O Citroën Ë-Jumpy Cargo oferece diversas vantagens para operação logística, obviamente, desde que o proprietário tenha um bom carregador de baterias na garagem e um bom conhecimento de roteirização. Avaliamos os furgão da marca francesa, lançado em 2021, já como modelo 2022, e por quase 300 km.
- Este artigo é muito mais do que a avaliação do furgão 100% elétrico Citroën Ë-Jumpy
- Interpretamos de forma didática a ficha técnica do Ë-Jimpy
- Explicamos os diferenciais e o que é padrão no segmento dele
- Vamos mais a fundo na questão das baterias e dos carregadores
- Abordamos a questão de planejamento para a eletromobilidade, sobre o alto investimento inicial e os grandes benefícios a médio e longo prazo
- As diferenças entre um veículo de uso particular e de uso profissional
- Valores e depreciação conforme pesquisa da FIPE
- As tecnologias de segurança inovadoras e as que são padrão no segmento
- Caso não tenha tempo para ler o artigo todo, vai aos tópicos de interesse ou somente para a conclusão, parte que será a resposta para a pergunta no título
Além da avaliação, vamos dar algumas dicas para obter a maior eficiência possível e apontar os cuidados necessários válidos para qualquer veículo elétrico de carga para que o proprietário reduza os riscos e aproveite ao máxima o que a eletromobilidade pode oferecer.
Este artigo é um pouco longo porque é voltando para profissionais de logística e aprofunda em diversas questões sobre frota de veículos elétricos de carga. É um trabalho de muita pesquisa, mas, no entanto, ele não esgota o tema, pois, a cada dia surge uma nova tecnologia.
Algumas grandes empresas já utilizam o Ë-Jumpy Cargo, como Mercado Livre, Nestlé e Amazon, que formaram parcerias estratégicas com a Citroën. Além disso, a Citroën também está direcionando o Ë-Jumpy para grandes frotas e profissionais independentes. A marca diz que consegue o quase zero nível de ruído. O quase é porque o zero não existe.
Logística sem ruído
A circulação do ar no planeta já gera 33 decibéis de ruído. O atrito do pneu gera ruído, sendo responsável por quase 30% da energia do veículo por causa da resistência de rolagem.
Na avaliação do furgão elétrico do Citroën escutamos ruídos do pneu e do atrito do ar com a carroceria. Fora isso, não escutamos ruídos do motor e nem vibração.
Preço e desvalorização segundo a FIPE
O preço no site da Citroën do Ë-Jumpy é de R$ 334.990, tendo como opção apenas branco. Na tabela Fipe está cotado em R$ 334.600, portanto, fique sabendo que há possibilidade de negociação. Pesquisamos também o modelo 2022, que está com cotação média de R$ 290.115, portanto, desvalorização 13,3%, abaixo da média em relação aos modelos a diesel que têm, em média, uma desvalorização de 20% nos dois primeiros anos de uso.
O modelo a diesel custa R$ 202.999 conforme o site da marca e por R$ 182.070 pela pesquisa da Tabela Fipe. Como preço da Fipe altera conforme as pesquisas e momentos de mercado, vamos considerar o valor do site da marca. Neste caso, o elétrico custa 65,5% a mais em relação ao modelo diesel. Pode parecer muito, mas a economia que será feita a médio e longo prazo paga esta conta e ainda pode gerar lucro. Vale lembrar que o veículo elétrico pode ter uma vida útil dobrada, desde que não tenha problemas com as baterias.
Ficha técnica analisada
Nos quadros abaixo, vamos comentar o que significa os itens da ficha técnica, acrescentar informações ou dicas.
