Viajar pelo continente sul-americano é o sonho de muitos aventureiros, mas poucos podem dizer que o fazem com a mesma dedicação e paixão de Nina Hochreiter, uma brasileira de 66 anos, 15 anos explorando e documentando as belezas da América do Sul a bordo de sua Toyota Hilux. Seis países visitados, centenas de estradas desafiadoras percorridas e uma parceira inseparável: sua “Pratinha”, como carinhosamente chama sua caminhonete Toyota Hilux.
“Eu sou a Nina, tenho 66 anos, e nos últimos 14 anos tenho viajado sozinha pela América do Sul. Uruguai, Argentina, Chile, Peru e Equador estão no meu roteiro. Antes disso, rodei boa parte do Brasil mapeando cavernas. A Hilux é minha companheira nessas aventuras. Ela nunca me deixou na mão”, conta com orgulho.
A fala acima foi extraído de um video gravado para um canal no YouTube, portanto, já completaram 15 anos, pois ela continua viajando e já avisou que vai completar 67 anos no dia 30 de setembro, e vai continuar viajando.
Por que Toyota Hilux?
A escolha pela Toyota Hilux não foi ao acaso. Depois de enfrentar dificuldades nas alturas da Cordilheira dos Andes com sua antiga caminhonete não turbo, Nina decidiu investir em um modelo mais robusto. “Eu tinha uma outra Hilux que não era turbo, e ela me dava problemas quando chegava a 4.000, 5.000 ou até 6.000 metros de altitude. Então, quando fui trocar de carro, pensei: a próxima tem que ser turbo. Comprei essa picape zero em 2010, e não me arrependo. Dei uma reforçada nela, troquei o para-choque e fiz outras adaptações porque pego muita estrada de terra, barro e mato. São trechos longos, às vezes 1.000 ou 2.000 km de estrada ruim. E por que uma Toyota? Porque não quebra! Já rodei 320.000 km com ela e nunca tive problemas na estrada”, afirma.
Nota do editor: Os motores a diesel com turbocompressor e intercooler (equipamento que faz o resfriamento do ar para aumentar a sua densidade e, consequentemente a eficiência da queima do diesel) passaram a ser a adotados por todos os fabricantes de veículos movidos a diesel a partir da entrada em vigor da fase P5 do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores) em 1º de janeiro de 2008.
Uma árvore no caminho
As histórias acumuladas ao longo dessas viagens são muitas, e algumas ficam gravadas para sempre na memória. Em uma delas, no Parque Los Alerces, na Argentina, Nina precisou remover uma árvore que havia caído sobre a estrada. “Era um trecho de uns 50 km pelo parque, e uma árvore enorme tinha caído, bloqueando o caminho. Tentei arriscar passar por cima, mas a árvore era muito grande. Engatei a ré e, por sorte, chegaram mais duas Hilux do outro lado. Um dos motoristas me ajudou a amarrar a fita e juntos removemos a árvore. Esse tipo de coisa só aumenta minha confiança nesse carro.”
Desde o Toyota Bandeirante
Além de lidar com os desafios do terreno, Nina também compartilha sua experiência com a manutenção do veículo durante essas longas jornadas. “Sempre faço uma revisão completa antes de viajar, mas também levo algumas peças comigo. Filtros de ar, óleo e diesel, além do óleo do motor, são itens que carrego quando sei que a viagem será longa. E sempre opto por bons pneus, porque, apesar do custo, eles duram 100.000 km e aguentam os piores tipos de estrada.”
Nina fala com carinho de sua longa relação com a Toyota, que começou há mais de 36 anos, quando tinha uma Bandeirantes. “Fiz várias expedições de exploração de cavernas com a Bandeirante, incluindo a minha primeira viagem internacional para o Deserto do Atacama. Foi um mês inesquecível. Depois de muitos anos, precisei trocar de carro e a Hilux se tornou minha nova companheira.”
“Kit solidariedade”
Uma das lições mais valiosas que Nina aprendeu em suas aventuras é a importância da solidariedade nas estradas. Ela mantém o que chama de “kit suborno”, que nada mais é do que uma forma de agradecer a quem a ajuda durante suas viagens. “Eu gosto de costurar, então faço sacolas, chaveiros e pochetes, e sempre entrego para quem me dá uma mão. É uma maneira de retribuir o favor e manter o espírito de camaradagem.”
Apesar de ter começado suas viagens dormindo em uma barraca montada na caminhonete, Nina agora prefere pousadas e hotéis. “Viajo fora da alta temporada, então os campings ficam muito vazios. Em pousadas e hostels, acabo conhecendo outras pessoas, trocando experiências e ganhando dicas valiosas sobre os próximos destinos.”
Acesso a locais difíceis
A Hilux de Nina também tem um papel fundamental em suas expedições com arqueólogos, quando viajam para sítios arqueológicos remotos no Brasil. “Já trabalho com arqueólogos há mais de 12 anos. Levamos todo o material necessário para as escavações, como baldes, peneiras e cadeiras. A Hilux aguenta tudo e ainda nos permite chegar a lugares que seriam inacessíveis com um carro comum.”
Nota do editor: Nina Hochreiter, ou Ana Cristina Hochreiter, é graduada como veterinária, e atua há 23 anos em dois grupos de espeleologia, procurando e mapeando cavernas pelo Brasil. Mais recentemente, também atual, há 12 anos, como voluntária no Levoc (Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas em Evolução, Cultura e Meio Ambiente, vinculado ao Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da Universidade de São Paulo (USP). E a Hilux, preparada para rotas off-road como a da Nina, é uma ferramenta importantíssima para chegar em locais de difícil acesso.
Para Nina, cada viagem é uma nova oportunidade de aprendizado. Por exemplo, ela enfrenta trilhas complicadas, enquanto atravessa rios graças ao snorkel de sua caminhonete, e ainda descobre sítios arqueológicos importantes. Assim, sua Toyota Hilux tem sido uma parceira leal em todas essas aventuras.
“Se precisar de dicas para viajar pela América do Sul, como obter a Carta Verde ou informações sobre as estradas, pode me escrever. Estou sempre disposta a ajudar quem também deseja explorar esse continente incrível”, conclui Nina com um sorriso no rosto.
E assim, Nina e sua “Pratinha” seguem desbravando a América do Sul, uma estrada de terra por vez.
Assista o vídeo no YouTube!
Para quem quiser ver mais fotos das viagens da Nina no Instagram: @ninahochreiter
Para comunicar com a Nina: ninahoch@gmail.com
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