terça-feira, julho 15, 2025

CETESB intensifica controle de poluição e autua quase 500 veículos em SP 

Primeira edição da Operação Fumaça Preta 2025 mostra que 1,5% dos veículos a diesel estão em desconformidade com os limites ambientais; principais causas são falhas de manutenção e uso inadequado de ARLA 32 

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) deu início nesta terça-feira (13) à primeira edição da Operação Fumaça Preta 2025, com foco no controle da emissão de poluentes por veículos a diesel. A ação, que integra a Operação Inverno 2025, fiscalizou 37.959 veículos em 27 pontos estratégicos distribuídos por rodovias do Estado, resultando na autuação de 490 veículos em situação irregular, o equivalente a 1,5% do total. 

A fiscalização, realizada em parceria com a Polícia Militar Rodoviária, envolveu o uso de opacímetros (equipamento que mede a densidade da fumaça), testes de qualidade do ARLA 32 (agente redutor de emissões) e a tradicional Escala de Ringelmann, utilizada para avaliação visual da emissão de fumaça preta. 

Cidades com mais e menos irregularidades

Os locais com os maiores índices de não conformidade foram Itaquaquecetuba, Mairiporã, Sorocaba, São Bernardo do Campo e Presidente Prudente, com taxas que variaram de 3% a 4,7%. Já os melhores resultados vieram de Cubatão, Limeira e Barretos, com menos de 0,3% de veículos autuados, demonstrando uma maior adesão às normas ambientais. 

A operação é intensificada anualmente entre maio e setembro, período marcado pela estiagem e pela piora na dispersão de poluentes no ar, principalmente em regiões de tráfego intenso. Segundo a CETESB, a ação busca proteger a saúde da população, especialmente nas áreas urbanas, ao reduzir a poluição atmosférica proveniente do transporte rodoviário. 

Comparativo com anos anteriores

A edição de 2025 segue a tendência histórica de redução nas irregularidades em veículos a diesel. Dados da própria CETESB mostram que: 

Ano  Veículos Fiscalizados  Veículos Autuados  Percentual Irregular 
2023  89.732 

1.262 

1,4% 

2024  35.466 (1ª operação) 

445 

1,25% 

2025  37.959 (1ª operação) 

490 

1,5% 

 

Em um olhar histórico, o índice de veículos irregulares já foi de 30% em 1997, caindo para 6% em 2013 e se estabilizando nos anos recentes entre 1% e 2%. A evolução é atribuída a melhorias tecnológicas, uso de combustíveis mais limpos e às fiscalizações constantes. 

Por que os veículos são reprovados?

Entre os principais motivos das autuações, destacam-se: 

  • Manutenção inadequada do motor e dos sistemas de injeção; 
  • Desgaste ou adulteração de componentes como bicos injetores e catalisadores; 
  • Uso incorreto ou ausência de ARLA 32, aditivo essencial para veículos com tecnologia SCR; 
  • Desativação proposital de sistemas antipoluição; 
  • Combustível adulterado, com alta concentração de enxofre ou impurezas. 

A CETESB alerta que falhas como essas não apenas contribuem para a degradação do ar, mas também comprometem o desempenho dos veículos, aumentam o consumo de combustível e elevam os custos de manutenção a longo prazo. 

Compromisso com a qualidade do ar

A agência ambiental paulista reforça que novas ações estão previstas ao longo dos próximos meses e que continuará promovendo ações de educação ambiental, fiscalização e orientação técnica. “Nosso compromisso é com a melhoria contínua da qualidade do ar e da saúde dos paulistas. A responsabilidade é compartilhada: fabricantes, transportadores, motoristas e o poder público devem agir juntos”, informou a CETESB, em nota. 

 

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