quarta-feira, dezembro 17, 2025

DAF Brasil apresenta o maior desempenho da marca fora da Europa 

A DAF Trucks divulgou seus resultados globais e destacou a DAF Caminhões Brasil como sua operação de maior sucesso fora da Europa. Em 2024, a fábrica brasileira atingiu um recorde de produção, com 10.700 caminhões, além de conquistar uma participação de mercado histórica de 9,9% no segmento acima de 16 toneladas. 

Fora da União Europeia e do Brasil, a DAF comercializou 4.800 unidades. 

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Desempenho global e liderança na Europa

Em toda a Europa, a DAF obteve uma participação de mercado de 14,4% no segmento acima de 16 toneladas, totalizando 316.000 unidades vendidas em 2024. A fabricante holandesa mantém a liderança no Reino Unido (27,1%) e na Holanda (28,9%). Além disso, é a principal marca no segmento de cavalos mecânicos nos dois maiores mercados europeus de caminhões: Alemanha e França. 

No segmento de serviço médio, que teve um tamanho de mercado de 50.900 unidades em 2024, a DAF alcançou uma participação de 9,5%, com liderança no Reino Unido e na Holanda. 

Expansão e crescimento no Brasil

A DAF pertence ao PACCAR Group desde 1996 e celebrou 75 anos em 2024, ano em que iniciou a entrega de caminhões elétricos para clientes europeus. No Brasil, a montadora chegou em 2011 e, em apenas dois anos, construiu sua fábrica em Ponta Grossa, no Paraná. 

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Desde então, a DAF Brasil registra crescimento contínuo, mesmo em anos difíceis para o mercado nacional de caminhões, como 2014, 2016, 2020 e 2023. Em 2023, a marca emplacou 9.624 caminhões, um crescimento de 15,3% em relação ao ano anterior, conforme dados do Anuário da Anfavea 2024. O Anuário 2025 ainda não foi publicado. 

Projeções para 2025

As expectativas para o mercado europeu de caminhões acima de 16 toneladas em 2025 variam entre 270.000 e 300.000 unidades, segundo Harald Seidel, presidente da DAF Trucks. 

“Estamos bem posicionados para expandir nosso sucesso com nossos caminhões líderes do setor, serviços de primeira classe e o aumento planejado da produção de nossa excelente linha de caminhões elétricos”, afirmou Seidel. 

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Fabricantes europeus de veículos apoiam ação urgente para defesa de seus mercados 

A indústria automotiva brasileira, com poucas exceções, tem origem predominantemente de países europeus, o que está diretamente ligado à história do país. No entanto, há uma distinção significativa entre veículos leves e pesados. No segmento de automóveis, como tem ocorrido na Europa, a indústria asiática representa uma ameaça crescente. Já no setor de veículos pesados, por enquanto, as marcas europeias seguem sem concorrência expressiva. 

Hoje, diversos CEOs de montadoras participaram de uma reunião de lançamento de defesa promovida pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, com o objetivo de fortalecer a competitividade global da indústria automotiva europeia. 

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Caminhões e ônibus

No caso de caminhões e ônibus, há um grande interesse em proteger as marcas europeias, já que o Brasil representa uma parcela significativa das vendas globais desse setor. Aliás, no mercado de ônibus elétrico, o mercado já está dividido entre marcas europeias e asiáticas.

Durante a reunião, os participantes destacaram a urgência de enfrentar os desafios da competitividade global, especialmente diante da adoção mais lenta do que o esperado dos veículos de emissão zero e da falta de condições favoráveis para essa transição dentro da União Europeia. 

Ola Källenius, CEO da Mercedes-Benz e presidente da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), afirmou: 

“A indústria automobilística da União Europeia continua totalmente comprometida e economicamente investida na transição para a mobilidade de emissão zero. No entanto, para que essa transição seja bem-sucedida, ela precisa ser impulsionada pelo mercado e pela demanda. O próximo Plano de Ação deve se basear nessa premissa. Um ajuste na abordagem do Acordo Verde Europeu não atrasará a transição, mas, pelo contrário, a impulsionará, eliminando gargalos e introduzindo as flexibilidades necessárias.” 

