A Volvo do Brasil se tornou a primeira montadora brasileira a adotar o novo diesel renovável R5 da Petrobras em suas operações de fábrica. O combustível é produzido por meio do coprocessamento de diesel mineral com óleo vegetal, principalmente o de soja.
A fábrica da Volvo localizada em Curitiba, Paraná, será pioneira nesse movimento transformador. Desde o primeiro abastecimento dos veículos na linha de produção até os testes nas pistas e avaliações em laboratório, todo o consumo de diesel será agora baseado no diesel renovável R5.
Diesel renovável R5 x biodiesel
O diesel R5 e o biodiesel são dois tipos de combustíveis que podem ser usados em motores a diesel, mas que apresentam algumas diferenças em sua composição, origem e impacto ambiental.
Portanto, a principal diferença entre o diesel R5 e o biodiesel é que o primeiro é uma mistura de diesel fóssil com diesel renovável, enquanto o segundo é um combustível totalmente derivado de fontes vegetais ou animais. Misturam posteriormente o biodiesel, conforme conhecemos, ao diesel fóssil.
O diesel R5 tem uma redução de emissões de CO₂ equivalente em até 90%, se comparado com o diesel atual, enquanto o biodiesel tem uma redução de até 70%.
Uma unidade operacional já existente na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, no Paraná, produz o diesel R5. O combustível sai da refinaria com 95% de diesel mineral e 5% de diesel renovável, também chamado de diesel verde.
Segundo a Petrobras, o diesel R5 tem as mesmas características do diesel fóssil em termos de desempenho, mas não requer adaptações nos motores e instalações. Além disso, você pode usar o diesel R5 diretamente ou misturá-lo com o diesel convencional em diferentes proporções, sem que isso altere a cadeia logística de distribuição ou os processos de armazenamento.
Abordagem colaborativa
Alan Holzmann, diretor de estratégia de produto caminhões da Volvo, compartilhou sua perspectiva sobre a adoção do diesel renovável: “este é mais um passo em nosso compromisso com a transição energética para a descarbonização nos transportes.” Com a mudança, a fábrica de Curitiba prevê uma redução estimada de 400 toneladas nas emissões anuais de CO₂.
Guilherme Malucelli, diretor de projetos e inovação industrial da Volvo, ressaltou a eficácia do novo combustível. “A cada 10m3 de diesel R5 consumidos há redução de uma tonelada de gases que provocam o efeito estufa”, acrescentou.
A parceria entre a Volvo e a Petrobras demonstra uma abordagem colaborativa em direção a um futuro mais ecológico. Claudio Schlosser, diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, enfatizou a versatilidade do diesel R5. Uma grande vantagem é que o novo combustível”, afirmou, “pode se misturar ao diesel convencional em diferentes proporções sem necessitar de adaptações nos motores.”
Aumento de produção
A Petrobras prevê a venda de novos lotes de diesel R5 em 2023 para as empresas interessadas. A empresa planeja ampliar a capacidade de produção do combustível na Repar e na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão.
Por fim, a Petrobras tentará obter um mandato para que possamos aprovar a inclusão do diesel R5 na mistura obrigatória do diesel. Ademais, a mistura hoje está em 12% e atendida integralmente pelo biodiesel.
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