quarta-feira, dezembro 11, 2024

Borracha para apagar lápis têm mesma origem dos pneus, mas quais as diferenças? 

Da estrada ao papel, entenda como a composição e a função definem a eficácia de diferentes tipos de borracha. Você já se perguntou se a borracha de um pneu poderia apagar lápis? Afinal, a matéria-prima para ambas têm a mesma origem. Como fabricante de pneus, a Dunlop esclarece que isso não é possível, e o resultado ainda seria uma folha de caderno rasgada ou mais suja. 

Diante desta questão, a Dunlop explica as principais diferenças entre a borracha usada em pneus e a borracha tradicional encontrada nos estojos escolares, além do motivo pelo qual a borracha do pneu não pode cumprir essa função. 

A fabricação da borracha de apagar lápis envolve a mistura de diversos materiais, sendo um dos principais o caulim, que determina o grau de maciez ou abrasividade. Enquanto a borracha das borrachas de apagar é feita para ser relativamente macia e eficaz na remoção do grafite do papel, a borracha dos pneus é projetada para ser extremamente dura e resistente, especialmente na área do talão, a estrutura que fixa o pneu na roda. Um dos ingredientes chave para essa resistência é o carbono, que confere durabilidade e resistência ao pneu. 

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A borracha escolar pode ser produzida com borracha natural, extraída do látex da seringueira, borracha sintética, derivada do petróleo, ou uma combinação de ambas. Além disso, ingredientes como enxofre e caulim são essenciais. O enxofre é aquecido com a borracha em um processo chamado vulcanização, que transforma a borracha de um estado plástico (mole e maleável) para um estado elástico (mais resistente a deformações). O caulim regula a maciez e abrasividade da borracha, uma dosagem precisa é fundamental para que a borracha possa apagar sem rasgar o papel. 

No momento de apagar, as partículas de grafite entremeadas nas fibras do papel se ligam às partículas da borracha escolar. O atrito faz com que o grafite se junte aos resíduos da borracha que se soltam, facilitando a remoção do grafite sem danificar o papel. Alguns pequenos pedaços de borracha penetram no papel, suavizando o processo e deixando a folha pronta para novas correções. 

Em contraste, a borracha dos pneus é projetada para suportar grandes cargas, calor, atrito e impacto. Isso se deve a doses mais altas de enxofre na vulcanização e outros aditivos, que aumentam a dureza do material. O carbono, que compõe cerca de um quinto da borracha de um pneu de carro de passeio, é o principal responsável por sua resistência e pela cor preta característica dos pneus. Essa mesma característica de resistência é o que tornaria a borracha do pneu incapaz de apagar o grafite: ela não teria aderência suficiente com o papel e acabaria rasgando a folha antes de conseguir apagar qualquer marca. 

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Portanto, a borracha dos pneus é projetada para ter durabilidade e resistência em condições extremas, e por isso não possui as propriedades necessárias para apagar lápis de maneira eficiente. Essa explicação não apenas revela as diferenças fundamentais entre esses dois tipos de borracha, mas também destaca a importância dos materiais e processos específicos envolvidos em sua fabricação para atender às necessidades distintas de cada aplicação. 

 “Enquanto a borracha dos pneus é projetada para suportar as condições mais extremas de calor, atrito e impacto, a borracha das borrachas escolares é formulada para ser delicada e eficaz na remoção de grafite sem danificar o papel. Essa diferença fundamental na composição e propósito é o que torna impossível usar a borracha de um pneu para apagar lápis,” explica Alex Campos de Melo Rodrigues, gerente de processos da Dunlop Pneus. 

Práticas sustentáveis 

lápis
Plantio de árvores está entre as ações da Dunlop

A Dunlop Pneus destaca-se como líder na implementação de práticas sustentáveis na indústria de pneus, apresentando resultados expressivos em junho, mês dedicado ao meio ambiente. Em 2023, a empresa conseguiu reutilizar 36% da água residual industrial, um avanço significativo comparado aos 13% de 2022. Além disso, manteve a marca de zero resíduos enviados para aterro, refletindo um compromisso contínuo com a gestão sustentável de resíduos.  

Na redução de emissões de CO2, a Dunlop implementou melhorias no reaproveitamento de vapor no processo de vulcanização, no isolamento térmico das vulcanizadoras e no retrofit do sistema central de ar-condicionado, resultando em uma redução total de aproximadamente 160,6 toneladas de CO2 por ano. Essas iniciativas demonstram o esforço da empresa em aliar inovação e eficiência à responsabilidade ambiental.  

A empresa também promoveu ações de conscientização ambiental entre seus colaboradores, como um labirinto virtual com perguntas sobre sustentabilidade e o plantio de árvores. Alinhada à meta global da Sumitomo Rubber Industries de alcançar zero emissões de carbono até 2050, a Dunlop reforça seu papel crucial na preservação ambiental no Brasil. 

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