A Covestro, empresa de produção de polímeros, anunciou a implementação do uso de um caminhão movido a gás natural comprimido (GNC) na rota de entrega de seus produtos à AUNDE Brasil, companhia especializada na fabricação de têxteis e espumas para a indústria automotiva.
Trata-se de um caminhão movido a gás que pode ser abastecido com gás fóssil ou gás renovável, o biometano. A empresa não informa o modelo, pela forto é um Scania 6×2, potente estar com um motor dse 420 cv ou 460 cv, ambos lançados na última Fenatran.
O veículo faz parte da frota da Ambipar. Segundo as empresas envolvidas, a mudança poderá gerar uma redução de 15% a 20% nas emissões de dióxido de carbono (CO₂) na comparação com caminhões movidos a diesel. Isso porque esles estão abastecidos com gás natural veicular de origem fóssil.
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Para melhor as reduções e até justiticar o investimento de 20% a mais em um caminhão a gás, a Cotreve já deveria ter em seu planejamento o abastecimento desde caminhão com biometano.
Biometano vs. GNV
O biometano apresenta diversas vantagens em relação ao GNV fóssil, especialmente no que diz respeito à sustentabilidade e à redução de emissões de gases de efeito estufa. Por ser produzido a partir de resíduos orgânicos, como dejetos agropecuários e esgoto sanitário, o biometano é uma fonte de energia renovável que contribui para a economia circular. Além disso, seu uso ajuda a diminuir a dependência de combustíveis fósseis importados, estimula a geração de empregos locais e proporciona uma significativa redução nas emissões de CO₂ em até 90%, podendo alcançar níveis neutros dependendo do processo produtivo. Isso o torna uma alternativa estratégica para o setor de transportes e para empresas que buscam atingir metas de descarbonização.
“Nosso compromisso com a Economia Circular vai além da oferta de produtos mais sustentáveis. Estamos sempre em busca de iniciativas que tragam valor agregado a nossos clientes e vemos grande potencial na otimização de processos logísticos”, afirma André Borba, gerente de marketing e vendas da Covestro para a América Latina.
Vale reforçar, que o GNV não faz parte da Economia Circular, mas o biometano sim.
“Essa colaboração exemplifica como podemos transformar a indústria química e os segmentos que atendemos. Nosso objetivo é viabilizar uma operação mais sustentável para os negócios”, explica Bruna Redinha, gerente de Logística Integrada da Covestro Latam.
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A ação faz parte do esforço da Covestro para reduzir suas emissões de escopo 3 – aquelas geradas fora dos processos diretos da empresa, abrangendo fornecedores e clientes. Este tipo de emissão representa cerca de 80% da pegada de carbono total da companhia. A meta da empresa é reduzir em 10 milhões de toneladas métricas suas emissões até 2035, o que equivale a uma queda de 30% em relação a 2021. A longo prazo, a Covestro planeja alcançar a neutralidade de carbono nessas emissões até 2050.
As emissões de escopo 1 dizem respeito aos próprios processos industriais da empresa, enquanto as de escopo 2 se referem ao consumo de energia comprada. Já as de escopo 3, mais difíceis de controlar, incluem toda a cadeia de suprimentos — desde fornecedores até o uso final dos produtos.
A Ambipar, responsável pela operação logística do caminhão movido a GNC, participa como agente ativo na transição para um transporte mais limpo. “Temos muito orgulho em firmar esta parceria, que reforça nosso compromisso com uma agenda sólida de sustentabilidade. A Ambipar entende seu papel como agente de transformação e, por isso, investe constantemente em soluções inovadoras que promovem um futuro mais responsável do ponto de vista ambiental”, afirma Helio Matias, diretor de Logística da companhia.
Analíse Frota News:
Há várias formas de transição energética. Por exemplo, trocar um caminhão Euro 5 por Euro 6 já é um passo. Trocar um caminhão a diesel por um movido a gás, é mais um passou se este for abastecido com GNV, e 10 passos se for abastecido biometano. A dica que deixamos é, já, no comunicação abra um canal de comunicação com a imprensa e explique porque no momento vai utilizar somente GNV e quais foram os militantes para não ter um plano para utilizar o biometano.