A Scania Brasil anunciou uma expansão em sua linha de caminhões movidos a gás natural veicular e/ou gás renovável biometano. A novidade inclui a introdução de dois novos modelos com potências de 420 cv e 460 cv. E o destaque será a opção de tração 6×4 com 460 cv para tração de bitrem 9 eixos e rodotrem. Já as versões 6×2 são indicadas para o implemento com 4º Eixo e o bitrem de 7 eixos.
O modelo de 460 cv destaca-se por sua autonomia aumentada, alcançando até 650 km. O primeiro modelo lançado durante a Fenatran 2019, o G 410, contava com autonomia de cerca de 500 km (norma europeia) e 350 km (norma Inmetro).
O lançamento público do modelo 460 cv a gás ocorrerá na 29ª edição da Agrishow, que será realizada de 29 de abril a 3 de maio em Ribeirão Preto, São Paulo. Já disponíveis para venda, as entregas desses novos modelos estão programadas para começar no segundo semestre deste ano.
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A marca já realizou a primeira venda de 20 unidades do modelo 460 6×2 para a empresa Logás S/A, uma distribuidora de gás de Minas Gerais, marcando um forte início para essa nova oferta.
Esses lançamentos são parte da estratégia da Scania para ampliar ainda mais a penetração de caminhões a gás no mercado brasileiro, explorando novos nichos de mercado e ampliando seu portfólio de produtos. Os caminhões podem ser configurados em trações 4×2, 6×2 e agora, 6×4, adequando-se a uma variedade de necessidades de transporte, desde aplicações tradicionais até transporte de cargas pesadas e operações no setor agrícola.
André Gentil, gerente de Vendas de Soluções a frotistas da Scania Operações Comerciais Brasil, destacou o modelo GH 460 6×4 como um marco para a atuação da empresa no setor agrícola.
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Marcelo Gallao, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Scania, destacou a capacidade dos caminhões de operar com maior autonomia. Além disso, a capacidade de suportar diferentes configurações de carga e tração, facilitando operações em diversas frentes, desde o transporte de cana e soja até configurações mais robustas como rodotrens.
Os caminhões com motores mais modernos a gás podem abastecer-se com os diferentes tipos de gases. No momento, o tipo mais utilizado é o GNV (Gás Natural Veicular), ao ser o de maior disponibilidade no Brasil. No entanto, este tipo é o que oferece menos benefícios ambientais em comparações ao biometano. Mesmo assim, pode representar uma redução de alguns tipos de emissões em até 15%. Além disso, há a opção também do GNL (Gás Natural Liquefeito) com significativas vantagens.
Recentemente, as empresas Virtu GNL e Eneva realizam a maior compra de 180 caminhões Scania a GNL, sendo o maior volume de aquisição na América Latina até o momento. A maior vantagem do GNL em relação ao GNV é a maior autonomia.
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O GNL é uma forma de armazenar o gás natural em estado líquido, por certo, reduzindo seu volume em cerca de 600 vezes. Isso facilita o transporte e, além disso, o abastecimento dos veículos, que podem rodar até 1.100 km sem precisar reabastecer. Além disso, o GNL emite cerca de 20% menos CO₂ do que o diesel, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Em termos ambientais, o biometano é o que oferece um real passo para a transição energética a fim de realizar a descarbonização do transporte. A sua redução de emissões CO₂ chega em torno de 90% em relação ao diesel.
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