A Fenatran 2024, o 24º Salão Internacional do Transporte de Carga, foi palco de um marco histórico para a Scania. Líder na transição para um sistema de transporte mais sustentável. Com a venda do primeiro caminhão elétrico cavalo mecânico 30 G 4×2 para a empresa Reiter Log. O modelo, projetado para atender às demandas de mercado na busca por soluções mais sustentáveis e eficientes. Além disso, é ideal para curtas distâncias de até 200Km em operações hub to hub e distribuição, oferecendo zero emissão de CO2 e baixo custo operacional. A fabricante também ganhou com a linha R o desejado prêmio Truck of the Year. No total, a Scania vendeu mais de 2 mil caminhões na Fenatran.
“Comprovamos com esta venda para a Reiter Log que a Scania está fazendo uma Fenatran histórica. O ano de 2024 vem sendo muito especial com recordes de vendas de caminhões. O elétrico chegou para oferecermos o portfólio mais completo do mercado em matrizes alternativas ao diesel”, afirma Simone Montagna, presidente e CEO da Scania Operações Comerciais Brasil.
Simone Montagna, presidente e CEO da Scania Operações Comerciais Brasil
“A Reiter Log é o nosso maior cliente de produtos sustentáveis no Brasil, com uma frota a gás que supera as 200 unidades. E agora, certamente, entra para a nossa história comprando nosso primeiro elétrico cavalo mecânico. Momento de celebrar um feito muito importante para a Reiter Log e seus clientes”, afirma Alex Nucci, diretor de Vendas de Soluções da Scania Operações Comerciais Brasil. “Agradecemos todo o apoio da Casa Scania Suvesa que atende muito bem a Reiter e merece esta celebração também. Tivemos outro momento de grandes negociações com a Reiter que fechou 100 caminhões aqui na Fenatran sendo 40 do modelo G 460 a gás e outros 60 dentre Super e Plus.”
30 G 4×2 ELÉTRICO – Foto imprensa Scania
“Importante reforçar que já tínhamos importado dois elétricos semipesados da Suécia para a PepsiCo, que foram adquiridos para um período de testes a pedido do cliente no final de 2023”, complementa Nucci.
“Esse é mais um passo importante na jornada ESG da Reiter Log. Iniciamos a descarbonização da nossa frota em 2014, estamos investindo mais fortemente desde 2021 e, hoje, somos a maior frota sustentável do Brasil. Mas não acreditamos numa única solução. Além dos caminhões 100% a gás, que buscamos abastecer com biometano, estamos atentos às novidades do mercado para oferecer o melhor arranjo para os clientes que têm o mesmo objetivo na sua operação. Por isso estamos investindo, e apostando, junto com a Scania, como grandes parceiros, nesse novo modelo”, avalia Vanessa Pilz, diretora de ESG da Reiter Log.
Vendas durante a Fenatran
Além do caminhão elétrico, todos os outros caminhões expostos foram comercializados ao longo dos cinco dias de evento. O novo P 280 6×4 XT (7 litros) – ‘Light Construction’ – para a construção civil, foi vendido para a MS Terraplenagem; a edição comercial Performance G-Line 370, de 370cv, foi adquirida pela Araki Transportes.
Já o modelo RH 540 6X4 Plus foi vendido para a Transportes Borges; RH 450 6×2 Plus foi adquirido pela BSA Log Transportes; o GH 460 6X2 (gás comprimido e/ou biometano), de 650km de autonomia, foi negociado para a Bravo Serviços Logísticos; o 500 RH 6X4 Super B100 (100% biodiesel) foi negociado para a Sekalog; o 460 RH 6X2 Super foi vendido para a Jomed Transportes; 560 RH 6X4 Super foi adquirido pela JN Transportes; P 320 8X2 foi vendido para a Casa do Adubo; o semipesado de 7 litros e 280cv foi comercializado para a Elite Garcense Transportes e o 770 S 6X2 V8, Edição Especial ‘The Legend’ foi a aquisição realizada pelo cliente Pedra Brilhante.
AW Ávila Transportes comprou o R 560 6X4 XT (madeireiro) da linha off-road; e o cliente Terrabel TSL adquiriu os modelos G 560 8X4 XT (mineração) e o P 360 6X4 XT.
“Nesta edição do evento, também estamos celebrando duas marcas importantes: 80 mil caminhões da Nova Geração emplacados desde o início das entregas, em 2019; e 20 mil unidades da gama Super registradas, em apenas dois anos de mercado. O nosso resultado no ano, de janeiro a outubro, com quase 15.500 emplacamentos e os crescimentos em participação, acima de 16t e nos pesados, comprova o ano histórico de 2024 para a marca”, salienta Nucci.
Outro sucesso de vendas no estande foi a edição comercial Performance G-Line 370, de 370cv, que teve sua estreia na feira e vendeu quase 300 unidades.
Truck of the Year Latin America
Durante a Fenatran, a Scania recebeu o troféu Truck of the Year Latin America 2025 com o caminhão Scania R, vocacionado para o transporte rodoviário pesado. Esta é a segunda edição da versão latino-americana do International Truck of the Year (IToY). O jornalista Marcos Villela, membro representante do Brasil no IToY, coordenou a premiação. Que aliás, contou com um júri de 20 jornalistas e editores de imprensa de veículos comerciais. Esses profissionais representaram 20 publicações dos mercados mais importantes da América Latina. Assim sendo, avaliaram as inovações tecnológicas em eficiência energética, segurança e conforto para os motoristas aplicados aos caminhões nos últimos 12 meses.
Entrega do prêmio International Truck of the Year (IToY)
A premiação aconteceu no estande da empresa e foi entregue a Christian Levin, CEO mundial da Scania e do TRATON Group, Christopher Podgorski, presidente e CEO da Scania Latin America, e Simone Montagna, presidente e CEO da Scania Operações Comerciais Brasil. Os executivos receberam o troféu das mãos de Josué Araújo, diretor de Tecnologia e Inovação da Noma do Brasil, empresa apoiadora.
Enfim, uma notícia boa para os usuários do transporte público da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), bastante inferior quando comparamos com São Paulo e Curitiba. Digo por experiência própria nas três cidades. A inferioridade da frota de ônibus da RMBH é muito grande em relação as outras duas cidades citadas, inclusive, já flaguei ônibus da região com pneus quase careca. A partir de um acordo extra-judicial entre o Governo de Minas Gerais, Ministério Pùblico de Minas Gerais, intermediação da Secretária de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parceriais, da Controladoria-Geral do Estado e Tribunal de Contas de Minas Gerais. O acordo também contou com a participação ativa do Sintram (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano). Quantos órgãos públicos envolvidos para renovar a frota de ônibus da RMBH.
Para a renovação da frota está sendo feita com a compra de 480 chassis de ônibus Mercedes-Benz, por meio da concessionária Minasmáquinas. As unidades são dos modelos OF e O-500, mas não foram informados qual a quantidade de cada um. Questionamos a Mercedes-Benz e quando formos respondido, vamos atualizar a reportagem. A linha OF da Mercedes-Benz é de entreda e baixo custo de aquisição, com motor dianteiro, câmbio manual e suspensão metálica. O modelo O-500 apresenta maior sofisticação, comum em São Paulo, possui motor traseiro, câmbio automático e suspensão a ar.
A Mercedes-Benz afirmou que distribuirá os ônibus para 30 empresas dos sete consórcios que atuam na região. Isso representa 80% do total de 600 novos ônibus adquiridos para renovação da frota.
