Enquanto ônibus elétrico ainda é novidade no Brasil, que conta com 379 unidades emplacadas desde 2005 até dezembro de 2022, os ônibus movidos a hidrogênio serão a estrada do próximo Busworld 2023, a maior feira de ônibus que ocorrerá entre os dias 7 e 12 de outubro, em Bruxelas. O Mercedes-Benz eO500U, desenvolvido no Brasil, também vai fazer a sua estreia na Europa.
A Busworld 2023, o evento de destaque para entusiastas de transporte público e inovação no setor de ônibus, está se aproximando. Neste ano, as atenções se voltarão para os ônibus movidos a hidrogênio, apresentados Mercedes-Benz Buses e Setra, ambas marcas do Grupo Daimler Buses.
A Daimler Buses também vai lançar os holofotes sobre o eCitaro com a mais recente geração de baterias NMC3, além do modelo de célula de combustível.
As baterias NMC3 são um tipo íon-lítio que usam um material catódico composto por níquel, manganês e cobalto em uma proporção de 3:3:3. Essas baterias têm como diferenciais uma maior densidade de energia, uma maior vida útil e uma maior segurança em relação a outros tipos de baterias de íon-lítio.
Certamente, as novidades são além dos tipos de fontes de energia. Uma das estrelas do show será o sistema de assistência de espelhos MirrorCam, decerto, substitui os espelhos retrovisores externos tradicionais.
Esse sistema oferece uma visão ampliada para os motoristas, certamente, por meio das telas de alta definição e melhora a visibilidade traseira em condições de baixa luminosidade. Isso não só facilita as manobras, mas também contribui para uma redução no consumo de combustível. Por fim, vale lembrar que a Marcopolo já oferece esta tecnologia na linha Paradiso.
Novas tecnologias de segurança, incluindo o Active Brake Assist 6 (ABA 6). Este sistema de frenagem de emergência detecta pedestres e ciclistas. Ele amplia a evolução dos modelos das marcas. O novo assistente de viragem Sideguard Assist 2 e o Frontguard Assist também se destacam entre as inovações apresentadas.
Segundo o Anuário da Indústria Automobilística Brasileira 2023, publicado pela Anfavea, a frota de caminhões e ônibus elétricos no Brasil acumulada até 2022 era de 1.461 unidades, sendo 397 ônibus 1.064 caminhões. A frota ainda é muito pequena, representando menos de 0,10%. Porém, com os investimentos em novas linhas de produção no Brasil em andamento pela Mercedes-Benz, Volvo, Marcopolo, Volkswagen Caminhões e Ônibus, BYD, GWM e Higer, os números devem crescer bastante nos próximos anos. O futuro justifica o investimento da BorgWarner em Piracicaba (SP).
Atualmente, a dependência de importação de componentes, principalmente, de baterias é gigantesca e em um cenário de logística e geopolítico internacional bastante complexo. Diante isso, o investimento na industrialização interna é fundamental. Desde fevereiro deste ano, a BorgWarner tem investido na produção de sistemas de baterias em sua fábrica localizada em Piracicaba (SP).
Com planos ousados de expansão nessa área, a empresa está em busca de novos fornecedores para ampliar a nacionalização das baterias.
“Estamos preparados para atender rapidamente às demandas das montadoras, graças ao espaço reservado para futuras expansões”, afirma Marcelo Rezende, diretor-geral de sistemas de baterias da BorgWarner no Brasil.
Nos próximos cinco anos, a BorgWarner almeja um aumento de cerca de 20 vezes no faturamento da planta de Piracicaba. A empresa também planeja quadruplicar o número de funcionários e atingir a montagem completa dos sistemas de baterias no Brasil, incluindo a produção das próprias baterias.
A fábrica, situada em um terreno de 33 mil m², com 10 mil m² de área construída e 2,3 mil m² de área fabril, é uma das quatro instalações da BorgWarner globalmente, com outras unidades nos Estados Unidos e na Alemanha.
Atualmente, a fábrica de Piracicaba produz o Sistema de Gerenciamento da Bateria (BMS), módulos de conexão entre as baterias (Junction box), a Unidade de Recarga de Corrente Direta (DCCU) e a Unidade Eletrônica de Controle (EDCU).
