domingo, dezembro 14, 2025

Scania anuncia corte de 750 cargos na Suécia em reestruturação que será global

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A Scania anunciou na segunda-feira (1º) uma ampla reestruturação em sua organização global, começando pela Suécia. O plano prevê o corte de 750 cargos administrativos, dos quais aproximadamente 400 em Recursos Humanos, Pessoas e Cultura, e outros 350 em unidades comerciais, como Vendas, Marketing e Operações Comerciais. A medida não afetará funcionários da linha de produção.

Segundo a fabricante em comunicado para a imprensa, a decisão foi motivada pela necessidade de tornar a empresa mais ágil e competitiva diante de transformações tecnológicas, regionais e de mercado. “Nosso mundo está mudando rapidamente. Para permanecermos fortes no futuro, precisamos nos adaptar, desenvolver nossas formas de trabalhar e rever como estamos organizados. Esta é uma decisão difícil, mas necessária”, afirmou Christian Levin, presidente e CEO da Scania.

A empresa emprega cerca de 18 mil pessoas na Suécia — o que significa que aproximadamente 4% da força de trabalho local será atingida. Globalmente, a Scania conta com 60 mil colaboradores. As negociações com os sindicatos já estão em andamento e devem definir detalhes do processo de desligamento.

Jeanna Tällberg, vice-presidente executiva e diretora de Pessoas e Cultura da Scania, destacou que a prioridade é conduzir a transição com respeito. “Nosso objetivo e responsabilidade é realizar esta transformação de forma respeitosa e eficaz para todos os colaboradores, ao mesmo tempo que construímos uma organização mais bem preparada para o futuro”, declarou.

Contexto econômico e organizacional

Embora a empresa reforce que a decisão reflete uma reestruturação interna, o movimento ocorre após um segundo trimestre desafiador, marcado por queda de 10% nas vendas e retração significativa na margem operacional. A leitura entre analistas é de que a montadora busca não apenas ajustes estratégicos, mas também respostas a uma conjuntura de mercado mais difícil.

Possíveis desdobramentos

Os cortes anunciados abrangem apenas a Suécia neste momento, mas a Scania já admite que o processo pode se estender a outros países. “Começamos por aqui, mas não podemos descartar medidas semelhantes em outros mercados”, disse Tällberg em entrevistas à imprensa sueca.

Entre os riscos da decisão estão um possível clima de insegurança entre equipes não diretamente afetadas e a reação de sindicatos, que podem pressionar por alternativas aos cortes. Por outro lado, especialistas apontam que a reorganização pode reduzir sobreposição de funções, acelerar decisões e preparar a empresa para novos investimentos, sobretudo em soluções de transporte sustentável — área em que a Scania tem se posicionado como líder.

Olhar para o futuro

A Scania reforça que as mudanças fazem parte de um plano mais amplo de adaptação às novas demandas da indústria, incluindo eletrificação, digitalização e regionalização das cadeias produtivas. A forma como a empresa conduzirá o processo — equilibrando eficiência com sensibilidade social — será determinante para preservar sua imagem em um momento de transição estratégica.

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