sexta-feira, julho 26, 2024
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Excesso de Velocidade: multas afetam o transporte de carga

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De acordo com dados divulgados pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), o Brasil registrou um alarmante número de multas por excesso de velocidade em 2022, totalizando 30.168.458 infrações em todo o território nacional. Essa estatística revela uma questão preocupante, com impactos consideráveis nas operações do setor de transporte rodoviário de cargas (TRC).

O transporte rodoviário de cargas é vital para a economia brasileira, sendo responsável pelo deslocamento de 65% das mercadorias no país. A maioria dessas movimentações ocorre nas principais rodovias brasileiras, onde é comum a aplicação de multas devido ao excesso de velocidade. A infração relacionada a esse fator, classificada como média e grave, ocupa as primeiras posições na lista de infrações mais cometidas pelas frotas empresariais do Brasil, conforme informações do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

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Diálogos semanais

Marcel Zorzin, diretor operacional da Zorzin Logística, uma empresa especializada no transporte de produtos químicos, destaca a importância de monitorar de perto essa questão junto aos motoristas para minimizar seus impactos. “Atualmente, realizamos diálogos semanais de segurança, todas as segundas-feiras, abordando temas recorrentes como a questão da velocidade. Sempre destacamos a importância do treinamento em direção defensiva obrigatória para todos os motoristas devido à natureza química da nossa carga. Nosso limite de velocidade é de 80 km/h, e buscamos equilibrar a segurança com os desafios enfrentados pelas estradas, onde outros veículos frequentemente ultrapassam esse limite”, afirma Zorzin.

Para combater o problema do excesso de velocidade, a empresa utiliza a telemetria para monitorar as ações dos motoristas, permitindo um acompanhamento constante das freadas bruscas, força G e excessos de velocidade. Quando infrações são identificadas, a empresa entra em contato com os motoristas, fornecendo feedback e alertas sobre a importância da segurança. Ultrapassar 90 km/h resulta em perda de pontuação interna, advertências por escrito e outras medidas disciplinares, conforme Marcel Zorzin explica.

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Comparação com outros países

Além disso, métodos utilizados em operações de transporte rodoviário de cargas em outros países estão ganhando destaque. Na Alemanha, por exemplo, aplicativos que informam a presença de radares são proibidos, o que causa uma preocupação maior por parte dos motoristas.

Marcel acredita que as abordagens adotadas em outros territórios podem servir de exemplo: “Ao comparar as práticas em outros países, um sistema eficaz de variação de velocidade nas estradas pode ser mais seguro do que limites fixos. Se pegarmos o exemplo da França, onde as placas indicam variações de velocidade nas estradas e nas saídas de vias, a abordagem parece ser diferente”.

Entretanto, no contexto brasileiro, além da falta de infraestrutura nas estradas, há críticas quanto à fiscalização das autoridades. Estudos apontam para uma redução no número de multas aplicadas pela Polícia Rodoviária Federal nos últimos anos.

Marcel Zorzin acredita que é necessário adotar uma abordagem mais ampla para melhorar a segurança nas rodovias brasileiras. “O respeito às leis de trânsito muitas vezes é negligenciado, e a abordagem punitiva, como multas, não é o suficiente. Precisa haver uma revisão maior da infraestrutura, incluindo sinalizações eficientes, algo crucial para melhorar a segurança. Além disso, a gestão do tráfego, como a sincronização de semáforos, deve ser aprimorada para evitar situações frustrantes, como espera prolongada em cruzamentos vazios”.

Parcerias

Para alcançar um cenário melhor nas rodovias, é essencial que haja uma parceria entre as lideranças do setor de transporte rodoviário de cargas e as autoridades governamentais. Essa colaboração pode levar a um planejamento mais eficaz que promova a reeducação dos usuários das vias desde a infância até a idade adulta, visando a segurança no trânsito.

“Reconheço que o desafio no Brasil vai muito além da velocidade; é necessário um esforço educativo mais abrangente. Nós, como empresas, fazemos nossa parte com treinamentos e ensinamentos para melhorar a segurança nas estradas. Porém, um planejamento governamental com ênfase inicial na educação, desde a infância até a idade adulta das pessoas, pode ser um ponto de partida para um trânsito melhor e com menos riscos para a população”, finaliza o empresário Marcel Zorzin.

O problema do excesso de velocidade nas rodovias brasileiras exige ação coordenada. Por fim, envolver setor privado e governo, visando a segurança no transporte rodoviário de cargas. Além disso, a redução no número de infrações, contribuindo para um trânsito mais seguro e eficiente em todo o país.

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