sábado, julho 27, 2024
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Transição energética: por que é tão lenta no Brasil?

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Como jornalista do setor de logística há mais de 30 anos, acompanho e divulgo informações sobre a transição energética em todo o mundo. Produzo e publico centenas de artigos sobre o tema.

No Frota News, divulgamos comunicados de governos e de empresas de diversos países em relação às metas para a transição energética. Sobre empresas que planejam atingir cerca de 50% até 2030 e 100% até 2050.

Como jornalista, minha função, como de qualquer jornalista, político, promotor do Ministério Público, é fiscalizar. Este artigo é uma denúncia sobre promessas que não estão sendo cumpridas.

As metas

Pelo ritmo atual, nem governos nem empresas conseguirão alcançar suas metas, a menos que exista um segredo para os últimos 45 minutos do segundo tempo. Meu compromisso é com a verdade. Ciência não é como um jogo de futebol.

Existem empresas verdadeiras e aquelas que não são. E também existem empresas que desejam ser verdadeiras, mas não conseguiram por motivos externos por independência dos funcionários.

O Frota News tem o compromisso de manter relacionamento com as empresas de forma verdadeiras e com aquelas que desejam sê-lo, mas ainda não conseguiram concretizar seus projetos. Eu sei quais empresas falam a verdade e quais mentem para jornalistas.

O propósito do artigo é entender por que estamos lentos. Algumas empresas estão investindo muito. A Scania investiu consideravelmente na produção de caminhões movidos a gás. No entanto, as vendas desses caminhões são baixas, pois eles custam quase 50% a mais em comparação com os modelos tradicionais. Por que eles custam mais? Seria devido aos impostos de importação de componentes? Ou seria devido à falta de uma indústria nacional que produza esses componentes?

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A Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) foi pioneira no desenvolvimento e na produção de caminhões elétricos. A engenharia localizada em Resende, no Rio de Janeiro, onde se encontra o centro de tecnologia e a fábrica da empresa, iniciou o projeto do VW e-Delivery, que parecia incrível. No entanto, o e-Delivery ainda não decolou desde o lançamento no final de 2021. A Ambev foi parceira da VWCO no desenvolvimento, mas não cumpriu a intenção de compra de 1.600 unidades até o final de 2023, a menos que a Ambev compre quase 1.400 caminhões e-Delivery até 31 de dezembro de 2023.

A Iveco é líder em caminhões movidos a gás na Europa. No Brasil, ela não lançou sequer um modelo, mesmo tendo apresentado dois modelos na Fenatran 2022 e feito promessas.

O que temos? Promessas e poucas ações concretizadas. Como jornalista, meu papel é fazer perguntas: as empresas vão cumprir o que prometeram? Houve desvios no caminho? Quais são os desafios? A JAC Motors Brasil vendeu mais de 1.500 caminhões elétricos, mas será que os frotistas podem depender apenas de um fornecedor concorrente? Nada contra a JAC, mas os frotistas não deveriam ter opções, como ocorre em outros países? Os frotistas chineses têm quase 100 opções.

Há falta de informação e transparência com a imprensa, e, consequentemente, com a sociedade brasileira.

Neste artigo, é apenas o início de uma pesquisa sobre esta lentidão. Converso com vários pensadores. E quem quiser fazer parte desta pesquisa, é só escrever para villela@frotanews.com.br.

Já no setor de ônibus, por fim, a transição está ocorrendo de forma diferente e melhor, o que é assunto para outro artigo.

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Marcos Villela Hochreiter
Marcos Villela Hochreiterhttps://www.frotanews.com.br
Sou jornalista no setor da mobilidade desde 1988, com atuações em jornais, nas áreas de comunicação da Fiat e da TV Globo, como editor da revista Transporte Mundial entre 2002 e maio de 2023, e com experiência em cobertura na área de transporte no Brasil e em cerca de 30 países. Representante do Brasil como membro associado do ITOY (International Truck of the Year), para troca de experiências e conteúdos jornalísticos. Mais, recente começou como colaborador do corpo docente na Fabet (entidade educacional sem fins lucrativos).
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