A IRU (União Internacional de Transporte Rodoviário) acaba de divulgar o relatório 2024 sobre presença das mulheres no transporte de carga e passageiros no mundo. O Brasil está representado na IRU por meio da NTC&Logística.
A indústria de transportes, historicamente dominada por homens, tem enfrentado um desafio persistente: aumentar a representatividade feminina em seus quadros. Com menos de 13% de participação global de mulheres, e números ainda mais baixos em segmentos específicos como o transporte terrestre, a necessidade de acelerar a mudança é evidente.
A União Europeia (UE) apresenta uma situação ligeiramente melhor, com 22% de participação feminina no setor de transportes em geral, caindo para 14% no transporte rodoviário, uma discrepância quando comparada com áreas como a aviação, onde as mulheres representam 40% da força de trabalho. Para motoristas profissionais, a representação feminina é ainda mais escassa. Na América do Sul, a presença das mulheres está em 14%, considerando todos os modais.
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COMJOVEM
A International Road Transport Union (IRU) e seus membros têm se dedicado a pesquisas e programas visando a inclusão feminina, mas reconhecem que o progresso tem sido lento. A questão central é: como podemos acelerar essa mudança?
Iniciativas como a do grupo de 14 mulheres da IRU, denominadas New Industry Shapers, que trabalham no transporte rodoviário, são fundamentais. Elas têm utilizado suas experiências e conhecimentos para propor soluções inovadoras e práticas, discutidas em diálogos virtuais ao longo do ano. O Brasil está representando no grupo pela vice coordenadora do COMJOVEM da NTC&Logística, Joice Bessa, diretora de estratégia e gestão da TransJordano.
Link para baixar o relatório em inglês
Algumas das estratégias identificadas para acelerar a inclusão feminina na indústria de transportes incluem:
- Mentoria e Modelos de Sucesso: É crucial fornecer mentoria e destacar modelos de sucesso que possam inspirar outras mulheres a seguir carreiras no setor.
- Desafiar Estereótipos de Gênero: A indústria precisa ativamente desafiar os estereótipos de gênero e promover uma cultura de inclusão e diversidade.
- Políticas de Inclusão: As empresas devem adotar políticas que garantam igualdade de oportunidades e promovam um ambiente de trabalho inclusivo.
- Campanhas de Conscientização: Campanhas como “A Segurança de Ser Quem Eu Sou”, do Ministério dos Transportes do Brasil, ajudam a aumentar a visibilidade das mulheres no setor e a quebrar barreiras culturais.
- Incentivos Governamentais: Programas governamentais que fomentam a inserção feminina no mercado de trabalho são essenciais para mudar o cenário atual.
- Participação Ativa das Empresas: É necessário que as empresas criem projetos de incentivo e abram oportunidades de vagas para mulheres em todas as áreas do setor.
O relatório “Women Driving Change” é um exemplo de como a colaboração e o compartilhamento de histórias e insights podem servir como catalisadores para a mudança. Ao ler essas histórias, fica claro que a mudança não é apenas possível, mas também necessária para a evolução da indústria.
A representatividade feminina na indústria de transportes é uma questão de equidade e justiça social, mas também de eficiência e inovação. Mulheres trazem perspectivas únicas e habilidades valiosas que podem impulsionar o setor para novos horizontes. Portanto, é imperativo que continuemos a buscar e implementar estratégias que acelerem a inclusão feminina, garantindo um futuro mais diversificado e inclusivo para a indústria de transportes.
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