Por Fernando Rossi, CLO e cofundador da Levo*
O papel da tecnologia na mitigação de riscos aos operadores logísticos é indiscutivelmente essencial. Em meio às complexidades e desafios inerentes ao setor, é necessário que as empresas adotem abordagens proativas para garantir sua conformidade. Notadamente, no caso dos operadores logísticos no setor de transporte, as pressões legais e a diversidade de processos aumentam a necessidade de uma gestão robusta. A resposta a esses desafios reside na integração eficiente da tecnologia, que não apenas otimiza operações, mas também desempenha um papel crucial na gestão de compliance.
Nesse contexto, a automação proporcionada pela tecnologia desempenha um papel central na profissionalização da cadeia de entrega, uma vez que auxilia a automatizar fluxos, criar uma melhor interface de comunicação com os entregadores, organizar as agendas de forma inteligente e garantir a transparência nos pagamentos.
Um exemplo prático da potencialização operacional trazida pelo uso da tecnologia na gestão das demandas são as plataformas de agendamento de entregadores. Graças ao dispositivo, o operador logístico passa a oferecer muito mais autonomia, conveniência e flexibilidade ao trabalho exercido por eles. Assim, os profissionais passam realmente a controlar seu expediente, empoderando-se da gestão do seus horários.
Essa flexibilidade proporcionada pelo agendamento por meio da tecnologia, em substituição à imposição de escalas, não só atende às expectativas individuais dos entregadores, como também reduz significativamente a probabilidade de conflitos relacionados à carga de trabalho e à adequação de horários e praças.
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Tal abordagem centrada no motorista, não apenas reforça a relação colaborativa entre os operadores logísticos e os prestadores de serviço, como resulta em uma operação mais suave e eficiente para todas as partes envolvidas.
Conclui-se que a maior adesão ao compliance, como já dito anteriormente, é fruto da maior profissionalização do operador logístico e da maior satisfação e autonomia de seus entregadores. Logo, precisamos ter em mente que o risco menor, seja ele trabalhista, tributário, é uma consequência de uma série de boas práticas de gestão.
Apesar da tecnologia não garantir um gerenciamento infalível, é inegável que o seu auxílio se tornou imprescindível. Isso, a fim de para os operadores logísticos administrarem os negócios de forma mais eficiente. Por mais que uma gestão competente seja fruto de um esforço coordenado entre diferentes áreas, é indiscutível que tais plataformas se tornaram essenciais para garantir que os operadores logísticos consigam ir ainda mais longe.
*Fernando Rossi é CLO e cofundador da Levo, principal solução de gestão operacional e financeira para operadores logísticos e entregadores no Brasil. O executivo tem mais de 8 anos de experiência em inovação na área de logística e agronegócios.