segunda-feira, março 17, 2025

A (in)segurança pública brasileira

Apresenção: A Frota News reforça a sua equipe com a chegada da jornalista Bruna de Mello. Ela é uma profissional da área de educação que ao longo dos anos vem se dedicando aos estudos de política, comportamento e economia. Tem sólida experiência na análise de dados da mobilidade. A partir de hoje (e todas as sexta-feiras), Bruna de Mello vai escrever artigos sobre política, economia, comportamento. Aliás, sempre com foco em temas que impactam setores de atuação da plataforma Frota News, bem como transportes, logística, mobilidade em geral, mulheres na logística, educação, agronegócio, construção civil, mineração, transporte público de passageiros, entre outros. Além disso, atuará como repórter, principalmente, para as seções Roteiro Automotivo e Frota Educação, disse o editor e publisher da Frota News, Marcos Villela. Agora confira o artigo de estreia. A (in)segurança públca brasileria. 

Bruna de Mello
Reporter Bruna de Mello

A (in)segurança pública brasileira

Que o Brasil vive uma crise severa de segurança pública, não há como negar. Ao longo das últimas décadas, os brasileiros têm vivenciado um crescimento vertiginoso da violência. Atingindo níveis alarmantes, que permeiam todo o cenário nacional e que ocupam grande parte dos noticiários brasileiros.

De acordo com o Estudo Global Sobre Homicídios, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2023, o Brasil, na taxa global de homicídios, está em 14° lugar na lista de países, com 21,26 homicídios a cada 100 mil habitantes. Além disso, o Brasil lidera o ranking de países com mais homicídios em números absolutos, tendo registrado, em 2021, 45.562 homicídios.

Crescimento da violência letal

Outro dado importante, é o do Instituto Igarapé, em que 40% dos homicídios do mundo ocorrem no Brasil, Nigéria, México, Índia e África do Sul. Ademais, o Instituto ainda afirma que a América Latina e Caribe são responsáveis por cerca de 29% dos homicídios que aconteceram em 2022, sendo que esta região responde por 8% da população global. Ou seja, são números preocupantes e que acendem um alerta sobre o crescimento gradativo da violência letal.

O Instituto ainda pontua, que em 2023, o Brasil foi o país mais violento do mundo em número de homicídios. E para quem acompanha os noticiários, sabe que tal dado não é de modo nenhum um exagero, mas sim uma constatação de uma realidade que parte do estamento burocrático do país que finge não ver, ou ao menos, pouco se ocupa em trazer soluções eficazes para o completo descaso com a segurança pública brasileira. 

Recentemente, por exemplo, presenciamos atônitos, nos veículos de grande destaque nacional, o ciclista que foi morto ao ser baleado em um assalto no Itaim Bibi (SP). Outro caso que também gerou comoção entre os brasileiros, foi a morte da mãe e das três filhas, em Sorriso (MT), que foram assassinadas por um réu confesso que estava foragido por crime sexual e latrocínio. Três das quatro vítimas foram estupradas pelo criminoso.

Histórias que não deveriam existir

Há ainda outros casos, como o do menino João Hélio, que mataram quando o arrastaram por mais de 7 quilômetros nas ruas da zona norte do Rio de Janeiro, em 2007. Ele tinha apenas 6 anos de idade. João estava no carro com a mãe e a irmã quando homens armados anunciaram o assalto, ordenando que todos saíssem do carro. João ficou preso ao cinto de segurança, do lado de fora do veículo. Podemos acrescentar nesta lista interminável de fatalidades o sequestro seguido de morte do jovem Natany Alves, de apenas 20 anos, ocorrido no último dia 16, em Quixeramobim (CE), ou o assassinato do turista argentino, que mataram em dezembro do ano passado ao baleá-lo na cabeça quando, por um erro do aplicativo de GPS, o levou a uma favela do Rio de Janeiro.

Esses e tantos outros crimes cometidos contra os brasileiros — que não caberiam em mil folhas, tamanho o número de homens e mulheres vitimados pela violência — resultam da inépcia e inércia do poder estatal. Aliás, que tem relegado o país ao comando de criminosos e de facções que dominam diferentes regiões do país. O que temos presenciado no Brasil é um verdadeiro cenário de guerra onde um lado das forças recorre a todo tipo de recurso para exercer e expandir o seu domínio, enquanto o outro, se acomoda servilmente à nova situação. Parafraseando o escritor escocês, Robert Louis Stevenson, mais cedo ou mais tarde sentaremos à mesa para um banquete de consequências. E esse banquete revelará quantos foram induzidos à cumplicidade passiva ou à adesão subserviente.

Nota do editor: Olá Leitor da Plataforma Frota News, é com muito prazer que damos início a este canal de conhecimento, reflexão e compromisso social. Viver em sociedade intui a evolução de cada indivíduo: a comunicação é a principal ferramenta para tal exercício. Inicíamos esta jornada com profunda alegria e otimismo em um cenário que se faz necessária a notícia aplicada com veracidade, e a opinião com base em dados. Bem-vindos ao seção Frota Atualidades.

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Bruna de Mello
Bruna de Mellohttps://www.frotanews.com.br
Bruna de Mello, é uma profissional da área de educação que ao longo dos anos vem se dedicando ao estudo de política, comportamento e economia. Tem sólida experiência na análise de dados da mobilidade.
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