% NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2023, DIZ IBGE

No período de janeiro a março de 2023, a economia brasileira apresentou crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 1,9% , e o PIB do transporte foi de 1,2%. A medição do índice é realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que faz a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O índice de 1,9% é em relação ao trimestre anterior, ajustado sazonalmente. Esse resultado foi superior ao esperado pelo mercado, que projetava uma expansão de 1,5%.

Setores chave da economia, como o transporte, a armazenagem e os correios tiveram um desempenho notável no primeiro trimestre de 2023. O PIB desse setor cresceu 1,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior, representando um aumento de 5,1% em relação ao primeiro trimestre de 2022. Esses números indicam uma tendência de crescimento contínuo e uma recuperação significativa após as adversidades enfrentadas.

Isso explica a quantidade de vagas de trabalho abertas pelas transportadoras e operadores logísticos, com diversas vagas divulgadas aqui no site pela…

Leia também: VENDAS DE VEÍCULOS CRESCEM EM MAIO E NO ACUMULADO, EXCETO PARA CAMINHÕES

Capacidade de adaptação

Esse crescimento acima das previsões de mercado reflete a resiliência e a capacidade de adaptação da economia brasileira. Apesar dos desafios enfrentados, como a instabilidade fiscal e a volatilidade nos preços dos combustíveis, o país tem conseguido superar as expectativas e se posicionar como uma potência econômica.

Uma das principais razões para esse desempenho robusto foi o setor agropecuário. Ainda mais, com um crescimento de 21,6% no PIB. Esse setor desempenhou um papel fundamental na impulsão da economia. A produção agrícola tem sido um ponto forte do Brasil, impulsionada pela demanda global por commodities agrícolas.

PIB do transporte
Empresas ligadas ao agronegócio são responsáveis pela compra de cerca de 40% dos caminhões pesados

Além disso, outros setores importantes também contribuíram para o crescimento econômico no primeiro trimestre de 2023. O grupo de “atividades financeiras, de seguros e outros serviços relacionados” registrou um aumento de 1,2%, demonstrando a resiliência desses setores diante das adversidades.

Diferentes modalidades

No que diz respeito ao setor de transporte, o crescimento foi impulsionado por diferentes modalidades. O transporte rodoviário de cargas teve um crescimento expressivo de 23,7% em março, em comparação com o mês de janeiro. Todavia, esse aumento está diretamente relacionado ao período de safra de soja e milho, quando a demanda por transporte de grãos aumenta consideravelmente.

Além do transporte rodoviário, outras modalidades de transporte também tiveram um bom desempenho. O transporte ferroviário, por exemplo, registrou um crescimento de 20,9% no mesmo período, contribuindo para a expansão geral do setor.

Vale ressaltar que o transporte rodoviário desempenha um papel fundamental na logística brasileira, sendo responsável por mais de 65% de todas as cargas movimentadas. No entanto, este percentual é aproximado como ocorrer nas maiores economias e países do mundo, que varia entre 60 e 75% sobre pneus.

Expectativas para os próximos meses

No entanto, apesar dos resultados positivos, é importante ressaltar que o crescimento projetado para o ano é de 1,23%. Por fim, essa projeção reflete as incertezas em relação a questões como o novo arcabouço fiscal, a política de preços dos combustíveis, as reformas estruturantes, como a tributária, e a taxa de juros, que ainda se mantém em patamar elevado. Esses fatores podem inibir os investimentos privados e afetar o ritmo de crescimento da economia.

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CONHEÇA A HISTÓRIA DA KOMBI E AS 4 PRESERVADAS NA GARAGEM VW

A Volkswagen celebrou, pela primeira vez, o Dia Internacional da Kombi. A partir deste ano, todo 2 de junho será dedicado à Velha Senhora, um dos modelos mais amados de todos os tempos.

Até hoje ainda não existiu um veículo que ocupou o espaço deixado pela Kombi no segmento de transporte de passageiros. Para o transporte de carga, já há os modelos Peugeot Expert, Citroën Jumpy e Fiat Scudo. Na categoria picape, há diversos chassis cabine.

A Volkswagen, futuramente, vai lançar o substituto da Kombi, o elétrico ID.Buzz, porém, em outro patamar preço, sempre ser acessível como a Kombi foi em toda a sua história de sucesso.

70 anos de história

Não há quem não se encante com o modelo e resgate memórias daquela que marcou o início das atividades da Volkswagen no País, há 70 anos.