Veículos comerciais

Christian Levin, CEO do Grupo Traton e da Scania, além de presidente do Conselho de Veículos Comerciais da ACEA, acrescentou: 

“A transformação da indústria automotiva depende de um entendimento compartilhado entre o setor produtivo e as políticas públicas. A presidente von der Leyen demonstrou um forte compromisso em reduzir a burocracia e, ao mesmo tempo, adotar medidas adicionais para acelerar a transição verde, garantindo assim a competitividade europeia. Os fabricantes de veículos comerciais apoiam metas climáticas ambiciosas, mas ressaltam que, para alcançá-las, não basta estabelecer objetivos. A rápida implementação da infraestrutura necessária e a criação de condições favoráveis, como a paridade do custo total de propriedade (TCO) e incentivos à demanda, são essenciais.” 

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Os membros da ACEA enfatizaram que, para garantir o sucesso desse diálogo, futuras reuniões devem envolver ativamente todos os fabricantes e fornecedores com presença industrial significativa na Europa. Além disso, os grupos de trabalho devem refletir as especificidades do setor de veículos pesados. A ACEA se comprometeu a colaborar com os comissários responsáveis em quatro áreas temáticas para contribuir com o desenvolvimento do próximo Plano de Ação. 

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Mercado de caminhões: as diferentes previsões para 2025

Uma breve reflexão sobre as previsões para o mercado de caminhões em 2025 me remete a dezenas de entrevistas com executivos da indústria automotiva ao longo das últimas três décadas. Muitos afirmavam não ter uma “bola de cristal”, mas arriscavam um palpite. A resposta mais marcante veio da então presidente mundial da Mercedes-Benz Truck e atual CEO global da Daimler Truck, Karin Rådström. Durante uma entrevista concedida a este jornalista, ela destacou que, mesmo diante de todas as dificuldades do momento, o Brasil era responsável por 25% das vendas globais da Mercedes-Benz (em 2021). 

“É um mercado difícil, mas importante”, afirmou, lembrando que a empresa havia acabado de completar 65 anos no Brasil (e completará 69 anos em setembro deste ano), com planos de permanecer por muitos e muitos anos. “O Brasil é um dos mercados mais desafiadores do mundo por sua imprevisibilidade. Na Europa, consigo prever quantos caminhões venderemos no ano seguinte; no Brasil, não sei como será o próximo mês. Mas temos uma forte demanda e estamos crescendo. Adoraria que o país fosse mais estável, com um câmbio previsível, mas essa é a realidade com a qual precisamos conviver e trabalhar para aproveitar o grande potencial de crescimento existente aqui”, acrescentou Karin Rådström. 

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Pois é! Estamos iniciando 2025, e a parece que pouca coisa mudou. A entrevista da executiva continua atual, sem precisar mudar uma vírgula. 

Anfavea vs. Fenabrave

No ano passado, o mercado de caminhões cresceu 15,7%, segundo dados de emplacamentos divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Para este ano, a entidade projeta um crescimento de 1,3%, enquanto a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) prevê um aumento de 4,5%. 

Não há certo ou errado nessas projeções. Afinal, o Brasil funciona assim: sem previsibilidade. No entanto, todos precisam trabalhar e vender. Os bancos, muitas vezes, lucram mais com previsões pessimistas, enquanto os vendedores na linha de frente precisam ser otimistas para convencer os clientes a assinar um cheque ou um contrato de financiamento. 

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Encontrar um ponto de equilíbrio entre otimismo e precaução é um grande desafio. O ideal seria adotar uma postura de “otimista conservador”, ou seja, acreditar no potencial do mercado, mas sem ignorar os riscos. No fim das contas, todos precisamos trabalhar para sustentar nossas famílias, e isso exige confiança no futuro. 

Desafios e oportunidades

Nós, da Frota News, temos plena consciência dos desafios que 2025 nos reserva. Sabemos que os juros estão altos, o dólar segue valorizado, a logística internacional impõe obstáculos e o governo continua aumentando os gastos, gerando dívidas para as próximas gerações. No entanto, há muitos setores que vão crescer neste ano, e é neles que devemos focar. Nosso compromisso é identificar oportunidades e apontar caminhos para nossos leitores. 

Acompanharemos de perto todos os segmentos da economia para fornecer informações que ajudem os transportadores a tomar decisões mais seguras e estratégicas. Além disso, daremos ênfase a reportagens que contribuam para tornar o transporte mais eficiente, incentivando investimentos assertivos em equipamentos, tecnologias, serviços e, sobretudo, treinamentos. 