Iniciativa do Tribunal de Contas
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público de Minas Gerais, a iniciativa do documento foi do Tribunal de Contas de MG. Devido ao horário, não conseguimos contato com o órgão, o que faremos após o feriado para atualizar o artigo.
O documento assinado prevê ainda que as empresas concessionárias da RMBH completarão o processo de renovação com a aquisição de mais 250 ônibus em 2025.
“Os chassis de ônibus estão sendo enviados de forma programada para as encarroçadoras. Nossa expectativa é receber uma média de 150 ônibus por mês já a partir de dezembro”, afirma Rubens Lessa Carvalho, presidente do Sintram. “Essas 600 unidades representam uma renovação de 25% da frota atual de 2,4 mil ônibus da RMBH. Com isso, podemos melhorar a qualidade do serviço prestado aos usuários do transporte público”.
As empresas associadas ao Sintram operam 640 linhas em 34 municípios da RMBH. Transportam, em média, 570 mil passageiros por dia.
A Mercedes-Benz vendo o ônibus escolhido pelo cliente
“A Mercedes-Benz faz parte da nossa história, é uma marca forte e com presença destacada na Região Metropolitana e no Estado de Minas Gerais como um todo”, diz Rubens Lessa Carvalho. “Um parceiro confiável, que novamente vem evoluir com a gente nessa renovação de frota. Aliás, a Mercedes-Benz e a Minasmáquinas nos oferecem um suporte sempre disponível, assegurando uma boa manutenção e as peças de reposição necessárias, porque nossos ônibus precisam estar sempre operando. Temos metas a alcançar e contratos a cumprir. Além disso, temos um canal de atendimento com o concessionário e com a fábrica, o que reforça nosso relacionamento e parceria”.
“Estamos muito satisfeitos e orgulhosos de novamente ver nossa marca presente na renovação de frota de uma região metropolitana tão importante e referência pelo expressivo volume de passageiros. Mercado, aliás, onde temos grande participação em vendas e market share”, diz Walter Barbosa, vice-presidente de Vendas, Marketing e Peças & Serviços Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. “No compromisso das operadoras pela oferta de um serviço cada vez melhor para a população, nossos ônibus se destacam pelo conforto e segurança. Além disso, asseguram baixo custo operacional, contribuindo para a rentabilidade das empresas de ônibus”.
Com a experiência e conhecimento que a Frota News tem com a indústria de ônibus, o Roteiro Automotivo começa uma jornada em parceria com a Buser para conhecer os roteiros e a experiência com as viagens, avaliando os ônibus, bem como as empresas prestadoras de serviço de transporte rodoviário de passageiros. O primeiro teste de viagem foi no roteiro de São Paulo para Belo Horizonte. O destino foi escolhido pela redação para a produção de pautas para um especial Roteiro Automotivo BH, que envolve sustentabilidade e iniciativas com o fretamento colaborativo.
A saber, pelo aplicativo da Buser, escolhemos o dia e a empresa Levare, por ela ser referência em turismo de luxo. Nesta viagem, registramos os diferenciais da Levare para entender o conceito de ônibus de luxo.
Salas Vip
Além da facilidade de comprar a passagem pelo aplicativo da Buser, embarcamos por meio de uma Sala Vip, o mesmo ocorrendo no desembarque, em Belo Horizonte. Aliás, outro diferencial é o serviço de bordo, com um rodomoço, lanches, refrigerante e água gelada durante todo o percurso. Além disso, travesseiro e coberta higienizadas e protegidas em embalagens para serem abertas pelo passageiro.
A Sala Vip da Levare em São Paulo
Agora, vamos conhecer o ônibus da viagem, pois isso é fundamental para o conforto e segurança dos passageiros. O modelo foi um Scania K 400 6×2 com carroceria Marcopolo G8. Agora, vamos detalhar mais o veículo.
Vamos começar com o chassi Scania K 400, ou seja, com motor de 13 litros, 400 cv de potência e torque de 2.100 Nm, desenvolvido pela marca sueca para o segmento rodoviário de luxo. Aliás, são características técnicas que garantem desempenho e boas velocidades médias, mesmo em rodovias com topografia com muitos aclives, como é a Rodovia Fernão Dias que liga São Paulo a Belo Horizonte. O modelo estava equipado com caixa automatizada Scania Opticruise GRS 985 de 12 velocidades, o que aumenta o conforto para os passageiros e torna a viagem mais produtiva e segura para o motorista. A suspensão a ar em todos os eixos com proteção contra tombamento.
O motorista nos contou, com orgulho, que o modelo também estava equipado com Retarder Scania. Trata-se de um sistema de freio auxiliar que aumenta de forma significativa a potência de frenagem, inclusive, as de emergência, certamente, tornando a viagem muito mais segura.
Marcopolo Paradiso G8
Agora, vamos contar sobre a carroceria Paradiso geração 8 da Marcopolo, o padrão mais alto em carroceria de ônibus rodoviário. Esta geração foi lançada em julho de 2021, trazendo o que há de mais moderno em segurança, materiais, design, conforto e comodidade.
Assim, vale destacar o conforto das poltronas. Elas contam com novo design tecidos e espuma, e uma estrutura totalmente redesenhada. Além disso, o sistema de reclinação conta com amortecedores de acionamento mais suave e infinitas posições. Os comandos de áudio e vídeo estão posicionados nas laterais e oferecem som digital de quatro canais, além de controle da iluminação de leitura.
Poltrona leito cama, com massageador e tela sensível ao toque com catálogo de filmes
Com a parede lateral mais alta, o assento da janela passa a ter apoio de braço do lado direito. No caso do modelo da Levare, 100% das poltronas são cama leito com sistema massageador com diversas funções de tipos e intensidade de massagem. Cada lugar conta uma TV com tela sensível ao toque com catálogo de filmes, além da cortina para garantir privacidade.
Sobre a Levare
A história da Levare Transportes começou em 2010, quando foi fundada por Sinval Célico Júnior. Ele identificou a necessidade de um serviço de transporte terrestre diferenciado para a população de sua cidade natal, São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, facilitando o deslocamento para a capital. Com a Buser como parceira, os destinos da Levare foram ampliados para muitas outras cidades e estados, como Belo Horizonte.
Sobre a Buser Brasil
A Buser nasceu com o propósito de fazer com que os brasileiros viajem mais e melhor. Com o fretamento colaborativo, que permite a divisão e formação de grupos de forma online, a empresa inovou e modernizou a forma de viajar pelo Brasil, com viagens custando até 60% a menos.
A startup oferece ainda outros serviços, como a revenda de passagens em parceria com viações que atuam em rodoviária. Com mais de 11 milhões de clientes cadastrados, a Buser conta com mais de 300 empresas parceiras (entre fretadores e viações maiores), usando até 1.000 ônibus na alta temporada. A startup chega a transportar 20 mil passageiros por dia em todo o País.
Com frota própria e diversificada, tanto em marcas, modelos e tipos de caminhões. O Grupo Tombini, de Santa Catarina, reforça o relacionamento com a Mercedes-Benz e chega a 265 Actros após a aquisição de mais 160 cavalos mecânicos Actros 2553 6×2. Aliás, a empresa já havia comprado cinco unidades deste mesmo modelo neste ano para teste. Tudo indica que ela aprovou o pesado da marca da estrela.