Capacidades
A Mercedes-Benz foi a primeira cliente da BorgWarner no Brasil, equipando seus ônibus elétricos com as baterias da marca. Agora, a Volvo está em negociações para também se tornar cliente local da empresa. Em breve, a Volvo começa a produção em série do ônibus elétrico BZL na fábrica de Curitiba (BZL).
Os sistemas de baterias produzidos em Piracicaba possuem alta densidade energética, necessária para veículos comerciais, principalmente, os pesados. A bateria da BorgWarner foi projetada para aplicações intensivas de energia, operando a até 665 volts e armazenando 98 kWh de energia.
A capacidade de armazenamento dos produtos fabricados é um indicador crucial da capacidade produtiva da fábrica. Atualmente, a capacidade em Piracicaba é de 500 MWh (Megawatt-hora) de energia. Isso é suficiente para alimentar um bairro com 250 casas por um ano ou permitir que um ônibus percorra 300 mil km continuamente em trajeto urbano.
O óleo lubrificante desempenha um papel crucial no funcionamento eficiente dos motores, porém o descarte inadequado desse líquido viscoso pode ocasionar danos graves ao meio ambiente e à saúde pública. Nesta reportagem, vamos explorar a importância da logística reversa e do descarte adequado de óleo lubrificante usado ou contaminado (OLUC) para motores, medidas essenciais que tanto indivíduos quanto empresas devem adotar para contribuir com a preservação do ecossistema, melhorar práticas de sustentabilidade e seguir diretrizes de ESG (ambiental, social e governança).
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Brasil consome cerca de 1,3 bilhão de litros de óleo lubrificante anualmente, dos quais aproximadamente 40% são recolhidos e destinados à reciclagem.
Esse processo possibilita a recuperação do óleo básico, resultando na produção de novos lubrificantes. Por outro lado, os restantes 780 milhões de litros são descartados de maneira irregular, acarretando danos irreparáveis ao meio ambiente.
Fonte: Instituto Jogue Limpo
Responsabilidade dos frotistas
Nos casos dos frotistas, a alta quilometragem percorrida pelos veículos anualmente, especialmente os pesados com motores de grande porte, intensifica o consumo de óleo, elevando a responsabilidade dos gestores de frotas e dos profissionais ligados à SSMA (Segurança, Saúde e Meio Ambiente).
Um litro de óleo lubrificante usado tem potencial para contaminar até um milhão de litros de água, além de prejudicar a fertilidade do solo e gerar poluentes atmosféricos quando queimado.
Papel de Indivíduos e Empresas
Por sorte, existem soluções simples que podem minimizar esses impactos negativos. Indivíduos e empresas desempenham um papel fundamental na promoção do descarte correto de óleo lubrificante. A medida mais importante e primordial é jamais despejar óleo usado em ralos, solo ou água. Em vez disso, o óleo deve ser coletado e entregue em pontos de coleta apropriados e autorizados pela ANP: Relação de agentes autorizados — Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (www.gov.br).
Muitas cidades e municípios disponibilizam locais específicos para o descarte de óleo lubrificante usado. Esses pontos de coleta direcionam o óleo utilizado para processos de reciclagem ou tratamento adequado, evitando a poluição ambiental.
Além disso, algumas oficinas e lojas de autopeças também aceitam óleo usado, simplificando o processo de descarte responsável. Há também empresas especializadas encarregadas da coleta de óleo lubrificante usado.
Instituto Jogue Limpo
As empresas podem contar também com o Instituto Jogue Limpo, uma associação de fabricantes e importadores de óleo lubrificante. Essa entidade é responsável por coordenar a logística reversa das embalagens plásticas de óleo lubrificante usadas e do próprio óleo lubrificante usado ou contaminado (OLUC).
O objetivo desse Instituto é assegurar que fabricantes e importadores sigam a legislação e implementem um sistema de logística reversa para destinar corretamente os resíduos, independentemente dos sistemas públicos de limpeza.
O Instituto Jogue Limpo presta um serviço gratuito aos geradores, possui acordo setorial firmado com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e é oficialmente reconhecido pelo MMA e pelas Secretarias de Meio Ambiente estaduais (SEMAs) como sistema oficial de logística reversa do setor.
Reciclagem e Reutilização Inteligente
Uma vez coletado, o óleo lubrificante pode passar por um processo inteligente de reciclagem e reutilização. A reciclagem do óleo lubrificante envolve a purificação e refinamento do óleo usado para remover impurezas e contaminantes.
