quinta-feira, novembro 21, 2024

Volume de fretes rodoviários aumenta 13,9% no Brasil em 2024  

O setor de fretes rodoviários no Brasil registrou um aumento de 13,9% no volume de cargas transportadas durante o primeiro semestre de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023. A saber, o dado foi revelado pela Frete.com, uma das mais importantes plataformas on-line de transporte de cargas da América do Sul. Esse crescimento ocorre após um primeiro trimestre estável, com uma expansão modesta de apenas 0,5%. 

Entre janeiro e junho de 2024, mais de 4,8 milhões de fretes foram publicados na plataforma, mostrando uma expansão em todos os setores analisados. Certamente, o agronegócio destacou-se com um aumento de 13,7%, a construção civil com 19,3%, e os produtos industrializados com 7,2%. 

Federico Vega, CEO da Frete.com, atribui esse crescimento às inovações implementadas na plataforma, que incluem o uso de Inteligência Artificial para tornar as contratações mais ágeis e precisas. “Estamos sempre buscando formas de tornar o processo de busca e contratações de fretes mais rápido e eficiente, o que refletiu no aumento do volume registrado neste primeiro semestre”, afirmou Vega. 

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 Soja impulsiona o agronegócio  

A princípio, o agronegócio, foi responsável por uma parte significativa dos fretes no Brasil, foi impulsionado principalmente pela soja, que registrou um aumento expressivo de 52,9% no volume de fretes durante o primeiro semestre de 2024. A oleaginosa, que representa 28% dos fretes do setor no Frete.com, ajudou a compensar os desafios climáticos enfrentados pelo Sul do país.  

Apesar das condições adversas, as exportações de soja brasileiras cresceram 2,23% no período, totalizando 64,15 milhões de toneladas, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Outro destaque no agronegócio foi o milho, que teve um aumento de 7,8% nos fretes, representando 13% do total de cargas do setor. 

No entanto, nem todos os segmentos apresentaram crescimento. Os fretes de fertilizantes, que representam 18% das cargas do agronegócio, tiveram uma queda de 3,8%. Segundo a Agência Nacional para a Difusão do Adubo (Anda), o Brasil importou 10,4 milhões de toneladas de fertilizantes entre janeiro e abril de 2024, o menor volume desde 2021. 

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Construção civil em alta, puxada pelo cimento  

Assim como, o setor de construção civil também apresentou um crescimento robusto, com destaque para os fretes de cimento, que aumentaram 34,1%. Este produto representa 62% dos fretes do setor na plataforma Frete.com. O estado de Minas Gerais, o principal fornecedor de cimento, registrou um aumento de 34,3% nos fretes do produto. Sendo assim, responsável por 65% de todos os fretes de cimento na plataforma. 

O Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) revelou que a produção de cimento no Brasil cresceu 1,2% no primeiro semestre de 2024, atingindo 30,6 milhões de toneladas. “Isso demonstra que, mesmo com um cenário econômico incerto, o setor de construção civil não parou de crescer e deve continuar desta forma nos próximos meses”, disse Vega. 

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Crescimento regional e desafios climáticos 

Contudo, o Centro-Oeste liderou o crescimento regional, com um aumento de 25,3% no volume de fretes, seguido pelo Sudeste (15,6%), Sul (9,1%) e Nordeste (2,9%). Os estados com as maiores altas foram Mato Grosso do Sul (50,6%), Santa Catarina (23,1%), Mato Grosso (22,4%), Minas Gerais (21,9%) e Goiás (18,6%). 

Por outro lado, o Rio Grande do Sul, duramente afetado por inundações, registrou uma queda de 2,3% no volume de fretes. “Pudemos perceber que o Rio Grande do Sul ainda está caminhando para se reestruturar, o que é demonstrado no volume de fretes. Porém, os outros estados seguem com crescimentos, com a soja e o milho puxando o aumento em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”, complementa Vega. 

Metodologia 

Os dados apresentados foram coletados pela Frete.com, que possui mais de 900 mil caminhoneiros cadastrados e 25 mil empresas assinantes, abrangendo 99% do território nacional.  

Este cenário de crescimento reflete o dinamismo do setor de transportes no Brasil, que, mesmo diante de desafios econômicos e climáticos, segue em expansão. Aliás,  impulsionado por inovações tecnológicas e a força de setores estratégicos como o agronegócio e a construção civil. 

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