quarta-feira, dezembro 11, 2024

Virtu GNL realiza Road Show para mostrar o Scania movido a gás liquefeito 

O setor de logística, transporte e agronegócio no Brasil está testemunhando uma revolução verde, liderada por iniciativas inovadoras como o Road Show da Virtu GNL. A Virtu GNL, uma empresa destacada no cenário nacional pela sua abordagem sustentável. Assim,  continua sua jornada pelo Mato Grosso, um estado chave na produção agrícola do país.  

Aliás, a viagem começou na última segunda-feira com um Scania 6×2 movido a GNL de 460 cv. A equipe da empresa percorrerá os estados de Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Pará e Piauí, passando por diversos clientes e parceiros do agronegócio.  

O Road Show já visitou às futuras instalações do Agro Club Tecnológico de Rondonópolis; à sede do Grupo Botuverá; e ao Grupo Fribon. Recentemente, o time da Virtu GNL fez uma parada estratégica na sede da Amaggi, uma das maiores empresas do agronegócio brasileiro, conhecida por sua busca constante por inovação.  

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As visitas não são apenas uma cortesia empresarial, mas uma demonstração do compromisso da Virtu GNL com soluções de transporte ecoeficientes que utilizam Gás Natural Liquefeito (GNL).  

A princípio, o GNL surge como uma alternativa promissora ao diesel, tradicionalmente utilizado em veículos de carga para longas distâncias. Com a parceria entre a Virtu GNL, a Eneva e a Scania Brasil apresentaram o primeiro caminhão movido a GNL fabricado no território brasileiro. No entanto, ele é um de quase duas centenas que fazem parte do projeto.  

Veículos movidos a gás não é novidade. A inovação está na tecnologia utilizada para a fabricação dos motores de ciclo Otto movidos a gás que garantem o mesmo desempenho de um caminhão a diesel. Quando abastecido com gás natural, a redução das emissões de poluentes em relação ao diesel pode ser reduzida em 15%.  Quando for abastecido com biometano, o que está nos planos do projeto, a redução pode das emissões pode chegar a 90% e com outras vantagens. O biometano faz parte da economia circular, portanto, é uma energia renovável, diferentemente do gás natural fóssil e do diesel fóssil.  

A boa notícia é que o motor da Scania pode ser movido a gás natural ou metano, ou ainda com a mistura dos dois. O Iveco também começou a oferecer a mesma tecnologia nos modelos S-Way e Tector.  

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Tecnologia viável para o Brasil 

Este marco representa não apenas um avanço tecnológico, mas também um passo significativo para a redução da pegada de carbono no setor de transportes e do agronegócio.  

O caminhão movido a GNL é uma vitrine de como a tecnologia pode ser aplicada para alcançar a sustentabilidade sem comprometer a eficiência, e com a finalidade de um custo viável para os transportadores e embarcadores.  

Além disso, com emissões significativamente menores de gases poluentes, o uso do GNL em veículos pesados oferece uma solução mais limpa para os desafios logísticos do Brasil, especialmente em um país com dimensões continentais e com dependência de infraestrutura.

O papel de cada parceiro

O projeto prevê a utilização de caminhões movidos a GNL, abastecidos por postos da Virtu GNL, que receberão o combustível da Eneva, produtora de gás natural no interior do Amazonas.  

Certamente, a Scania é responsável pela fabricação dos veículos, sendo pioneira no Brasil em produção deste modelo em escala comercial. Para isso, a Eneva e Virtu GNL realizam a compra de 180 caminhões pesados a GNL, sendo o maior volume de aquisição na América Latina até o momento. A maior vantagem do GNL em relação ao GNV é a maior autonomia. 

“Este é um projeto pioneiro, o maior de descarbonização do transporte de longa distância do país. É uma solução logística disruptiva, sustentável e eficiente. Nessa primeira fase, a Virtu GNL implantará duas centrais de descarbonização nos municípios de Presidente Dutra e Balsas, no Maranhão. A saber, com investimento inicial de R$ 180 milhões para atuar como plataforma integrada no escoamento da produção. O projeto da Virtu GNL é criar o corredor verde de GNL do Norte ao Sul do Brasil, com investimento previsto de R$ 5,7 bilhões, que compreende 39 centrais de descarbonização e 5.300 cavalos mecânicos até 2030”, explicou José de Moura Júnior, CEO da Virtu GNL, na ocasião do anúncio do projeto.  

Maior autonomia  

O GNL é uma forma de armazenar o gás natural em estado líquido, reduzindo seu volume em cerca de 600 vezes. Isso facilita o transporte e o abastecimento dos veículos, que podem rodar até 1.100 km sem precisar reabastecer. Além disso, o GNL emite cerca de 20% menos CO₂ do que o diesel, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa. 

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Marcos Villela Hochreiter
Marcos Villela Hochreiterhttps://www.frotanews.com.br
Atuo como jornalista no setor da mobilidade desde 1989 em diversas redações. Também nas áreas de comunicação da Fiat e da TV Globo, e depois como editor da revista Transporte Mundial por 22 anos, e diretor de redação de núcleo da Motor Press Brasil. Desde 2018, represento o Brasil no grupo do International Truck of the Year (IToY), associação de jornalistas de transporte rodoviário de 34 países. Desde 2021, também atuo como colaborador na Fabet (Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte, entidade educacional sem fins lucrativos). Em 2023, fundei a plataforma de notícias de transporte e logística Frota News, com objetivo de focar nos temas que desafiam as soluções para gestão de frotas.
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