A saber, a história com a Mercedes-Benz vem desde a geração anterior do Actros e, mais recentemente, com a aquisição de 100 unidades do Actros 2548 6×2 em fevereiro deste ano. O objetivo foi a renovação da frota feita anualmente. Além disso, segundo a empresa, a idade média dos caminhões é de 2,5 anos. Com essas aquisições, o Grupo Tombini com 265 Actros, todos comercializados pela concessionária Cosmar Veículos, de Jundiaí-SP. Vale esclarecer que a matriz da transportadora é em Palmitos (SC). E, das 14 filiais, a de Jundiaí é responsável pela manutenção da frota e abastecimento dos caminhões por causa da localização estratégica.
Visita bem-sucedida
“Há um ano participei de um encontro junto a outros transportadores na fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, para falarmos sobre os caminhões do portfólio da marca. Naquela oportunidade, resolvemos testar o Actros 2553 6×2”, relata Clécio Tombini, sócio-diretor do Grupo Tombini. “Avaliamos o desempenho dos veículos por três meses e os resultados foram muito positivos, especialmente no consumo de combustível”.
Segundo o cliente, posteriormente, a Tombini adquiriu então cinco unidades do Actros 2553 6×2. Que foram distribuídas em regiões diferentes e em segmentos também distintos, bem como no transporte de cargas frigoríficas, porta-container e sider. “O objetivo era observar se, em todas as operações e locais, o caminhão manteria os resultados que vinha entregando. Para nossa surpresa e satisfação, conseguimos constatar tudo isso”, ressalta Clecio Tombini.
“Essa expressiva venda de 265 caminhões Actros ao longo de 2024 reforça a excelência da nossa parceria com a Tombini”, afirma Jefferson Ferrarez, vice-presidente de Vendas, Marketing e Peças & Serviços Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil. “É importante destacar especialmente essa nova aquisição de 165 unidades do Actros 2553, que vem equipado com o moderno motor OM 471 de 530 cavalos, o mais potente da marca no Brasil. Certamente, este motor é muito bem aceito pelo mercado pelo desempenho excelente e ótimo consumo de combustível, além do freio-motor de alta performance, com 580 cv de potência de frenagem e menores índices de ruído e vibração”.
Frota diversificada
“Cerca de 20% da frota de 1,5 mil veículos da Tombini é composta por caminhões da nossa marca”, informa Jaqueline Hilsdorf Neves Marzola, gerente sênior de Vendas Caminhões Regional São Paulo da Mercedes-Benz do Brasil.
Apoio: Fabet São Paulo
A saber, no final do ano passado, o Grupo Tombini comprou 50 caminhões Iveco S-Way, adquirindo pela primeira vez veículos da marca italiana. Além de Mercedes-Benz e Iveco, a frota é composta com Scania e Volvo.
Aliás, a empresa possui 14 filiais pelo Brasil. São mais de 52 anos atuando no transporte rodoviário de cargas secas e refrigeradas, em todas as regiões do País. Entre os segmentos atendidos estão os de alimentos, bem como, higiene, beleza e saneantes, entre outros. Em sua nova sede na cidade de Itupeva, SP, a Tombini conta com uma estrutura completa para a manutenção preventiva e corretiva e para o abastecimento da frota.
Ricardo Cury, internacionalista, palestrante, professor de meditação e fundador da ABRA – Academia Brasileira de Autoconhecimento. Aborda com maestria o resgate da frase original e nossa real vocação como povo e o amor por princípio.
O amor está prestes a ganhar um novo espaço no coração e na identidade nacional do Brasil com o lançamento do livro Amor, Ordem e Progresso, resultado de um profundo trabalho coletivo do internacionalista Ricardo Cury. A obra propõe uma reflexão sobre a ressignificação do amor na bandeira nacional, que atualmente exibe apenas as palavras ‘Ordem e Progresso’. Ela se enraíza no respeito aos nossos ancestrais e no resgate dessa vocação amorosa que nos diferencia como nação. Além disso, uma frase que está no Hino Nacional Brasileiro reforça essa linha de pensamento: “Brasil, de amor eterno seja símbolo”.
O autor ressalta duas questões fundamentais sobre o livro: ele é totalmente apartidário e não está ligado a qualquer religião.
Poucos sabem, porém, que a frase original de Auguste Comte, citada no título, foi o ponto de partida para a bandeira. No entanto, durante o processo de transição para a república, o elemento fundamental do amor foi omitido. Resultando assim, em uma bandeira que, embora simbolicamente forte, pode ser vista como incompleta sem a inclusão desse princípio essencial.
Amor na Bandeira
“Amor, Ordem e Progresso” se soma ao movimento “Amor na Bandeira” criado em 2021, que visa oficialmente incluir a palavra “amor” na bandeira do Brasil. Reafirmando o compromisso com a frase contida no hino nacional. E com esse ato simbólico promover uma cultura de paz, empatia e solidariedade, e chegar à Ordem e ao Progresso como consequência.
A saber, a logística toda do movimento é coordenada por Ricardo, que traz consigo uma bagagem rica em experiências, sendo também o fundador da ABRA – Academia Brasileira de Autoconhecimento. Cury acredita que “a ancestralidade – um legado composto por história, hábitos, língua e espiritualidade – é a base da nossa identidade cultural. E são esses princípios, juntamente com nossas experiências, que moldarão as bases culturais que deixaremos para as próximas gerações.”
Ideias republicanas
Em outros períodos da história, pensadores e artistas sugeriram – em vão – acrescentar a palavra “amor” à sentença. Essa exclusão levanta questões sobre a verdadeira essência dos ideais republicanos e a necessidade de um compromisso mais profundo com valores humanísticos na construção da nova nação. Segundo Cury “não há ordem que faça sentido sem amor e não é possível progresso com base numa ordem que vem da violência”. E completa: “talvez nada retrate tão bem o que significa a exclusão da palavra amor da bandeira brasileira quanto o processo histórico de exclusão dos povos originários na formação do Brasil.”
Com o lançamento do livro, o autor deseja inspirar uma nova onda de amor e reflexão, onde a inclusão da palavra “amor” na bandeira se torne um símbolo de esperança e transformação social; como também tem o intuito de inspirar a sociedade com o desejo de construir uma identidade nacional que abarque a diversidade e a pluralidade do povo brasileiro, ressaltando como a cultura popular brasileira sempre esteve à frente do seu tempo. Além disso, o livro é mais do que uma simples obra literária; é um convite a todos os brasileiros para repensarem suas relações consigo mesmos, com os outros e com a pátria, promovendo um Brasil mais unido e amoroso.
Profissionais de diversas áreas
Ricardo conduziu uma série de entrevistas com profissionais de diversas áreas, como economia e agricultura, explorou a temática do amor, que permeia suas experiências e relações, e em cada conversa, descobriu como essa emoção essencial se manifesta não apenas nas interações pessoais, mas também nas dinâmicas profissionais e nas decisões cotidianas. Assim, conseguiu revelar um panorama enriquecedor onde o amor se entrelaça com o trabalho e a vida, mostrando que, independentemente da área de atuação, essa força motriz é fundamental para o desenvolvimento humano e social nesta obra.
Não por acaso, o lançamento ocorrerá no dia 19 de novembro, Dia da Bandeira, no espaço a Flora, Rua Cônego Eugênio Leite, 840 – Pinheiros, a partir das 19h30.
Ficha Técnica
Título: AMOR, Ordem e Progresso – Do lema original ao propósito espiritual do Brasil
Organizador: Ricardo Cury
Editora: Bambual
R$ 62,00 e R$ 46,50 na pré-venda pelo site da editora
Houve uma época que alguns transportadores tinham 100% da frota de uma marca só de caminhão. Atualmente, praticamente, todos os frotistas têm duas ou mais marcas. Aliás, por diversas razões, mas, a principal é poder fazer comparação de desempenho e TCP (Custo Total de Propriedade). Outra razão pode ser pela diversidade de operações que uma única marca não atende. Consciente disso, a Scania apresenta, na Europa, o conceito Complete Fleet (Frota Completa, em tradução livre). Como a resposta às realidades do complexo e multimarcas do setor de transporte de hoje. Ao integrar suas frotas e reboques inteiros à gama completa de serviços digitais da Scania. Os transportadores podem conectar não apenas seus veículos Scania, mas também os de outros fabricantes de caminhões.
