Por ser o combustível mais limpo e abundante no mundo, o hidrogênio verde vem recebendo bilhões de investimentos por centenas de empresas. O processo de produção em larga escala ainda é considerando caro e todos os investimentos em pesquisas estão com foco no barateamento de sua produção. Conhecido como H2 renovável, a indústria de caminhões já tem lançado modelos movidos a hidrogênio e novos modelos estão em desenvolvimento, inclusivos novos motores a combustão interna da FPT Industrial e Cummins. Agora, a GWM, por meio da sua subsidiária FTXT, formalizou um Memorando de Entendimento (MoU) com o Governo de Minas Gerais e a Universidade Federal de Itajubá (Unifei), com o objetivo de avançar no desenvolvimento de caminhões movidos a hidrogênio.
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A GWM já produz automóveis elétricos e híbridos na fábrica adquirida da Mercedes-Benz do Brasil em Iracemápolis (SP). Agora, visando o crescimento global da comercialização e desenvolvimento de tecnologias do hidrogênio, a FTXT passou a adotar neste ano o nome GWM Hydrogen nos mercados fora da China.
O que é o hidrogênio verde
O hidrogênio verde é um tipo produzido de forma sustentável, sem a emissão de poluentes. Ele é obtido por meio da eletrólise da água, um processo que utiliza eletricidade gerada por fontes renováveis, como energia solar ou eólica, para separar as moléculas de água em hidrogênio e oxigênio.
“A assinatura deste MoU representa não apenas um avanço significativo para a FTXT e a GWM, mas também para o setor automotivo brasileiro como um todo. O desenvolvimento de caminhões a hidrogênio no Brasil não só impulsiona GWM, como a indústria local como também ajudará Minas Gerais a se posicionar na vanguarda das soluções de mobilidade sustentável”, destacou Ricardo Bastos, diretor de Assuntos Institucionais da GWM Brasil.
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Esta parceria, com validade de 12 meses, e renováveis por mais 60, prevê a transferência e o intercâmbio de tecnologias associadas ao uso de hidrogênio verde como fonte de energia limpa nos caminhões da FTXT, proporcionando uma solução de baixa emissão para o transporte de cargas pesadas. A Unifei será responsável por fornecer o hidrogênio e atuar como parceira em estudos e pesquisas relacionadas a essa tecnologia.
Tratamento tributário diferente
“Nossa orientação é para que qualquer produção dentro do estado ligada a energia renovável tenha um tratamento tributário diferenciado, para que fique mais competitiva. No que depende do Estado, temos dado todo o apoio e vamos continuar assim. Queremos ser referência em energia renovável”, afirma Romeu Zema, governador de Minas Gerais. Para Edson Bortoni, reitor da Unifei, “o fato de a empresa levar não só os produtos, mas sua tecnologia para Minas Gerais é o grande diferencial desse acordo”.
O MoU também visa a cooperação para a criação de uma infraestrutura de abastecimento de caminhões movidos a hidrogênio verde, testando uma rota sustentável de transporte.
Em agosto, executivos da GWM Brasil estiveram em Belo Horizonte (MG), a fim de estreitar relações e conhecer oportunidades oferecidas pelo Estado. Na ocasião, o projeto de veículos a hidrogênio da GWM foi mostrado à equipe do governo mineiro.
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