domingo, dezembro 14, 2025

Honda renova linha 500 cm³ com CB 500 Hornet e NX 500

Modelos atualizam a antiga linha 500 cm³ – CB 500F e CB 500X – com novo visual, pacote eletrônico de última geração e proposta clara para diferentes estilos de pilotagem

A Honda acaba de reforçar sua presença no segmento de médias cilindradas com o lançamento da CB 500 Hornet e da NX 500, modelos que substituem, respectivamente, a CB 500F e a CB 500X. Com design renovado, mais tecnologia embarcada e identidades visuais marcantes, as motocicletas mantêm a reconhecida base mecânica da linha 500 cm³, mas oferecem agora propostas mais bem definidas para o público urbano e aventureiro.

CB 500 Hornet: esportividade no dia a dia

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Honda CB 500 Hornet

A nova CB 500 Hornet, com preço sugerido de R$ 43.040, representa a evolução da antiga CB 500F, adotando um estilo mais agressivo e próximo da família Hornet. O visual streetfighter é marcado pelo farol de LED afilado, carenagens laterais angulosas e traseira elevada, conferindo à moto uma personalidade esportiva que dialoga com motociclistas urbanos em busca de desempenho com visual impactante.

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Sob o tanque de 17,1 litros, permanece o confiável motor bicilíndrico de 471 cm³, que entrega 47 cv de potência e 4,4 kgfm de torque, acoplado a um câmbio de seis marchas. A grande novidade está no pacote tecnológico: a Hornet passa a contar com controle de tração (HSTC), painel TFT colorido de 5 polegadas com conectividade via Honda RoadSync, e suspensão dianteira invertida Showa de 41 mm — mesma marca usada em modelos maiores da marca.

Além disso, os freios dianteiros agora utilizam discos duplos com pinças radiais Nissin, ampliando a segurança e a sensibilidade nas frenagens. Com peso a seco de cerca de 190 kg, a CB 500 Hornet busca aliar agilidade urbana com conforto e performance para curtas viagens.

NX 500: nova cara da aventura

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Honda NX 500

Com preço sugerido de R$ 45.800, a NX 500 chega para substituir a CB 500X, mas com proposta mais aventureira e moderna. O nome remete a modelos clássicos da Honda no trail nacional, como a NX 350 Sahara, e reforça o apelo fora-de-estrada da nova versão.

O visual foi completamente reformulado, com carenagens redesenhadas, para-brisa ajustável e linhas mais robustas. A ergonomia também foi aprimorada para viagens longas, com guidão elevado, posição de pilotagem ereta e banco em dois níveis. A roda dianteira de 19 polegadas, combinada com a suspensão Showa invertida e curso ampliado, confirma a vocação para o asfalto irregular e estradas de terra leves.

O motor é o mesmo bicilíndrico de 471 cm³ da Hornet, com desempenho equilibrado e baixo consumo de combustível. A NX 500 também conta com controle de tração desligável, sistema de frenagem ABS de dois canais com discos dianteiros duplos, painel TFT de 5″ com conectividade e sinal de parada de emergência (ESS), que aciona os piscas em frenagens bruscas.

linha 500 cm3
Painel TFT de 5″ com conectividade é o mesmo para ambos modelos

Com tanque de 17,7 litros e peso próximo de 196 kg em ordem de marcha, a NX 500 chega para atender pilotos que buscam versatilidade sem abrir mão de conforto e segurança.

Posicionamento e mercado

A renovação da linha 500 faz parte de uma estratégia global da Honda para tornar mais claras as propostas de cada modelo, ampliando a atratividade junto aos consumidores. A CB 500 Hornet se posiciona como uma naked urbana com visual ousado, enquanto a NX 500 reforça sua pegada aventureira, sendo uma opção intermediária entre modelos de entrada e as big trails da marca.

Implementos sobre chassi da Noma do Brasil para logística urbana e regional

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No primeiro semestre de 2025, a indústria de implementos rodoviários leves se destacou como o principal motor de crescimento do setor, com alta de 18,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A Noma do Brasil, fabricante paranaense que acaba de completar 58 anos de trajetória, tem soluções relevantes nesse movimento, principalmente com baús e basculantes também na linha de implementos leves. Reconhecida pela qualidade das famílias Geração Titanium e Work Series, a empresa oferece soluções robustas e versáteis para aplicações urbanas e regionais. 