Cabine e equipamentos
Tema | O que o veículo possui | Mais informações e comentários |
Versões | Cargo | Na versão 100% elétrico só há o Cargo. A opção Vitré, com vidros nas laterais, está disponível somente com motor a diesel. |
Principais itens de série na cabine | Ar-condicionado, rádio com comandos na coluna de direção, compartimento térmico sob o banco do passageiro, computador de bordo, entrada USB, acendimento automático dos faróis, acionamento elétrico do freio de estacionamento, limitador de velocidade e três modos de condução. | |
Opcionais | Não possui | O modelo já vem completo de fábrica. |
Motor e bateria
Fabricante / modelo | Não informado na ficha técnica | Ele utiliza um único motor elétrico, instalado na parte dianteira do veículo. |
Plataforma | EMP2 Multi energy platform | |
Potência máxima | 100 kW (136 cv) | Diferentemente dos veículos a combustão, o motor elétrica entre a potência e o torque máximo desde a primeira rotação |
Torque máximo | 260 Nm | |
Autonomia PBEV (INMETRO) | 289 km | A autonomia em qualquer veículo elétrico, como peso transportado, estilo de condução, condições de tráfego e via, condições climáticas, entre outras. Em veículos comerciais, a informação correta pelo vendedor deve ser a autonomia considerando o veículo carregado. Portanto, o Ë-Jumpy deve, ou deveria, ter um autonomia muito maior vazio. |
Velocidade máxima / 0 a 100 km/h | 130 km/h / 11,9 segundos | Os limites de velocidade e aceleração atendem com sobra a proposta de um veículo de carga, principalmente, com maior indicação para atividade urbana. No entanto, pode ser utilizado em transporte intermunicipal e, nossas melhores rodovias têm o limite de velocidade limitado a 120 km/h. |
Plug do veículo | Tipo 2 (AC) + CCS/SAE (DC) | Os tipos de plug em veículos elétricos são usados para conectar o carro à estação de recarga. Existem vários tipos de conectores. O Tipo 2 AC é um conector europeu que possui um cabo de alimentação trifásico e um cabo de comunicação. O CCS Tipo 2 (DC) é uma evolução do Tipo 2 AC e permite carregamento rápido em corrente contínua. |
Baterias | Íon-lítio de 75 kWh de capacidade, com 27 módulos e 324 células. | Os 75 kWh é a quantidade de energia que uma bateria de veículo elétrico pode armazenar. Em analogia com o veículo a diesel, seria o tamanho do tanque de combustível. Os módulos da bateria são conjuntos de células (pilhas) ligados entre si em série. |
Bateria, recarregador e o investimento para isso
Bateria | Íon-lítio de 75 kWh de capacidade, com 27 módulos e 324 células. | Os 75 kWh é a quantidade de energia que uma bateria de veículo elétrico pode armazenar. Em analogia com o veículo a diesel, seria o tamanho do tanque de combustível. Os módulos da bateria são conjuntos de células (pilhas) ligados entre si em série. |
Recarregador | Oficialmente, a Citroën não informa no site ou na ficha técnica o tipo, marca ou potência de recarregador | O que vamos apresentar aqui são as opções no mercado de pesquisa feita na data da publicação desta avaliação, junho de 2023: Para carregar o Citroën Ë-Jumpy, basta que o seletor de condução esteja na posição “P” (Parking). O tempo de recarga depende da estação de carregamento, podendo variar de 45 minutos em estações de carregamento rápido de 100 kW, para 80% da bateria, a 7h30 em rede trifásica de 11 kW. O Citroën Ë-Jumpy pode ser carregado com uma potência máxima de 7,4 kW numa Wallbox instalada numa casa ou num local de trabalho. A bateria carrega-se a 100% em aproximadamente 7h. Esses dados são teóricos. Na prática, no dia da avaliação, achamos somente estações de recarga de 7,4 kW. Utilizamos uma da Porto Seguro Bela Vista em São Paulo. As fotos mostram os dados reais durante a avaliação. |
Por que essas diferenças entre teoria e prática? | Dependente da infraestrutura | São diversos fatores que influenciam. O primeiro é a origem da energia. De uma concessionária pública ou de geração própria por meio de, por exemplo, estação de células voltaicas. Os grandes frotistas, como a Ambev, investiram em estações próprias. Caso dependa de uma concessionária, tipo Enel, a energia necessária para a estação funcionar adequadamente varia entre ruas, bairros e cidade, pois depende da infraestrutura empresa fornecedora. |