O óleo reciclado pode então ser reprocessado e empregado novamente como lubrificante em motores ou até mesmo como matéria-prima na produção industrial.
A coleta de óleo lubrificante usado é realizada por empresas especializadas, que possuem veículos e equipamentos adequados para evitar vazamentos e acidentes.
Essas empresas são responsáveis por transportar o óleo até instalações de rerrefino, onde ele é submetido a diversos processos físicos e químicos para eliminar impurezas e recuperar o óleo básico.
Esse produto pode ser utilizado na fabricação de novos lubrificantes ou em outras aplicações industriais. Dessa forma, contribuindo para a economia circular.
Não Misturar com Outras Substâncias
Danilo Silva, engenheiro de Aplicações da Motul, destaca a importância dessas práticas. “O descarte inadequado de óleo lubrificante usado ou contaminado não apenas prejudica o meio ambiente. Também impossibilita a reutilização da matéria-prima essencial na fabricação de novos lubrificantes. Certamente, com os avanços tecnológicos atuais, é viável obter óleo básico rerrefinado de alta qualidade. Decerto, em conformidade com as normas mais modernas da indústria de lubrificantes”, disse.
Assim, a Motul ainda enfatiza que evitar a mistura do óleo lubrificante usado com produtos químicos, combustíveis, solventes, água e outras substâncias é vital para viabilizar a reciclagem. Ademais, a contaminação do óleo por outros elementos dificulta o processo de recuperação e reutilização.
Contudo, apesar dos benefícios ambientais e econômicos do rerrefino, persistem desafios consideráveis para expandir a coleta e reciclagem do óleo lubrificante usado no Brasil. Por fim, entre esses desafios estão a falta de conscientização dos consumidores. Há ainda insuficiência na fiscalização por parte das autoridades competentes. Além disso, há concorrência desleal de empresas não regulamentadas que oferecem preços mais baixos pelo óleo usado e descarte inadequado das embalagens plásticas que contêm resíduos do produto.
A ZF Aftermarket está lançando uma série inédita de treinamentos em seu portal ZF [pro]Amigo. A proposta é oferecer capacitação abrangente a mecânicos, vendedores e profissionais da área de reposição.
Uma logística eficiente pode trazer uma série de vantagens para a cadeia de reposição. Além de reduzir custos em áreas como transporte, armazenamento e gestão de estoque, ela possibilita a disponibilidade oportuna de peças, resultando em respostas ágeis às demandas do mercado.
Fernanda Giacon (foto), gerente Sênior de Excelência Comercial, Clientes e Estratégia da ZF América do Sul, enfatiza que a experiência do Centro de Distribuição da ZF Aftermarket em Itu, SP, um dos mais modernos e eficientes da ZF no mundo, serve como base para os novos treinamentos.
O conteúdo da primeira aula, já disponível, trata dos fundamentos da logística. Tópicos como processos logísticos, fluxo de materiais, armazenamento e estoque são abordados, incluindo estratégias para evitar escassez ou excesso de itens.
Os próximos conteúdos incluirão a “classificação dos SKU’s”, sendo códigos únicos para cada produto, facilitando rastreamento, gestão de inventário, pedidos e reabastecimento.
A sequência abordará tópicos como Família de Produtos, auxiliando empresas a tomar decisões mais embasadas sobre seleção de produtos, preços e estratégias de marketing. Acuracidade de Estoque e Tecnologia na Armazenagem também serão temas destacados.
Profissionais interessados podem se cadastrar no portal ZF [pro]Amigo para acessar os módulos de treinamento.
Os programas que baseiam o ZF [pro]Amigo da ZF Aftermarket já foram responsáveis por disseminar conhecimento e emitir 190 mil certificados de cursos, impactando diretamente oficinas, a cadeia de distribuidores, varejistas e consumidores finais.
ZF é uma empresa global de tecnologia que fornece sistemas para carros de passeio, veículos comerciais e tecnologia industrial. Com cerca de 165.000 colaboradores em todo o mundo, a ZF relatou vendas de 43,8 bilhões de euros no ano fiscal de 2022. A empresa opera 168 locais de produção em 32 países.