Confira alguns dos implementos sobre chassi desenvolvidos pela Noma: 

 Baús

Basculantes

LOTS, transportadora da Scania, compra empresa de rastreabilidade de emissões

A LOTS Group, transpotadora do Grupo Scania especializada em soluções logísticas sustentáveis, anunciou a aquisição da Elain, empresa de monitoramento e análise de emissões.

Segundo Pedro Silvestrini, vice-presidente de Estratégia e Novos Negócios da LOTS Group, a integração fortalece a capacidade das empresas de atender clientes com metas ambientais ambiciosas. “Essa união cria um ativo valioso para apoiar clientes que têm ambições de reduzir emissões, mas carecem de capacidade analítica para transformar dados em planos concretos”, afirmou.

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A Elain desenvolveu uma plataforma para cálculo e rastreabilidade de emissões de carbono. A tecnologia permite mapear, quantificar e interpretar dados, algo que muitas empresas ainda lutam para internalizar.

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Fundada com o propósito de atender organizações que precisam compreender sua pegada climática, a Elain vê na parceria com a LOTS a chance de escalar sua missão. “Fundamos a Elain para ajudar empresas a agir sobre sua pegada climática. Agora, ao lado da LOTS, conseguimos transformar esses dados em mudanças concretas, em escala e com resultados reais”, destacou Viktoria Kindesjö, cofundadora da empresa.

Pressão por sustentabilidade cria novas oportunidades

O setor logístico vive um momento de inflexão. Pressionado por regulamentações ambientais, exigências de investidores e consumidores mais atentos às práticas ESG, o transporte precisa acelerar sua transformação rumo a operações de baixo carbono. Neste cenário, a LOTS e a Elain somam forças para oferecer não apenas monitoramento, mas estratégias para conquistar novos clientes.

A LOTS Group atua em mercados estratégicos na Europa, América do Norte e América do Sul. Seu portfólio inclui eletrificação de frotas e uso de biocombustíveis.

Este é um compromisso de longo prazo. Nossa meta é unir o melhor dos dois mundos – a precisão da Elain e a força operacional da LOTS – para impulsionar a transformação sustentável da logística global rumo ao carbono zero”, declarou Max Blatt, CEO da LOTS Group.

Ranger XLT V6 2025: equilíbrio entre potência, tecnologia e versatilidade

A Ford Ranger XLT V6 2025, versão avaliada pela Frota News, tem a difícil missão de manter o legado de robustez e confiabilidade da linha, ao mesmo tempo em que incorpora uma dose generosa de sofisticação, conectividade e força bruta. Posicionada estrategicamente abaixo da Limited e da aventureira Raptor, a versão XLT V6 turbodiesel assume o papel de intermediária premium da gama, unindo vocação para o trabalho pesado com o conforto esperado por quem também usa a picape no dia a dia urbano.

Motorização: V6 turbodiesel empurra com autoridade

Debaixo do capô, o destaque vai para o motor 3.0 V6 turbodiesel com bloco de ferro grafite compactado (CGI), tecnologia que melhora resistência e reduz peso. Ele entrega 250 cv de potência e impressionantes 61,2 kgfm (600 Nm) de torque a partir de apenas 1.750 rpm. Essa força é suficiente para rebocar até 3.500 kg — quando equipada com o pacote de reboque — e transitar com desenvoltura mesmo em terrenos desafiadores.

Acoplado a esse conjunto está a já conhecida transmissão automática de 10 marchas. As trocas são suaves e bem escalonadas, com possibilidade de atuação manual por meio de teclas na alavanca no console. Aliás, uma solução bastante interessante é o acionamento automático do freio e posicionamento da alavanca na posição P ao desligar a chave e retirá-la do contato. Isso acaba com o problema de esquecer a alavanca em outra posição ou acioná-la para P antes de acionar o freio eletrônico.

A tração 4×4 com reduzida e seletor eletrônico permite alternar entre 2H, 4H e 4L, oferecendo bom desempenho tanto no asfalto quanto no fora-de-estrada leve e intermediário.

Plataforma moderna e comportamento dinâmico

A XLT V6 é construída sobre a nova geração da plataforma T6 da Ford — atualizada e reforçada — que permitiu um ganho significativo em rigidez torcional e comportamento dinâmico. O entre-eixos cresceu 5 cm em relação à geração anterior (agora com 3,27 m), o que melhora a estabilidade em curvas e o espaço interno, especialmente para os ocupantes do banco traseiro.