A montagem da saudosa Senhora, aliás, começou no ano de 1953, em um galpão no bairro do Ipiranga, em São Paulo. A partir de 2 de setembro de 1957, ela passou a ser efetivamente produzida no Brasil, na Fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo, com 50% de componentes nacionais — índice que passaria a 95% em 1961.

Leia também: HISTÓRIA: O PRIMEIRO ÔNIBUS MB PARA LONGA DISTÂNCIA CONSTRUÍDO HÁ 85 ANOS

A Kombi foi o primeiro veículo fabricado pela Volkswagen do Brasil, antes mesmo do Fusca. Também foi o primeiro feito pela empresa fora da Alemanha.

Para celebrar a data especial, a Volkswagen do Brasil conta um pouco da história de quatro unidades que fazem parte do acervo da Garagem VW, e que se encontram preservados nas instalações da planta Anchieta.

Leia também: HISTÓRIA: O PRIMEIRO ÔNIBUS MB PARA LONGA DISTÂNCIA CONSTRUÍDO HÁ 85 ANOS

Kombi “Corujinha”

Kombi

A Kombi Corujinha, com mais de 60 anos de estrada, ajudou brasileiros de todos os cantos do País a construírem histórias marcantes, e para a unidade que faz parte do acervo da Garagem VW não foi diferente. Com a pintura saia-e-blusa combinando o Vermelho Calipso com o Branco Lótus, sua vida desde 1961 aconteceu ao lado de clientes da VW pelo Brasil, que a mantiveram em perfeito estado de conservação. Mas, em 2012, foi comprada de um colecionador e retornou para sua casa na fábrica da Anchieta, onde passou por uma restauração completa. Anos depois, em 2019, se juntou ao acervo de clássicos para a inauguração da Garagem VW, onde segue até hoje. Trata-se da unidade mais antiga do acervo.

Kombi Pick-up

Kombi

Devastada durante a Segunda Guerra Mundial, a Stadt des KdF-Wagens (“cidade do KdF-Wagen”, nome oficial do Fusca até o término do combate) voltou a funcionar inicialmente como oficina de reparos para veículos militares. Assim como, antes de retomar a produção civil, em dezembro de 1945, foi renomeada para Wolfsburg.

Para resolver a escassez de empilhadeiras na fábrica ainda em reconstrução, nós criamos o Plattenwagen: instalamos uma chapa longitudinal à frente do motorista sobre o chassi do Fusca (daí o termo “platten”, que significa prancha). Desse modo, estavam criando o embrião da Kombi.

A Kombi Pick-up é uma variação da Kombi clássica que ganhou popularidade como veículo de carga. No acervo da Garagem VW, existe uma unidade dessa versão que também tem uma história interessante. A Kombi Pick-up, fabricada em 1975, desempenhou por muitos anos a função de veículo de trabalho, transportando cargas e auxiliando nas atividades diárias. Por isso, a Volkswagen do Brasil adquiriu a Kombi Pick-up após aposentá-la e submeteu-a a um processo de restauração para preservar sua autenticidade. Hoje, ela é uma peça histórica que representa a versatilidade e a utilidade da Kombi ao longo dos anos.

Kombi “Pão de Forma”

A Kombi “Pão de Forma” é provavelmente a versão mais icônica e reconhecida da Kombi. Essa designação vem do formato do seu corpo, que se assemelha a um pão de forma. A Garagem VW fabricou a unidade presente em 1967 e ela possui uma história fascinante. Eles utilizaram-na como veículo de apoio durante a construção do Complexo Industrial da Volkswagen, em São Bernardo do Campo. Durante anos, essa Kombi transportou funcionários, ferramentas e materiais, desempenhando um papel fundamental na expansão da empresa. Enfim, ela é uma lembrança nostálgica desse período importante na história da Volkswagen do Brasil.

Kombi “Last Edition”

A Kombi “Last Edition” é uma edição especial lançada como modelo 2013 para marcar o fim da produção da Kombi no Brasil. Na época, as legislações entraram em vigor, obrigando todos os veículos a possuírem sistemas de freio ABS e duplo airbag de série. No entanto, instalar sistemas de freio ABS e duplo airbag de série em projetos antigos se mostrava economicamente inviável.

Por fim, a unidade presente na Garagem VW é uma das últimas fabricadas e representa o encerramento de uma era. Com um visual vintage e detalhes exclusivos, essa Kombi é uma homenagem aos mais de 60 anos de história do modelo no país.