Portanto, continue acreditando no seu negócio. Como bem disse Karin Rådström, o mercado brasileiro é desafiador, mas essencial. 

Grunner ATR Série S: inovação brasileira já bateu 70% da meta de 2025

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A Grunner é uma indústria única no mundo, que pode ser definida como uma verdadeira smart machine. Embora existam centenas, talvez milhares de equipamentos desse tipo no mercado, a Grunner se destaca por ser uma smart machine made in Brazil for global agribusiness, um título que poucas empresas podem ostentar. A notícia de hoje é sobre a nova linha ATR Série S. 

Além disso, em parceria com a Mercedes-Benz do Brasil, a Grunner foi a primeira empresa a conquistar o Truck Innovation Award Latin America 2025, um reconhecimento importante para o setor. 

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Crescimento acelerado

A indústria, genuinamente brasileira, acaba de fechar negócios que somam quase R$ 150 milhões, com a venda de 70 unidades de sua nova linha ATR Série S em apenas 15 dias após o lançamento comercial. Inicialmente, a empresa tinha como meta vender 100 unidades ao longo de todo o ano de 2025. No entanto, devido à rápida aceitação do mercado, precisou readequar sua estratégia, evidenciando a crescente demanda por soluções mais sustentáveis e economicamente vantajosas. 

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“A grande procura mostra que o produtor de cana está cada vez mais atento a soluções que aliem sustentabilidade, redução de custos e aumento de rentabilidade. Nossa linha ATR Série S entrega exatamente isso ao otimizar a colheita, reduzir o pisoteio e minimizar as paradas operacionais e as horas auxiliares”, destaca André Torquetti, gerente comercial da Grunner. 

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“Nossos clientes já estão percebendo as inovações que apresentamos com a Linha S, o que nos dá ainda mais confiança para seguir com o propósito de aprimorar a experiência operacional da Grunner por meio de soluções inovadoras, sustentáveis e seguras”, comenta Henrique Belei, sócio-presidente da Grunner. 

Evolução e tecnologia: os diferenciais da Série S

A nova Série S traz 15 evoluções em relação à sua antecessora, a Série X, todas voltadas para aprimorar a operação de colheita e transbordamento da cana. 

Um dos destaques é a redução do diâmetro de giro da roda, o que diminuiu o raio de manobra de R27,3m para R18,3m. Essa melhoria possibilita uma economia de até 60% no tempo de cada manobra de cabeceira, além de reduzir significativamente o pisoteio nas linhas de cana. 

Outras melhorias incluem: 

 Melhor distribuição de carga, aumentando a estabilidade da máquina e prolongando a vida útil dos pneus. 

 Levantamento do transbordo redesenhado, proporcionando mais espaço livre e menor interferência na caixa de carga. 

Mais segurança e economia de até 64% no consumo de combustível

Durante o desenvolvimento da linha, foram realizados diversos testes de consumo de diesel por tonelada, comparando a ATR Série S com a ATR Série X. 

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ATR Série
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“Observamos uma redução de até 14% no consumo de diesel em relação à já consagrada Série X, o que representa uma economia de até 64% quando comparada ao trator. Esse resultado se deve, principalmente, ao fato de a máquina não precisar interromper o fluxo de trabalho. Além disso, a redução do diâmetro de giro também contribuiu para diminuir em até 60% o tempo de manobra“, explica Torquetti. 

A principal evolução da nova linha foi o eixo direcional, responsável pela orientação da direção. Na Série S, ele foi redesenhado para facilitar a transferência de carga, garantindo maior tração e continuidade das operações em terrenos desafiadores. Essa mudança também permitiu reduzir o raio de manobra, aumentando a eficiência logística da colheita, especialmente em operações realizadas em declives ou estradas irregulares. 

Mais proteção e eficiência operacional

A segurança operacional também foi aprimorada com novas soluções inovadoras: 

 Proteção do motor por fibra, combinada com novas vedações em couro aeronáutico, evitando a entrada de palha e aumentando a durabilidade do equipamento. 