Na suspensão, o conjunto dianteiro é independente com braços duplos, enquanto a traseira mantém o eixo rígido com molas semielípticas, com calibração voltada ao conforto mesmo com a caçamba vazia. A direção é elétrica, progressiva e precisa, contribuindo para manobras suaves, mesmo com seus 5,37 metros de comprimento.

Visual robusto e funcional

Externamente, a Ranger XLT V6 2025 traz a nova identidade visual global da picape, marcada pela grade frontal em forma de “C” com acabamento cromado, faróis full-LED com luzes diurnas e rodas de liga leve de 17 polegadas calçadas com pneus All-Terrain 255/70 R17. O capô com vincos pronunciados e os para-lamas alargados reforçam a sensação de força.

Na traseira, a tampa da caçamba ganhou amortecimento para facilitar o manuseio e o compartimento de carga de 1.230 litros traz ganchos de fixação e protetor plástico de série. O estribo lateral facilita o acesso à cabine elevada e o para-choque traseiro conta com recortes funcionais para os pés, facilitando o acesso à caçamba.

Interior tecnológico e bem resolvido

Ford Ranger
Mesmo sendo uma versão intermediária, abaixo apenas da Limited, a XLT tem bom nível de acabamento. Nos detalhes abaixo, os controles do sofisticado sistema de tração

Ao entrar na cabine, a percepção de qualidade é imediata. O painel mistura materiais emborrachados e plásticos bem acabados, com detalhes prateados. A central multimídia vertical de 10,1 polegadas com SYNC 4 oferece espelhamento sem fio para Android Auto e Apple CarPlay, comandos de voz naturais e conexão com aplicativo FordPass.

O painel de instrumentos digital de 8 polegadas fornece algumas opções de visualização, incluindo leitura off-road e status de reboque. O volante multifuncional tem boa empunhadura e os bancos revestidos em tecido de toque agradável contam com ajuste elétrico para o motorista.

O conforto térmico é garantido pelo ar-condicionado analógico na versão , enquanto as saídas de ar para os passageiros traseiros e o carregador por indução ajudam a manter todos conectados e confortáveis. Há ainda 6 airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, câmera de ré, sensores de estacionamento e controle de oscilação de reboque.

Segurança e assistência à condução

Embora não conte com o pacote completo de assistências semiautônomas das versões superiores, a Ranger XLT V6 oferece um bom nível de segurança ativa. Estão presentes:

  • Controle de estabilidade e tração (ESC e TCS)
  • Assistente de frenagem de emergência (EBA)
  • Controle automático de descida (HDC)
  • Monitoramento de pressão dos pneus
  • Limitador e controlador de velocidade

Para quem busca mais recursos, a versão Limited traz itens como piloto automático adaptativo, frenagem autônoma de emergência e alerta de ponto cego — mas por um valor significativamente maior.

Consumo e eficiência

Segundo dados preliminares, o consumo da XLT V6 fica na faixa dos 9 km/l na cidade e até 11 km/l na estrada, números razoáveis para um veículo com motor V6, mais de 2 toneladas e tração integral permanente. O tanque de combustível de 80 litros garante autonomia superior a 800 km em ciclo rodoviário.

Preço e posicionamento

A Ford Ranger XLT V6 2025 está disponível por R$ 319.990 na configuração cabine dupla com tração 4×4 e câmbio automático, posicionando-se como alternativa interessante entre as versões intermediárias topo de linha do segmento. O pacote é robusto e competitivo frente às rivais.

Veredicto

A Ford Ranger XLT V6 2025 é, sem dúvida, uma das opções mais equilibradas da linha. Entrega o desempenho e a robustez de um motor V6 turbodiesel, com boa dose de tecnologia e conforto, sem extrapolar demais o preço. Ideal para quem busca uma picape versátil, com vocação tanto para o trabalho quanto para o lazer, sem abrir mão de um visual moderno e bom conteúdo.

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Com motor PACCAR e tração integral, DAF CF Military lidera missões pesadas

Sabia que a DAF Trucks também é um dos fabricantes de caminhões militares europeus? Isso mesmo. Inclusive, ela acaba de reforçar sua presença no setor de defesa europeu ao receber uma nova encomenda do exército belga: 13 combinações de cavalos mecânicos CF Military para serviços pesados, ampliando o contrato original firmado em 2022. O pedido contempla veículos de recuperação blindados, preparados para atuar em missões militares de alta complexidade, incluindo zonas operacionais e de conflito.