Hoje, a Scania apresenta seu conceito Complete Fleet para serviços digitais para o mercado europeu. Independentemente da marca ou tipo de veículo, todos os veículos e reboques na frota de um cliente agora podem ter o mesmo acesso abrangente à crescente gama de serviços digitais da Scania, bem como posicionamento, tacógrafo, relatórios de desempenho e planejamento de serviços. Isso se aplica igualmente a várias marcas e frotas de combustível misto. Incluindo veículos a gás, biocombustível, elétricos a bateria, motores de combustão e híbridos elétricos plug-in.
Melhor visibilidade
A abordagem Complete Fleet permitirá que os proprietários de empresas de transporte tenham melhor visibilidade, controle e eficiência energética para toda a sua frota. Isso reflete o entendimento da Scania de que muitos de nossos clientes fiéis também têm outras marcas de veículos em suas frotas, bem como diversos tipos de aplicações de carrocerias de caminhões e reboques.
Além disso, a indústria de transporte europeia hoje tem significativamente mais reboques do que caminhões nas estradas. Com reboques tendendo a permanecer em frotas por muito mais tempo do que veículos. Em muitos casos, os reboques mais antigos ainda usados em frotas rolantes não são conectados, o que significa que são difíceis de localizar e ainda mais difíceis de gerenciar.
Até agora, muitas empresas de transporte que exigem uma visão geral completa de sua frota podem ter escolhido adaptar um sistema telemático específico para gerenciar seus vários veículos ou reboques. É uma abordagem ineficiente e cara que pode significar que seus principais ativos de transporte – as ferramentas de seu ofício – geralmente estão em oficinas, quando deveriam estar na estrada mantendo a cadeia de suprimentos funcionando e ganhando dinheiro para seus proprietários.
Pegar tudo
Alguns proprietários de empresas de transporte optam por manter os sistemas telemáticos instalados de fábrica que são específicos para suas diferentes marcas de veículos, mas isso pode tornar o planejamento geral da frota um processo fragmentado e ineficiente. Não ter conectividade ou visão geral de parte da frota tem um impacto negativo na utilização e eficiência, e é outro fator complicador para as operações gerais de transporte.]
O Complete Fleet agora oferece aos proprietários de frotas uma nova opção mais simples e muito mais eficaz de “pegar tudo”. Melhor ainda, a integração de frotas mistas no ecossistema digital da Scania com a abordagem Complete Fleet é um processo simples e rápido que pode ser feito de dentro do próprio My Scania, por meio de compartilhamento de dados existentes e outros acordos de habilitação.
Tudo isso se soma aos clientes tendo a oportunidade de conectar e controlar toda a sua frota mista de caminhões e reboques diversos em uma base escalável, dando a eles um planejamento eficiente para toda a unidade, caminhão e reboque, e fornecendo a eles uma visão geral completa e transparência.
“A Scania quer estar junto com nossos clientes durante toda a jornada deles, e a introdução do Complete Fleet é o exemplo mais recente de como podemos apoiá-los com compatibilidade entre sistemas agora e no futuro”, diz Andrea Wetterberg, Chefe Interino de Portfólio de Serviços e Entrega na Scania.
“Ao oferecer um serviço digital unificado e em expansão com dados consistentes em todas as marcas de veículos e reboques, estamos dando aos proprietários de empresas de transporte de hoje transparência e segurança, eficiência de custos e economia de energia em toda a sua frota.”
E no Brasil?
A notícia saiu bem sedo hoje na Europa e a Frota News fez a tradução e adaptação para o Brasil. Enviamos a pergunta para a assessoria de imprensa e, em breve, ela deve nos responder e atualizamos.
No entanto, na nossa opinião, este sistema até poderá ser lançado aqui, mas a nossa realidade é diferente. Os transportadores brasileiros já trabalham com empresas especializadas em gestão de frotas que faz a conexão com todas as marcas, como a Michelin Connect/Sascar, por exemplo.
Segundo o Anuário da Indústria Automobilística Brasileira, publicado pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), entre 2018 e 2023, foram emplacados 1.418 caminhões movidos a gás, e quase todos da marca Scania. Esse período tinha praticamente só a Scania como fabricante de caminhões a gás no Brasil. Em 2024, até a data da publicação deste artigo, a Scania vendeu mais 400 caminhões a gás. Recentemente, a Iveco também lançou dois modelos, o S-Way NG e o Tector NG. Agora, a Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) apresenta o VW Constellation 26.260.
O Constellation 26.280 modelo movido a biometano, segundo a Volkswagen, tem a maior capacidade de armazenamento em seu segmento de aplicação, motorização mais potente e potencial para redução de 90% das emissões de CO2e. Os primeiros testes em operação real do veículo serão realizados por clientes a partir de 2025.
A entrada da Volkswagen Caminhões neste segmento vai impulsionar e animar frotistas e embarcadores a investirem na renovação de frotas com solução para a descarbonização do transporte rodoviário de carga, já que a marca é líder de mercado, principalmente, do segmento de semipesados.
A engenharia projetou o modelo de acordo com as necessidades das empresas do setor de coleta de resíduos sólidos. O protótipo traz configurações características da família vocacional Compactor. O veículo é equipado com tanques de aço carbono que somam 240 metros cúbicos (960 litros) de capacidade de armazenamento, a maior do seu segmento, permitindo a cobertura de longas distâncias sem a necessidade de reabastecimento frequente, com uma autonomia de até 300 quilômetros.
Os ganhos para a agenda ESG
A iniciativa vai ajudar as empresas com pautas ESG e atenta às necessidades do mercado. A utilização do biometano, combustível que impacta de forma positiva e significativamente nas emissões de gases do efeito estufa, reduzindo em até 90% as emissões de CO2e no ciclo poço à roda.
Em uma operação típica em que o veículo percorre de 50.000 a 70.000 quilômetros ao ano, este valor equivale à redução de 150 toneladas de CO2e emitidas ao ano. Além disso, trata-se de um combustível renovável, ou seja, sua produção pode ser contínua, desde que haja uma fonte constante de matéria orgânica. Empresas como PepsiCo e L’Oréal investiram com parceiros na construção de postos de biometano perto de seus centros de distribuição, facilitando o abastecimento de suas frotas, seja própria, ou de fornecedores de serviços de transportes.
Portanto, do ponto de vista econômico, os caminhões a gás abastecido com biometano contribuem para um cenário especialmente interessante. A economia com combustível gerada pela produção própria de biometano possibilita a redução da dependência da importação de gás natural veicular da Bolívia e de petróleo e diesel de outros países.
O Constellation 26.280 é equipado com transmissão totalmente automática e motor Cummins de ciclo Otto de 280 cv de potência e 1.100 Nm de torque, similares à versão diesel. A Frota News já entrevistou motoristas que já trabalham com Scania movido a gás e há o consenso na opinião deles que o desempenho é o mesmo de um caminhão a diesel similar e ainda com a vantagem de produzir menor ruído.
O motor Cummins B6.7N instalado no motor e ele no mostruário da fabricante
Segundo a engenharia de Resende (RJ), onde fica a fábrica da VWCO, o 26.280 Biometano combina maior capacidade de arranque, aceleração mais rápida, melhor tração e direção mais confortável e controlada.
