A princípio, a Great Wall Motors (GWM) começou a produzir caminhões na China em 1984. A produção de automóveis somente começou em 1993. Por décadas, o foco foi a produção de caminhões. A oportunidade de ter uma fábrica no Brasil foi o acerto estratégico da Mercedes-Benz Cars & Vans em vender a fábrica de Iracemápolis (SP). Até então, em Iracemápolis eram produzidos os modelos Classe C e GLA. Devido a burocracia estatal e a complexidade da carga tributária, ficou mais barato importar carros da Alemanha.
Assine, gratuitamente, a nossa Newsletter Frota News
Por problemas igualmente burocráticos e a complexidade tributária, a GWM também passa a importar os carros da china em vez de produzi-los no Brasil. A política tributária brasileira favorece a criação de empregos na China em vez do Brasi. No entanto, a GWM deu um passo importante para o início da produção no Brasil, ao iniciar o processo de habilitação de fornecedores para a nacionalização de peças em sua nova fábrica em Iracemápolis (SP). O anúncio foi feito durante uma apresentação no Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores).
Depois dos 50 Iveco, Buzin Transportes anuncia a aquisição de 220 DAF XF 530
Caminhões nos planos
Além disso, a montadora revelou a inclusão de mais dois modelos na linha de produção – um SUV e uma picape -, com o objetivo de fortalecer ainda mais seu portfólio no país, que já inclui a previsão de fabricação da linha Haval H6. Os caminhões também estão nos planos da fabricante chinesa.
White Martins e Fabet-SP oferecem nova oportunidade para mulheres com CNH E
A montadora também anunciou a nomeação de Marcio Alfonso como o novo Diretor de Produção, cargo que acumulará com a responsabilidade pelas áreas de Engenharia e PDI (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação). Com vasta experiência na indústria automotiva, Marcio assume a posição com o compromisso de assegurar a excelência operacional, o início da produção e a entrega de veículos que atendam aos mais elevados padrões de qualidade.
Sindipeças
“Hoje, estamos dando mais um passo importante para fortalecer nossa operação no Brasil. A apresentação no Sindipeças foi uma oportunidade única de envolver nossos futuros fornecedores e parceiros, alinhando expectativas e reforçando o compromisso da GWM com o desenvolvimento local. Estamos muito felizes com o crescimento da GWM no Brasil e com o fortalecimento de nossa fábrica em Iracemápolis. Os novos modelos que estamos trazendo para a linha de produção no Brasil é prova do nosso compromisso com a inovação, qualidade e eficiência”, afirmou o Diretor de Produção.
O chamado “Programa de Localização” terá diversas fases, como contratos de confidencialidade, workshop para identificação de peças para localização, capabilidade técnica e a fase comercial, na qual será firmado o contrato e a nomeação do fornecedor. Como parte de seu compromisso com a nacionalização, a GWM já desenvolveu uma lista de mais de 100 componentes para serem produzidos localmente. Assim sendo, o objetivo é alcançar um índice de nacionalização superior a 60%, o que permitirá à montadora exportar seus veículos para a América Latina.
Parceria
A produção na nova fábrica de Iracemápolis está programada para o primeiro semestre de 2025 com o SUV híbrido Haval H6, inicialmente em regime de pré-produção, para testar e ajustar os novos equipamentos da linha de montagem e verificar os processos de manufatura e de controle de qualidade. Já no início do segundo semestre, começa a produção em série. Com a modernização e ampliação da capacidade instalada, a fábrica da GWM poderá atingir 50 mil unidades dentro de três anos. A previsão da marca para 2025 é de cerca de 10 mil veículos e mais de 40 mil em 2026 com dois turnos em operação e três produtos em linha.
A GWM Brasil iniciou contratações para sua fábrica, focando na seleção de líderes para assim, darem início a criação de processos produtivos e treinamento. Até 2025, planeja criar 700 empregos, com 100 contratações ainda este ano.
O início da produção faz parte da primeira fase do projeto de investimentos da GWM no mercado brasileiro, que totaliza R$ 10 bilhões até 2032. Apenas nessa primeira fase, que vai até 2026, o aporte será de R$ 4 bilhões.
Nos siga no LinkedIn!