Em um mundo onde o comércio eletrônico avança rapidamente, entregar uma encomenda no centro de uma grande cidade é uma tarefa relativamente simples. Mas o que acontece quando o destino é um vilarejo coberto de neve na Noruega, uma ilha cercada por engarrafamentos em Lagos, na Nigéria, ou uma comunidade sem CEP definido no Rio de Janeiro? Para a DHL, entregar nos locais mais inusitados, é uma oportunidade para inovar.
Com operações em mais de 220 países e territórios, a DHL desenvolveu soluções criativas para realizar entregas mesmo nos locais mais inusitados ou inacessíveis — tanto no exterior quanto no Brasil. Conheça algumas dessas histórias que mostram como a logística pode ser engenhosa e, muitas vezes, surpreendente.
Na Europa, gôndolas, neve e energia solar
Na cidade de Veneza, na Itália, onde carros não circulam e as ruas são canais, a DHL adaptou sua operação utilizando gôndolas de entrega. Mais largas que as tradicionais gôndolas turísticas, essas embarcações fazem parte do cotidiano logístico na região. A mesma estratégia é aplicada nas famosas grachtens de Amsterdã, nos Países Baixos.
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Na Alemanha, a empresa mantém o posto de correio mais alto do país, localizado no Zugspitze, a 2.600 metros de altitude nos Alpes. Lá, o carteiro Andreas Oberauer entrega cartas e encomendas diariamente usando o teleférico da montanha, enfrentando sol, neve e ventos fortes.

Já em Berlim, a DHL alia inovação e sustentabilidade com um barco movido a energia solar que percorre o rio Spree para realizar entregas urbanas. A iniciativa reforça o compromisso ambiental da empresa, sem abrir mão da eficiência.
Na Noruega, onde o inverno pode isolar comunidades inteiras, a solução vem dos pés: os entregadores calçam raquetes de neve com mais de 50 cm de comprimento para evitar afundar na neve e alcançar os clientes em áreas remotas.
Na África, rapidez fluvial em Lagos
Em Lagos, na Nigéria, um dos maiores centros urbanos da África, o trânsito pode transformar uma curta viagem terrestre em um trajeto de horas. Para contornar o problema, a DHL utiliza barcos para cruzar a baía entre o continente e a Ilha Victoria em apenas 18 minutos, garantindo entregas rápidas e evitando os congestionamentos da cidade.
No Brasil, soluções para comunidades e regiões isoladas
No Brasil, a DHL também enfrenta seus próprios desafios geográficos e sociais. Em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, muitas comunidades urbanas e favelas não têm endereços padronizados nem são atendidas por sistemas tradicionais de GPS. Para resolver essa questão, a DHL fez parcerias com empresas como a Favela LLog, que conhece profundamente a geografia local e atua como operadora logística dentro das comunidades. Isso permite entregas mais rápidas, seguras e eficientes.

Em áreas rurais do Nordeste ou nas regiões alagadas do Pantanal, a DHL também adota abordagens específicas: motos off-road, veículos 4×4 e, em casos mais extremos, até barcos e cavalos são utilizados em entregas especiais, principalmente de peças para o setor agrícola e de mineração.
Nas capitais brasileiras, a empresa também investe em meios de transporte sustentáveis, como bicicletas elétricas, scooters e veículos zero emissão, especialmente em áreas de alta densidade populacional e com restrições de circulação de veículos maiores.
Logística que ultrapassa fronteiras — e limites
Seja em canais centenários da Europa, montanhas alpinas, comunidades urbanas do Brasil ou rios africanos, a DHL demonstra que a logística moderna exige muito mais do que galpões e caminhões. Requer adaptação, conhecimento local, sustentabilidade e criatividade.
Com uma equipe global de mais de 600 mil colaboradores, a DHL está determinada a entregar mais do que encomendas: entrega soluções, conexões e inclusão. E pretende fazer isso de forma cada vez mais verde. A meta do grupo é ambiciosa: atingir emissões líquidas zero até 2050.