O motor traz também redução significativa nos níveis de ruído. Os materiais isolantes e sistema de exaustão eficientes contribuem para um ambiente de trabalho mais silencioso para os coletores e para o menor impacto sonoro nas cidades, possibilitando operações noturnas nos centros urbanos. Graças à sua arquitetura simples e robusta, com sistema de pós-tratamento dos gases de escape com catalisador de três vias, este modelo de motor oferece ainda baixa manutenção e alta durabilidade.
Equipamentos incluso no 26.280 Biometano
Mantendo o padrão de tecnologia dos caminhões VW, o Constellation 26.280 Biometano conta com freio retarder, sistema inteligente que garante ainda mais segurança, controle e eficiência às operações, possibilitando a otimização do custo total de operação e aumento significativo da vida útil dos componentes. Além disso, o veículo é equipado com controle de estabilidade e assistente automático de partida em rampa, itens que proporcionam ainda mais confiabilidade às operações. O projeto estreia novo sistema de direção, suspensões modulares e eixos.
O potencial do biometano no Brasil
No mundo inteiro, observa-se uma onda de investimentos na produção do biometano, também denominado gás natural renovável (GNR), principalmente no Brasil. Com a entrada da Volkswagen no mercado de caminhões movidos a gás é mais um incentivo para a indústria de produção do biogás, que depois de um processo de purificação, vira biomentano.
No Brasil, há potencial de aproveitamento de biomassa dos setores agropecuário (maior emissor de metano no país), sucroalcooleiro e agroindustrial para produção econômica de biometano. Também é muito significativo o potencial do setor de resíduos, conhecido também como “lixões” (segundo maior emissor de metano), que vive um esperado momento de transição com a vigência do novo marco regulatório do saneamento.
Uma das bioplantas da Tupy/MWM em funcionamento para produção de biometano
Bioplantas para produção de biometano
A Tupy, empresa brasileira e maior fabricante mundial de blocos de motores, entre adquiriu a MWM Motores e Geradores em 2022. Ambas trabalham junta na construção de bioplantas para produção de biometano e biofertilizante. Outras empresas vão construir mais de 400 postos para abastecimento de caminhões a gás com bombas de alta pressão. Projetos similares ocorrem no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e outros Estados.
Outra empresa que está investindo pesado projetos de transporte utilizando gás é a Virtu GNL. “Temos um projeto pioneiro, o maior de descarbonização do transporte de longa distância do país. É uma solução logística disruptiva, sustentável e eficiente. Nessa primeira fase, a Virtu GNL implantará duas centrais de descarbonização nos municípios de Presidente Dutra e Balsas, no Maranhão, com investimento inicial de R$ 180 milhões para atuar como plataforma integrada no escoamento da produção. O projeto da Virtu GNL é criar o corredor verde de GNL do Norte ao Sul do Brasil, com investimento previsto de R$ 5,7 bilhões, que compreende 39 centrais de descarbonização e 5.300 cavalos mecânicos até 2030”, explica José de Moura Júnior, CEO da Virtu GNL. A Virtu, que comprou 150 caminhões Scania GNL, sendo a maior frota de GNL.
Há cerca de uns dois anos, a Abiogás havia divulgado que havia R$ 7,5 bilhões de investimentos em andamento para construção de usinas para produção biogás e biometano. No entanto, a chegada de novos investimentos tem sido constante que há uma dificuldade de contabilizar a totalidade em 2024, um número que vamos pesquisar e divulgar em breve.
Mais projetos
Durante o evento Frotas e Fretes Verdes 2024, ocorrido em São Paulo, gestores de várias distribuidoras de Gás Natural do Sudeste se encontraram para debater estratégias e desenvolvimento do setor de GNV.
Participaram os representantes da anfitriã Comgás, ESGás, Necta, Naturgy e Gasmig. A SCGás, distribuidora de Santa Catarina, participou como convidada especial, apresentando sua nova tarifa de GNV para frotistas aos colegas.
Entre os vários temas, eles discutiram ações conjuntas para o fortalecimento do mercado de GNV, com foco especial no desenvolvimento do uso do energético em veículos pesados, sem esquecer as vantagens do combustível para veículos leves.
Entre os temas abordados, foram abordadas questões de compliance e compartilhamento das informações de volume de vendas, clientes potenciais e contratos, estratégias de expansão de mercado e tecnologias de apoio ao consumidor de GNV.
Outros pontos abordados foram a consulta à Abegás sobre dados de vendas e boletins do setor, a criação de aplicativos para localização de postos de GNV (principalmente em rodovias), a realização de feiras e eventos com patrocínios conjuntos, bem como a inclusão de postos de GNV em aplicativos de GPS (Waze).
Um destaque foi a proposta de um novo Rally de economia, cujo objetivo é conscientizar sobre os benefícios do GNV. A ideia é que seja realizado em parceria com instituições de ensino como USP, UFMG, UFRJ e Unicamp.
Os gestores também conversaram sobre um tema que preocupa bastante o setor: a necessidade de uma consulta pública com a Agência Reguladora do Estado do Rio de Janeiro para tratar de possíveis fraudes na medição do GNV.
Com essas ações as distribuidoras esperam impulsionar o uso do energético, além de fortalecer sua imagem como uma alternativa eficiente e sustentável para diversas modalidades de transporte.
GNV em Minas Gerais
De acordo com o Gerente de Comercialização de Gás Natural Veicular, Welder Souza, a redução na tarifa do GNV, anunciada no início de novembro, vai impactar na redução dos preços nos postos revendedores e aumentará a competitividade frente ao etanol, diesel e gasolina, desta forma, diminuindo os custos para os motoristas e empresas frotistas, que utilizam o GNV em suas frotas de caminhões.
“Nossa política de preços é alinhada com as diretrizes do Governo do Estado, que tem foco em contribuir para melhorar a vida dos mineiros. Os benefícios da redução da tarifa do GNV serão imediatos. Os motoristas vão sentir no bolso a economia na hora de abastecer”, afirmou.
Ele destaca, ainda, que por meio da Resolução SEDE n° 53, de 28/12/2023, que vincula a tarifa do Gás Natural Veicular (GNV) e do Gás Natural Comprimido Veicular (GNC-V) à competitividade do energético, em relação à Gasolina, a Gasmig está aplicando um desconto adicional na tarifa de R$0,15/m³.
Dessa forma conferindo uma economia superior a 30% para os veículos leves e superior a 20% para os veículos pesados.
Investimentos nos Corredores de GNV
Os investimentos contínuos da Gasmig já possibilitaram a criação de quatro corredores de GNV, que dão acesso aos outros três Estados da região Sudeste e à Bahia.
São eles: Corredor GNV BH-Rio – BR-040, Corredor GNV Fernão Dias – BR-381, Corredor GNV Vitória – BRs-381/262 e Corredor GNV Rio-Bahia – BRs-116/381.
O principal objetivo é garantir, ao menos, um posto GNV a cada 400km de distância nas principais rodovias que ligam Minas a outros estados, permitindo o alcance de regiões estratégicas.
A Companhia quer, ainda, adicionar outros quatro postos, até o final de 2026, previstos nas metas da Segunda Revisão Tarifária Periódica, totalizando 74.
As múltiplas opções que o Brasil tem para biocombustíveis apresentam oportunidades e grandes desafios, principalmente, pela variedade de opções conforme a região do país. As regulamentações pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) são lentas, o que dificulta os investimentos pelos empresários. Mesmo com a burocracia muito alta, o Brasil está recebendo investidos bilionários para a produção de bioenergia, incluindo biocombustíveis.
