sexta-feira, dezembro 5, 2025

Radiografia inédita do setor de máquinas agrícolas no Brasil

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O agronegócio brasileiro enfrenta um cenário de desafios que coloca em xeque sua competitividade global. De um lado, a recente imposição de tarifas pelo governo americano sobre produtos do Brasil amplia as tensões comerciais. De outro, fatores internos como juros elevados, dificuldade de acesso a crédito, alto custo de insumos e máquinas agrícolas pressionam o caixa dos produtores. Nesse ambiente, eficiência e gestão profissional deixam de ser opção e passam a ser condição de sobrevivência.

Para compreender esse contexto, a [BIM]³ – Boschi Inteligência de Mercado conduz o estudo Panorama Setorial Agrícola: Decifrando o Cenário de Máquinas no Brasil. A pesquisa alcança 95% de intervalo de confiança e traça um retrato da frota em operação, idade média dos equipamentos, perfil de compra dos produtores e a distribuição entre as principais culturas: soja, milho, cana, arroz, café e algodão.

Entre os primeiros achados do levantamento destacam-se:

  • 89% das propriedades não alugam tratores;
  • Norte e Nordeste: mais de 10% das propriedades recorrem à locação;
  • Produtoras de cana: também superam 10% de adesão ao aluguel;
  • Menos de 25% das locações passam por cooperativas ou locadoras.

Esses dados expõem não apenas um baixo índice de economia compartilhada, mas também revelam limitações estruturais na difusão de serviços de locação no agronegócio.

edição 51
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Barreiras à modernização

Além do crédito restrito, a precariedade de infraestrutura e a falta de mão de obra qualificada restringem a adoção de tecnologias de ponta. Nesse vácuo, ganham espaço alternativas como terceirização, quarteirização de serviços e práticas colaborativas, em que propriedades compartilham tratores, colheitadeiras e implementos, dividindo custos e parte do faturamento.

Esse modelo surge como resposta pragmática a um setor que precisa reduzir custos operacionais sem abrir mão da produtividade.

Nova geração, novos caminhos

O estudo também chama atenção para o papel da sucessão no campo. Jovens produtores, ao assumir os negócios familiares, trazem maior familiaridade com dados e tecnologia. Ferramentas digitais de monitoramento, softwares de gestão e decisões baseadas em análises concretas começam a moldar um novo paradigma de sustentabilidade e assertividade.

O produtor rural brasileiro está cada vez mais profissional e atento aos movimentos do mercado. A eficiência deixou de ser uma meta para se tornar condição de sobrevivência, e decisões bem embasadas em dados confiáveis são essenciais para atravessar este momento de volatilidade. O Panorama Setorial Agrícola nasce justamente para entregar essa inteligência de mercado e apoiar o setor na construção de estratégias mais assertivas”, afirma Luís Vinha, sócio-diretor da [BIM]³.

Expectativa para setembro

Atualmente em fase de análise, o estudo completo estará disponível para consulta no final de setembro. A expectativa é de que o material se torne uma ferramenta de apoio fundamental para produtores, fabricantes, revendas, cooperativas e agentes financeiros, em um momento em que cada decisão pode significar a diferença entre perda e ganho de competitividade no mercado internacional.

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