VENDAS DE VEÍCULOS CRESCEM EM MAIO E NO ACUMULADO, EXCETO PARA CAMINHÕES

A Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) divulgou os números de de vendas de veículos (emplacamentos) de maio e o acumulado do ano de 2023. A entidade representa as redes de concessionárias de todos os tipos de veículos, incluindo as de implementos rodoviários, máquinas agrícolas e de construção.

O mercado em geral apresentou crescimento de 14,81% nos cinco primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Aliás, o único segmento que apresentou queda foi o de caminhões, de 8,81%.

Antes de tudo, os dados divulgados pela Fenabrave são obtidos junto ao Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) e são baseados no Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores). Trata-se do sistema utilizado para registrar e controlar informações sobre veículos automotores. Ele é administrado pelo Denatran e, nele, são registradas diversas informações, como características do veículo, histórico de propriedade, débitos e restrições financeiras, sinistros, recalls, licenciamento e emplacamento, entre outros dados relevantes.

Leia também: CONHEÇA A HISTÓRIA DA KOMBI E AS 4 PRESERVADAS NA GARAGEM VW

Mercado em crescimento

O mercado em geral apresentou crescimento de 14,81% nos cinco primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. O único segmento que apresentou queda foi o de caminhões, de 8,81%. No entanto, as vendas estão crescendo, já que em maio, o número foi 8,23% superior ao do mês anterior. Veja os números nas imagens abaixo.

Vendas por segmento

vendas de veículos

Caminhões e ônibus

O ranking de vendas de caminhões e ônibus acumulada em 2023. Neste caso, vale lembrar, que é uma venda muito diferente em relação aos outros tipos de segmentos. Afinal, há um período maior entre a venda e o emplacamento. No caso de caminhão chassi rígido e do ônibus, o licenciamento ocorre somente após o encarroçamento, o que que levar até 90 dias, dependendo da complexidade. Ademais, o cavalo mecânico não passando por nenhuma alteração, como a inclusão de um eixo ou entre-eixos, o emplacamento ocorre no mesmo mês da emissão da nota fiscal.

O ranking das marcas de caminhões mais registrados no Renavam neste ano:

vendas de veículos

Implementos rodoviários

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Por fim, o ranking das marcas de automóveis e comerciais leves – acumulado 2023

vendas de veículos
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Vendas varejo x vendas diretas

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Leia também: Os 50 Automóveis E SUVs Mais Comprados Pelos Frotistas Em 2023

Ranking das marcas de motocicletas

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Fonte: Fenabrave

QUE TAL PARAR DE FALAR TCO, E ENTENDER O QUE É CTO E CTP NA GESTÃO DE UMA FROTA?

No Brasil, é muito comum escutar que o caminhão y ou x tem o melhor TCO. Usar o estrangeirismo “TCO” como sigla na língua portuguesa gera confusão e erros de entendimento em muitos profissionais que trabalham e precisam tomar decisões sobre a gestão de frotas.

A sigla TCO leva a dois entendimento diferentes sobre as informações para avaliação do desempenho de um veículo. O erro ocorrer por se tratar de uma sigla em inglês para duas análises diferentes. TCO, em inglês, pode ser “total cost of operation” ou “total cost of ownership”. O entendimento sobre as diferenças entre um TCO e o outro TCO faz muita diferença na gestão de uma frota e de uma transportadora.

Não seria mais fácil usar siglas em português e saber como usar cada uma?

O custo total de operação (CTO) refere-se aos gastos diretos e recorrentes necessários para manter os veículos em funcionamento. Esses custos estão associados à operação diária da frota e incluem itens como combustível, manutenção, peças de reposição, pneus, lubrificantes, lavagens, impostos, seguros, taxas de licenciamento, entre outros. Além disso, pode ser ter o CTO por segmento, tipo de operação ou cliente. O CTO representa o valor que a empresa gasta para manter a frota operacional em um determinado período, geralmente mensal ou anual.

Por outro lado, o custo total de propriedade (CTP) abrange uma perspectiva mais ampla e considera todos os custos envolvidos na aquisição, operação e manutenção de um veículo ao longo de seu ciclo de vida.

Isso inclui não apenas os custos diretos de operação mencionados no CTO, mas também os custos indiretos associados à depreciação do veículo, financiamento, seguros, impostos de propriedade, taxas de licenciamento, entre outros.

CTP é mais amplo

O CTP tem em conta os custos iniciais da aquisição do veículo. Isso inclui o preço de compra, os impostos de importação ou venda, os custos de registro e quaisquer modificações ou acessórios adicionais. Além disso, leva em consideração a depreciação do veículo ao longo do tempo, sendo a perda de valor que ocorre à medida que o veículo envelhece e acumula quilometragem.

