sábado, julho 27, 2024
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ENTIDADES GLOBAIS CRIAM PLANO PARA REDUZIR A ESCASSEZ DE MOTORISTAS PROFISSIONAIS

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A IRU (organização mundial de empregadores de transporte rodoviário, representando mais de 3,5 milhões de operadores de transporte rodoviário, inclusive do Brasil), e a ITF (Federação Internacional dos Trabalhadores em Transporte, representando 18,5 milhões de trabalhadores em transporte), lançaram, no dia 21 de junho, um plano de três pontos para corrigir a escassez de motoristas.

A nova abordagem visa aliviar a escassez de motoristas e os desequilíbrios do mercado de trabalho no transporte. Além disso, garantir condições e padrões de trabalho decentes para motoristas que trabalham fora de seu país de origem. E simplificar as regras para trabalhadores e empregadores. 

O secretário-geral da IRU, Umberto de Pretto , disse: “a escassez de motoristas está ficando rapidamente fora de controle. Equilibrar a oferta e a demanda global de trabalho por meio de medidas simples para facilitar a imigração legal. Com isso, impedir a exploração de motoristas não residentes é uma maneira de resolver o problema, apoiar o trabalho decente e manter os serviços vitais de transporte rodoviário em movimento”.

Para se ter uma ideia, os EUA quer facilitar a imigração de motoristas profissionais brasileiros e de outros países para lá, o que, também, vai gerar problemas aos transportadores brasileiros.

O secretário-geral da ITF, Stephen Cotton, disse: “governos, empregadores de transporte e clientes multinacionais de transporte devem trabalhar em conjunto com os sindicatos para construir trabalho decente para acabar com a escassez de motoristas. O transporte rodoviário só será capaz de atrair e reter motoristas se for construído com base na cooperação entre todas as partes interessadas e detentores de direitos para garantir trabalho decente, direitos trabalhistas fundamentais e proteções sociais genuínas”.

Leia também: Fabet formou mais 20 mulheres e está com inscrições abertas para a próxima turma

O plano descreve ações para a ONU, governos nacionais e a indústria:

  1. ONU e organizações internacionais — desenvolver uma estrutura global com diretrizes claras para proteger motoristas não residentes; melhorar as condições de condução e aumentar a coesão social; e harmonizar os padrões de qualificação e reconhecimento transfronteiriço.
  2. Governos nacionais — alterar e fazer cumprir os procedimentos de imigração de trabalho para proteger motoristas não residentes. Também reduzir a burocracia para facilitar a imigração legal para motoristas atuais e potenciais. Aumentar o reconhecimento das qualificações de países terceiros por meio de acordos bilaterais. Investir e aumentar a aplicação de leis e regulamentos de transporte rodoviário; e subsidiar programas domésticos de treinamento e integração.
  3. Operadores de transporte rodoviário — desenvolver programas de integração operacional para motoristas não residentes para receber as mesmas condições de sua força de trabalho nacional; e apoiar os processos de formação, gestão de competências e certificação.

O plano visa equilibrar melhor a mão-de-obra nacional — entre superavitária e deficitária em motoristas talentosos — sem exportar problemas de um país para outro. Não deve anular as iniciativas nacionais existentes, nem prejudicar os padrões de segurança ou as condições dos trabalhadores.

Qualificação

No caso do Brasil, a falta de motoristas apenas com CNH C, D ou E ainda não é o maior problema. A grande dificuldade no Brasil é ter motoristas profissionais qualificados, perfil que o EUA está buscando no mercado brasileiro.

A escassez global crônica de motoristas profissionais de caminhões, ônibus e táxis está se acelerando, impactando milhões de trabalhadores, empregadores e serviços do transporte rodoviário. 

Cerca de 11% das vagas de motorista não foram preenchidas em 2022. Conquanto, com até um terço dos motoristas aposentando nos próximos três anos em muitos países, as vagas de motorista não preenchidas podem mais que dobrar até 2026. 

Governos, sindicatos e operadoras estão impulsionando múltiplas ações, mas não é o suficiente. Assim, outras soluções incluem subsidiar licenças e custos de treinamento. Certamente, também construir áreas de estacionamento mais seguras e protegidas com melhores instalações. Portanto, deve-se encorajar mais mulheres e jovens a exercer a profissão e melhorar o tratamento dos motoristas e a compreensão da profissão.

Escute também o podcast sobre esta reportagem:

Fabet e parceiros na inclusão da mulher no transporte

escassez de motoristas

No Brasil, a Fabet foi a primeira instituição educacional que começou a criar cursos para capacitação das mulheres condutoras de caminhões. Aliás, gradualmente, o apoio vem crescendo com embarcadores e transportadores, com os casos mais recentes da Raízen, Andrade Transportes, Ypê e RTE Rodonaves, entre outros. Ademais, a Fabet conta também com cursos para formação de motoristas profissionais desde o nível básico ao avançado.

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Marcos Villela Hochreiter
Marcos Villela Hochreiterhttps://www.frotanews.com.br
Sou jornalista no setor da mobilidade desde 1988, com atuações em jornais, nas áreas de comunicação da Fiat e da TV Globo, como editor da revista Transporte Mundial entre 2002 e maio de 2023, e com experiência em cobertura na área de transporte no Brasil e em cerca de 30 países. Representante do Brasil como membro associado do ITOY (International Truck of the Year), para troca de experiências e conteúdos jornalísticos. Mais, recente começou como colaborador do corpo docente na Fabet (entidade educacional sem fins lucrativos).
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