 “Boné” (prolongador dianteiro da caixa de carga), agora ampliado na parte frontal e traseira, reduzindo o acúmulo de palha entre a cabine e o implemento, o que otimiza o tempo de parada para revisão da área. 

Bolsas pneumáticas com maior pressão, proporcionando mais eficiência ao sistema. 

Com essas inovações, a Grunner reafirma seu compromisso com a tecnologia, a sustentabilidade e a eficiência operacional, consolidando-se como referência global no agronegócio.  

PACCAR Parts lança Ar-condicionado Elétrico de Teto TRP e celebra avanço no e-commerce

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Trabalhar em um ambiente com temperatura controlada é mais saudável e interfere diretamente na produtividade do profissional. Para atender esta demanda, a PACCAR Parts, líder no segmento de peças e serviços de pós-venda para caminhões, carretas e ônibus multimarcas, anuncia a chegada ao mercado do Ar-condicionado Elétrico de Teto TRP. Desenvolvido para caminhões DAF e veículos multimarcas, o equipamento promete elevar o padrão de conforto.

Com funcionamento 100% elétrico, o novo sistema proporciona economia de diesel, redução de ruído na cabine e maior segurança ao motorista. Projetado para operar em todas as condições climáticas, o Ar-condicionado Elétrico de Teto TRP (Código da Peça 0917194) garante autonomia de até oito horas com o veículo desligado, permitindo conforto térmico durante paradas, pernoites ou operações de carga e descarga.

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A segurança também é um diferencial. O sistema conta com proteção inteligente para preservar a bateria do caminhão, assegurando que o motor dê partida normalmente após o uso do ar-condicionado. Além disso, oferece ajuste de temperatura por controle remoto ou diretamente no painel digital, garantindo praticidade ao motorista.

O equipamento está disponível nas concessionárias DAF, lojas TRP e no DAF Webshop, com um ano de garantia e fácil instalação.

Crescimento do e-commerce impulsiona vendas da PACCAR Parts

A PACCAR Parts também comemora um marco importante: a ultrapassagem da marca de R$ 240 milhões em vendas de peças por meio da plataforma digital DAF Webshop. Desde o lançamento, em 2020, o e-commerce ampliou significativamente sua participação nas vendas da empresa, dispondo de um portfólio com mais de 30 mil itens da linha DAF e TRP Multimarcas.

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Para Antenor Frasson, diretor geral da PACCAR Parts América Latina, esse avanço é resultado de estratégias assertivas e investimentos contínuos na plataforma. “Desenhamos estratégias que fortaleceram a nossa presença no mercado brasileiro, garantindo uma experiência completa ao cliente, com um catálogo de fácil acesso e compra personalizada em poucos cliques”, afirma Frasson.

Uso de IA

A tecnologia tem sido um pilar fundamental no sucesso do DAF Webshop. A plataforma utiliza Inteligência Artificial para otimizar operações e agilizar o atendimento, sem abrir mão do suporte humano. Entre as soluções inovadoras está o PARTS SCAN, ferramenta que permite a busca de peças a partir de uma simples foto do código da peça, da embalagem do produto ou mesmo de uma anotação manuscrita, fornecendo informações detalhadas sobre estoque, preço e aplicação.

“Nosso objetivo é manter esse crescimento e ampliar a oferta de produtos e serviços. Vamos investir em novas tecnologias para a plataforma DAF Webshop, facilitando ainda mais a experiência do cliente no segmento de linha pesada”, conclui Frasson.

A Frota News apoia a educação no transporte pela Fabet:
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Fabet é pioneira na formação de mulheres condutoras

Com uma logística integrada e gestão eficiente de estoques por meio do sistema MDI, a PACCAR Parts segue consolidando sua liderança no mercado de pós-venda, aliando inovação, qualidade e suporte estratégico aos clientes e concessionários.

 

Brasil dá mais um passo para usar o B100 puro com parceria entre Be8 e Randon

A Be8, uma das principais empresas de energias renováveis, com destacada capacidade de produção no Brasil e no mundo, acaba de firmar uma parceria estratégica com o Centro Tecnológico Randon (CTR). O objetivo é impulsionar a utilização do biodiesel Be8 BeVant. Globalmente, a Be8 produziu cerca de 891.454 m³ de biodiesel em 2023. No Brasil, a empresa liderou o mercado com a comercialização de 801.427 m³, o que representou 10,9% de participação no setor. Os dados de produção referentes a 2024 ainda não foram divulgados. 