É importante destacar que o CTP também considera os custos de oportunidade associados à propriedade do veículo. Por exemplo, se uma empresa optar por comprar um veículo em vez de alugá-lo, ela terá que lidar com os custos de oportunidade. Significa não investir o dinheiro em outras áreas do negócio.

Em resumo, enquanto o CTO se concentra nos custos operacionais diretos da frota, o CTP engloba tanto os custos diretos como indiretos associados à propriedade e operação dos veículos ao longo de seu ciclo de vida.

O CTP oferece uma visão mais completa dos custos envolvidos na gestão da frota. Ele possibilita tomar decisões estratégicas sobre aquisição, substituição, renovação e até mesmo a terceirização dos veículos.

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TCO

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XCMG BRASIL LANÇA CINCO CAMINHÕES ELÉTRICOS E TRÊS MÁQUINAS DE CONSTRUÇÃO

A XCMG, líder no setor de máquinas pesadas na China e a 3ª no mundo no segmento, iniciou as operações da divisão de veículos elétricos no Brasil. Na ocasião, ela lançou cinco modelos de caminhões, dois rodoviários e três fora de estrada, além de três máquinas de construção.

Antes de tudo, é bom separar a XCMG de importadores de veículos chineses que aventuraram no Brasil no passado, quando importaram caminhões Sinotruk e Shacman, e depois deixaram os transportadores em assistência. Aqui estamos tratando da operação da própria fabricante, o XCMG Group, a terceira maior do mundo e com 80 anos de história.

A XCMG Brasil opera no País desde 2004 e, em 2014, inaugurou a sua enorme fábrica de máquinas de construção em Pouso Alegre (MG) e já investiu mais de US$ 500 milhões no país e quer continuar investindo. 

XCMG
Fábrica da XCMG no Distrito Industrial de Pouso Alegre (MG)

Os modelos rodoviários E7-49T e E7-29R

Antes, vamos esclarecer a nomenclatura. O “E7” significa a geração. O “49T” significa que se trata de um trator (sinônimo de cavalo mecânico) de 19 toneladas de PBTC (Peso Bruto Total Combinado), ou seja, é o peso máximo que pode ter sobre os eixos do cavalo mecânico e do implemento rodoviário, neste caso, um três eixos convencionais ou vanderleia.

Cavalo mecânico 6×4 elétrico E7 49T O E7-49T tem um PBTC (Peso Bruto Total Combinado) de 49.000 kg, ou seja, é o peso máximo que pode ter sobre os eixos do cavalo mecânico e do implemento rodoviário, neste caso, um três eixos convencionais ou vanderleia. O seu motor é elétrico e tem uma potência de 482 cv e um torque de 2.000 Nm (204,1 kgf.m). Ele usa uma transmissão automatizada (AMT) de 4 velocidades, que ajuda a economizar energia nas arrancadas. A autonomia com 100% de carga é de 150 km, a considerando a redução da norma do INMETRO para a autonomia estar na realidade das condições brasileiras. O preço é de R$ 1.300.000.

O modelo E7-29R é um semipesado 8×4, com um PBT de 29 toneladas e um chassi rígido para atender diversos segmentos do transporte, como produtos alimentícios, materiais de construção, mercadorias perecíveis ou qualquer outro tipo de carga e serviços. Na atividade urbana, o caminhão elétrico apresenta a vantagem da menor emissão de ruídos, como é caso de obras noturnas e coleta de lixo. O motor elétrico do modelo E7-29R tem potência equivalente a 490 cv e um torque de 2.000 Nm (204 kgf.m). A sua bateria de fosfato de ferro lítio possui uma capacidade de carga máxima de 282 kWh, resultando em uma autonomia de 150 km carregado. O preço é parte de R$ 1.350.000.

Fora de Estrada

Os caminhões fora de estrada têm o mercado de mineração como foco. A empresa disse que a autonomia depende muito do tipo de operação e não divulgou os preços. Os modelos são:

XGE5900E

Possui PBT de 90 toneladas, o que significa que consegue transportar 55 toneladas de carga líquida. Seu motor elétrico rende 680 cv e 1.000 Nm (102 kgf.m) de torque. O modelo possui 422 kWh de carga máxima de bateria (fosfato de ferro lítio) e, mesmo em condições de PBT, ainda encara rampas de até 40% de inclinação.

