A indústria de caminhões e ônibus movidos a energia elétrica e gás mostra reação em setembro e a retomada ao crescimento. De acordo com a Carta da Anfavea, o boletim mensal da associação que representa as montadoras de veículos no Brasil, em setembro foram licenciadas 83 unidades de caminhões e ônibus elétricos e a gás, um salto de 196% em relação às 28 unidades vendidas em agosto. Na comparação com setembro de 2022, o aumento foi de 100%, já que naquele mês foram comercializadas 44 unidades.
A maior parte das vendas em setembro foi de caminhões elétricos, com 76 unidades, entre o VW e-Delivery (o único fabricado no Brasil) e modelos importados. Já os caminhões a gás somaram sete unidades, todos da Scania, que é a única marca que disponibiliza essa opção no mercado nacional. A Iveco, que apresentou seus caminhões a gás na última Fenatran, ainda não iniciaram as vendas oficiais, mas tem realizado visitas técnicas a potenciais clientes.
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Acumula e perspectivas
Apesar do bom resultado mensal, o balanço do ano ainda mostra uma retração nas vendas de caminhões e ônibus elétricos e a gás. De janeiro a setembro, foram licenciados 399 veículos dessa categoria, uma queda de 50,9% em relação aos 813 veículos vendidos no mesmo período do ano passado.
Esse desempenho acompanha, em escala diferente, a queda geral do mercado de caminhões, que foi impactado pela entrada em vigor do Proconve P8, o novo padrão de emissões para veículos a diesel. No entanto, a indústria acredita na retomada.
No entanto, a tendência é que a demanda por veículos elétricos e a gás cresça nos próximos anos, seguindo o movimento global por uma mobilidade mais limpa e eficiente. O que ainda limita esse crescimento é a falta de infraestrutura para abastecimento dos veículos, seja com postos de gás biometano, com bombas de alta pressão para veículos comerciais, ou com eletropostos adequados para o carregamento de caminhões.
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