Como fazer certo? | Investir na própria infraestrutura | Quem trabalha com logística não pode ficar dependente de estações de abastecimento de energia públicas. É preciso investir em uma estação própria de, no mínimo, 100 kW de potência, mas antes, saber se na rua onde ela vai ficar não há vulnerabilidades por parte da concessionária. |
Não posso utilizar uma estação pública de carga rápida? | Sim e não | Se tiver um contrato com o fornecedor que a fonte pública vai estar disponível para o seu veículo em horários previamente combinados, pode ser uma solução interessante. Essa hipótese ainda não existe no mercado, mas poderá existir. No entanto, é preciso considerar diferentes situações possíveis de ocorrer. Entre elas, uma fila de carros para abastecer; a estação estar indisponível por problemas técnicos, entre outras situações (isso ocorreu durante a avaliação do furgão elétrico). A sua logística vai ficar depende desses fatores? |
Quanto custa uma estação de recarga | Cotação feita em junho de 2023. Os valores são somente dos equipamentos necessários. Deve entrar no orçamento o custo do frete, de uma consultoria e das adaptações de engenharia civil e elétrica para o equipamento | Wallbox de 7,4 kW custa por volta R$ 9 mil. Usa para quem pode deixar o veículo quase 24 horas parado para recarga na prática ou 7 horas na teoria. Uma estação de 22 kW já sobe para algo próximo a R$ 30 mil. Aconselhamos esquecer esses dois tipos de estações de recarga. Citamos apenas para o leitor saber que existe e para evitar. Eles são para automóveis com alta disponibilidade para ficar parado, o que, geralmente, não ocorre com os veículos comerciais. Para ter uma estação realmente eficiente, coloque de R$ 150 mil a R$ 200 mil de investimento no planejamento. Logicamente, que esteve investimento deve ser muito maior se a frota for superior a quatro veículos. Se a atividade do veículo for superior a 12 horas por dia, o melhor é contratar uma consultoria para o melhor planejamento. Como o investimento inicial é alto, é bom que ele seja duradouro para gerar retornos financeiros além dos ambientais e não espere este retorno no curto prazo. |
Qual o custo do abastecimento? | Depende de alguns fatores | No geral, o custo é baixo. É possível citar exemplos, mas é difícil reproduzi-los, pois o custo depende da origem da energia e de uma planilha de cálculo mais complexa, pois deve-se considerar não só o custo puramente da energia. Deve se considerar o custo do investimento, remuneração do capital investido etc. Em qualquer situação, o custo direto da energia elétrica por kWh será baixo em relação ao litro do diesel. Mas a conta não é simples assim. A fonte de geração da energia, o tipo de carregador, a origem do capital de investimento (próprio ou de banco) são três exemplos que influenciam diretamente o custo do kWh. Portanto, 1 kWh pode custar menos de R$ 1 ou mais de R$ 2. |
A realidade registrada nas fotos acima não deve e não precisa ser a realidade de ninguém, muito menos, em veículos de uso profissional. Por isso, é necessário o investimento em infraestrutura para viabilizar o uso de veículos elétricos.
Há várias estações de abastecimento públicas em São Paulo, porém, cuidado com os estacionamentos se o objetivo for somente recarregar a bateria. Mesmo o fornecimento da energia sendo gratuito, a ocupação da vaga tem um custo elevado, tornando o abastecimento inviável
Transmissão
Caixa de transmissão | Redutor de uma relação fixa | Muitos veículos, principalmente, os leves não precisam de uma caixa de marchas, já que o torque e o motor elétrico conseguem, sozinhos, terem a velocidade determinada pelo motorista apenas usando o pedal do acelerador. No entanto, existem veículos que possuem caixa de marcha como nos convencionais. A caixa aumenta o custo do veículo, mas, em compensação, aumenta a capacidade de transportar peso e a eficiência energética, que pode ser a autonomia. |