Na tarde da última sexta-feira, o Pavilhão Brasil, na Blue Zone da COP29, foi palco de discussões estratégicas sobre o uso de combustíveis sustentáveis
Perguntas, desafios e oportunidades
Qual é o combustível ideal para ser adotado pelo transporte, sem prejuízo para a eficiência da atividade e para o meio ambiente? Essa pergunta balizadora deu o tom do painel “Transição energética no setor de transportes: o papel do diesel verde”, promovido pelo Sistema Transporte durante a chamada “Tarde do Transporte” na COP29.
A discussão reuniu líderes de destaque de diversas áreas para debater os desafios e oportunidades para tornar o transporte mais sustentável, com foco na introdução de combustíveis alternativos. Em pauta, a discussão sobre o uso de uma fonte energética considerada ideal pelo setor, mas que ainda enfrenta desafios para implementação.
Mediado por Felipe Queiroz, diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o debate contou com a participação de Vander Costa, presidente do Sistema Transporte; Daniel Bassani, gerente de Relações Institucionais da Embraer; Yana Garcia, secretária de Proteção Ambiental do Governo da Califórnia, e o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), presidente da Frente Parlamentar de Recursos Naturais e Energia do Senado Federal.
Potencial do diesel verde
Durante o painel, Vander Costa destacou a importância do diesel verde (HVO) como uma solução viável e imediata para reduzir emissões no setor de transportes pesados, um dos mais desafiadores em termos de descarbonização. “O diesel verde tem o potencial de ser um aliado estratégico no curto prazo, enquanto trabalhamos para consolidar outras tecnologias, como a eletrificação e o hidrogênio verde”, afirmou.
O presidente do Sistema Transporte ressaltou a importância da conexão entre os modais nesta discussão. “Naquela tarde em que a gente vai dedicar aos transportes, devemos nos preocupar também com a multimodalidade, porque, quando eu saio da estrada e vou para a ferrovia, eu estou reduzindo a emissão de gases de efeito estufa”, justificou.
Para a Califórnia, eletrificação é a única solução
Yana Garcia, secretária de Proteção Ambiental do Governo da Califórnia, destacou as políticas públicas da Califórnia, pioneiras no uso de combustíveis alternativos e na criação de incentivos para reduzir a pegada de carbono no transporte. “Na Califórnia, nossa meta é exigir que todas as vendas de novos veículos sejam elétricas até 2035, e, na verdade, alcançamos essa meta dois anos antes do previsto, do que nos orgulhamos muito. Essa meta de eletrificação é combinada com esforços para descarbonizar os combustíveis. A Califórnia possui um padrão de combustível de baixo carbono há uma década, que exige que todas as entidades reduzam a intensidade de carbono dos combustíveis”, ressaltou.
Para Yana Garcia, existe a necessidade de adoção de abordagens equilibradas para promover tecnologias emergentes e práticas mais sustentáveis. “Temos desafios técnicos e políticos envolvidos na substituição da dependência de combustíveis fósseis por alternativas renováveis”, concluiu.
Para o transporte rodoviário de carga, o foco em apenas uma alternativa é considerado um erro pelo MBCBrasil (Movimento de Baixo Carbono para o Brasil), que reúne grandes empresas e entidades de vários setores envolvidos com o tema, como SAE Brasil, Scania, Abiogás, Copersucar, Cummins, MWM, BYD, AEA, Toyota, Stellantis, Tupy, Volkswagen, entre outras. Outra seja, a solução da Califórnia não serve para o Brasil.
O senador Veneziano Vital do Rêgo reforçou a necessidade de um arcabouço regulatório claro no Brasil para facilitar os combustíveis verdes, além de destacar a importância de estudos técnicos que garantam a viabilidade econômica dessa transição.
“Foi um passo importantíssimo quando nós aprovamos, no plenário, a Lei do Combustível do Futuro e, nela, a presença prevista do diesel verde. O próximo passo é um dever compartilhado com o governo, para que nós construamos a regulamentação que, em breve, chegará ao Congresso Nacional, e assim venhamos a dar o sequenciamento devido a esta que é, ao nosso ver, uma das legislações mais avançadas para o setor”, finalizou o Senador.
Já Daniel Bassani, da Embraer, abordou os impactos e aprendizados da aviação, reforçando a sinergia entre mercado e pesquisa para a busca de soluções sustentáveis no setor. E falou sobre a produção do SAF Brasileiro, o Combustível de Aviação Sustentável.
“O diesel verde e o SAF seguem a mesma rota tecnológica e usam os mesmos insumos, são co-produtos. Esses combustíveis são uma solução para a descarbonização no setor aéreo, no curto e médio prazo, dentro e fora do país. A gente vê como uma grande oportunidade para o Brasil ser um dos grandes líderes globais de produção e distribuição no mundo todo. Somos o país do biocombustível”, justificou o representante da Embraer.
Por fim, o presidente do Sistema Transporte concluiu: “Temos conversado com as agências, com os Ministérios de Transportes e de Portos, para poder contratar uma empresa para fazer um inventário do setor como um todo. A gente entende que, para reduzir, eu tenho que medir. E sem tirar a responsabilidade de trocarmos a matriz energética dos veículos pesados, de nada vai adiantar se eu não conseguir ter também um controle de de motos automóveis”, finalizou Vander Costa.
Painel do Sistema Transporte
O painel foi encerrado com destaque de que os combustíveis sustentáveis são a alternativa estratégica para a descarbonização do transporte, mas que sua implementação requer colaboração entre os setores público e privado, inovação tecnológica e políticas consistentes. Para isso, os entes envolvidos precisarão seguir trabalhando em prol da adoção de soluções que atendam necessidades locais e momentâneas, na base do diálogo e do entendimento.
A 25ª edição da Fenatran já tem data para 2026: será entre 9 e 13 de novembro de 2026 no São Paulo Expo, espaço de eventos administrado pela GL Events que experimentou o limite de sua capacidade para receber visitantes devido ao sucesso dos resultados da Fenatran 2024. Já é considerada a melhor Fenatran da história. Neste artigo, vamos falar dos resultados da maior feira de transporte e logística da América Latina. Ela entrou para história ao receber mais de 74 mil visitantes, número limitado pela capacidade de espaço para estacionamento e transporte até ao São Paulo Expo.
Segundo a organizadora da feira, a RX do Brasil, o resultado ultrapassou os R$ 15 bilhões e superou os R$ 9,5 bilhões de faturamento da edição de 2022. Em relação aos participantes de outros países, passaram pelos pavilhões do São Paulo Expo mais de duas mil pessoas de 53 países, sendo sua maioria do Mercosul, como Argentina, Uruguai, Chile e Peru.
Premiação de maior prestígio
Durante a feira foi realizado a versão latino-americano do International Truck of the Year, a segunda edição do Truck of the Year Latin America, vencido pelo caminhão Scania R.
Coordenador do ToYLA, Marcos Villela, Christian Levin, CEO mundial da Scania e do TRATON Group (holding que reúne as marcas Scania, Volkswagen Truck & Bus, MAN Truck & Bus, IC Bus, Volkswagen, Traton Chargin Solution e RIO Logistics Flow), Christopher Podgorski, presidente e CEO da Scania Latin America, Josué Araújo, diretor de Tecnologia e Inovação da Noma, e Simone Montagna, presidente e CEO da Scania Operações Comerciais Brasil.