XEGE95

Esse é o modelo intermediário da família. O motor elétrico rende 816 cv e 1.400 Nm (142,9 kgf.m) de torque. Tem PBT de 95 ton (60 toneladas de carga útil). Ao passo que, as baterias possuem 422 kWh de carga máxima e ele é capaz, com todo esse porte, de chegar a 43 km/h de velocidade máxima.

XDR80TE

XCMG
O maior fora de estrada elétrico da XCMG

Com PBT de 116 toneladas, sendo 72 toneladas de carga útil, o XDR80TE é o maior caminhão elétrico da XCMG. O modelo possui motor com 748 cv e 4.800 Nm de torque (489 Kgf.m). Bem como, ele vem com 525 kWh de carga de baterias, ele vem com câmbio de 4 velocidades e tração nos dois eixos traseiros.

“A produção local depende da cadeia de fornecimento. As baterias, por exemplo, hoje não seria possível produzi-las localmente, mas a parte de chassi e cabine, sim, pois o Brasil tem indústria de fornecedores instalada”, disse o vice-presidente Tian Dong, executivo que já mora há cerca de 10 anos no Brasil. “Já temos conversas com alguns fornecedores, mas a questão de volume ainda dificulta o avanço, porque a cadeia também olha para esse ponto.”

Estoque

Para iniciar as vendas a XCMG importou 200 caminhões que já estão à venda nas suas 45 concessionárias, com expectativa de comercializar todos os veículos até dezembro. Para os próximos anos a empresa também possui plano de construir um centro de pesquisa e desenvolvimento no Brasil.

Carregadeiras

Há duas opções com motores 100% elétricos na linha XCMG: a XC918-EV é a versão com caçamba de 1 m³, que transporta até 1.800 kg e leva 5,5 segundos para o ciclo máximo de levantamento. Contudo, é um modelo para pequenas cargas e, por ser compacta (5,67 metros de comprimento por 1,96 m de largura), adapta-se melhor em espaços menores.

Já a XC968-EV foi concebida para encarar o “trabalho pesado”. Nesse sentido, a sua caçamba possui capacidade de 3,2 m³ e ela carrega 5.800 kg de carga. Precisa de menos de 5 segundos para completar o ciclo de levantamento de carga. Vem com três motores elétricos e garante uma autonomia de 6 a 8 horas de trabalho.

Escavadeira

A escavadeira XE270E possui bateria com capacidade máxima de 525 kWh, que permitem de 3 a 4 horas de operação. Além disso, movida por esteiras, ela alcança 7,17 m de altura e 6,93 m de profundidade de escavação. A caçamba possibilita o recolhimento de 1,4 m³ de material. Em síntese, silenciosa e isenta de qualquer vibração durante a operação.

Carregadores

A empresa está também oferece o carregador de 360 kW por R$ 200 mil. Tanto quanto, a consultoria para a montagem da infraestrutura de recarga das baterias dos veículos.

Ricardo Senda, gerente da divisão de veículos elétricos, disse que existe uma fatia do mercado que realiza operação em rotas fixas. Ele citou a própria XCMG como exemplo. Desse modo, ela vai utilizar sete caminhões para o transporte de contêineres entre Santos e Pouso Alegre, cobrindo uma distância de 300 km. A empresa já possui estações de recarga nas duas pontas e está construindo uma em Mairiporã que fica na metade do caminho. Dessa forma, o caminhão consegue completar o percurso com apenas uma parada de cerca de uma hora para recarga.

Esta notícia está no Frota News porque o produto da XCMG contribui para a sustentabilidade no transporte

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FREIGHTLINER E WESTERN STAR SÃO INVESTIGADAS POR FALHAS EM SEGURANÇA

A National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), órgão do governo federal dos EUA responsável pela redução de acidentes de trânsito, iniciou uma investigação após uma série de reclamações envolvendo os sistemas de frenagem automática de emergência (AEB). Os caminhões Freightliner Cascadia e Western Star 5700 são os investigados. Essa investigação desperta a atenção de proprietários e motoristas desses caminhões, bem como de todos os interessados na segurança nas estradas.

Conforme os documentos da NHTSA, o sistema AEB nos caminhões em questão pode identificar incorretamente um objeto. E, assim, comandar o veículo para parar inesperadamente, resultando em perigo para outros motoristas. Com base nisso, a agência recebeu 18 reclamações que a levaram a lançar uma avaliação preliminar para apurar os fatos e garantir a segurança de todos os envolvidos.

