sexta-feira, outubro 18, 2024

Transporte de vinho: os cuidados necessários para maior eficiência

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doresO Brasil é um dos maiores produtores e consumidores de vinho da América do Sul. Segundo a Organização Internacional dos Produtores de Videira e Vinho (OIV), o Brasil produziu 320.000 litros e os brasileiros consumiram 359.000 litros em 2022. Esses números mostram o potencial do mercado vitivinícola brasileiro na geração de uma grande atividade de transporte.

Mas como o vinho chega até a mesa dos consumidores? Quais são os desafios e as oportunidades do transporte de vinhos no Brasil e no exterior? Neste artigo, vamos abordar alguns aspectos importantes sobre esse tema, que envolve logística, segurança, legislação e sustentabilidade.

O transporte de vinhos é uma atividade complexa, que exige cuidados especiais para garantir a integridade e a qualidade dos produtos. O vinho é uma bebida sensível, que pode sofrer alterações devido a fatores como temperatura, luminosidade, umidade, vibração e oxidação. Por isso, é preciso escolher o tipo de embalagem, o meio de transporte e o roteiro mais adequados para cada situação.

Transporte por caminhão

No Brasil, o transporte de vinhos é feito principalmente por caminhões, que podem ser por equipamentos com sistemas de refrigeração ou só com isolamento térmico. Além disso, os caminhões devem seguir as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que regulamentam o transporte de alimentos e bebidas no país.

O transporte de vinhos entre países também envolve questões aduaneiras, tributárias e sanitárias. O Brasil é um dos principais importadores de vinho da América do Sul, recebendo produtos principalmente da Argentina, do Chile, de Portugal, da Espanha, da Itália e da França. Para entrar no país, os vinhos devem passar por uma fiscalização rigorosa, que verifica a origem, a composição, o rótulo e a qualidade dos produtos.

Oportunidades para transportadores

Por outro lado, o Brasil também exporta vinhos para diversos países, principalmente para os Estados Unidos, a China, o Reino Unido e a Alemanha. Para isso, os produtores brasileiros devem atender aos padrões internacionais de qualidade e segurança alimentar, além de se adaptar às preferências e às exigências dos consumidores estrangeiros.

O transporte de vinhos é um setor que oferece muitas oportunidades para os produtores, os transportadores e os consumidores brasileiros. Com um planejamento adequado, é possível reduzir os custos, os riscos e os impactos ambientais dessa atividade, ao mesmo tempo em que se aumenta a competitividade, a eficiência e a satisfação dos clientes. O vinho é uma bebida que representa cultura, tradição e prazer. Por isso, merece ser transportado com respeito e cuidado.

Tipos de carretas para vinho

Quando se trata de transportar vinhos sul-americanos, é preciso levar em conta vários fatores que podem afetar a qualidade e a segurança das bebidas.

Uma das decisões mais importantes é o tipo de veículo que será utilizado: carretas sider ou baú. Ambos têm vantagens e desvantagens, dependendo das condições da estrada, do clima e do destino.

As carretas sider são aquelas que possuem uma lona lateral que pode ser aberta para facilitar o carregamento e o descarregamento dos produtos. Elas são mais versáteis e econômicas, pois permitem aproveitar melhor o espaço interno e reduzir o tempo de operação. Além disso, elas oferecem uma maior ventilação e circulação de ar, o que pode ser benéfico para os vinhos em regiões mais quentes.

No entanto, as carretas sider também apresentam alguns riscos, como a exposição dos vinhos à luz solar direta, à poeira, à chuva e a possíveis furtos. Por isso, é necessário proteger as caixas com plásticos ou mantas térmicas, além de utilizar lacres de segurança e rastreadores nos veículos. Também é importante verificar a temperatura e a umidade dentro da carreta, pois variações bruscas podem prejudicar os vinhos.

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Suspensão pneumática

Os caminhões baú, por sua vez, são aqueles que possuem uma carroceria fechada e isolada termicamente. Eles são mais indicados para transportar vinhos em regiões mais frias ou com estradas mais irregulares, pois oferecem uma maior proteção contra choques térmicos, vibrações e impactos. Além disso, eles garantem uma maior segurança contra roubos e intempéries.

O responsável pela engenharia da Noma do Brasil, Harlei Domingos, lembra que há na portfólio da empresa o baú isotérmico que mantém a temperatura dentro do baú e bastante utilizado para o transporte de frutas e remédios.

No entanto, os caminhões baú também exigem um cuidado especial com a preparação das caixas de vinho, pois elas podem ficar expostas à condensação de água no interior do veículo. Isso pode causar danos às etiquetas, às rolhas e até mesmo ao líquido. Por isso, é necessário isolar as caixas com plásticos ou mantas impermeáveis, além de estabilizá-las com cintas ou calços para evitar movimentos durante a viagem.

O engenheiro da Noma do Brasil lembra que a escolha do implemento com suspensão pneumática reduz e os impactos, garantindo maior segurança para a carga.

Como se pode ver, não há uma resposta única para a escolha entre carretas sider ou caminhões baú para transportar vinhos sul-americanos. O analista deve analisar cada caso de acordo com as características dos produtos, das rotas e dos clientes. O importante é garantir que os vinhos cheguem ao seu destino em perfeitas condições, preservando sua qualidade e seu valor.

O Noma do Brasil conta com todos os modelos com a opção de suspensão pneumática, seja sider ou furgão baú.

Transporte por container

transporte de vinho
Porta Container pode ser um semirreboque ou bitrem para a exportação e importação de vinhos

Os exportadores europeus de vinhos de outros países fora da América do Sul transportam seus produtos ao Brasil por via marítima. Os exportadores de vinhos podem transportar seus produtos por meio de navios utilizando containers secos ou refrigerados, dependendo do valor agregado e da sensibilidade térmica dos vinhos.

Os transporta de vinhos com menor valor agregado escolhem mais frequentemente containers secos, uma opção que reduz o custo total do transporte e, consequentemente, oferece preços mais atrativos aos consumidores brasileiros. Adicionalmente, a adição de uma manta térmica ao container seco é uma prática recomendada para minimizar os impactos do calor na qualidade dos vinhos durante a viagem.

Os exportadores preferem containers refrigerados para transportar vinhos de alto valor agregado, espumantes e champanhes. Manter a temperatura interna do container controlada é essencial para garantir a integridade e a qualidade dessas bebidas delicadas.

Para o transporte de containers, a Noma do Brasil também conta com o modelo Porta Container com a opção de suspensão pneumática.

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Marcos Villela Hochreiter
Marcos Villela Hochreiterhttps://www.frotanews.com.br
Atuo como jornalista no setor da mobilidade desde 1989 em diversas redações. Também nas áreas de comunicação da Fiat e da TV Globo, e depois como editor da revista Transporte Mundial por 22 anos, e diretor de redação de núcleo da Motor Press Brasil. Desde 2018, represento o Brasil no grupo do International Truck of the Year (IToY), associação de jornalistas de transporte rodoviário de 34 países. Desde 2021, também atuo como colaborador na Fabet (Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte, entidade educacional sem fins lucrativos). Em 2023, fundei a plataforma de notícias de transporte e logística Frota News, com objetivo de focar nos temas que desafiam as soluções para gestão de frotas.
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