A parceria visa à substituição de 100% do diesel fóssil por biodiesel renovável, alinhando-se a uma tendência mundial de transição energética. No Brasil, empresas como Amaggi e JBS também estão na vanguarda desse movimento. 

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Biocombustível no maior CT

No caso da Randon e da Be8, o acordo permitirá o uso do novo biocombustível no mais completo centro tecnológico independente da América Latina, especializado no desenvolvimento, testes e homologações de veículos, componentes automotivos e industriais. Com a disponibilização do Be8 BeVant, clientes e parceiros agora têm acesso a uma solução de combustível sustentável e inovadora. 

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O anúncio da parceria foi realizado em 22 de janeiro, na Casa Brasil, um espaço exclusivo durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos. O evento foi organizado pelo BTG Pactual em colaboração com empresas como Ambipar, Be8, Gerdau, JHSF, Randoncorp e Vale. Estiveram presentes Daniel Randon, presidente da Randoncorp, e Erasmo Carlos Battistella, presidente da Be8. 

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Segundo César Augusto Ferreira, CTIO da Randoncorp e responsável pela vertical de Tecnologia Avançada, “nossos clientes poderão optar pelo uso do combustível Be8 BeVant em seus testes de durabilidade e performance. A Randoncorp, da qual o CTR faz parte, assumiu o compromisso público de reduzir 40% de suas emissões de gases de efeito estufa até 2030, e a parceria com a Be8 contribui diretamente para essa meta”. 

Ferreira também destacou que a descarbonização do CTR começou com a instalação de uma usina fotovoltaica equipada com aproximadamente 2,4 mil painéis solares, capaz de gerar 1,3 MWp (megawatt-pico). Essa capacidade atende não apenas à demanda atual, mas também à futura, incluindo o carregamento de veículos elétricos em testes. 

Localizado em Farroupilha (RS), o Centro Tecnológico Randon é credenciado ao Programa MOVER, idealizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O programa apoia a descarbonização de veículos no Brasil, promove o desenvolvimento tecnológico e fortalece a competitividade global. Com 92 hectares de área e ampla infraestrutura, o CTR conta com um campo de provas que abrange mais de 20 tipos de pistas. Entre os destaques estão os 53 mil metros quadrados da Vehicle Dynamic Area (VDA) e os 18 mil metros quadrados de área de baixo atrito. Com mais de 15 quilômetros de pistas, o local reproduz diferentes pavimentos e irregularidades, simulando de forma acelerada condições reais de uso. 

Be8 BeVant

O Be8 BeVant é um dos biocombustíveis mais recentes no mercado brasileiro de energias limpas. Durante sua fase de avaliação, o produto foi validado por grandes empresas fornecedoras de peças automotivas, fabricantes de motores diesel, geradores estacionários e máquinas agrícolas e de construção. Produzido na unidade de Passo Fundo (RS), a Be8 possui capacidade instalada para expandir rapidamente a produção, atendendo aos mercados interno e externo. 

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Sobre a Be8 

A Be8 é uma empresa global de energias renováveis que promove novas matrizes energéticas por meio de um ecossistema circular de inovação. Com foco em soluções sustentáveis que preservam os recursos naturais, a Be8 entrega valor para pessoas, negócios e o planeta. Parte da holding ECB Group, a empresa foi fundada em 2005 e tem sua sede em Passo Fundo (RS). A Be8 também conta com escritórios em São Paulo (SP), Genebra (Suíça) e Dubai (Emirados Árabes Unidos), responsáveis pela comercialização da produção realizada em Passo Fundo (RS), Marialva (PR), Nova Marilândia (MT), Floriano (PI), Santo Antônio do Tauá (PA), La Paloma (Paraguai) e Domdidier (Suíça). 

 

Ford Transit recebe o selo Platinum do Euro NCAP: o que isso significa? 

A Nova Ford Transit acaba de ser agraciada com o selo Platinum do Euro NCAP. Antes de aprofundarmos o impacto dessa conquista, é essencial entender o que é o Euro NCAP, uma organização reconhecida globalmente pelos rigorosos testes de segurança veicular que realiza. 