Ocorreu também o Truck Innovation Award Latin America 2025, com a Mercedes-Benz e Grunner vencendo com o projeto do caminhão semiautônomo ATR320X, construído a partir do Mercedes-Benz Axor.
Jefferson Ferrarez, vice-presidente Caminhões Mercedes-Benz do Brasil, José Reche, diretor de operações da Grunner, e Luis Costa, gerente de desenvolvimento de produto da Mercedes-Benz do Brasil
O corpo de jurado contou com os principais jornalistas dos maiores mercados da América: Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Peru e Chile.
Desafios para 2026
Para Thiago Braga Ferreira, gerente executivo da Fenatran, tanto o número de participantes quanto o volume de negociações excederam a expectativa da organização. “Os resultados alcançados este ano nos trazem um grande desafio: em 2026, queremos ser ainda melhores. Vamos ousar, inovar e buscar o que há de melhor para atrair os expositores e visitantes. E já começamos a trabalhar nisso”, complementa Thiago.
O que teremos de avanços em descarbonização?
As montadoras aproveitaram o evento, que ocorreu de 04 a 08 de novembro, em São Paulo, para apresentar suas novas tecnologias voltadas para redução de emissões que vão ditar o futuro da mobilidade rumo à descarbonização, além de seus mais recentes lançamentos em termos de serviços, locação, entre outros.
A Volvo atingiu uma marca histórica na Fenatran 2024. Foram cerca de R$ 3 bilhões em negócios, somando caminhões, planos de serviços, seguros, consórcio e locação de veículos. “A Fenatran 2024 superou nossas melhores expectativas. Mais uma vez, a feira acontece em um momento especial para o setor de caminhões, com forte demanda em todos os tipos de operação de transporte”, comemora Alcides Cavalcanti, diretor-executivo da Volvo Caminhões.
A Volvo teve uma presença excepcional em seu amplo estande de 3.254 m2. Mais de 45 mil pessoas passaram pelo local, entre clientes, transportadores, motoristas, apreciadores da marca e outros públicos. Além dos caminhões, os visitantes conferiram também as áreas de tecnologia, conectividade, inteligência artificial, serviços e sustentabilidade da marca.
Alcides Cavalcanti, diretor-executivo da Volvo Caminhões. Foto: Volvo/Rodolfo Buhrer
Feira histórica para a Scania
A Fenatran 2024 foi marcada por momentos históricos para a Scania, que lidera a transição para um transporte mais sustentável. Durante o evento, a empresa concretizou a venda do primeiro caminhão elétrico cavalo mecânico 30 G 4×2 no Brasil para a Reiter Log, maior cliente de soluções sustentáveis da marca no país. Além disso, a Scania apresentou uma performance recorde ao comercializar mais de 2 mil caminhões, incluindo toda a frota exposta na feira, e conquistou o prêmio “Truck of the Year” com a linha R. O modelo elétrico reforça o compromisso da Scania com alternativas ao diesel, oferecendo zero emissões de CO2 e baixo custo operacional, ideal para operações de curta distância.
Primeiro Scania 30 G 100% elétrico vendido no Brasil para Reiter Log. Na foto à direita, Vanessa Pilz e Vinícius Pilz
A Reiter Log, que já possui uma frota de mais de 200 caminhões a gás, celebrou a aquisição do modelo elétrico como um passo significativo em sua jornada ESG iniciada em 2014. Além disso, a empresa negociou 100 novos veículos durante a feira, incluindo modelos movidos a gás e biometano. Entre outros destaques, a Scania registrou vendas expressivas de caminhões destinados a diferentes setores, como mineração, construção civil e logística. A marca também celebrou marcos históricos, como 80 mil caminhões da Nova Geração emplacados desde 2019 e 20 mil unidades da linha Super comercializadas em apenas dois anos, consolidando 2024 como um ano excepcional para a empresa.
As demais marcas
As demais marcas, até o fechamento desta reportagem, ainda não haviam divulgado os seus resultados e, quando ocorrerem, a Frota News vai divulgar na plataforma.
“A Fenatran 2024 superou todas as nossas expectativas, que já eram muito elevadas. Foi uma exposição com recordes em todos os indicadores, inclusive de negócios fechados pelas nossas associadas,” afirma Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea.
De acordo com Eduardo Rebuzzi, presidente da NTC&Logística, a presença de Geraldo Alckmin, vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, além de diversas autoridades e representantes de empresas e entidades de todo o país, mostrou a relevância e sucesso da Fenatran. “Mais uma vez, vimos confirmada a tradição do maior evento do Transporte Rodoviário de Cargas da América Latina, celebrando o avanço e a inovação tecnológica no setor. Este é sempre um momento especial para a NTC&Logística, pois nossa missão é valorizar e fortalecer a cadeia produtiva do transporte de cargas e logística”, diz.
FrotaCast
“A plataforma Frota News participou pela primeira vez da Fenatran com um estúdio de vídeocast e gravação de conteúdos para publicação nos canais da nossa plataforma. O nosso estande contou com profissionais das áreas audiovisual, fotógrafos, jornalistas, executivos de negócios, especialistas em áudio e presença de marcas patrocinadoras da Frota News que tornaram o Estande da Notícia em uma imersão nas tendência e inovações do nosso mercado. Sem falar, na presença ilustre, colunista da Frota News, conhecida como a Rainha dos Caminhoneiros, Sula Miranda, que passou um dia recebendo e conversando com os visitante”, disse Filipi Goschrman, diretor de Inteligência de Mercado e jornalista do Grupo Frota News.
A cantora e colunista da Frota News, Sula Miranda, participa das gravações do FrotaCast
Nosso time estratégico propôs uma temática no universo da comunicação adotado pela linha editorial da Frota News, no qual, acreditamos no poder da comunicação e do jornalismo de solução, responsável e educativo. Ressaltamos, a nossa felicidade em trazer um conteúdo dinâmico com os principais porta-vozes do mercado, falando sobre o setor que movimenta o mundo. Há muito a ser explorado, estudado e transformado. A jornada da
Frota News apenas começou”, acrescentou Goschrman.
Filipi Goschrman, diretor de Inteligência de Mercado da Frota News
Estacionamento Indigo
O estacionamento administrado pelo Indigo Group, apesar de ter cerca de 6.500 vagas, sendo 4.500 cobertas, continua sendo um limitador para os realizadores de grandes eventos no São Paulo Expo, espaço físico concedido pelo Governo do Estado de São Paulo para GL Events, que venceu a licitação para administração do antigo Centro de Exposições Imigrantes.
Segundo o especialista em inteligência de mercado, Filipi Goschrman, a Indigo teve um faturamento bruto estimado, durante os cinco dias de feiras, de R$ 2,6 milhões, considerando o valor R$ 80 por vaga. O valor pode ser superior se dois ou mais carros ocuparam a mesma vaga no mesmo dia. Goschrman lembra que, uma das maiores queixas, além da pequena quantidade de funcionários para orientação dos usuários, há o fato de que um espaço tão importante não ter um carregador de carro elétrico, onde ocorre vários eventos sobre sustentabilidade, como a Fenatran, entre outros. Com o faturamento que possuem, deveriam ter várias vagas com carregadores, principalmente, em um momento que se discute sustentabilidade no mundo inteiro.
Vale lembrar que o estacionamento não é de responsabilidade dos realizadores dos eventos no São Paulo Expo, neste caso, não é de responsabilidade da Fenatran, mas da Indigo e da GL Events que terceirizou o estacionamento. Entramos em contato com a Indigo, mas ainda não obtivemos resposta.