Seletor de marchas | P – Park (estacionamento) / R – Ré / N – Neutro / D – Drive (dirigir) / B-B Mode (Regeneração de carga das baterias por freio motor) | As letras são iguais às de uma transmissão automática, exceto o B-B Mode. E é neste diferencial que está um dos meios de aumentar a autonomia do veículo. Tente usar o freio de regeneração para recarga das baterias e para economizar as pastilhas do freio convencional. Como se faz isso: olhando o mais à frente possível e agindo de forma antecipada. Por exemplo, se o semáforo está fechado na próxima esquina, já pare de acelerar e deixe o freio motor agir pelo modo regeneração. O mesmo vale para a estrada ao visualizar uma curva ou descida adiante. |
Eixo de tração | Dianteira | |
Direção | Eletro-hidráulica | O sistema mais comum até pouco tempo é a hidráulica. A direção eletro-hidráulica é um sistema de direção que combina elementos da direção hidráulica e da direção elétrica. Nesse sistema, há um circuito fechado preenchido com fluido, mas a bomba de óleo é substituída por um motor elétrico. Esse sistema é mais moderno e tem como objetivo minimizar o consumo de energia do veículo e proporcionar uma melhor dirigibilidade ao motorista. O sistema mais moderno e eficiente ainda é quando a direção é 100% elétrica, já presente em alguns modelos de furgões. |
Chassi e suspensão
Chassi | Monobloco | O chassi monobloco é uma estrutura única que inclui tanto o chassi quanto a carroceria. No caso do Ë-Jampy, as baterias ficam localizadas sob o assoalho e entre os eixos dianteiro e traseiro. |
Suspensão dianteira | Independente, pseudo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora | Este sistema é padrão nos veículos brasileiros até 3.500 kg de PBT. |
Suspensão traseira | Independente, com braços triangulares, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora | Também é o sistema mais utilizado para veículos de carga leves. No entanto, na Europa, os fabricantes oferecem sistema de suspensão traseira pneumático. Este tipo oferece diversas vantagens, como conforto, maior proteção da carga e mais segurança na condução do veículo. No é utilizado no Brasil por causa do seu custo elevado, por enquanto. |
Sistemas de Segurança
(Freios, suspensão, rodas e pneus)
Freios | A disco ventilado nas quatro rodas com 2 circuitos em “X” em cada eixo | Ter freios a disco ventilados no eixo traseiro é um diferencial positivo. A maioria dos concorrentes utiliza discos sólidos nas rodas traseiras. O disco de freio sólido é feito de ferro maciço e tem baixo rendimento em situações extremas de frenagem. Já o disco ventilado possui desempenho superior devido a dissipação de calor potencializada pelas aletas entre as pistas e, consequentemente, seu processo produtivo é mais caro. |
Suspensão dianteira | Independente, pseudo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora | Este sistema é padrão nos veículos brasileiros até 3.500 kg de PBT. |
Rodas / Pneus | De aço / 215/65 R16 | A medida comum na maioria dos pneus do mundo consiste no tamanho da parede do pneu comparado com a largura e o raio. Exemplo: um Pneu 215/65 R16 significa que 215 corresponde a largura em milímetros, 65 a altura da parede do pneu e 16 é o diâmetro do pneu, neste caso 16 polegadas, e R significa que o pneu é radial. |
Preço de pneus 215/65 R16 | Cotação em junho 2023 | Várias marcas oferecem. Os mais baratos são de marcas desconhecidas e sem referências. Eles partem de R$ 503 a unidade e chegam a R$ 1.220 em uma marca como a Michelin. |
Pneu original de fábrica | Dica | Na reposição, tente manter os pneus indicados pelas marcas dos veículos, pois há um trabalho gigantesco da engenharia de experimentação dos fabricantes para chegar na melhor relação custo-benefício. Logicamente, que a escolha é para atender a média de clientes e pode existir operações que necessite de pneus diferentes, como rodagem em estradas de terra. |
Como diferenciar o que é inovador em relação ao padrão