No Brasil, a empresa possui as seguintes unidades de operações:
– Araraquara: montagem de embreagem para carros de passeio e veículos comerciais, além da remanufatura de embreagens para veículos pesados.
– Campinas: centro logístico para veículos comerciais para o mercado de reposição.
– Engenheiro Coelho: fundição para sistema de freio, estamparia e usinagem de componentes.
– Itu: centro de distribuição que reúne as operações da ZF Aftermarket e suas marcas ZF, Lemförder, Sachs e TRW.
– Limeira: produção de sistemas de segurança ativa e passiva, como freios, direções, volantes, cintos de segurança, airbags e eletrônicos para segurança.
– Sorocaba: produção de transmissões e eixos para veículos comerciais, sistemas e componentes de chassis para veículos comerciais e leves.
– São Bernardo do Campo: produção de componentes de embreagem para veículos leves e pesados, além do centro de desenvolvimento de tecnologia em revestimento de embreagens.
– Sumaré: produção de sistemas eletrônicos, soluções para freios e kits de reparos para veículos comerciais.
O setor de fretamento e turismo está passando por um momento de transformação e adaptação às novas demandas do mercado, da sociedade e do meio ambiente. Para discutir os desafios e as oportunidades desse cenário, acontece entre dias 31 de agosto e 1º de setembro, em Gramado, no Rio Grande do Sul, o Evento Fretamento 2023. Patrocinado pela Mercedes-Benz Cars & Vans, a iniciativa reúne empresários, gestores, fornecedores e especialistas do segmento.
Realizado pela ANTTUR – Associação Nacional dos Transportadores de Turismo e Fretamento, e FRESP – Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo, com apoio institucional da OTM Editora, o evento tem como tema central: “Gestão de Mudanças”. Serão abordados assuntos como a ciência da felicidade, a inteligência artificial, o conceito ESG, a matriz energética dos transportes rodoviários, a seleção e retenção de talentos, entre outros.
A programação conta com palestras, workshops, painéis, debates e visitas à feira de produtos e serviços, onde os participantes podem conhecer as novidades e soluções oferecidas pelos patrocinadores do evento. Entre eles, está a Mercedes-Benz Cars & Vans Brasil, que expõe duas Sprinter Van de Passageiro e um GLC 300 Coupé em seu estande.
O Evento Fretamento 2023 é uma oportunidade para os profissionais do setor se atualizarem e trocarem experiências. Ademais, ampliarem seus contatos e se prepararem para os novos tempos. As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo site do evento.
“Este evento realça o papel crucial da Sprinter no setor de Fretamento. Nosso produto estabelece um padrão de qualidade, oferecendo uma gama completa de opções. Desde versões para 9, 15, 17, 19 até 20 passageiros, atendendo às diversas necessidades dos clientes”, ressalta Fabio F. Silva (foto), Head de Vendas de Vans na Mercedes-Benz Cars & Vans Brasil.
Para mais informações
O Serra Park, localizado em Gramado, Rio Grande do Sul, sedia esta feira moldada o amanhã no link Fretamento 2023.
São realidades diferentes, mas podemos aprender com a Urbaser, empresa gigante na área de coleta e tratamento de resíduos, e com o caminhão Mercedes-Benz eEconic. No Brasil, os caminhões são adaptados para serviços urbanos por questões carências econômicas, mas o desenvolvimento de soluções mais apropriadas podem ser planejadas para o futuro e devemos conhecer as melhores soluções de diversos países. Neste artigo, conheceremos mais uma dessas soluções.
O eEconic elétrico a bateria, um veículo pioneiro para uso municipal, está agora operando nas ruas de Aarhus, na Dinamarca. A Mercedes-Benz, em parceria com a Urbaser, empresa de eliminação de resíduos, deu início a uma nova era na coleta de lixo.
As cinco unidades do eEconic em operação são carregadas durante a noite no depósito da Urbaser. A empresa já está usando com o eEconic em cidades dinamarquesas.
Com um total de quase 50 veículos encomendados, a Urbaser eleva a contagem total de eEconic na Dinamarca para mais de 100 unidades.
Segundo Franziska Cusumano, chefe da Mercedes-Benz Special Trucks & Custom Tailored Caminhões, “o nosso eEconic para tarefas municipais está a ser utilizado em cada vez mais cidades como uma alternativa visualmente neutra em termos de CO₂ na eliminação de resíduos.”