Embora o Euro NCAP seja amplamente conhecido no setor de automóveis de passeio, sua atuação no segmento de veículos comerciais ainda é relativamente nova. Os primeiros testes com caminhões, por exemplo, ocorreram apenas há um ano, com o Volvo FH sendo o único modelo a conquistar a nota máxima. No entanto, os leitores da Frota News talvez já tenham familiaridade com a presença do Euro NCAP no mercado de furgões. Em novembro de 2023, publicamos uma reportagem detalhada sobre a entrada dessa entidade nesse segmento específico. 

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O que é o Euro NCAP? 

O Euro NCAP (European New Car Assessment Programme) é uma organização apoiada por governos europeus, seguradoras e fabricantes de veículos. Sua missão é testar e classificar automóveis com base em rigorosos critérios de segurança, oferecendo informações que auxiliam consumidores e empresas a escolherem os modelos mais seguros para suas necessidades. 

Em 2021, com foco em atender gestores de frotas, o Euro NCAP lançou um sistema exclusivo de classificação para furgões comerciais. Esses veículos são avaliados em categorias como segurança para o condutor, eficiência dos sistemas de assistência ao motorista e capacidade de prevenir acidentes. As classificações variam de Platinum (máxima) a não recomendado, passando por Gold, Silver e Bronze. 

Ford Transit: um marco de segurança 

A Ford Transit, que conquistou a nota Platinum, foi apresentada ao público brasileiro na última Fenatran e, em breve, estará disponível no mercado nacional. Esse reconhecimento reforça o compromisso da Ford com a segurança e inovação no segmento de veículos comerciais. 

Entretanto, o selo Platinum exige manutenção de padrões elevados. Assim como no caso do Guia Michelin, onde restaurantes podem perder estrelas por descuidos, veículos também podem ser rebaixados. Foi o que aconteceu com o Fiat Ducato, que perdeu sua classificação Platinum e passou a ser avaliado como Gold. 

Por que a Ford Transit recebeu o selo Platinum? 

A Transit foi submetida aos novos e mais rigorosos protocolos de teste do Euro NCAP, estabelecidos para o mercado europeu. Desde 2020, quando o programa de avaliação de vans foi introduzido, o modelo já se destacava com a classificação Gold. Agora, com a inclusão de tecnologias avançadas de assistência ao motorista como itens de série, a van alcançou a pontuação máxima. 

A Ford Transit obteve uma pontuação total de 95% nas seis categorias avaliadas, incluindo nota máxima em monitoramento da segurança do passageiro e sistema de manutenção na faixa. Entre as tecnologias presentes estão recursos projetados para evitar ou mitigar os efeitos de colisões, aumentando significativamente a proteção dos condutores e das cargas transportadas. 

Reconhecimento internacional 

Matthew Avery, diretor de Desenvolvimento Estratégico do Euro NCAP, parabenizou a Ford pelo feito: 

“Parabenizamos a Ford por produzir uma van altamente segura, ideal para empreendedores e frotistas. Este veículo combina o estado da arte em sistemas de segurança que contribuem para proteger tanto os motoristas quanto os lucros da empresa.” 

A nova Ford Transit, equipada com o que há de mais moderno em segurança veicular, reafirma a importância de investir em tecnologia para proporcionar tranquilidade e eficiência aos gestores de frotas e motoristas. 

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Conheça o resultado do Euro NCAP sobre veículos comerciais neste link!

A história do Virgílio, da Iberfrut, e do Mercedes-Benz Accelo 1117

Os números divulgados sobre vendas de caminhões nunca refletem o curto prazo. A Frota News busca explicar essa particularidade, já que o mercado de caminhões tem uma dinâmica muito diferente do comércio de automóveis. Para ilustrar, tomaremos como exemplo o caso de Virgílio Cardoso Diniz, proprietário da Iberfrut. 

Virgílio é empresário no Rio de Janeiro e atua no fornecimento de hortifrutigranjeiros na região. Durante sua visita à Fenatran 2024, ele buscava caminhões leves e médios para a entrega de produtos perecíveis, que exigem alta responsabilidade logística. 