Selo de Segurança Veicular | Indicar o que o fabricante faz além do obrigatório por lei, como ABS e airbag duplo. O ESP, controle eletrônico de estabilidade passou a ser obrigatório para todos os veículos recentemente. Só observar que todos os novos lançamentos têm o equipamento. | O Programa de Rotulagem Veicular de Segurança (PRVS) é um programa do Ministério da Justiça e Segurança Pública que tem como objetivo informar o consumidor sobre os níveis de segurança dos veículos comercializados no Brasil. O PRVS utiliza uma escala que vai de 0 a 5 estrelas para classificar os veículos em relação à segurança. Este selo precisa estar no para-brisa do veículo exposto na concessionária e disponível também no site do fabricante. A partir desse conhecimento, abaixo, vamos conhecer o que o Ë-Jumpy oferece além do obrigatório por lei. Esses itens já são tão básicos como o retrovisor do lado direito, que já foi opcional nos anos 1990. É importante o comprador saber disso, pois, ainda existem vendedores que oferecem esses equipamentos como vantagem, sem esclarecer que são obrigatórios por lei. |
Alerta e indicador de fadiga – “Coffee cup alert” | Pouco eficaz | Quem conhece as mais avançadas tecnologias de detecção de fadiga e sonolência, sabe que esses sistemas presentes nos automóveis e oferecidos como itens de segurança são muito básicos perto do que existe para atividade profissional. É um item que não serve para a segurança de um motorista fadigado e pode até levar o motorista a uma autoconfiança não aconselhável. |
Assistente de partida em rampa | Hill Assist | O Hill Assist já é presente em muitos veículos e ele utiliza os sensores do ABS (para detectar a velocidade da roda – parado ou em movimento), inclinômetro e peso para atuar. O sistema ajuda o motorista a arrancar em subidas sem que o carro desça, inclusive, em marcha à ré. Ele funciona mantendo os freios acionados por um tempo (média é de 3 segundos, os melhores atuam por 4 segundos, e alguns somente por 2 segundos), até que o motor alcance a força necessária para o arranque. O motorista, para desenvolver a confiança no sistema, precisa conhecer o nível de inclinação que o sistema e por quantos segundos o sistema vai atuar. E isso é ele consegue após um período de experiência, pois a maioria dos veículos não possui inclinômetro (somente os realmente off-road) e nem um reloginho de segundos para indicação. |
Regulagem interna do foco dos faróis | Fundamental em veículos de carga | Os automóveis de luxo contam que esta tecnologia. Em veículos de carga, este tipo de regulagem não é luxo, é fundamental. Tanto para o motorista do veículo, quando para os outros condutores em sentido contrário. |
Sistema de monitoramento de pressão dos pneus indireto (TPMS) | Útil, mas não 100% confiáveis | Os gastos com aquisição e manutenção de pneus é o terceiro maior custo na gestão de uma frota. Terceiro para quem faz o básico, pois, para outros é o segundo maior custo, perdendo somente para a conta do posto de combustível. Esses sistemas, presente em vários veículos, auxiliam, mas não garantem a pressão correta para tipo de operação e rota. Este conhecimento deve ser do proprietário e com checagem constante. |
Pesos e capacidades
PBT legal | 3.050 kg. Por eixo: Dianteiro: 1.367 kg Traseiro: 1.688 kg | O PBT legal é a capacidade de peso bruto total (peso do veículo tudo mais que pode ir dentro do veículo, incluindo o motorista, pertences pessoais, passageiros e carga) homologado junto aos órgãos públicos. O PBT legal pode ser abaixo do PBT técnico. Este é a capacidade real definida pela engenharia do fabricante. |
Peso em ordem de marcha | 2.053 kg | O peso em ordem de marcha é o peso de como sai de fábrica, incluindo todos os fluidos necessários para seu funcionamento, como óleo, combustível, água de refrigeração e fluido de freio, além dos equipamentos presentes no veículo. Neste peso não estão incluso o peso do motorista, passageiros ou qualquer outro acessório colocado na concessionária. |
Carga útil legal incluindo o peso do motorista e passageiros | 1.022 kg | A carga útil legal é o peso de ordem de marcha menos o PBT homologado. Se for instalados outros equipamentos, por exemplo, um sistema de refrigeração para carga resfriada ou qualquer outro acessório, esses pesos entram na soma para a formação da Tara (PBT legal menos peso em ordem de marcha e peso dos acessórios). |
PBT técnico | 3.300 kg. Por eixo: | O PBT técnico não é para ser usado, mas é o quanto o veículo suporta sobrepeso em condições excepcionais, como erros de carregamento. A diferença entre o PBT Legal e o Técnica também mostra o quanto que a engenharia do fabricante reforçou o veículo para maior resistência e durabilidade. Pode ser usado como exceção, nunca como regra. Transportar peso acima do PBT técnico, inclusive, pode ser motivo para cancelamento da garantia do veículo. |
