Uma das coisas mais difíceis é interpretar números estatísticos de segmentos da economia. Os estatísticos não conseguem comunicar os números para os leitores. Aqui entra o trabalho do jornalista especializado que estuda o setor há décadas. Interpretar os números. E, mesmo assim, não é fácil, pois não respondem ou não sabem responder todas as nossas perguntas.
Fazemos isso com os números da Carta da Anfavea , da Fenabrave e da ANFIR, para focarmos nos números que interessam ao setor de transporte e logística. O meu cliente é o frotista, cheio de dúvidas.
Neste artigo, vamos focar nos números do último trimestre da indústria de implementos rodoviários, divulgados pela Anfir.
![implementos](https://i0.wp.com/frotanews.com.br/wp-content/uploads/2024/04/Captura-de-tela-2024-04-09-060432.jpg?resize=540%2C696&ssl=1)
Então, vamos entender os principais números (não vamos fazer isso com todos os números, pois iria virar uma reportagem de dezenas de páginas).
Qual é a manchete dos jornais e sites especializados em transporte?
“A indústria de implementos rodoviários teve queda de 4,28%”. É verdade? Sim e não. Vamos entender isso.
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As estatísticas da Anfir deixam claro os números, mas entender as razões de crescimento ou queda de segmentos é preciso de uma análise demoradaA queda de 4,28% é a média de diversos segmentos. Há os que cresceram muito e há os que tiveram desempenho negativo. Analisar média não é fácil. Exige trabalho.
Então, para ficar muito claro isso, vamos analisar os dois segmentos que tiveram os melhores desempenhos e os dois que tiveram o pior desempenho. A partir disso, vamos entender por que a média foi negativa. Mas ela não foi. É só uma questão de ponto de vista. A dor foi para quem e por qual motivo?
Se as fabricantes de caminhões semileves tiveram queda de 35,3%, a de leves menos 21,1, a de médios 21,’% e de semipesados, de menos 12,1%, o transportador vai comprar implemento sobre chassi para colocar a onde? Já no semento de pesados houve crescimento de 3,2%. No caso de pesados, devemos saber que um cavalo mecânico, como líder no mercado, o FH 540 da @Volvo Caminhões, puxa dois semirreboques, ou seja, os 3,2% viram 6,4%.
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Vamos fazer a análise da seguinte forma, pois temos que ter critério: comparar o segmento que puxou a média para o “fundo do poço com o segmento que puxou a média para o céu”.
O pior desempenho do setor no primeiro trimestre foi dos fabricantes de baú lonado (“sider”) sobre chassi (segmento leve), com uma redução de 42,98% (121 unidades em 2023 e 69 em 2024). Há várias razões para isso, e precisaria de muita pesquisa para entender os motivos, mas ninguém investe em pesquisa, e confia no achismo. Mas vamos pegar um exemplo baseado nas estatísticas da Anfavea. Se as vendas de caminhões semileves tiveram queda de 35,3%, e o de leves
O melhor desempenho foi do setor de tanque de carbono inox, crescimento de 49,96% (1.199 unidades em 2023 e 1.798 em 2024).
O segundo pior desempenho desta indústria foi basculante sobre chassi: queda de 35,87%, com 2.585 unidades em 2023 e 1.659 basculantes.
No segundo melhor resultado foi de graneleiro de carga seca, com crescimentos 36,72%, com 4.137 unidades entre 2023 e 5.656 graneleiros em 2024, sempre considerando a comparação no mesmo período, o primeiro trimestre deste ano com o mesmo período de 2023.
Para o texto não ficar muito longo, colocando a estatística da Anfir abaixo, e o leitor pode comparar o segmento de seu interesse.
O fato é que existe problema na indústria de implementos leves (carroceria sobre chassi) e existe prosperidade na indústria de semirreboques e reboques. A indústria de leves puxa a média para baixo, mas a indústria de pesados, é gigante.
A indústria de leves precisa evoluir, dialogar, fazer novas propostas, se reinventar, pois a de implementos pesados faz isso há décadas. Existe uma diferença gigante entre esses dois segmentos. E alguém precisava falar sobre isso!
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Qual é a manchete dos jornais e sites especializados em transporte?
“A indústria de implementos rodoviários teve queda de 4,28%”. É verdade? Sim e não. Vamos entender isso.
A queda de 4,28% é a média de diversos segmentos. Há que os cresceram muito e há que tiveram desempenho negativo. Então, para ficar muito claro isso, vamos analisar os segmentos que tiveram os melhores desempenhos e os que tiveram o pior desempenho. A partir disso, vamos entender por que a média foi negativa. Mas ela não foi. É só uma questão de ponto de vista.
Vamos fazer a análise da seguinte forma, pois temos que ter critério: comparar o segmento que puxou a média para o “fundo do poço com o segmento que puxou a média para o céu”.
O pior desempenho do setor no primeiro trimestre foi dos fabricantes de baú lonado (“sider”), com uma redução de 42,98% (121 unidades em 2023 e 69 em 2024). Há várias razões para isso, e precisaria de muita pesquisa para entender os motivos, mas ninguém investe em pesquisa, e confia no achismo.
O melhor desempenho foi do setor de tanque de carbono inox, crescimento de 49,96% (1.199 unidades em 2023 e 1.798 em 2024).
O segundo pior desempenho desta indústria foi basculante sobre chassi: queda de 35,87%, com 2.585 unidades em 2023 e 1.659 basculantes.
No segundo melhor resultado foi de graneleiro de carga seca, com crescimentos 36,72%, com 4.137 unidades entre 2023 e 5.656 graneleiros em 2024, sempre considerando a comparação no mesmo período, o primeiro trimestre deste ano com o mesmo período de 2023.
Saiba mais do mercado de caminhões pesados:
Os 10 caminhões mais vendidos: Volvo FH 540 dispara no 1º trimestre de 2024
Para o texto não ficar muito longo, colocando a estatística da Anfir abaixo, e o leitor pode comparar o segmento de seu interesse.
O fato é que existe problema na indústria de implementos leves (carroceria sobre chassi) e existe prosperidade na indústria de semirreboques e reboques. A indústria de leves puxa a média para baixo, mas a indústria de pesados, é gigante.
A indústria de leves precisa evoluir, dialogar, fazer novas propostas, se reinventar, pois a de implementos pesados faz isso há décadas. Existe uma diferença gigante entre esses dois segmentos. E alguém precisava falar sobre isso!
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