250.000 caminhões envolvidos

Essa investigação abrange cerca de 250.000 caminhões Daimler equipados com sistemas AEB. A Daimler Trucks North America (DTNA), fabricante dos caminhões Freightliner Cascadia e Western Star 5700, divulgou um comunicado. Ela afirma que está totalmente comprometida com o desenvolvimento de tecnologias que salvam vidas, como a frenagem automática de emergência. A empresa reconhece o potencial desses sistemas para melhorar significativamente a segurança nas estradas e compartilha a mesma missão da NHTSA de reduzir acidentes fatais e ferimentos graves.

A NHTSA alega, em seus documentos de investigação, que as 18 reclamações mencionam erros no sistema AEB dos caminhões modelo 2017-2022 Freightliner Cascadia e Western Star 5700 produzidos pela DTNA. Segundo relatos, o AEB é ativado sem a presença real de um obstáculo na estrada, caracterizando um evento falso positivo. Os motoristas informaram que o veículo aciona os freios de serviço sem aviso ou intervenção do motorista. Isso, variando desde aplicações momentâneas e parciais com perda mínima de velocidade até aplicações completas que levam o veículo a uma parada total na faixa de rodagem.

Órgão do governo confirmou falhas

O Centro de Pesquisa e Teste de Veículos da NHTSA realizou testes em um veículo equipado com o sistema AEB do Freightliner Cascadia. Durante o cenário de “placa de trincheira de aço”, o veículo iniciou uma frenagem brusca quando a placa foi detectada. A DTNA argumentou que esse cenário não reflete as condições reais de direção.

Freightliner

Diante dessas circunstâncias, a NHTSA decidiu abrir uma avaliação preliminar para identificar o problema. Assim, determinar se o suposto defeito representa um risco irracional à segurança. É importante ressaltar que essa investigação ocorre em um momento de mudança. A NHTSA e a Federal Motor Carrier Safety Administration planejam emitir um aviso de regulamentação. Assim, nele há proposta que busca comentários sobre a exigência e/ou padronização do desempenho dos sistemas AEB em caminhões.

Por fim, a segurança nas estradas é uma preocupação constante e as autoridades responsáveis estão comprometidas em garantir a proteção de todos os usuários. A colaboração entre a NHTSA, fabricantes de veículos e outras partes interessadas é essencial para a identificação e solução de quaisquer problemas relacionados à segurança automotiva.

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HISTÓRIA: O PRIMEIRO ÔNIBUS MB PARA LONGA DISTÂNCIA CONSTRUÍDO HÁ 85 ANOS

Sempre ficamos admirados com os ônibus modernos, com os últimos lançamentos da linha 2023 com muitas tecnologias de segurança. Mas, como era o ônibus de 85 anos atrás? Que tal viajar na história e conhecer o primeiro ônibus rodoviário de longa distância, para época, o Mercedes-Benz O 10000, de 1938.

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Desenho do primeiro ônibus para longa distância, o Mercedes-Benz O 10000

A unidade que pertence ao Museu da Mercedes-Benz, na Alemanha, foi restaurada depois que parou de trabalhar por 40 anos. Primeiro transportou viajantes e depois como transportador de correspondências e encomendas, e como agência móvel para os correios da Áustria.

Após aposentado, na década 1970, o O 10000 foi usado em diversos eventos culturais, como o renomado Festival de Salzburgo. Com sua bela pintura e brasão reluzente, o ônibus se tornou quase uma atração artística nessas ocasiões.

Uma maravilha de engenharia

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Primeiro ônibus Mercedes-Benz O 10000 do Reichspost alemão. Carroceria de aço da fábrica da Mercedes-Benz em Gaggenau

Na década de 1930, o Mercedes-Benz O 10000 era o maior ônibus já construído pela empresa. A Exposição Internacional de Automóveis e Motocicletas em Berlim apresentou seu chassi em fevereiro de 1936. As fábricas da Mercedes-Benz em Gaggenau e Sindelfingen forneciam as carrocerias de aço, algumas delas leves. Como resultado, o ônibus, com cerca de 14 metros de comprimento e velocidade máxima de 65 km/h, também transportava correios para longas distâncias.

Uma revolução na comunicação

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Cabine de telefone na estação móvel

Há 50 anos, a telefonia móvel ainda era uma visão futurista na vida cotidiana. No entanto, o serviço móvel dos correios austríacos já oferecia três “cabines telefônicas” a bordo do O 10000. Essas cabines, localizadas no lado esquerdo do ônibus, tinham telefones de disco preto fixados em mesinhas na parede. Você poderia fazer chamadas internacionais de longa distância a partir de uma cabine específica, que oferecia um toque de prestígio internacional.