O CEO da Urbaser, Stefan Olin, compartilhou suas impressões iniciais sobre o eEconic: “nossas primeiras experiências com o eEconic foram ótimas. O alcance também é mais do que adequado para distâncias de mais de 100 km, cerca de oito horas de funcionamento e o esvaziamento de até 500 contêineres. Então, o fator decisivo na decisão da nossa empresa de optar pelo eEconic foi a combinação do conceito familiar de entrada baixa, o alto nível de segurança e o longo alcance.”
Inovação sobre rodas
A Mercedes-Benz Special Trucks deu um passo ousado ao introduzir o eEconic, o menor caminhão de piso baixo com massa bruta admissível de 27 toneladas. Certamente, o eixo de tração é integrado com motor elétrico. As baterias do eEconic, divididas em três conjuntos, têm uma capacidade instalada de 112 kWh cada.
Os recursos de sucesso do Econic convencional foram mantidos no eEconic. O para-brisa panorâmico “DirectVision” oferece ao motorista uma visão clara da rua e do tráfego, enquanto a entrada e saída baixas garantem conforto ergonômico.
A segurança também é uma prioridade, decerto, com recursos como o Sideguard Assist S1R para curvas à direita e o sistema de frenagem de emergência Active Brake Assist.
Por fim, a Urbaser é líder global em soluções ambientais e economia circular, focado em aproveitar os recursos globais para um futuro mais sustentável. Assim, ela conta com uma rede com mais de 40.000 funcionários e 150 fábricas em 19 países, atende mais de 70 milhões de pessoas.
Curitiba (PR), referência em transporte público com ônibus, recebeu nesta terça-feira (29) um novo modelo de ônibus elétrico da Volvo, que faz parte de um programa de transição de tecnologia do sistema municipal de transporte. O veículo, chamado de BZL, foi apresentado pela Volvo e pela prefeitura em um evento no Parque Barigui.
O BZL é um ônibus de 12,6 metros de comprimento, com tração 4×2 e motor elétrico de 200 kW (272 cv) e 475 Nm de torque instalado na traseira. Há opção de ter dois motores elétricos.
Ele tem capacidade para transportar até 90 passageiros, sendo equipado com baterias de íon lítio de 94 kWh (cada), ar-condicionado, wi-fi e sistema de monitoramento da lotação em tempo real.
O modelo pode ter de 3 a 5 baterias. O modelo entregue tinha 4 baterias, portanto, 376 kWh. Segundo a Volvo, o ônibus tem autonomia para até 300 km sem necessidade de recarga e emite zero poluentes e ruído.
Teste em rota real
O ônibus elétrico da Volvo vai circular em teste na frota da Viação Sorriso, uma das operadoras do sistema da cidade. Ele vai atender as linhas Inter 2 e Interbairros II, que transportam cerca de 135 mil pessoas por dia.
A prefeitura vai avaliar a viabilidade dos modelos disponíveis no mercado para definir a compra de cerca de 70 unidades com financiamentos internacionais. O investimento será a partir de R$ 200 milhões na compras dos veículos (valor médio de R$ 2,8 milhões por unidade).
“A performance dos ônibus elétricos Volvo tem sido muito positiva na Europa e em diversos países de outros continentes. Agora vamos mostrar que esse bom desempenho se repetirá nas condições severas que temos na América Latina”, afirma Alexandre Selski, diretor de eletromobilidade em ônibus da Volvo.
Até outubro, a prefeitura vai testar mais testar modelos elétricos das marcas Mercedes-Benz, Eletra, Marcopolo, BYD e Higer.
No entanto, a prefeitura quer criar empregos na cidade de Curitiba para a eletromobilidade, o que conta pontos para Volvo que está investindo na linha de produção dos ônibus elétricos em sua fábrica na mesma cidade. Porém, os fatores técnicos e de preço serão levados em consideração, disse o presidente da URBS (empresa de gestão urbana de Curitiba), Ogeny Pedro Maia Neto.
O prefeito Rafael Greca lembra que a história da Volvo praticamente se confunde com a do transporte coletivo de Curitiba. Portanto, há 31 anos, o município desenvolveu o ônibus biarticulado em parceria com a montadora e tem sido uma parceira fundamental desde sempre, contribuindo com a criação de milhares de empregos na cidade.
