sexta-feira, julho 26, 2024
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Safra 2023/2024 vai demandar maior eficiência em gestão de transporte

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As empresas de transporte de soja poderão ter oportunidade de crescimento com a estimativa de produção da safra 2023/2024, estimada em 162,4 milhões de toneladas. Esta produção faz parte do 2º Levantamento da Safra de Grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Nesse contexto, todo o setor de transporte deve se preparar para atender a maior demanda, seja os transportadores, fabricantes de caminhões, de implementos rodoviários, além das empresas que atendem essas indústrias. Segundo a Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários), os semirreboques graneleiros são os mais vendidos desta indústria, atrás, apenas, dos basculantes, também utilizados no agronegócio.

Isso vale para as vendas de caminhões. Quase 40% das vendas dos modelos cavalos mecânicos são para o agronegócio. O modelo mais vendido do Brasil, o Volvo FH 540 6×4, é para formar composição com bitrem 9 eixos e rodotrem.

A Buonny, empresa de gerenciamento de riscos, destaca quatro ações essenciais para assegurar o transporte da safra de soja com sucesso.

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  1. Rastreamento da carga

Primeiramente, o óbvio, que muitas empresas já fazem: o rastreamento da carga. No entanto, é uma tecnologia que evolui constantemente. No mercado há dezenas de fornecedores de rastreamento. Na dúvida, muitos transportadores, dependendo do tipo de carga, utilizam a redundância de dois e até três fornecedores. Com isso, a organização de roubo de carga pode conseguir anular o sinal de um rastreador, mas de três não consegue.

Devido a maior eficiência das quadrilhas de roubo de cargas em relação ao combate a este tipo de crime, o rastreamento virou uma necessidade para a segurança da operação no Brasil. Permite que produtores e transportadoras monitorem a localização da carga em tempo real, desde que não exista “sombra” na comunicação entre o caminhão e a torre de controle. É importante que a tecnologia utilizada não dependa apenas dos sinais das antenas de celulares, com poucas torres nas estradas, e de satélites. O ideal é que utilize os dois meios de transmissão de dados simultaneamente.

Eliel Fernandes, CEO da Buonny, enfatiza que “o uso de tecnologias de rastreamento possibilita identificar desvios de rota ou paradas não autorizadas, além de auxiliar na recuperação da carga em casos de roubo.”

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  1. Acompanhamento de motoristas em tempo real

O acompanhamento e monitoramento de motoristas em tempo real são fundamentais para aumentar a segurança no transporte da safra de soja. A tecnologia de vídeo e sensores de fadiga permitem verificar se os motoristas estão operando de maneira segura e conforme as diretrizes da transportadora. Sistemas de monitoramento, como câmeras de vigilância, facilitam identificar atividades suspeitas.

No entanto, é muito importante, antes de utilizar essas tecnologias, que os gestores tenham uma boa formação em Gestão em Segurança no Transporte, como no curso para gestores oferecido pela Fabet-SP. Pois, o uso da tecnologia apenas, sem humanização do seu uso, os resultados não serão ótimos. Vários transportadores já relataram isso. A tecnologia ajuda, parcialmente, pois os problemas de fadiga começam dias antes do motorista apresentar os sintomas. Quando a câmera registra um motorista sonolento, a tecnologia está comunicando as consequências de um problema que precisa ser tratado na origem. No curso de Gestão em Segurança do Transporte, da Fabet-SP, o gestor aprende sobre isso e muito mais.

No entanto, a tecnologia é um importante auxiliar. O executivo Eliel Fernandes explica que “esse monitoramento é essencial para garantir a segurança do transporte e prevenir comportamentos inadequados.” Dessa forma, o gestor, com os dados sobre comportamentos inadequados, precisa saber o que fazer com esses dados, que envolve diversas áreas na transportadora, como a alta direção, recursos humanos, SSMA, entre outras.

  1. Invista no treinamento de motoristas

A contratação de motoristas experientes e especializados no transporte de cargas agrícolas, com conhecimento específico sobre o manuseio da soja a granel, é uma medida que aumenta significativamente a segurança da carga? Mais ou menos. Pois, os motoristas experientes estão aposentando, e precisamos formar novos. Para isso, as empresas precisam ter consciência na importância do investimento em treinamento.

Há grandes empresas acertando com esta virada de raciocínio. Entre elas, a Andrade Transportes, maior prestadora de serviços para Raízen Agro. Ela tem tido bons resultados com a contratação de motoristas com habilitação na categoria E e com pouca experiência. O investimento em treinamento intensivo e de alto nível na Fabet-SP, e depois com treinamento adicional na operação, tem conseguido melhores resultados. A Ipiranga, uma das maiores empresas do setor de combustível, começou a praticar a mesma estratégica em parceria com a Fabet-SP. Citamos dois exemplos, mas há mais.

Outro grande exemplo é a Bracell:

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  1. Planejamento de rotas

Para muitas transportadoras, a cerca eletrônica e o planejamento de rotas tem sido experiências em constante desenvolvido. Durante o curso de Gestão em Segurança de Transporte na Fabet-SP, os gestores trocam experiências entre eles, pois uma tecnologia que funciona para um, não funciona para outro. Essa troca de experiência ajuda a cada um a fazer os ajustes conforme o tipo de operação e rotas.

Evitar áreas de alto risco, é fundamental para garantir a segurança da carga e dos motoristas. Porém, nem sempre isso é possível. A Região Metropolitana de São Paulo é uma área de alto risco. Tem como evitar os clientes que precisam de transporte em São Paulo?

A baixada do Rio de Janeiro é uma área de alto risco e muitos transportadores pararam de transportar carga para lá. A Braspress, por exemplo, desenvolveu estratégias próprias, utilizando, obviamente, muita tecnologia, mas inteligência de gestão em segurança própria para atender o mercado do Rio de Janeiro.

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Marcos Villela Hochreiter
Marcos Villela Hochreiterhttps://www.frotanews.com.br
Sou jornalista no setor da mobilidade desde 1988, com atuações em jornais, nas áreas de comunicação da Fiat e da TV Globo, como editor da revista Transporte Mundial entre 2002 e maio de 2023, e com experiência em cobertura na área de transporte no Brasil e em cerca de 30 países. Representante do Brasil como membro associado do ITOY (International Truck of the Year), para troca de experiências e conteúdos jornalísticos. Mais, recente começou como colaborador do corpo docente na Fabet (entidade educacional sem fins lucrativos).
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