O avanço da eletrificação no transporte coletivo coloca o Brasil entre os três países da América Latina com maior número de ônibus elétricos em circulação. Com uma frota nacional em franca expansão, o país está alinhado à agenda global de descarbonização, ocupando uma posição de destaque na corrida pela mobilidade sustentável.
De acordo com dados do E-Bus Radar — iniciativa do projeto Zebra, uma parceria entre o ICCT (Conselho Internacional de Transporte Limpo) e o C40 Cities — a frota de ônibus elétricos na América Latina atingiu 6.725 veículos em 2025. Desse total, 1.183 circulam no Brasil, o que coloca o país na terceira colocação do ranking regional. O líder é o Chile, com 2.659 ônibus, seguido pela Colômbia, com 1.590 unidades.
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O crescimento é notável: em 2017, havia apenas 725 ônibus elétricos em toda a região. Em oito anos, o número saltou 806%, impulsionado por políticas públicas voltadas à mitigação das mudanças climáticas e pela crescente demanda por transporte público de baixa emissão.
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Além do avanço quantitativo, o impacto ambiental positivo é expressivo. Com a ampliação da frota, a América Latina evitou a emissão de cerca de 6.939 mil toneladas de CO2. Em 2017, esse número era de apenas 81,4 mil toneladas — uma redução de emissões 8.400% maior no comparativo com o cenário atual.
As cidades que lideram essa transformação são Santiago (Chile), com 2.480 ônibus elétricos; Bogotá (Colômbia), com 1.486; e São Paulo, com 632 unidades em circulação. A capital paulista se destaca ainda mais ao somar 789 ônibus elétricos — somando modelos a bateria e trólebus — e evitar, sozinha, a emissão de 676,85 mil toneladas de CO2.
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No quesito fabricantes, a chinesa BYD lidera com folga na América Latina, com 2.678 veículos elétricos em operação. Em seguida vêm Foton, Yutong Bus e Eletra. No Brasil, porém, o domínio é da Eletra, com 691 ônibus elétricos circulando, seguida pela própria BYD (90 unidades) e pela Mercedes-Benz, que já conta com 62 veículos elétricos nas ruas.
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O avanço da eletrificação dos transportes reforça o papel do Brasil como protagonista na transição energética da mobilidade urbana. A tendência é de crescimento acelerado, tanto em termos de frota quanto de investimentos, consolidando o país como um dos líderes regionais no transporte coletivo sustentável.