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O “refit” do Accelo

O segmento de caminhões entre 7 e 14 toneladas de PBT (Peso Bruto Total) possui poucas opções no mercado brasileiro, representadas por três marcas: Iveco, Mercedes-Benz e Volkswagen Caminhões. Durante o evento, Virgílio teve acesso a essas alternativas e presenciou o lançamento do “refit” do Mercedes-Benz Accelo pela montadora. O termo “refit” é utilizado para indicar a renovação e atualização de um produto mais antigo. O modelo Accelo foi lançado originalmente em 2004 e, ao longo dos anos, recebeu diversas atualizações tecnológicas, legais e, pela primeira vez, mudanças no design da parte frontal. 

Entre as opções disponíveis, o empresário optou pelo novo Accelo 1117, tornando-se o primeiro cliente do modelo após o refit. A Fenatran 2024 aconteceu de 4 a 8 de novembro, e foi em janeiro que Virgílio recebeu seu novo caminhão, que se junta à frota de cerca de 20 modelos da mesma linha, incluindo os Accelo 817 e 1017.  

Esse tempo entre início da negociação e o começo da operação com o caminhão envolve várias etapas, como negociação, forma de pagamento, definição das características técnica com o construtor do implemento de carga, emplacamento que só ocorre após o implemento instalado para definição da tara do caminhão (peso do chassi, implemento rodoviário e acessórios) e capacidade de carga útil.  

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As características do Accelo 1117 e dos concorrentes 

O Accelo 1117 diferencia-se do modelo menor (917) pela maior capacidade de carga, substituindo o Accelo 1017. Com PBT de 10.700 kg, o modelo é equipado com motor MB OM 924 LA Euro 6, que entrega 163 cv de potência e torque de 610 Nm. 

Outras opções disponíveis para Virgílio, com características técnicas semelhantes, eram o VW Delivery 11.180, com PBT de 10.800 kg, motor Cummins de 175 cv e torque de 600 Nm, e o Iveco Tector 11-190, com PBT de 10.600 kg, motor FPT de 190 cv e torque de 610 Nm. 

Apesar da equivalência técnica entre os modelos, Virgílio explicou sua escolha: 

“Fiquei encantado com o novo Accelo 1117 e imediatamente fechei negócio com a Rio Diesel no próprio evento. Ou seja, fomos os primeiros a adquirir o novo caminhão leve Mercedes-Benz. O veículo foi encarroçado, adesivado e já entrou em operação neste mês de janeiro.” 

O empresário, que utiliza caminhões Mercedes-Benz há 30 anos, possui atualmente mais de 20 veículos Accelo Euro 6, entre os modelos 817 e 1017, para atender clientes na Região Metropolitana, na região oceânica e no interior do estado do Rio de Janeiro. 

“É um caminhão que me satisfaz muito; ele é sensacional. Neste segmento, não vale a pena nem experimentar outro modelo”, afirmou. “Além disso, a marca Mercedes-Benz é muito forte. O próprio produto se vende, com qualidade diferenciada e indiscutível.” 

As novidades do Accelo 1117 

Segundo Jefferson Ferrarez, vice-presidente de Vendas, Marketing e Peças & Serviços Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil, o entusiasmo de Virgílio reflete a aprovação das novidades do novo Accelo, como a cabina mais confortável e ergonômica e a maior capacidade de carga. 

Iberfrut
Jefferson Ferrarez, vice-presidente de Vendas, Marketing e Peças & Serviços Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil

“Essas qualidades são essenciais para o transporte urbano, especialmente na distribuição de produtos hortifrutigranjeiros, que exige pontualidade, assegurada pelo excelente desempenho e agilidade do Accelo no trânsito.” 

De acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), o VW Delivery 11.180 foi o caminhão mais vendido no segmento, com 5.960 unidades, enquanto o Mercedes-Benz Accelo 1017 ocupou a segunda posição, com 4.576 unidades. Com base na experiência de Virgílio, a expectativa é que o novo Accelo 1117 seja um substituto eficiente para o 1017, algo que só poderá ser confirmado ao longo do ano. 

A Iberfrut e a relação com a Mercedes-Benz 

Com mais de 250 clientes atendidos diariamente, a Iberfrut é especializada no fornecimento de hortifrutigranjeiros para uma ampla gama de estabelecimentos, incluindo hotéis, resorts, restaurantes, hospitais, escolas e clubes. Sediada no CEASA, no bairro de Irajá, a empresa conta com frota própria, estrutura refrigerada com quatro câmaras modulares de última geração e um packing house para frutas, legumes e congelados. 