A nova ordem complementa o acordo inicial, que previa a entrega de 888 caminhões militares. Entre os modelos já contratados estão 636 veículos de dois eixos com tração 4×4, destinados a tarefas logísticas gerais, e 243 caminhões de quatro eixos (8×8) configurados para aplicações específicas como basculamento, transporte de contêineres e operações com guindaste.

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Veículos blindados e prontos para qualquer terreno

O destaque desta nova entrega são os cavalos mecânicos CF Military 8×8, desenvolvidos pela DAF em parceria com a TATRA TRUCKS, da República Tcheca. O projeto combina tração total, um chassi exclusivo com tubo central de suporte de carga e suspensão independente — estrutura que confere aos veículos capacidade off-road superior e alto nível de conforto em terrenos acidentados.

Cada unidade é equipada com o motor PACCAR MX-13, de 12,9 litros, capaz de gerar 460 cv (340 kW). As cabines blindadas de última geração, fornecidas pela TATRA ARMY VEHICLES, oferecem proteção reforçada aos ocupantes, seguindo os padrões mais exigentes para segurança em zonas de conflito.

Os conjuntos são completados com carretas rebaixadas extensíveis de três eixos, fornecidas pela Broshuis, especializadas no transporte de veículos pesados e equipamentos militares.

Confiança reafirmada

O PEV, desenvolvido especificamente pela DAF para o exército belga, atende plenamente às nossas necessidades operacionais”, afirmou o tenente-coronel Jean-François Gennotte. Segundo ele, o atual cenário geopolítico exige reforço e padronização rápida dos meios operacionais, o que motivou a ampliação do contrato.

Já o presidente da DAF Trucks, Harald Seidel, comemorou a continuidade da parceria: “Estamos profundamente honrados em receber esta terceira encomenda do exército belga. Isso prova mais uma vez que a DAF – em colaboração com nosso parceiro Tatra – fornece soluções de transporte líderes, também para aplicações militares.”

Tecnologia REEV avança no Brasil com micro-ônibus Volare e SUV chinês da Stellantis

Sistema REEV em que motor a combustão gera energia para o motor elétrico ganha espaço no país com aplicações urbanas e estreia no segmento de SUVs.

O micro-ônibus Volare Attack 9 Híbrido, apresentado pela Marcopolo na Lat.Bus 2024, marcou um passo importante para a eletrificação eficiente no transporte urbano brasileiro. Com tecnologia conhecida pela sigla REEV (Range Extended Electric Vehicle), o modelo trouxe uma solução inovadora ao combinar tração elétrica com um motor a combustão que atua apenas como gerador de energia, eliminando a dependência de infraestrutura de recarga.

Agora, a mesma tecnologia começa a chegar ao mercado brasileiro de veículos de passeio. A Leapmotor, nova marca chinesa do grupo Stellantis, confirmou que trará ao Brasil até o fim do ano o SUV C10 também na configuração REEV. Além da versão puramente elétrica, o modelo contará com o sistema de autonomia estendida, que usa um motor a combustão para alimentar as baterias do motor elétrico ou recarregá-las em movimento.

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A proposta do REEV é permitir uma condução totalmente elétrica, mas com a liberdade de abastecimento em postos de combustível tradicionais, quando necessário. “Com o REEV, o cliente tem a seu alcance o conforto da condução puramente elétrica com a liberdade de poder recarregar ou abastecer, optando pelo que é mais conveniente para ele, sem sofrer com a ansiedade de autonomia”, afirma Marcio Tonani, vice-presidente sênior dos centros técnicos de engenharia da Stellantis para a América do Sul.

O diferencial do REEV em relação aos híbridos convencionais está no fato de que o motor a combustão não move as rodas – sua única função é gerar eletricidade. Isso torna o conjunto mais leve, mais eficiente e com funcionamento otimizado, resultando em menor ruído e maior conforto ao dirigir. O motorista também pode escolher entre recarregar o carro em uma tomada ou apenas abastecer com combustível, dependendo da conveniência.

A chegada do C10 como o primeiro SUV de grande porte com essa tecnologia no Brasil reforça o compromisso da Stellantis, anunciado por Emanuele Capellanno, CEO da companhia na América do Sul, de oferecer um portfólio diversificado de soluções eletrificadas e não apenas veículos 100% a bateria (BEVs). O modelo também será exportado para o Chile a partir da operação brasileira.

