O mercado de caminhões mostrou sinais de recuperação em outubro, com um aumento de 8,4% nas vendas em relação a setembro, totalizando 9,1 mil unidades. No entanto, esse resultado ainda está longe do desempenho do ano passado, quando foram comercializados 10,5 mil veículos no mesmo mês.
De acordo com os dados divulgados pela Fenabrave, a federação que representa as concessionárias de veículos, as vendas de caminhões de janeiro a outubro somaram pouco mais de 85 mil unidades, uma queda de 17,1% em comparação com o mesmo período de 2022 (102,5 mil unidades).
Fetranslog 2023: a maior feira de logística do Sul do Brasil
A Fenabrave atribui a lenta recuperação do mercado a fatores já conhecidos, como as dificuldades de acesso ao crédito. Além disso, aos juros altos e os preços mais altos dos caminhões que precisam incorporar mais tecnologia para atender às novas exigências do Proconve.
“O mercado está se adaptando às mudanças tecnológicas e os caminhões Euro 6 já representam 50% das vendas deste ano”, afirmou Andreta Jr., presidente da Fenabrave.
Mercado: em 10 anos, a DAF Brasil já é quase do tamanho da Scania Brasil com 66 anos
“No entanto, é preciso destacar que o valor desses veículos é mais alto. Sobretudo, o que gera uma hesitação dos transportadores na hora de comprar, pois os preços dos fretes não acompanharam essa evolução”, comentou.
A Fenabrave espera que o mercado de caminhões se recupere gradualmente nos próximos meses, com a melhora da economia e da confiança dos empresários. A entidade projeta um crescimento de 5% nas vendas de caminhões em 2023, para cerca de 100 mil unidades.
Caminhões assumem mais tarefas de tratores no agronegócio, diz Volvo