O presidente da Volvo Buses na América Latina, André Marques, adiantou que já está nos planos da empresa o desenvolvido dos novos modelos elétricos. Decerto, serão chassis Midi Bus, articulado e biarticulado para produção em Curitiba.
Certamente, a Volvo Buses é uma das principais fabricantes de veículos comerciais elétricos do mundo. J com mais de cinco mil ônibus eletrificados rodando em dezenas de países. Por fim, a meta da Volvo é que 50% dos ônibus comercializados pela marca sejam elétricos até 2030.
A tendência é que o Brasil tenha uma participação significativa dos fabricantes chineses em breve. No entanto, a história automotiva brasileira foi construída pelas empresas europeias. Então, que tal sabermos como anda o desempenho das marcas de veículos comerciais na Europa, já que elas estão no Brasil também? Veja todos os dados segundo a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), sediada em Bruxelas, equivalente a Anfavea em nosso país.
A ACEA representa os principais produtores de veículos comerciais da Europa. As associadas são: são DAF Trucks, Daimler Truck, Ford Trucks, Iveco Group, MAN Truck & Bus, Scania, Volkswagen Commercial Vehicles e Volvo Group. Todas elas estão presentes no Brasil, mesmo que de apenas um dos produtos vendidos na Europa, como na Ford, que comercializa a Transit e a MAN, que comercializou o MAN TGX e ainda precisa oferecer assistência técnica por meio da Volkswagen Caminhões e Ônibus.
Vendas por segmento
A entidade anunciou um aumento geral de 11,2% nas vendas de novas vans (inclui utilitários de passageiros e cargas) na União Europeia (UE), atingindo um total de 730.969 unidades nos seis primeiros meses de 2023 pelas marcas europeias.
Além das vans, o mercado de caminhões na UE também prosperou, registrando um aumento significativo de 20%, totalizando 179.508 unidades vendidas no primeiro semestre de 2023. No primeiro semestre, o Brasil comercializou 52.547 caminhões, ou seja, o equivalente de 29,3% de toda a União Europeia.
Todos os principais mercados da UE viram crescimento de dois dígitos, com Alemanha (+24,8%), França (+12,3%), Itália (+12,6%) e Polônia (+10,8%) liderando o caminho. No mesmo período, o Brasil teve um desempenho negativo (-8,8%).
Os novos registros de ônibus na UE tiveram um desempenho sólido, com as vendas aumentando 15% para 14.781 unidades. Neste segmento, o Brasil emplacou 11.322 ônibus. Ou, o Brasil sozinho é equivalente a 76,6% do mercado europeu.
A França liderou este segmento, vendendo 2.982 unidades, representando um aumento de 22,3%. Outros mercados importantes, como Itália (+62,6%), Espanha (+58,7%) e Alemanha (+27,8%), também registraram crescimentos substanciais. No mesmo período, o Brasil também teve um desempenho de retomada (+54,9).
No primeiro semestre de 2023, a preferência por motores a diesel permaneceu dominante no mercado de vans e furgões, representando 83,5% das vendas.
No entanto, o interesse por propulsores alternativos está crescendo gradualmente nas compras europeias. Veículos comerciais leves eletricamente carregáveis viram um aumento impressionante de 100,4%, atingindo 6,9% da quota de mercado, impulsionadas pelo crescimento notável na França (+118,9%) e Espanha (+138%). Em contrapartida, os registros de comerciais leves híbridos-elétricos diminuíram 7,2%, para 2,3% do mercado.
A FB Transportes e Aviação Agrícola, com sede em Sidrolândia-MS e fundada pelos irmãos Arthur e Mateus Burgel em 2020, ampliou sua frota com a incorporação de seis caminhões Iveco S-Way. A empresa é especializada em transporte rodoviário de carga e pulverização aérea.
A parceria entre a FB Transportes e a Iveco se fortalece a cada aquisição. Todos os veículos da transportadora são da marca Iveco, consolidando-se ainda mais com a chegada dos seis caminhões S-Way no último mês.
“O S-Way é uma evolução marcante nos caminhões da Iveco. Sua modernidade, robustez e aparência imponente destacam-no dos demais. Como um veículo pesado confiável, o S-Way é um bruto que realmente faz a diferença”, declara Artur Burgel, representante da FB Transportes.