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Além da Marcopolo e da Stellantis, a Scania também apostou no conceito REEV ao testar, em parceria com a DHL, um caminhão que utiliza o motor a combustão apenas para gerar energia elétrica. A iniciativa mostra o potencial da tecnologia para diferentes segmentos do transporte, tanto de passageiros quanto de cargas.

Novo estudo da CNT: Setor de transporte enfrenta gargalos em qualificação e retenção

Levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) analisa mais de 2,8 milhões de vínculos empregatícios e destaca desafios em qualificação e retenção de profissionais no setor

O setor de transporte no Brasil ainda é predominantemente masculino e registra altos índices de rotatividade entre seus trabalhadores. É o que revela o Painel CNT do Perfil do Trabalhador no Transporte, pela Confederação Nacional do Transporte. Com base em dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Emprego, o estudo analisou mais de 2,8 milhões de vínculos formais ativos em todo o país.

Segundo o levantamento, 81,1% dos profissionais que atuam no transporte são homens. A maior parte da força de trabalho está na faixa etária entre 30 e 69 anos, o que representa mais de 2,2 milhões de pessoas empregadas nesse segmento essencial para a economia nacional.

O transporte rodoviário de cargas (TRC) lidera entre os modais, com mais de 1,3 milhão de vínculos, equivalente a 46,6% do total. No entanto, outras atividades da cadeia logística também possuem papel relevante. O setor de armazenamento e serviços auxiliares reúne mais de 543 mil empregos, enquanto os serviços postais e de entrega somam 154,7 mil. Os modais ferroviário, aeroviário e aquaviário aparecem com participação menor, mas compõem a diversidade da matriz logística.

A importância do setor de transporte vai além do deslocamento de pessoas e mercadorias. Ele conecta regiões, movimenta a economia e gera milhões de oportunidades. Os dados do Painel CNT evidenciam esse potencial e apontam caminhos para o avanço da qualificação e valorização da mão de obra”, afirma Fernanda Rezende, diretora executiva interina da CNT.

Escolaridade e qualificação

CNT
Fonte: CNT

A escolaridade predominante entre os trabalhadores do setor é o ensino médio completo, que corresponde a 63,3% dos vínculos formais — cerca de 1,7 milhão de pessoas. Por outro lado, 243,3 mil profissionais ainda têm o ensino fundamental incompleto ou não possuem escolaridade formal, o que reforça a necessidade de políticas voltadas à capacitação.

No extremo oposto, 258,5 mil trabalhadores têm ensino superior completo, e pouco mais de 3 mil possuem mestrado ou doutorado, o que indica uma presença ainda restrita de profissionais altamente qualificados.

Alta rotatividade e estabilidade reduzida

CNT
Fonte: CNT

O levantamento também chama atenção para a baixa estabilidade no setor. Apenas 15,7% dos profissionais — cerca de 443,7 mil — estão há mais de dez anos na mesma empresa. Em contrapartida, 270 mil vínculos possuem menos de três meses, e outros 410,8 mil estão entre seis e doze meses. Esses dados indicam uma elevada rotatividade e possíveis desafios na retenção de talentos.

Concentração regional

CNT
Fonte: CNT

A distribuição geográfica dos vínculos reforça a centralidade do Sudeste no setor. A região concentra 31,8% dos empregos formais no transporte, com São Paulo liderando o ranking — são quase 900 mil vínculos ativos. Minas Gerais e Rio de Janeiro também se destacam, seguidos pelas regiões Sul (18,9%) e Nordeste (13,1%).

CNT
Fonte: CNT

Acesso aos dados

O Painel CNT do Perfil do Trabalhador no Transporte está disponível em plataforma digital e interativa, oferecendo filtros detalhados por faixa etária, gênero, raça, escolaridade, tempo de vínculo, segmento de atuação, entre outros critérios. A ferramenta permite uma visão abrangente e personalizada da realidade do setor e pode ser acessada gratuitamente no site da CNT.

Iveco Group: Tecnologia militar ganha reforço com projeto robótico da IDV para a OTAN

A IDV (Iveco Defence Vehicles) foi selecionada pela NSPA (NATO Support and Procurement Agency), a Agência de Apoio e Aquisições da OTAN, para liderar um projeto estratégico de três anos que visa desenvolver, testar e integrar soluções de defesa baseadas em Sistemas Robóticos e Autônomos (RAS).

