Imagine um jantar em que o transporte é tão importante quanto o tempero. Foi exatamente isso que aconteceu em Gotemburgo, na Suécia, onde a Volvo Trucks decidiu provar, com garfo, faca e caminhões elétricos, que logística e gastronomia podem (e devem!) andar de mãos dadas rumo a um futuro mais verde — e mais saboroso.
A estrela da noite? Não foi só o bacalhau glaceado com missô. Foi também o meio de transporte que trouxe o peixe até o fogão do renomado chef Marcus Samuelsson, figura culinária internacional, vencedor de Emmy e fornecedor oficial de delícias até mesmo para Barack Obama. Marcus, desta vez, trocou o red carpet pelo asfalto verde da logística sustentável.
“Para este projeto, tive que pensar no transporte como ingrediente, certo? É um personagem principal!”, brincou o chef. “Espero que um dia todos os cardápios indiquem como a comida foi transportada. E quem sabe, isso vire até um novo prêmio Michelin: três pneus verdes!”
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Do campo à cozinha… com zero emissões (quase)
A missão era clara: preparar um jantar gourmet com ingredientes que tivessem viajado apenas a bordo de caminhões movidos a eletricidade ou combustíveis renováveis — nada de diesel sujando a festa. Resultado? Um verdadeiro desfile sustentável de 2.700 quilômetros rodados por terra, dos quais 86% foram cobertos com caminhões elétricos que não emitem nem um pingo de CO₂ pelo escapamento. O restante? Veículos abastecidos com biometano e biodiesel.
O menu foi de fazer babar até ativista ambiental: bacalhau glaceado com missô, lagostim, repolho, salada de pepino e um Riesling alemão para brindar à saúde… do planeta.
E tudo isso não foi só uma aventura gastronômica. Como explicou Katarina Adamson, vice-presidente de Marca Global e Comunicação da Volvo Trucks, o projeto mostra que sustentabilidade não precisa ser um conceito abstrato, mas algo que chega, literalmente, ao nosso prato. “Ao conectar caminhões elétricos com uma experiência de restaurante, tornamos a sustentabilidade algo palpável para o setor de alimentos e bebidas — onde o transporte responde por 19% das emissões de carbono”, pontuou Katarina.
Uma mesa para muitos
A refeição, servida em um restaurante local de Gotemburgo, foi o resultado de um verdadeiro banquete colaborativo. Empresas de transporte, produtores de alimentos e fornecedores se uniram para mostrar que a receita de um futuro com emissões zero tem vários ingredientes — e cada um tem seu papel no prato.
E a Volvo não está apenas temperando o discurso. A empresa já entregou mais de 5.000 caminhões elétricos em 50 países, abocanhando uma fatia de 47% do mercado europeu de caminhões pesados elétricos em 2024. Nos Estados Unidos, o domínio também já está no ponto.
Para alcançar a tão sonhada emissão líquida zero até 2040, a Volvo está apostando em uma estratégia de “prato feito”: caminhões elétricos a bateria, modelos movidos a célula de combustível (hidrogênio verde, alguém?) e motores a combustão que rodam com biocombustíveis renováveis. Uma trinca sustentável digna de um menu degustação com estrela.
No final das contas…
O jantar de Marcus Samuelsson não alimentou apenas os convidados, mas também um debate urgente: como podemos repensar a cadeia de abastecimento na indústria de alimentos e bebidas? E se, no futuro, o delivery de um filé de salmão for acompanhado da informação: “entregue com zero emissões”?
Se depender da Volvo Trucks, essa ideia está saindo do papel — ou melhor, do escapamento — e indo direto para o prato. E cá entre nós, é uma delícia ver sustentabilidade e inovação dividindo a mesma mesa.
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Resumo da receita sustentável:
- Ingredientes: bacalhau, lagostim, repolho, pepino e vinho
- Distância percorrida: 2.700 km
- Modo de transporte: 86% por caminhões elétricos, 14% com biocombustíveis
- Objetivo: mostrar que transporte sustentável pode (e deve) fazer parte da receita
- Mensagem do chef: transporte também é ingrediente — e dos importantes!
Análise Frota News: Logicamente que a receita não foi zero emissão, já que não houve rastreabilidade das emissões de toda a cadeia de produção do caminhão, das baterias, dos alimentos e da energia para abastecer os caminhões, as fábricas e as fazendas produtoras dos alimentos. E se houve, com certeza, não foi de zero emissão, pois, do contrário, teria sido divulgado. De qualquer forma, foi uma ação de marketing válida, pois, a receita demonstra que há possibilidade de reduzir as emissões de forma significativa.