Fundada há mais de 50 anos como um negócio familiar, a Iberfrut mantém seu espírito de tradição e inovação. Virgílio, proprietário junto com sua esposa, destaca que o futuro da empresa está garantido pelos netos, Teo e Daniel, que também deverão adquirir caminhões da Mercedes-Benz. 

“Tenho grande satisfação com o relacionamento com a Mercedes-Benz e com o atendimento da equipe da Rio Diesel. Eles sempre nos respondem rápido, buscando soluções quando algo não pode ser resolvido de imediato”, concluiu Virgílio. 

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Como a Dunlop enfrenta o desafio para redução do ruído gerado pelos pneus 

Os veículos elétricos trouxeram grandes desafios para a indústria de pneus. Em veículos a combustão, o motor era, historicamente, a principal fonte de ruído. Porém, com a redução do barulho dos motores em veículos elétricos, o atrito dos pneus com o piso passou a se destacar como uma das principais fontes de ruído. 

Para motoristas profissionais, que passam longas horas dirigindo automóveis, caminhões, ônibus, entre outros, a exposição constante a diferentes ruídos contribui significativamente para o cansaço ao final da jornada de trabalho. A indústria de pneus está ciente desse impacto. Atenta a essas questões, a Sumitomo Rubber Industries, fabricante dos pneus Dunlop, desenvolveu um novo método de simulação para prever, com maior precisão, os níveis de ruído dos pneus em superfícies reais de estrada. 

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O desafio para as estradas brasileiras

No Brasil, um país com menos de 13% de estradas pavimentadas e onde a maioria das vias apresenta qualidade considerada mediana ou ruim. De acordo com pesquisas da CNT (Confederação Nacional do Transporte), o desafio para a indústria de pneus é ainda maior. A nova técnica da Sumitomo alcança uma precisão significativamente superior, reduzindo o erro entre os valores medidos e os previstos para certos tipos de pneus a cerca de 1%. 

Espera-se que esse avanço permita o desenvolvimento de pneus mais silenciosos, o que, por sua vez, aumentará o conforto dos passageiros. Além disso, a nova técnica deve reduzir o número de horas trabalhadas e de protótipos necessários, ajudando a encurtar o tempo de entrega e economizar recursos. O processo também atende às diversas necessidades dos consumidores, incluindo o desenvolvimento de pneus e veículos de alto desempenho, enquanto busca soluções mais ecológicas. 

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A Sumitomo Rubber Industries detém uma patente de tecnologia para análise do “ruído de padrão”, que ocorre quando o desenho da banda de rodagem entra em contato com superfícies irregulares da estrada. As simulações desempenham um papel crucial no desenvolvimento de padrões otimizados para o design dos pneus. 

Conforme a fabricante, essa tecnologia aborda alterações nos níveis de pressão sonora causadas por irregularidades nas estradas, resultando em vibrações nos pneus e na absorção do ruído. A precisão na previsão do ruído gerado por essas condições reais deve ser ainda mais aprimorada. Os resultados das simulações foram apresentados no Congresso de Outono da Sociedade de Engenheiros Automotivos do Japão de 2024. Em um estudo intitulado “Previsão do Ruído de Padrão dos Pneus Considerando a Rugosidade da Superfície da Estrada”. 

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Ao comparar os resultados das simulações para tipos específicos de pneus com os dados reais, a margem de erro foi reduzida de 5% para aproximadamente 1%. Demonstrando a superioridade da nova técnica. Além disso, o tempo necessário para as simulações foi reduzido de um mês para cerca de uma semana. 

Com a consolidação desse método, a Sumitomo acredita que será possível desenvolver pneus ainda mais silenciosos. A empresa também espera reduzir o tempo de entrega e melhorar o uso de recursos humanos. Uma vez que a equipe reduzirá a quantidade de testes físicos com protótipos.

A crescente popularidade dos veículos elétricos, que não emitem ruídos de motor, aumentou a demanda por pneus mais silenciosos. Além disso, as regulamentações internacionais sobre emissões de ruído veicular, em vigor desde 2024, reforçam essa necessidade. Com isso, o som dos pneus se tornou uma das principais preocupações para o conforto e o desempenho desses veículos.