Da estrada ao papel, entenda como a composição e a função definem a eficácia de diferentes tipos de borracha. Você já se perguntou se a borracha de um pneu poderia apagar lápis? Afinal, a matéria-prima para ambas têm a mesma origem. Como fabricante de pneus, a Dunlop esclarece que isso não é possível, e o resultado ainda seria uma folha de caderno rasgada ou mais suja.
Diante desta questão, a Dunlop explica as principais diferenças entre a borracha usada em pneus e a borracha tradicional encontrada nos estojos escolares, além do motivo pelo qual a borracha do pneu não pode cumprir essa função.
A fabricação da borracha de apagar lápis envolve a mistura de diversos materiais, sendo um dos principais o caulim, que determina o grau de maciez ou abrasividade. Enquanto a borracha das borrachas de apagar é feita para ser relativamente macia e eficaz na remoção do grafite do papel, a borracha dos pneus é projetada para ser extremamente dura e resistente, especialmente na área do talão, a estrutura que fixa o pneu na roda. Um dos ingredientes chave para essa resistência é o carbono, que confere durabilidade e resistência ao pneu.
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A borracha escolar pode ser produzida com borracha natural, extraída do látex da seringueira, borracha sintética, derivada do petróleo, ou uma combinação de ambas. Além disso, ingredientes como enxofre e caulim são essenciais. O enxofre é aquecido com a borracha em um processo chamado vulcanização, que transforma a borracha de um estado plástico (mole e maleável) para um estado elástico (mais resistente a deformações). O caulim regula a maciez e abrasividade da borracha, uma dosagem precisa é fundamental para que a borracha possa apagar sem rasgar o papel.
No momento de apagar, as partículas de grafite entremeadas nas fibras do papel se ligam às partículas da borracha escolar. O atrito faz com que o grafite se junte aos resíduos da borracha que se soltam, facilitando a remoção do grafite sem danificar o papel. Alguns pequenos pedaços de borracha penetram no papel, suavizando o processo e deixando a folha pronta para novas correções.
Em contraste, a borracha dos pneus é projetada para suportar grandes cargas, calor, atrito e impacto. Isso se deve a doses mais altas de enxofre na vulcanização e outros aditivos, que aumentam a dureza do material. O carbono, que compõe cerca de um quinto da borracha de um pneu de carro de passeio, é o principal responsável por sua resistência e pela cor preta característica dos pneus. Essa mesma característica de resistência é o que tornaria a borracha do pneu incapaz de apagar o grafite: ela não teria aderência suficiente com o papel e acabaria rasgando a folha antes de conseguir apagar qualquer marca.
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Portanto, a borracha dos pneus é projetada para ter durabilidade e resistência em condições extremas, e por isso não possui as propriedades necessárias para apagar lápis de maneira eficiente. Essa explicação não apenas revela as diferenças fundamentais entre esses dois tipos de borracha, mas também destaca a importância dos materiais e processos específicos envolvidos em sua fabricação para atender às necessidades distintas de cada aplicação.
“Enquanto a borracha dos pneus é projetada para suportar as condições mais extremas de calor, atrito e impacto, a borracha das borrachas escolares é formulada para ser delicada e eficaz na remoção de grafite sem danificar o papel. Essa diferença fundamental na composição e propósito é o que torna impossível usar a borracha de um pneu para apagar lápis,” explica Alex Campos de Melo Rodrigues, gerente de processos da Dunlop Pneus.
Práticas sustentáveis
A Dunlop Pneus destaca-se como líder na implementação de práticas sustentáveis na indústria de pneus, apresentando resultados expressivos em junho, mês dedicado ao meio ambiente. Em 2023, a empresa conseguiu reutilizar 36% da água residual industrial, um avanço significativo comparado aos 13% de 2022. Além disso, manteve a marca de zero resíduos enviados para aterro, refletindo um compromisso contínuo com a gestão sustentável de resíduos.
Na redução de emissões de CO2, a Dunlop implementou melhorias no reaproveitamento de vapor no processo de vulcanização, no isolamento térmico das vulcanizadoras e no retrofit do sistema central de ar-condicionado, resultando em uma redução total de aproximadamente 160,6 toneladas de CO2 por ano. Essas iniciativas demonstram o esforço da empresa em aliar inovação e eficiência à responsabilidade ambiental.
A empresa também promoveu ações de conscientização ambiental entre seus colaboradores, como um labirinto virtual com perguntas sobre sustentabilidade e o plantio de árvores. Alinhada à meta global da Sumitomo Rubber Industries de alcançar zero emissões de carbono até 2050, a Dunlop reforça seu papel crucial na preservação ambiental no Brasil.
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