A Scania Latin America anunciou a substituição do gás natural fóssil por biometano para redução das emissões em sua fábrica brasileira. A partir de agora, a unidade industrial da empresa em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, passa a utilizar biometano renovável em substituição ao gás natural de origem fóssil. Com essa mudança, a montadora espera reduzir em cerca de 250 toneladas por mês a emissão de CO₂, o que equivale a uma redução anual de aproximadamente 2.750 toneladas.
Está uma iniciativa que vem, cada vez mais sendo adotada pelas indústrias, como Nestlé, Ambev, PepsiCo, L’Oréal, entre outras.
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“Essa iniciativa corrobora com nossos compromissos de descarbonização e se soma a uma série de investimentos que fizemos para tornar nossa produção cada vez mais eficiente, com menor impacto ao meio ambiente”, afirma Christopher Podgorski, presidente e CEO da Operação Industrial da Scania para a América Latina.
Economia Circular
O executivo destaca ainda que o biometano é uma solução concreta para um transporte de baixo carbono. “Trata-se de um exemplo inequívoco de economia circular e uma prova viável de converter um passivo ambiental em um ativo energético verde e renovável, que agora abastece as necessidades da operação industrial da montadora”, complementa.
A substituição do gás fóssil pelo biometano impacta diretamente diversas atividades da fábrica, como as estufas do processo de pintura de cabinas, os equipamentos dos restaurantes e o abastecimento de veículos industriais, incluindo empilhadeiras. Além disso, a mudança também afeta as emissões indiretas (Escopo 3) da empresa, considerando o primeiro abastecimento dos caminhões movidos a gás entregues aos clientes e os veículos da LOTS, empresa do Grupo Scania especializada em soluções logísticas.
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“Todo esse movimento visa atingir a meta estabelecida pelo Science Based Target (SBTi), que prevê a redução de 50% das emissões de gases de efeito estufa nos Escopos 1 e 2 até o final deste ano, considerando a operação de todas as unidades da Scania no mundo”, finaliza Podgorski.
Com essa transição para o biometano, a Scania reforça seu compromisso com a sustentabilidade e se posiciona como referência na indústria automotiva ao investir em soluções que contribuem para um futuro mais limpo e eficiente.
As vantagens do biometano em relação ao gás natural
Em comparação com o gás natural de origem fóssil, o biometano apresenta um potencial de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) que pode chegar a até 90%. Essa porcentagem expressiva se deve principalmente a dois fatores:
- Origem renovável: O biometano é produzido a partir da decomposição de matéria orgânica, como restos de alimentos, esterco animal e lodo de estações de tratamento de esgoto. Esse processo captura o metano, um potente GEE, que seria liberado na atmosfera caso esses resíduos fossem descartados de forma inadequada.
- Ciclo do carbono: O carbono presente no biometano é considerado como parte do ciclo curto do carbono. Isso significa que o CO₂ emitido durante sua combustão já foi previamente absorvido da atmosfera por plantas e outros organismos vivos, o que não ocorre com o gás natural, que libera carbono “estocado” no subsolo há milhões de anos.
É importante ressaltar que a redução exata das emissões de GEE com o uso do biometano pode variar dependendo de diversos fatores, como a tecnologia de produção, a fonte de matéria orgânica utilizada e a aplicação final do biometano (geração de energia, combustível veicular etc.). No entanto, de forma geral, o biometano se destaca como uma alternativa muito mais limpa e sustentável em comparação com o gás natural de origem fóssil.

Gás Verde
Presente em seis estados brasileiros, a Gás Verde oferece soluções para apoiar a descarbonização de empresas de diferentes setores que, assim como ela, estão comprometidas com a sustentabilidade do planeta.
Produz biometano proveniente do biogás de aterros sanitários em plantas espalhadas pelo Rio de Janeiro e por São Paulo – e, até 2028, prevê que sua produção passe de 160 mil m³/dia para 600 mil m³/dia com 10 novas plantas instaladas pelo país.
A partir de 2025, passará a fornecer também CO₂ verde, substituto sustentável do gás carbônico de origem fóssil, para indústrias de diversos setores.
Produção de biometano com rastreabilidade

A Gás Verde atua na transformação do biogás gerado pela decomposição de resíduos urbanos em biometano em seis estados brasileiros. Esse processo impede que o metano – um gás de efeito estufa 25 vezes mais potente que o CO₂ – seja liberado na atmosfera e, simultaneamente, reduz a necessidade de combustíveis fósseis. Dessa forma, a empresa contribui duplamente para a mitigação das mudanças climáticas.
Com plantas localizadas nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, a empresa já produz 160 mil metros cúbicos de biometano por dia. Até 2028, a previsão é ampliar essa capacidade para 600 mil metros cúbicos diários, com a instalação de dez novas unidades pelo país. Esse avanço reforça o compromisso da Gás Verde com a descarbonização e a transição para uma economia de baixo carbono.
Além da produção de biometano, a partir de 2025 a empresa passará a fornecer CO₂ verde – um substituto sustentável do gás carbônico de origem fóssil –, atendendo indústrias de diversos segmentos que buscam reduzir sua pegada ambiental. Essa iniciativa abre novas possibilidades para setores que necessitam desse insumo em seus processos produtivos e desejam adotar práticas mais sustentáveis.
A Gás Verde também comercializa energia renovável e oferece o BioREC, um certificado de rastreabilidade do biometano. Esse selo permite que empresas comprovem o uso de combustível sustentável, alinhando-se às diretrizes de ESG e fortalecendo suas estratégias de sustentabilidade.