terça-feira, junho 25, 2024

Ford Pro Brasil lança E-Transit 100% elétricas em cinco versões furgão e duas chassi

Grandes empresas de logística estão investindo para fazer a transição energética em suas frotas de veículos a diesel por elétricos ou biometano. Só a DHL Supply Chain anunciou um investimento de EUR 500 milhões (equivalente a R$ 2,680 bilhões) para América Latina, incluindo, principalmente, o Brasil. O maior desafio para grandes frotistas são as poucas opções de modelos, por enquanto, ofertados no mercado brasileiro. No entanto, agora, empresas como a DHL, Mercado Livre e outras, vão poder contar com os utilitários Ford E-Transit nas versões furgão e chassi cabine 100% elétricos, que começam a ser comercializados a partir do final de março.

Guillermo Lastra, diretor de Veículos Comerciais da Ford América do Sul, adiantou que já há um pedido de 300 E-Transit encomendados, mas ainda não pode revelar o nome do cliente. Os modelos Transit a diesel são montados na fábrica da Nordex, no Uruguai. Já os elétricos, serão importados da Turquia. Antes do lançamento, foi realizado um programa de testes bem-sucedido com grandes frotistas do Brasil e países vizinhos, entre eles a DHL.

Em um evento de dois dias em São Paulo, que reuniu mais de 200 participantes entre concessionários e convidados, a Ford Pro apresentou suas novas ofertas. Com uma capacidade de carga e autonomia superiores aos concorrentes chineses do mesmo segmento, além de um custo total de operação 40% menor em comparação com as versões a combustível diesel, a E-Transit se destaca no mercado.

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Autonomia WLTP vs. INMETRO

Equipada com motor elétrico de 198 kW (269 cv) e torque de 430 Nm, a van oferece uma autonomia de 317 km (WLTP), com uma bateria de lítio de 68 kWh que suporta carregamento rápido em corrente contínua ou alternada. Vale esclarecer que a autonomia no padrão WLTP (Worldwide Harmonized Light Vehicle Test Procedure), a autonomia declarada para um veículo elétrico é obtida por meio de testes mais realistas, simulando condições de uso da realidade. Esse padrão considera velocidade, motor, peso do veículo e outros fatores.

No entanto, o INMETRO adota uma metodologia específica para veículos elétricos vendidos no Brasil, chamada PBEV (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular). Essa metodologia prevê um deságio de 30% em relação aos dados obtidos em laboratório. Portanto, os números de alcance informados pelo INMETRO são mais conservadores e refletem uma estimativa mais pessimista da autonomia real.

E-Transit
A bateria é montada pela própria Ford e o motor elétrico é fornecido pela BorgWarner

Para entender a diferença, vejamos um exemplo na voz ativa: se um carro elétrico apresenta 317 km de autonomia segundo o padrão WLTP, a aplicação do padrão INMETRO reduziria esse alcance em 30%. Portanto, a autonomia informada na etiqueta oficial seria de aproximadamente 210 km. Mas há vários outros fatores que influenciam a autonomia e, o operador logístico entenderá a partir do uso em operação real.

Um sistema de gerenciamento de carga, usando um conector do tipo 2, pode carregar a bateria de lítio de 68 kWh tanto em corrente contínua (até 115 kW), em 35 minutos, como em corrente alternada (até 11,5 kW), em 8 horas, otimizando a sua vida útil.

Segurança acima da concorrência

Como diferenciais exclusivos, a E-Transit traz tecnologias semiautônomas que reduzem o risco de colisões, como sistema de frenagem autônoma, além de controle de tração e estabilidade AdvanceTrac e câmera 360°. Também é a única com três modos de condução — Normal, Econômico e Escorregadio —, que com o sistema de regeneração de energia contribuem para a segurança e menor custo operacional. O modem de conectividade fornece dados confiáveis e precisos para auxiliar o condutor e a gestão do administrador da frota.

“A E-Transit oferece vantagens que vão muito além das emissões zero. O custo de posse é uma delas. O seu trem de força tem 86% menos peças de desgaste que o da versão a diesel. Dessa forma, combinado com o uso da energia elétrica, seu custo total de operação é 40% menor. Isso, segundo Matias Guimil, gerente de Estratégia de Veículos Comerciais da Ford América do Sul.

A E-Transit Furgão dispõe de quatro modelos com diferentes capacidades de carga volumétrica. São: L2H2, com 9,5 m³; L2H3, com 10,7 m³; L3H3, com 12,4 m³; e L4H3, com 15 m³. Por certo, ela tem PBT de 3,5 toneladas, que permite a condução com CNH B. Dessa forma, a sua capacidade de carga varia de 800 a 1.000 kg. Na versão chassi, há o modelo de 3.500 kg de PBT e, certamente, de 4.200 kg de PBT.

Os modelos da E-Transit estão disponíveis em diversas configurações. Por fim, os preços são a partir de R$ 542.000. Ademais, a Ford Pro auxiliará o cliente a encontrar linhas de financiamento especiais para a transição energética. Além disso, oferecer opção da locação por assinatura.

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Marcos Villela Hochreiter
Marcos Villela Hochreiterhttps://www.frotanews.com.br
Sou jornalista no setor da mobilidade desde 1988, com atuações em jornais, nas áreas de comunicação da Fiat e da TV Globo, como editor da revista Transporte Mundial entre 2002 e maio de 2023, e com experiência em cobertura na área de transporte no Brasil e em cerca de 30 países. Representante do Brasil como membro associado do ITOY (International Truck of the Year), para troca de experiências e conteúdos jornalísticos. Mais, recente começou como colaborador do corpo docente na Fabet (entidade educacional sem fins lucrativos).
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