O novo Renault Master conquistou o título de “Van do Ano 2025”, concedido pelo júri do International Van of the Year (IVOTY). Este reconhecimento acontece no mesmo dia em que a fabricante francesa anuncia o lançamento da versão a hidrogênio começará a ser produzido em 2025, solidificando ainda mais sua posição no mercado de veículos comerciais.
Plataforma de três energias
O Renault Master premiado está em geração mais avançada em relação ao modelo comercializado no Brasil. A geração atual europeia se destaca pelo seu design batizado de “Aerovan”, e pela nova plataforma com versões disponíveis em motor diesel, elétrico ou a hidrogênio
Entre as grandes inovações, o Renault Master H2-Tech foi desenvolvida em colaboração com a HYVIA, uma joint venture entre o Grupo Renault e a Plug, focada em soluções de mobilidade a hidrogênio. O furgão a hidrogênio será comercializado a partir do final de 2025, na Europa.
Vila Galvão adota hidrogênio em motor diesel para descarbonização
No IAA Transportation em Hannover, na Alemanha, o protótipo do Renault Master H2-Tech foi apresentado como um grande avanço tecnológico, antecipando a versão de produção que estará disponível no próximo ano. Com uma autonomia de 700 km em cada abastecimento. Para a sua operação, haverá estações de abastecimento que faz a eletrólise e a produção do hidrogênio.
Um dos grandes trunfos do Renault Master H2-Tech é seu tempo de recarga. Com uma recarga de hidrogênio em apenas 5 minutos, o veículo oferece uma experiência equivalente a um veículo a combustão. A rede de estações de hidrogênio na Europa, em fase de expansão, será um posto-chave para o sucesso dessa tecnologia.
Análise
Os valores do veículo, estações de abastecimento e do kg do hidrogênio ainda não foram revelados. No entanto, já há estimativas de outras empresas. A Raízen e a Shell estão fazendo pesquisa e desenvolvimento no Brasil para a produção de hidrogênio a partir do uso de etanol, e o kg do hidrogênio com esta fonte pode custar R$ 44 o kg, bem mais barato se for utilizado eletricidade da rede pública, fonte que faz o preço subir para R$ 115. Esses valores são o custo de produção do hidrogênio, pois o preço de uma estação de abastecimento pode ultrapassar os R$ 20 milhões.
Para se ter ideia, um Toyota Mirai, como exemplo por ser o veículo movido a hidrogênio que está há mais tempo no mercado, roda 100 km com um kg de hidrogênio e, estima-se, que uma van deve rodar uns 60 km com a mesma quantidade. O Toyota Mirai começou a ser vendido em outubro de 2015 e nesses nove anos, vendeu 14.105 unidades nos Estados Unidos. Considerando a mesma base de comparação (país e período), o Corolla a gasolina teve 2,8 milhões de unidades comercializada nos Estados Unidos. E o preço do MIrai é apenas 2,29 vezes maior do que o Corolla. No entanto, a indústria de veículos comerciais acredita que os operadores de transportes estão mais dispostos a investir na transição energética do que o consumidor pessoa física e por isso continuam a investir em diversas soluções, como veículos elétricos, a gás, biodiesel, biometano e HVO.
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