quinta-feira, novembro 21, 2024

Conheça o novo Volvo FMX 8×4 autônomo para colheita de cana-de-açúcar

A Volvo Caminhões foi a pioneira no desenvolvimento de caminhões autônomos para a colheita de cana-de-açúcar. Isso foi em 2017, o desenvolvimento foi feito utilizando o modelo VM para a Usina Santa Teresinha, de Maringá (PR). Então agora, conheça o FMX 8×4 autônomo. A Volvo e a TMA Máquinas, empresa de Ribeirão Preto especializada na mecanização do segmento sucroalcooleiro, certamente, uniram forças para criar um avanço significativo na agricultura de precisão: o caminhão autônomo Stark.

Este veículo é baseado no fora de estrada FMX 380R (380 cavalos de potência e chassi rígido) e foi desenvolvido para otimizar o transbordo da cana-de-açúcar durante a colheita.

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O projeto Stark surgiu como uma resposta às mudanças nas práticas agrícolas, especificamente, com a adoção de um novo espaçamento entre as linhas de plantio de cana-de-açúcar, que visa aumentar a produtividade das lavouras. Jeseniel Valerio, gerente de engenharia de vendas da Volvo Caminhões, destaca que a nova configuração de cultivo foi um fator determinante para o desenvolvimento do caminhão autônomo.

O Stark é um veículo de nível 2 de autonomia, o que significa que ele consegue realizar várias funções de condução de forma independente, mas ainda requer supervisão humana. No entanto, o que realmente distingue o Stark é sua tecnologia de georreferenciamento de alta precisão, que permite uma direção extremamente precisa, evitando danos aos brotos remanescentes da cana e garantindo uma colheita subsequente mais produtiva.

Além disso, o Stark foi projetado para atender às demandas específicas do setor sucroalcooleiro. O caminhão é uma solução mais eficiente em comparação com os métodos tradicionais de transbordo, ou seja, um trator rebocando um implemento de transbordo.

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Com uma capacidade de carga de 50 m³ e um peso bruto total técnico de 58 toneladas, o FMX tem força para tracionar um reboque ao mesmo tempo, formando uma composição “romeu-e-julieta”. É importante lembrar que a capacidade técnica de PBT sobre o chassi de 58 toneladas destina-se ao uso em ambientes privados. Em vias públicas, mesmo não pavimentadas, o limite é estabelecido pela Lei da Balança, sendo o PBT legal de 29 toneladas.

Já a capacidade de tração máxima do Volvo FMX começa em 100.000 kg. No entanto, pode chegar a 130.000 kg ou até 150.000 kg sob customização de eixo e caixa pela engenharia da Volvo. Ou seja, este Volvo FMX conta com força de sobra para trabalhar também com composição “romeu-e-julieta”, ou seja, tracionando um reboque, além do peso sobre o chassi.

O mercado de caminhões autônomos

A TMA, responsável pela venda do veículo, argumenta que as vantagens superam o custo inicial mais alto. Entre elas, a velocidade operacional, a economia de combustível e a perspectiva de uma safra mais produtiva justificam o investimento. Além disso, o caminhão pode atender outras operações trocando o implemento sobre chassi ou como rebocador. E, no momento da renovação de frota, possui um valor maior de mercado.

FMX 8x4 autônomo
O Volvo VM autônomo foi o primeiro modelo para transbordo. Há ainda no mercado, os modelos da Mercedes-Benz, Volkswagen e Scania

A Stark apresentou o modelo na Agrishow 2024 e já está causando um grande impacto no mercado.

No mercado brasileiro, o Volvo Stark concorrerá com modelos da Mercedes-Benz, customizados para a mesma atividade pela Grunner. Além dele, há o da Volkswagen Caminhões, o Constellation 31.280 8×4. A Scania está prestes a lançar em breve o Scania P 280 8×4. Segundo a Scania Brasil, o projeto continua em desenvolvimento e a Scania segue ouvindo os clientes e estudando o mercado para oferecer o melhor produto e a solução ideal para as demandas e oportunidades.

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Marcos Villela Hochreiter
Marcos Villela Hochreiterhttps://www.frotanews.com.br
Atuo como jornalista no setor da mobilidade desde 1989 em diversas redações. Também nas áreas de comunicação da Fiat e da TV Globo, e depois como editor da revista Transporte Mundial por 22 anos, e diretor de redação de núcleo da Motor Press Brasil. Desde 2018, represento o Brasil no grupo do International Truck of the Year (IToY), associação de jornalistas de transporte rodoviário de 34 países. Desde 2021, também atuo como colaborador na Fabet (Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte, entidade educacional sem fins lucrativos). Em 2023, fundei a plataforma de notícias de transporte e logística Frota News, com objetivo de focar nos temas que desafiam as soluções para gestão de frotas.
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