Espaço generoso

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Mercedes-Benz O 10000 de 1938 convertido em estação de correios móvel para os correios austríacos. Close do indicador de destino com a inscrição “Postamt”.

O ônibus possuía hastes guia e espelhos retrovisores redondos no para-choque dianteiro para facilitar a condução em locais estreitos.

O ônibus possuía um sistema de classificação de correspondências imediatamente após a coleta. Essa função utilizava uma prateleira interior com compartimentos correspondentes. Enfim, as pessoas fixavam sacos postais a um poste e preenchiam-nos com as correspondências, além de organizar outros itens essenciais, como correntes de neve, ferramentas e extintores de incêndio, seguindo regras claras.

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Uma herança tradicional

A pintura em amarelo e preto em homenagem à história postal europeia, uma vez que essas são as cores imperiais. No final do século XV, a Casa de Thurn und Taxis recebeu essas cores como emblema da nobreza, quando assumiram o serviço postal no Império.

Por fim, vários países europeus ainda pintam os veículos postais em tons de amarelo e muitas vezes colocam uma estrela da Mercedes-Benz na frente, preservando assim essa tradição.

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As vantagens e como funciona a suspensão a ar nos ônibus Volkswagen

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A Volkswagen emplacou 2.203 ônibus no primeiro quadrimestre de 2023, sendo a segundo maior do mercado brasileiro. O resultado, comparado com o mesmo período, foi de crescimento de 107%, pois, no ano passado foram licenciadas 1.064 unidades. O crescimento são os motivos para a empresa manter os seus investimentos no aprimoramento dos seus modelos. Bem como, a novidade mais recente está no aumento do portfólio de opções com suspensão pneumática.

A partir de agora, todos os modelos com PBT (Peso Bruto Total) de 9 a 18 toneladas vão oferecer a opção da suspensão ar.

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Quais as vantagens da suspensão a ar em um ônibus?

A suspensão a pneumática, também conhecida como a ar, oferece várias vantagens em comparação com a suspensão convencional, que utiliza molas de aço. Nesse sentido, aqui estão algumas das principais vantagens da suspensão a ar em um ônibus:

Conforto

Proporciona um passeio mais suave e confortável para os passageiros. Igualmente, ela consegue absorver melhor os solavancos e as imperfeições da estrada, reduzindo a transferência de vibrações e impactos para o interior do ônibus.

Ajuste de altura

Com a suspensão a ar, é possível ajustar a altura do ônibus conforme as necessidades. Isso é especialmente útil em situações como embarque e desembarque de passageiros, onde o ônibus pode ser rebaixado para facilitar o acesso.

Estabilidade

Contribui para uma maior estabilidade do ônibus. Ela consegue manter uma altura constante em todas as condições de carga, minimizando a inclinação lateral e melhorando a dirigibilidade do veículo. Similarmente, isso é particularmente benéfico em curvas e manobras, proporcionando uma sensação de maior segurança para os passageiros.

Durabilidade

A suspensão a ar pode ajudar a prolongar a vida útil de componentes importantes do ônibus, como os pneus e as próprias molas de suspensão. Assim, ao absorver melhor os impactos, ela reduz o desgaste excessivo e os danos causados por solavancos. Isso pode resultar em menores custos de manutenção e substituição de peças ao longo do tempo.

Capacidade de carga

Por fim, pode ser ajustada para acomodar diferentes cargas no ônibus. Isso é particularmente útil em ônibus de turismo ou veículos que transportam cargas variáveis. A capacidade de ajustar a altura da suspensão conforme o peso carregado permite um equilíbrio adequado e uma distribuição uniforme do peso, melhorando a estabilidade e a dirigibilidade.

ônibus Volkswagen

Como a suspensão a ar funciona?

O sistema de suspensão é composto por várias partes. Entre as principais, há o compressor de ar, geralmente localizado no compartimento do motor, que é responsável por comprimir o ar e enviá-lo para as bolsas de ar. Ao mesmo tempo, o compressor é acionado eletricamente e mantém o suprimento de ar necessário para o funcionamento do sistema.

As bolsas de ar são instaladas em cada roda do veículo e são conectadas a um sistema de válvulas. Essas válvulas controlam a quantidade de ar que entra ou sai das bolsas, permitindo ajustar a pressão do ar e, consequentemente, a altura do veículo. Dessa forma, quanto mais ar é inserido nas bolsas, o veículo se eleva, e quando o ar é liberado, o veículo abaixa.