FB nasceu para suprir falta de serviços de transportes
Os irmãos Burgel são produtores rurais e abriram a FB Transportes devido ao crescimento do agronegócio no Mato Grosso do Sul, gerando uma carência muito grande de serviços de transportes. A transportadora também está concluindo a sua sede própria às margens da Rodovia BR 060, ao lado da concessionária Fendt.
A linha S-Way inclui variantes com motores de 480 cv (6×2) e 540 cv (6×4), além da versão de 480 cv (4×2), programada para chegar à rede no último trimestre deste ano.
Além da versão a diesel, o S-Way também oferece uma versão GNC com um motor de 460 cv, e, decerto, um tanque com capacidade total de 960 litros (240 m³).
Este modelo oferece a maior autonomia na categoria e pode ser alimentado com gás natural, biometano ou uma mistura dos dois. A disponibilidade dessa versão, enfim, está prevista para o último trimestre de 2023 nas concessionárias Iveco.
“O S-Way é um veículo pesado de alta qualidade e economia de combustível. Por fim, destaca-se por sua durabilidade e resistência”, destaca Carlos Tavares, diretor Comercial da Iveco.
A tríade de análises promovida pela SAE BRASIL ganha mais um capítulo com a pesquisa “Caminhos da Tecnologia no Agronegócio: Oportunidades, Desafios e Perspectivas”. Fruto da colaboração entre a SAE BRASIL e a KPMG, a investigação mergulhará no intuito de elucidar as oportunidades e desafios desse setor estratégico.
Em continuação às pesquisas realizadas em 2021 sobre mobilidade e em 2022 acerca do setor de caminhões, a nova empreitada tem como propósito lançar luz sobre a influência da tecnologia na mobilidade do agronegócio.
A pesquisa será conduzida por meio de um questionário digital, aberto a produtores, indústrias, entidades da cadeia agropecuária, instituições financeiras e empresas de tecnologia, e estará disponível a partir de 30 de agosto.
Daniel Zacher, mentor Agro da SAE BRASIL e Diretor-Geral da Tekter, destaca o enfoque estratégico do estudo.
Ele pontua que a pesquisa avaliará a adoção e utilização de novas tecnologias em máquinas agrícolas, sistemas de agricultura de precisão e telemática, além de capturar as tendências de consumo e expectativas de serviços para os produtores rurais.
“Estamos apostando na inovação aberta e na colaboração. A pesquisa é uma oportunidade valiosa para profissionais e acadêmicos do agronegócio.
Os resultados serão compartilhados publicamente, de forma gratuita e em formato digital, alinhando-se à missão da SAE BRASIL de difundir conhecimento e tecnologia na mobilidade”, ressalta Zacher.
A pesquisa foi estruturada em quatro macro temas:
Estratégia, que abrange mecanismos de decisão de compra e financiamento de máquinas agrícolas;
Agrícola 4.0 / Indústria 4.0, dedicada à adoção de tecnologias agrícolas, conectividade no campo e sistemas de gestão de frota;
Sustentabilidade, que explora a transição energética por meio de biocombustíveis e eletrificação, bem como a aplicação de práticas sustentáveis no agronegócio; e
Relacionamento com Clientes / Oferta de Serviços, voltada às expectativas dos produtores quanto à ampliação dos serviços fornecidos por fabricantes e concessionárias.
A coleta de dados será encerrada em 20 de setembro, seguida pela análise e interpretação dos resultados.
Divulgação dos resultados
Decerto, a divulgação completa do estudo está agendada para 13 de dezembro, em uma cerimônia na sede da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), em São Paulo.
Ricardo Bacellar, Conselheiro da SAE BRASIL, certamente, sublinha o compromisso da entidade em fortalecer sua posição como referência em conhecimento na mobilidade brasileira.
Ele explica que a pesquisa atual, somada às anteriores sobre Mobilidade e Caminhões, ademais, completa uma trilogia de compêndios que se renovam a cada triênio.
Giovana Araújo, Sócia da KPMG para Agribusiness Markets, enfim, realça a importância estratégica da pesquisa.
Dado o papel do agronegócio no PIB brasileiro, por fim, a pesquisa visa mapear a adoção de tecnologias em máquinas agrícolas e sistemas, além de acompanhar as expectativas dos produtores rurais em relação aos serviços oferecidos.