O programa é centrado na combinação de veículos terrestres não tripulados e sistemas aéreos não tripulados, todos operando de forma coordenada por um avançado sistema de Comando e Controle (C2). O diferencial está na interoperabilidade: drones, robôs e equipamentos de diferentes países e fabricantes atuarão em conjunto em missões reais, trocando dados em tempo real por meio de uma rede distribuída.

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A proposta do projeto vai além da simples demonstração de tecnologias. O objetivo é entregar uma capacidade integrada de RAS, com foco em cenários complexos de combate. Para isso, os conceitos de operação serão cocriados com os usuários finais — as Forças Armadas — por meio de simulações práticas e experimentações. Entre as missões previstas para os testes estão reabastecimento de tropas, evacuação médica, reconhecimento de rotas, vigilância, aquisição de alvos e resgate de equipamentos em ambientes hostis.

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Sob a coordenação da IDV, o programa reúne um consórcio de empresas europeias com competências complementares em robótica e defesa, como LEM, SIRALAB e REBEL ALLIANCE.

A IDV contribuirá com suas soluções em autonomia terrestre, especialmente os modelos VIKING e LMV 4×4, veículos modulares desenvolvidos para operar manualmente, de forma remota ou totalmente autônoma. O LMV, por exemplo, já é utilizado em diferentes operações e será adaptado para missões integradas com sistemas aéreos e robóticos.

Os testes operacionais ocorrerão com apoio do Exército Italiano e outras forças militares da OTAN, em ambientes controlados e de simulação realística. Segundo a NSPA, o projeto também servirá como base para a formulação de estratégias futuras de adoção dos RAS em operações reais, com definição de diretrizes e modelos de implementação para os próximos anos.

Uso do biodiesel avança, mas transportadoras alertam para aumento nos custos de manutenção

Demanda deve crescer quase 6% em 2025, mas setor rodoviário aponta prejuízos com maior teor do biocombustível e impacto nos custos de manutenção

Fonte energética renovável e com menor emissão de carbono, o biodiesel ocupa papel central nos debates sobre sustentabilidade no setor de transportes. Em 2025, a demanda nacional pelo combustível deve atingir 9,6 bilhões de litros — alta de 5,9% em relação ao ano anterior, segundo estudo divulgado pela consultoria StoneX em junho. O avanço ocorre em meio a um cenário desafiador para o transporte rodoviário de cargas, responsável por mais de 65% da movimentação de mercadorias no Brasil.

Mesmo diante das preocupações do setor, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou o aumento da mistura obrigatória de biodiesel no diesel, passando de 14% para 15% a partir de 1º de agosto. Embora a medida seja apresentada pelo governo como um passo positivo rumo à transição energética, transportadoras alertam para os impactos negativos da decisão sobre a operação das frotas.

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Desde que o percentual subiu para 14%, em fevereiro de 2024, empresas relatam elevação nos custos de manutenção, principalmente relacionados ao desgaste precoce de componentes. Um estudo da NTC&Logística revela que a vida útil dos filtros de combustível foi reduzida pela metade, resultando em aumento de mais de 7% nas despesas de manutenção por veículo — o que representa cerca de 0,5% do custo total da operação. Em uma frota de 100 caminhões, o prejuízo anual pode equivaler ao valor de um novo veículo.

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Carlos Panzan, presidente da Federação de Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo (FETCESP), reforça popque é preciso equilibrar sustentabilidade com viabilidade técnica. “Reconhecemos a importância de políticas voltadas à sustentabilidade ambiental, mas é necessário ponderar os impactos técnicos e econômicos que o aumento do teor de biodiesel pode gerar para a operação das frotas”, afirma.

Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que cerca de 70% do biodiesel brasileiro tem como base o óleo de soja. Apesar de renovável, esse tipo de biodiesel possui características físico-químicas diferentes do diesel fóssil, como maior viscosidade, absorção de água e presença de impurezas naturais, fatores que contribuem para o desgaste acelerado dos sistemas de injeção, filtros e motores dos veículos.

Programa Despoluir

Para Panzan, o setor pode contribuir com a agenda ambiental por outros caminhos. Um deles é o apoio ao Programa Despoluir, iniciativa do SEST SENAT voltada à avaliação ambiental gratuita de veículos pesados. Reconhecido pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), o programa certifica os veículos que atendem aos parâmetros de emissão, com a emissão do Selo de Aprovação Despoluir.