Além disso, das bolsas de ar e do sistema de válvulas, a suspensão a ar também inclui sensores de altura que medem a posição do veículo em relação ao solo. Afinal, esses sensores enviam informações para uma unidade de controle eletrônico, que por sua vez ajusta a pressão do ar nas bolsas para manter a altura desejada.

Alguns sistemas de suspensão a ar mais avançados também possuem modos de condução selecionáveis, nos quais o motorista pode escolher entre diferentes configurações de altura e rigidez da suspensão, de acordo com as condições de estrada ou preferências pessoais.

Quais são os principais fabricantes de suspensão a ar no Brasil?

O país conta com importantes empresas que produzem suspensão pneumática para veículos, como a Suspensys, da Randoncorp, e a Goodyear é uma das referências na produção da bolsa de ar.

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IVECO APRESENTA NOVO MICRO-ÔNIBUS ELÉTRICO eDAILY. SERÁ QUE VEM PARA O BRASIL?

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A Iveco Bus revelou o eDaily Line recentemente. Essa nova adição à sua linha de micro-ônibus e já traz o logotipo da marca reformulado, baseado na herança da marca e impulsionado pela inovação. 

O modelo foi apresentado na Europa. A Iveco não comentou se o lançamento será feito no Brasil. No entanto, há grandes possibilidades de chegar ao Brasil devido ao potencial mercado criado por exigências legais, como as da Prefeitura de São Paulo, e pelo avanço dos concorrentes, como a BYD Brasil, Eletra, Higer, Mercedes-Benz e, em breve, Volkswagen com o e-Volksbus.

O novo eDaily pode acomodar até 22 passageiros e está disponível na versão com chassi, permitindo que os construtores de carrocerias convertam seus veículos para a eletromobilidade.

Potência e Eficiência Elétrica

O novo e-motor síncrono do eDaily foi instalado na traseira do veículo para oferecer alta eficiência e potência constante. Com uma potência máxima de 140 kW e torque máximo de 400 Nm, o eDaily apresenta o Driving Mode Selector, que permite ao motorista extrair a potência máxima ou minimizar a absorção de energia, otimizando assim o uso de energia.

O micro-ônibus também possui três modos regenerativos. Assim, inclui o modo One-Pedal Drive, que facilita a condução ao converter a energia da frenagem cinética em eletricidade, reduzindo tanto o consumo de energia quanto o desgaste das pastilhas de freio.

Bateria Avançada

O eDaily está equipado com três baterias de 37 kWh cada, totalizando uma capacidade de 111 kWh. A equipe instala essas baterias na estrutura do veículo, minimizando o impacto na carroceria. Afinal, a bateria de 37 kWh, fornecida pela FPT, apresenta células com tecnologia exclusiva de íons de lítio, oferecendo uma densidade de energia de nível superior, com 265 Wh/kg no nível da célula.

Leia também: Resiliência Para Mudança De Tecnologia: De Petróleo Para Energia Renovável

Recarregando em qualquer lugar

Uma das vantagens do eDaily é sua versatilidade em termos de opções de recarga. As pessoas podem recarregá-lo em carregadores públicos, tomadas industriais e até mesmo tomadas domésticas. Além disso, o veículo possui a opção de carregamento rápido, que permite recarregar até 80 kW. A porta frontal de carregamento do eDaily é de fácil acesso, independentemente da origem do cabo. Um indicador LED, localizado atrás da aba deslizante que protege o plugue da água e poeira, mostra a situação e o nível de carga da bateria.

Funcionalidades adicionais

Para atender às necessidades dos passageiros e garantir uma experiência de viagem confortável, o eDaily oferece uma série de ePTOs (Electric Power Take Off) de até 15 kW. Ademais, as pessoas podem usar esses ePTOs para alimentar equipamentos adicionais, como sistemas de ar-condicionado para passageiros ou rampas para cadeiras de rodas.

O futuro da mobilidade elétrica

A Iveco Bus não para por aqui. A empresa lançará outras versões elétricas completas do eDaily, como o eDaily Access, posteriormente, em 2024, além do eDaily Line. Essas novas opções elétricas vão expandir ainda mais as soluções de mobilidade sustentável oferecidas pela marca. A versão eDaily Line já está disponível para encomenda em toda a Europa, com as primeiras entregas previstas para o início do próximo ano.

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