A negligência na manutenção de caminhões segue como uma das principais ameaças à segurança viária no Brasil. Levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da concessionária Arteris, que administra 3.200 km de rodovias, revela falhas graves que incluem adaptações irregulares, sobrecarga e ausência de revisões periódicas estão entre os principais fatores que comprometem os sistemas de freio e causam acidentes com alto potencial de gravidade.
Os dados, mesmo que menores em relação há uma década, ainda são alarmantes: mais de 23 mil caminhões foram retirados de circulação apenas em 2024 por apresentarem condições inadequadas de rodagem. Desses, 282 se envolveram em acidentes relacionados a falhas nos freios, resultando em 266 feridos e 19 mortes, de acordo com a PRF.
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“Gambiarras” que colocam vidas em risco
Além da falta de manutenção preventiva, muitos veículos são flagrados pela PRF com adaptações perigosas, verdadeiras “gambiarras” improvisadas pelos próprios motoristas. Entre as irregularidades mais frequentes estão:
- Anulação do sistema ABS, essencial para evitar o travamento das rodas;
- Desativação de válvulas de segurança;
- Substituição de peças por materiais improvisados, como arames, pedaços de madeira e até chinelos;
- Remoção de fusíveis do painel, com o objetivo de ocultar alertas de falhas no sistema.
Segundo Marcelo Sato Mizusaki, superintendente de Operações da Arteris, essas práticas têm origem, muitas vezes, na tentativa de reduzir custos operacionais. “O problema do freio não é só técnico, é humano. Manutenção e responsabilidade são essenciais para preservar vidas”, ressalta.
Falhas graves detectadas nas fiscalizações
As inspeções revelam ainda a presença de lonas e pastilhas de freio totalmente desgastadas, vazamentos no sistema pneumático, falhas no balanceamento das rodas e até a ausência completa de componentes vitais. A maioria dos problemas está associada à sobrecarga dos veículos ou à negligência na realização de revisões regulares.
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O outro lado das estatísticas da PRF
Quando analisamos estatísticas em curto espaço de tempo, podemos ter análises pontuais. Já ao observarmos os dados ao longo de um período maior, é possível identificar tendências e compreender os fatores que influenciam os resultados. Isso fica evidente em um levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que revela uma expressiva queda no número de sinistros de trânsito nas rodovias federais brasileiras entre 2007 e 2024. O total de ocorrências caiu de 136.400, em 2007, para 63.468, em 2024 — uma redução superior a 53% ao longo de 17 anos. Lógico que o ideal deve ser os zero acidentes, o que é objetivo de muitas empresas com frotas, principalmente, transportadoras.
Essa evolução positiva é reflexo de uma série de melhorias implantadas no país. Novas tecnologias que ampliaram a segurança dos veículos, investimentos em infraestrutura viária e o reforço na fiscalização — tanto eletrônica quanto presencial — contribuíram para transformar o cenário nas estradas brasileiras.
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