quarta-feira, dezembro 11, 2024

Dia Nacional do Café: os desafios logísticos da paixão mundial

Nesta sexta-feira, 24 de maio, comemoramos o Dia Nacional do Café. Considerado uma paixão mundial, seja ele carioca, pingado, cappuccino ou expresso, o café figura entre as bebidas mais consumidas em todo o planeta. Inclusive, o Brasil é o maior produtor e exportador do mundo, responsável por 32% das exportações de grãos não torrados.

Segundo o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A safra brasileira de café em 2024, cuja colheita começou em abril e se encerra no final de maio. Deve alcançar 58,08 milhões de sacas de 60 kg, o que corresponde a um aumento de 5,5% em comparação com o ano anterior. As chuvas recentes têm favorecido as lavouras brasileiras, auxiliando no enchimento dos grãos e nas últimas adubações da safra. Contudo, os desafios logísticos permanecem uma preocupação significativa para os exportadores.

Marcus Braga, Senior National Sales Manager da Drivin Brasil, empresa que otimiza os processos logísticos de transportes líderes no mercado. Destaca pontos críticos para a logística do café, essencial para o bom desempenho da indústria cafeeira nacional e de toda a cadeia de suprimentos. Confira:

Dia Nacional do Café
Marcus Braga, Senior National Sales Manager da Drivin Brasil

Armazenagem e Transporte

Existem especificações rigorosas para os espaços de armazenamento do café, visando evitar danos qualitativos e quantitativos ao produto. “Infelizmente, nem todas as regiões produtoras dispõem de espaços apropriados, o que resulta em inúmeros impactos, como ataques de fungos e bactérias prejudiciais à qualidade do café, descoloração ou branqueamento dos grãos, entre outros”, explica Braga.

A norma técnica brasileira recomenda que os armazéns cafeeiros sejam construídos com pé direito de seis metros. “Fatores como temperatura, umidade, iluminação controlada, preferencialmente localizada nas ruas e corredores, ventilação, localização das portas e o sistema de cobertura devem ser levados em conta. Durante o armazenamento, o café não deve conter mais que 11 a 12% de umidade, pois é um produto muito higroscópico, ou seja, que absorve umidade do ar se mantido em ambiente inapropriado”, complementa o executivo.

Neste Dia Nacional do Café, enquanto celebramos esta bebida tão querida, é importante também refletir sobre os desafios que envolvem sua produção e logística, fundamentais para que o café brasileiro continue a ser um dos mais apreciados no mundo.

A descoloração ou branqueamento dos grãos, por exemplo, indica que processos oxidativos endógenos ocorreram ou estão ocorrendo em altas taxas no armazém, principalmente quando acompanhados da queda da qualidade da bebida.

Controle de Qualidade

Como falamos anteriormente, as condições adequadas de armazenamento são indispensáveis para a manutenção da qualidade do café quanto a cor, aspecto e tipo. Além disso, elas garantem uma bebida segura, ou seja, livre de contaminação por micotoxinas. Hoje, há distintos processos de análise e controle de qualidade do café, que asseguram o padrão mínimo exigido pelos compradores. Aliás, existem empresas especializadas neste processo que auxiliam na regularização e padronização do produto.

“A bebida pode ser armazenada de inúmeras formas, como café coco ou pergaminho, após a secagem e antes do beneficiamento, a granel ou em tulhas, e, também, como café beneficiado. Logo, cada uma delas requer recomendações específicas, sobretudo, para a construção dos armazéns e ao longo do transporte”, destaca Braga.

Planejamento Logístico

O planejamento logístico é um desafio diário. “No caso da malha rodoviária, por exemplo, é necessário que os caminhões tenham sistemas de controle de temperatura adequados, especialmente em viagens longas ou em regiões de climas extremos”, reforça o Sales Manager.

Portanto, as empresas que realizam o transporte da produção cafeeira precisam oferecer aos clientes um processo sólido e seguro, dentro dos padrões de qualidade e prazos condizentes com a necessidade do mercado. Além disso, os torrefadores, comerciantes e produtores devem entender cada particularidade, com o intuito de proteger adequadamente a paixão mundial.

 

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