Em um movimento que amplia o avanço das energias renováveis no Brasil, a H2A Ambiental anunciou um investimento de R$ 1,7 bilhão para a construção de mais de 20 unidades produtoras de biometano em diferentes regiões do país. O plano ambicioso da empresa inclui, além da produção de gás renovável, a geração de dióxido de carbono com pureza de grau alimentício.
A primeira unidade do projeto já está em fase final de implantação e tem inauguração prevista para o final de julho de 2025.
O biometano, uma versão purificada do biogás, é obtido a partir da decomposição de resíduos orgânicos — como dejetos agrícolas, esgoto e resíduos urbanos. Seu uso vem crescendo no Brasil como alternativa limpa ao diesel e ao gás natural fóssil, especialmente no transporte pesado e na geração de energia em indústrias.
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Com a conclusão das mais de 20 plantas anunciadas, a H2A deve se tornar uma das principais fornecedoras de biometano do país.
Além do biometano, as unidades da H2A vão produzir CO₂ com grau alimentício, um subproduto de elevado valor comercial. Trata-se de dióxido de carbono purificado a ponto de atender aos requisitos da indústria alimentícia, onde é usado em larga escala na gaseificação de bebidas, conservação de alimentos, processos de refrigeração e atmosfera modificada em embalagens.
Plano de expansão
De acordo com declarações do CEO da H2A, Carlos Teixeira, a empresa já tem um cronograma bem definido. A primeira unidade entra em operação no próximo mês, e as demais serão implantadas em etapas sucessivas até 2027, acompanhando a maturação regulatória e o crescimento da demanda.
Com essa infraestrutura, a expectativa é gerar:
- Milhares de metros cúbicos diários de biometano;
- Empregos diretos e indiretos em toda a cadeia de produção;
- Redução significativa na emissão de CO₂ equivalente, em linha com as metas do Acordo de Paris;
- Substituição de combustíveis fósseis, especialmente em frotas de caminhões e ônibus urbanos.
Brasil vive boom do biometano e do CO₂ verde
A aposta da H2A segue a tendência de outros grandes players do setor. O BNDES, por exemplo, recentemente aprovou R$ 131,1 milhões para a Gás Verde, a fim de implantar a primeira usina de CO₂ verde do país e ampliar a produção de biometano a partir de aterros sanitários.
Segundo levantamento da ABiogás (Associação Brasileira do Biogás), o país tem potencial para substituir até 70% do diesel rodoviário com biometano, o que impulsiona o interesse de investidores, governos e empresas em projetos como da H2A. Em São Paulo, o governardor Tarcísio de Freitas, acredita que 30% do consumo de diesel poderá ser substituído pelo biometano. Para isso, recentemente, o InvetSP criou o aplicativo Conecta Biometano SP, para promover o networket entre todos envolvidos na cadeia do biocombustível.
Fontes:
- Brasil Energia – H2A investe R$ 1,7 bilhão em mais de 20 unidades de biometano
- Agência BNDES – Financiamento à Gás Verde
- Abiogás – Relatórios Técnicos 2025


