segunda-feira, maio 20, 2024

Conheça o novo Volvo FMX 8×4 autônomo para colheita de cana-de-açúcar

A Volvo Caminhões foi a pioneira no desenvolvimento de caminhões autônomos para a colheita de cana-de-açúcar. Isso foi em 2017, o desenvolvimento foi feito utilizando o modelo VM para a Usina Santa Teresinha, de Maringá (PR). Então agora, conheça o FMX 8×4 autônomo. A Volvo e a TMA Máquinas, empresa de Ribeirão Preto especializada na mecanização do segmento sucroalcooleiro, certamente, uniram forças para criar um avanço significativo na agricultura de precisão: o caminhão autônomo Stark.

Este veículo é baseado no fora de estrada FMX 380R (380 cavalos de potência e chassi rígido) e foi desenvolvido para otimizar o transbordo da cana-de-açúcar durante a colheita.

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O projeto Stark surgiu como uma resposta às mudanças nas práticas agrícolas, especificamente, com a adoção de um novo espaçamento entre as linhas de plantio de cana-de-açúcar, que visa aumentar a produtividade das lavouras. Jeseniel Valerio, gerente de engenharia de vendas da Volvo Caminhões, destaca que a nova configuração de cultivo foi um fator determinante para o desenvolvimento do caminhão autônomo.

O Stark é um veículo de nível 2 de autonomia, o que significa que ele consegue realizar várias funções de condução de forma independente, mas ainda requer supervisão humana. No entanto, o que realmente distingue o Stark é sua tecnologia de georreferenciamento de alta precisão, que permite uma direção extremamente precisa, evitando danos aos brotos remanescentes da cana e garantindo uma colheita subsequente mais produtiva.

Além disso, o Stark foi projetado para atender às demandas específicas do setor sucroalcooleiro. O caminhão é uma solução mais eficiente em comparação com os métodos tradicionais de transbordo, ou seja, um trator rebocando um implemento de transbordo.

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Com uma capacidade de carga de 50 m³ e um peso bruto total técnico de 58 toneladas, o FMX tem força para tracionar um reboque ao mesmo tempo, formando uma composição “romeu-e-julieta”. É importante lembrar que a capacidade técnica de PBT sobre o chassi de 58 toneladas destina-se ao uso em ambientes privados. Em vias públicas, mesmo não pavimentadas, o limite é estabelecido pela Lei da Balança, sendo o PBT legal de 29 toneladas.

Já a capacidade de tração máxima do Volvo FMX começa em 100.000 kg. No entanto, pode chegar a 130.000 kg ou até 150.000 kg sob customização de eixo e caixa pela engenharia da Volvo. Ou seja, este Volvo FMX conta com força de sobra para trabalhar também com composição “romeu-e-julieta”, ou seja, tracionando um reboque, além do peso sobre o chassi.

O mercado de caminhões autônomos

A TMA, responsável pela venda do veículo, argumenta que as vantagens superam o custo inicial mais alto. Entre elas, a velocidade operacional, a economia de combustível e a perspectiva de uma safra mais produtiva justificam o investimento. Além disso, o caminhão pode atender outras operações trocando o implemento sobre chassi ou como rebocador. E, no momento da renovação de frota, possui um valor maior de mercado.

FMX 8x4 autônomo
O Volvo VM autônomo foi o primeiro modelo para transbordo. Há ainda no mercado, os modelos da Mercedes-Benz, Volkswagen e Scania

A Stark apresentou o modelo na Agrishow 2024 e já está causando um grande impacto no mercado.

No mercado brasileiro, o Volvo Stark concorrerá com modelos da Mercedes-Benz, customizados para a mesma atividade pela Grunner. Além dele, há o da Volkswagen Caminhões, o Constellation 31.280 8×4. A Scania está prestes a lançar em breve o Scania P 280 8×4. Segundo a Scania Brasil, o projeto continua em desenvolvimento e a Scania segue ouvindo os clientes e estudando o mercado para oferecer o melhor produto e a solução ideal para as demandas e oportunidades.

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Marcos Villela Hochreiter
Marcos Villela Hochreiterhttps://www.frotanews.com.br
Sou jornalista no setor da mobilidade desde 1988, com atuações em jornais, nas áreas de comunicação da Fiat e da TV Globo, como editor da revista Transporte Mundial entre 2002 e maio de 2023, e com experiência em cobertura na área de transporte no Brasil e em cerca de 30 países. Representante do Brasil como membro associado do ITOY (International Truck of the Year), para troca de experiências e conteúdos jornalísticos. Mais, recente começou como colaborador do corpo docente na Fabet (entidade educacional sem fins lucrativos).
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