“Queremos contribuir com um transporte rodoviário mais verde e eficiente. Avaliar os prós e contras do biodiesel é fundamental. Já observamos, em outras ocasiões, que variações na composição e no controle da cadeia de distribuição podem impactar negativamente o desempenho dos veículos. O ideal é aliar o avanço ambiental com responsabilidade técnica e segurança operacional”, conclui o presidente da FETCESP.

60 anos da Ford Transit reúne todas as gerações da SuperVan

Pela primeira vez na história, todas as cinco gerações da lendária SuperVan estiveram reunidas em um mesmo palco. O encontro inédito foi promovido pela Ford no prestigiado Festival da Velocidade de Goodwood 2025, na Inglaterra, marcando o início das comemorações de 60 anos da van Transit — modelo que revolucionou o segmento ao aliar dirigibilidade de automóvel ao transporte comercial.

Durante quatro dias, o tradicional evento realizado nos jardins da propriedade Goodwood House, no sul da Inglaterra, atraiu entusiastas do automobilismo com uma programação repleta de lançamentos, subidas de montanha e exibições especiais. Entre os destaques da Ford estavam a nova Raptor T1+, o superesportivo Mustang GTD e a picape elétrica F-150 Lightning SuperTruck, que venceu a icônica prova de subida com o tempo de 43,23 segundos — superando concorrentes a combustão e elétricos.

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A lenda das SuperVans

Criadas como veículos de demonstração, as SuperVans tornaram-se símbolos do compromisso da Ford com a inovação e a performance. A primeira delas, de 1971, foi construída sobre a Transit original de 1965 e equipada com o motor central V8 do Ford GT40, atingindo velocidades superiores a 240 km/h.

A SuperVan 2, apresentada em 1983, elevou o nível com um motor Cosworth V8 de mais de 590 cv oriundo das pistas, chegando a 280 km/h. Em 1994, a SuperVan 3 trouxe um novo Cosworth de 650 cv, o mesmo utilizado na Fórmula 1.

A transição para a eletrificação veio em 2022 com a SuperVan 4, desenvolvida em parceria com a Stard e equipada com quatro motores elétricos que somavam cerca de 2.000 cv. Com aceleração de 0 a 100 km/h em menos de dois segundos, ela marcou presença justamente no Festival de Goodwood.

No ano seguinte, o modelo foi adaptado para se tornar a SuperVan 4.2, específica para a Pikes Peak International Hill Climb, onde venceu sua categoria. Em 2024, triunfou também na Hillclimb Shoot-Out de Goodwood, nas mãos do experiente piloto Romain Dumas.

SuperTruck domina a montanha

Este ano, Dumas voltou a brilhar no circuito de Goodwood, desta vez ao volante da nova F-150 Lightning SuperTruck. A picape elétrica impressionou o público e os competidores ao completar a desafiadora subida em apenas 43,23 segundos. Com três motores elétricos e 1.400 cv de potência, o modelo foi projetado para entregar máxima força aerodinâmica e estabilidade em curvas, consolidando-se como referência em desempenho de veículos eletrificados.

Segundo Jay Ward, diretor de Comunicação da Ford Performance, os protótipos como as SuperVans e a SuperTruck têm papel fundamental no avanço da engenharia: “Servem para testar novas tecnologias e expandir nossa compreensão do que é possível. Cada vez que os levamos aos limites, aprendemos algo novo sobre motores elétricos, desempenho de baterias ou uso de dados em tempo real”, afirmou.

A Transit: de utilitário a ícone global

Lançada em 1965, a Transit transformou o segmento de vans ao oferecer uma experiência de condução mais próxima à de um automóvel, em contraste com os utilitários rústicos da época. Esse salto de qualidade nasceu da tradição da Ford em aplicar o conhecimento das pistas no desenvolvimento de veículos comerciais. Desde então, a Transit se tornou um produto global, sinônimo de versatilidade e inovação, com presença marcante em diferentes continentes.

A celebração dos 60 anos da Transit em Goodwood reforça não apenas sua longevidade, mas também o papel da Ford na construção de pontes entre o universo dos utilitários e o da alta performance — uma combinação que só uma marca com tradição em ambos os campos poderia alcançar.