domingo, dezembro 14, 2025

Renault Kwid E-Tech: o elétrico acessível para frotas

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Em meio ao avanço dos veículos elétricos no Brasil e à crescente pressão por soluções de mobilidade mais sustentáveis, o Renault Kwid E-Tech como opção para frotas: a da eletrificação acessível. Com preço reduzido para R$ 99.990 em 2024 e mudanças pontuais na linha 2025, o subcompacto 100% elétrico da Renault reforça sua vocação urbana com mais conectividade, desempenho suficiente e, principalmente, foco em economia de uso.

A Frota News avaliou o modelo, que estreou no Brasil em 2022 por R$ 142.990, sofreu ajustes para enfrentar a chegada de rivais chineses — como o BYD Dolphin Mini — e ampliar sua atratividade diante de consumidores conscientes e empresas com metas ESG. A queda no valor de tabela não foi apenas um atrativo comercial, mas também uma resposta estratégica para manter a relevância em um segmento que já deixou de ser de nicho.

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Desempenho urbano e consumo eficiente

A mecânica do Kwid E-Tech é simples e funcional. O motor elétrico síncrono com ímãs permanentes entrega 65 cv e torque de 11,5 kgfm (cerca de 112,8 Nm), disponível de forma imediata entre 0 e 4.000 rpm. Em números práticos, isso se traduz em uma aceleração de 0 a 50 km/h em 4,1 segundos, o que torna o carro extremamente ágil no anda-e-para das grandes cidades. Já o tempo de 0 a 100 km/h é de 14,6 segundos, refletindo o perfil voltado exclusivamente ao uso urbano.

A bateria de íons de lítio de 26,8 kWh, posicionada sob o assoalho, contribui para a estabilidade do conjunto e oferece uma autonomia urbana de até 298 km (SAE J1634) ou 185 km no ciclo PBEV do Inmetro, já considerando os ajustes conservadores aplicados no teste nacional. Modo ECO e frenagem regenerativa ajudam a otimizar o uso da carga — um ganho de até 9% de eficiência, segundo a Renault.

Durante a nossa avaliação, conseguimos rodar 210 km em percursos mistos cidade e estrada. Ele ainda tinha cerca de 45 km de autonomia. Colocamos para carregar em tomada residencial de 220V e no dia seguinte tinhamos 100% da autonomia de volta.

Carga versátil, mas com limites

Renault Kwid E-Tech
A recarga da bateria pode ser feita em tomada de 220 V e 20A

Isso mesmo. O modelo pode ser recarregado em tomadas domésticas de 220V, embora exija tomada de 20A. Com o carregador portátil incluso, o tempo estimado de carga de 15% a 80% é de 8h57. Em um wallbox AC de 7,4 kW, o tempo cai para 2h54, e em uma estação DC de 30 kW, bastam 40 minutos para recuperar até 80% da capacidade — o suficiente para mais de uma semana de uso urbano leve.

Tecnologia e conforto em evolução

Renault Kwid E-Tech
Nível de conectividade dentro da média dos carros elétricos

A principal atualização da linha 2025 é a adoção da nova central multimídia de 8 polegadas, com espelhamento sem fio para Android Auto e Apple CarPlay. O painel de instrumentos digital permanece, com mostradores em LED voltados para a gestão do sistema elétrico.

O pacote de segurança também é surpreendente para um modelo dessa faixa de preço: seis airbags, controle de estabilidade (ESP), assistente de partida em rampa (HSA), freios ABS com EBD, câmera de ré, sensor de estacionamento traseiro, monitoramento de pressão dos pneus (TPMS) e luzes diurnas em LED são itens de série.

O acabamento segue simples, mas funcional, com revestimentos de fácil manutenção e comandos bem posicionados. O espaço interno acomoda quatro adultos com relativo conforto, e o porta-malas de 290 litros é suficiente para uso diário.

O Kwid das frotas: um novo perfil de consumidor

A estratégia da Renault não mira apenas o consumidor individual. O Kwid E-Tech vem ganhando espaço nas frotas corporativas e instituições públicas. A Zarp Localiza, em parceria com a Uber e a Mobilize, lançou um projeto-piloto com 200 unidades do modelo para motoristas de aplicativo em São Paulo, com direito a carregamento em estações Shell Recharge da Raízen.

O Carrefour Property também incorporou o modelo em suas operações logísticas, ao mesmo tempo em que ampliou a infraestrutura de recarga em hipermercados. Já o Governo do Paraná instalou uma garagem solar no Palácio Iguaçu para alimentar uma frota de veículos elétricos — incluindo o Kwid E-Tech — com energia limpa.

A lógica é clara: o baixo custo por quilômetro, a isenção de IPVA em vários estados, a manutenção simplificada (sem troca de óleo, filtros ou correias) e o apelo sustentável fazem do Kwid E-Tech uma escolha racional para empresas que buscam cortar custos e alinhar-se a práticas ambientais mais responsáveis.

Conclusão: missão cumprida, dentro dos limites

O Renault Kwid E-Tech não pretende concorrer com SUVs médios nem sedãs elétricos premium. Ele é, antes de tudo, um produto de transição inteligente para a eletrificação urbana. Compacto, econômico, fácil de usar e agora mais conectado, o modelo atende bem à missão de democratizar o carro elétrico no Brasil.

A Renault não esconde sua estratégia: oferecer um veículo simples, porém eficiente, que funcione como “porta de entrada” para a mobilidade elétrica. E, até aqui, tem funcionado. Com vendas em crescimento e participação crescente nas frotas corporativas, o Kwid E-Tech cumpre o que promete — com autonomia, acessibilidade e consciência ambiental.

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Marcos Villela Hochreiter
Marcos Villela Hochreiterhttps://www.frotanews.com.br
Atuo como jornalista no setor da mobilidade desde 1989 em diversas redações. Também nas áreas de comunicação da Fiat e da TV Globo, e depois como editor da revista Transporte Mundial por 22 anos, e diretor de redação de núcleo da Motor Press Brasil. Desde 2018, represento o Brasil no grupo do International Truck of the Year (IToY), associação de jornalistas de transporte rodoviário de 34 países. Desde 2021, também atuo como colaborador na Fabet (Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte, entidade educacional sem fins lucrativos). Em 2023, fundei a plataforma de notícias de transporte e logística Frota News, com objetivo de focar nos temas que desafiam as soluções para gestão de frotas.
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