Sobre a Fenatran
Realizada a cada dois anos, a Fenatran tem parceria institucional e apoio das principais associações do setor, entre elas Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) e Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários).
O Renault Kardian chegou no final de 2023 como uma aposta da marca francesa para o disputado segmento dos SUVs compactos. Produzido na fábrica de São José dos Pinhais (PR), ele fez a estreia da nova plataforma modular da Renault na América Latina e entrega um pacote técnico que surpreende em vários aspectos. Rodamos com o modelo para avaliar o comportamento dinâmico, desempenho, conforto e consumo, e adiantamos: o Kardian não é só design moderno — ele tem substância.
Coração novo: motor turbo e câmbio de dupla embreagem
O principal destaque do Kardian está sob o capô: o motor 1.0 TCe turbo flex de três cilindros entrega até 120 cv de potência e torque de 22,4 kgfm com etanol (20,4 kgfm com gasolina), atingido a baixos 2.000/2.250 rpm. Isso garante respostas rápidas e agilidade no trânsito urbano — mesmo com o ar-condicionado ligado e ocupantes a bordo.
Associado ao motor está o inédito câmbio automático EDC de dupla embreagem, banhado a óleo, com seis marchas e opção de trocas sequenciais por aletas (paddle shifts) atrás do volante — uma exclusividade no segmento nessa faixa de preço. As trocas são rápidas e suaves, com boa inteligência eletrônica para manter o motor em rotações ideais, tanto na cidade quanto na estrada.
Desempenho: números que empolgam
O cockpit do novo SUV compacto da Renault aposta em sofisticação e conectividade: painel 100% digital, central multimídia flutuante com conectividade Android Auto e Apple CarPlay, além de detalhes em laranja que reforçam o estilo esportivo. Destaque também para o console elevado com botão de câmbio tipo joystick
Na prática, o Kardian acelera de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos com etanol — um dos melhores tempos entre os SUVs 1.0 turbo no Brasil. Com gasolina, o tempo sobe para 10,7 segundos, ainda assim bastante competitivo. Na estrada, a sexta marcha longa (0,561:1) favorece o silêncio a bordo e reduz o consumo, que ficou em 13,9 km/l com gasolina em nosso percurso rodoviário, segundo dados do Inmetro.
Dirigibilidade e conforto: acerto surpreendente
Com direção elétrica precisa, o Kardian transmite leveza e segurança ao volante. Seu diâmetro de giro de 10,5 metros facilita manobras em vagas apertadas. A suspensão dianteira tipo McPherson e o eixo de torção traseiro garantem equilíbrio entre conforto e firmeza, mesmo em pisos irregulares.
A altura livre do solo, de 209 mm, e os ângulos de entrada (20°) e saída (36°) dão ao Kardian capacidade para encarar rampas, valetas e trechos de terra leve com tranquilidade — características fundamentais para o público brasileiro.
Design e espaço interno: compacto com bom porta-malas
Por fora, o Kardian segue o novo padrão visual da Renault, com faróis afilados em LED e linhas musculosas. Apesar dos 4.119 mm de comprimento, o SUV oferece bom espaço interno para quatro adultos e porta-malas de 358 litros, volume superior ao de alguns concorrentes diretos.
O Renault Kardian 2025 exibe linhas arrojadas e identidade visual marcante, com destaque para o teto em preto contrastante, assinatura luminosa em LED e detalhes robustos que reforçam sua proposta aventureira. As diferentes vistas evidenciam o design moderno e bem resolvido do SUV compacto
As rodas aro 16 ou 17 polegadas, dependendo da versão, calçam pneus 205/60 ou 205/55, ajudando no visual mais parrudo e na boa aderência nas curvas.
Veredito
O Renault Kardian pode ser um dos lançamentos mais importantes da marca francesa em décadas no Brasil até a data desta avaliação (outubro de 2024), havia 16.186 unidades emplacadas neste ano, sendo 6.494 Kardian para frotas.
O Renault Kardian entrega mais do que o visual sugere: bom desempenho, câmbio moderno, consumo eficiente e robustez para o uso urbano e rodoviário. Ele preenche um espaço estratégico no portfólio da marca, mirando consumidores que buscam estilo, mas não renunciam a dirigibilidade e conteúdo técnico.
Para quem procura um SUV compacto com pegada moderna, o Kardian vale o test drive. E promete esquentar ainda mais a briga entre os turbinados nacionais.
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Renault Master é eleita “Van do Ano 2025” e anuncia lançamento da versão a hidrogênio
Renault Master H2-Tech, a segunda geração do protótipo a hidrogênio da fabricante francesa
O novo Renault Master conquistou o título de “Van do Ano 2025”, concedido pelo júri do International Van of the Year (IVOTY). Este reconhecimento acontece no mesmo dia em que a fabricante francesa anuncia o lançamento da versão a hidrogênio começará a ser produzido em 2025, solidificando ainda mais sua posição no mercado de veículos comerciais.
Plataforma de três energias
O Renault Master premiado está em geração mais avançada em relação ao modelo comercializado no Brasil. A geração atual europeia se destaca pelo seu design batizado de “Aerovan”, e pela nova plataforma com versões disponíveis em motor diesel, elétrico ou a hidrogênio
Entre as grandes inovações, o Renault Master H2-Tech foi desenvolvida em colaboração com a HYVIA, uma joint venture entre o Grupo Renault e a Plug, focada em soluções de mobilidade a hidrogênio. O furgão a hidrogênio será comercializado a partir do final de 2025, na Europa.
No IAA Transportation em Hannover, na Alemanha, o protótipo do Renault Master H2-Tech foi apresentado como um grande avanço tecnológico, antecipando a versão de produção que estará disponível no próximo ano. Com uma autonomia de 700 km em cada abastecimento. Para a sua operação, haverá estações de abastecimento que faz a eletrólise e a produção do hidrogênio.
Um dos grandes trunfos do Renault Master H2-Tech é seu tempo de recarga. Com uma recarga de hidrogênio em apenas 5 minutos, o veículo oferece uma experiência equivalente a um veículo a combustão. A rede de estações de hidrogênio na Europa, em fase de expansão, será um posto-chave para o sucesso dessa tecnologia.
Análise
Os valores do veículo, estações de abastecimento e do kg do hidrogênio ainda não foram revelados. No entanto, já há estimativas de outras empresas. A Raízen e a Shell estão fazendo pesquisa e desenvolvimento no Brasil para a produção de hidrogênio a partir do uso de etanol, e o kg do hidrogênio com esta fonte pode custar R$ 44 o kg, bem mais barato se for utilizado eletricidade da rede pública, fonte que faz o preço subir para R$ 115. Esses valores são o custo de produção do hidrogênio, pois o preço de uma estação de abastecimento pode ultrapassar os R$ 20 milhões.
Para se ter ideia, um Toyota Mirai, como exemplo por ser o veículo movido a hidrogênio que está há mais tempo no mercado, roda 100 km com um kg de hidrogênio e, estima-se, que uma van deve rodar uns 60 km com a mesma quantidade. O Toyota Mirai começou a ser vendido em outubro de 2015 e nesses nove anos, vendeu 14.105 unidades nos Estados Unidos. Considerando a mesma base de comparação (país e período), o Corolla a gasolina teve 2,8 milhões de unidades comercializada nos Estados Unidos. E o preço do MIrai é apenas 2,29 vezes maior do que o Corolla. No entanto, a indústria de veículos comerciais acredita que os operadores de transportes estão mais dispostos a investir na transição energética do que o consumidor pessoa física e por isso continuam a investir em diversas soluções, como veículos elétricos, a gás, biodiesel, biometano e HVO.