CMT | Não é informado na ficha técnica | A Capacidade Máxima de Tração é uma informação importante para quem pretende puxar um reboque, com um baú extra para carga, um trailer etc. |
Dimensões
Entre-eixos | 3.275 mm | Mais informações e comentários A distância entre o centro da roda dianteira e da roda traseira. |
Comprimento | 5.309 mm | |
Largura com e sem os retrovisores | 2.204 mm e 1.920 mm | |
Altura | 1.935 mm | Aqui está um, entre outros, do maior motivo de sucesso do segmento de furgões que ficam entre os compactos e médios. O Jumpy, como Fiat Scudo e Peugeot Expert são sucesso de vendas por causa desta característica, igual para as versões elétricas. Os três são de marcas do Grupo Stellantis. Eles são os únicos furgões do mercado brasileiro com capacidade de 6,1 m³ que conseguem entrar em garagens de prédios, facilitando, e muito o carga e descarga. No Brasil, na mesma categoria, havia o Mercedes-Benz Vito. Porém, com a chegada desses furgões, primeiramente, Expert e Jumpy, o Vito não conseguiu permanecer no mercado por causa do preço nada competitivo com os franceses. |
Diâmetro de giro | 12.400 mm | O diâmetro de giro, em resumo, é o espaço necessário para o veículo fazer um giro de 360º sem precisar manobrar, apenas fazendo o esterçamento total da direção. |
Dimensões do vão de carga
Volume | 6,1 m3 | Mais informações e comentários |
Comprimento máximo interno | 2.282 mm | É o espaço entre a porta traseira e a divisória que separa o compartimento de carga do espaço da cabine |
Largura interna | 1.636 mm | Espaço entre as duas laterais desconsiderando o espaço entre as caixas de rodas |
Largura interna entre as caixas de rodas | 1.258 mm | |
Altura interna | 1.397 mm | |
Largura / altura de entrada da porta traseira bi-partida | 1.282 mm / 1.220 mm | |
Largura / altura de entrada da porta lateral | 953 mm / 1.241 mm |
Benchmark
Converse com profissionais que já estão testando veículos elétricos. Há cases bem-sucedidos e malsucedidos. Assim, entrevistamos diversos frotistas que estão utilizando diferentes tipos veículos elétricos de carga. Enfim, ouvimos desde uma gigante como uma Ambev (o maior projeto de frota elétrica do mundo), Grupo RD (Raia Drogasil que possui cerca de 300 veículos VUC entre furgões chassi cabine, caminhões leves sendo sete elétricos) e com médios e pequenos frotistas.
O Grupo Contatto, que inclui transportadora, locadora de veículos de carga, entre outras atividades, teve que investir mais de R$ 300 mil em uma única estação de abastecimento rápido. Decerto, incluiu os custos de aquisição da estação, obras de infraestrutura de construção civil e elétrica para receber adequadamente a energia da concessionária pública.
Resumidamente, podemos dizer que vai errar quem não entender sobre todos os custos que envolve, inclusive, sobre a disponibilidade do veículo, infraestrutura local, e não se preparar por meio do conhecimento sobre os benefícios desta importante transição energética.
Conclusão
Vai acertar quem fizer um bom planejamento estratégico sobre a aplicação do veículo, linhas de investimentos subsidiadas pelo BNDES e outras fontes de financiamentos, rotas, infraestrutura e ter foco no retorno a médio e longo prazo. Ademais, é preciso ter consciência que, no primeiro ano, será de altos investimentos. Por fim, fazendo uma analogia com veículo de carga a diesel, é que, quando o convencional começa a gerar custos de manutenção é quando o elétrico começa a dar o retorno financeiro, e por muitos anos se bem cuidado.
Volume | 6,1 m³ | Mais informações e comentários |
Comprimento máximo interno | 2.282 mm | É o espaço entre a porta traseira e a divisória que separa o compartimento de carga do espaço da cabine |
Largura interna | 1.636 mm | Espaço entre as duas laterais desconsiderando o espaço entre as caixas de rodas |
Largura interna entre as caixas de rodas | 1.258 mm | |
Altura interna | 1.397 mm | |
Largura / altura de entrada da porta traseira bipartida | 1.282 mm / 1.220 mm | |
Largura / altura de entrada da porta lateral | 953 mm / 1.241 mm |
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