quinta-feira, novembro 21, 2024

Caminhões: as marcas que crescem acima da média em 2024  

Neste artigo, apresentamos os dados sobre as marcas que crescem acima da média do mercado com base nos números de emplacamentos divulgados na Carta da Anfavea (Associação dos Fabricantes) do primeiro semestre de 2024. Além disso, há análises dos números por segmento conforme a entidade que representa as montadoras.

Total de todos os segmentos 

Nos seis primeiros meses deste ano, foram emplacadas 56.767 unidades de caminhões, representando um aumento de 8% em relação ao mesmo período de 2023 (52.547). O segmento de pesados engloba caminhões cavalos mecânicos com PBTC (Peso Bruto Total Combinado) igual ou superior a 40 toneladas e modelos chassi rígido com CMT (Capacidade Máxima de Tração) igual ou superior a 45 toneladas. 

A saber, a Scania foi a montadora que mais cresceu no primeiro semestre, com 9.472 caminhões emplacados, um aumento de 87,6%. Ela cresceu 86,1% no segmento de pesados e 119,6% no de semipesados. A segunda em crescimento foi a DAF Caminhões, com 28,5%, seguida da Volvo, com 13,2%. Vale relativizar que, em volume, a Volkswagen lidera o mercado com 14.026 unidades e, também, que é muito desafiador consegui um percentual de crescimento sobre uma base de vendas já bastante alta.

As demais ficaram abaixo dos 8% e algumas tiveram números negativos. Confira todos os números abaixo: 

média do mercado
Dados da Carta da Anfavea sobre o total de caminhões emplacados em 2024 e 2023 no primeiro semestre

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Semileves 

Neste segmento estão os caminhões com PBT de 3.500 kg a 4.999 kg, incluindo também furgões e picapes, como as Ram 2500 e 3500. O segmento apresentou uma queda de 27,9%, com 3.295 unidades emplacadas, muito abaixo das 4.571 de 2023. A Ford foi a marca que mais cresceu no segmento, com 566,7%. No entanto, esse percentual alto é devido à baixa base de comparação, já que a marca entrou no segmento de caminhões com o lançamento da Transit Chassi de 4.700 kg de PBT em setembro do ano passado. Tirando a Ford e a Ram (picapes), todas as marcas tiveram resultado negativo nos primeiros seis meses de 2024. 

Leves 

Nesta categoria estão os caminhões entre 6.000 kg de PBT e 9.999 kg, com poucos concorrentes no mercado. Com 4.596 unidades vendidas, os leves apresentaram um crescimento de 1,1%. A líder em crescimento foi a Mercedes-Benz, e a vice-líder, a Volkswagen Caminhões, com crescimentos, respectivamente, de 10% e 4%, segundo a Anfavea. 

Médios 

Este segmento contempla os caminhões com PBT de 10.000 kg a 14.999 kg. Houve uma queda de 0,5%, com 4.294 caminhões licenciados, sendo a Volkswagen Caminhões a única marca com crescimento (12,8%) e 3.280 unidades emplacadas. 

 Semipesados 

A partir deste segmento, com caminhões com PBT de 15.000 kg a 45.000 kg de CMT para chassi rígido e 40.000 kg para cavalos mecânicos, o nível da concorrência aumenta tanto na oferta de fabricantes quanto de modelos. Nos seis primeiros meses, foram emplacadas 15.164 unidades, 5% acima do mesmo período de 2023. A marca que teve o maior crescimento foi a Scania (119,8%), com 534 unidades, pois não estava atuante neste segmento desde o lançamento da nova geração para se dedicar aos pesados. Outra que teve crescimento foi a DAF (90,8%) com 681 unidades, também uma recente competidora nesta categoria. A Mercedes-Benz também conseguiu um resultado acima da média (13,4%), com 3.687 unidades. A Volkswagen também ficou pouco acima da média (6,4%), com 6.590 caminhões licenciados. 

Pesados 

Este é o segmento de ouro da indústria de caminhões, no qual há maior competitividade, mais tecnologia e mais opções de modelos. Os mais vendidos têm preço acima de R$ 1 milhão, mostrando que os frotistas desta categoria pagam e valorizam tecnologias. Assim, os caminhões pesados representam 51,5% das vendas de toda a indústria e emplacaram 29.418 unidades, com crescimento de 19,3%. 

Então, mais uma vez, a Scania Brasil liderou em crescimento (86,1%), com 8.938 unidades emplacadas. Ela foi seguida pela DAF, com crescimento de 21,6% e 3.919 caminhões licenciados. Por 0,1%, a Volvo não ficou abaixo da média do mercado e cresceu 19,4%, com 8.239 pesados licenciados. 

Conclusão 

Certamente, a forma como as associações classificam os segmentos é bastante antiga, não permitindo uma análise mais precisa. Em outros países, essas classificações são diferentes. Por exemplo, na Europa, há apenas caminhões leves, médios e pesados. Assim, cada montadora faz um tipo de classificação conforme os segmentos de foco. No caso da DAF Caminhões, Scania e Volvo, elas seguem o padrão europeu. Portanto, suas estatísticas contemplam os caminhões com PBT acima de 16 toneladas. As demais não possuem um consenso, principalmente por serem “full-liner”, produzindo caminhões de semileves a pesados, como é o caso da Iveco, Mercedes-Benz e Volkswagen. 

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Marcos Villela Hochreiter
Marcos Villela Hochreiterhttps://www.frotanews.com.br
Atuo como jornalista no setor da mobilidade desde 1989 em diversas redações. Também nas áreas de comunicação da Fiat e da TV Globo, e depois como editor da revista Transporte Mundial por 22 anos, e diretor de redação de núcleo da Motor Press Brasil. Desde 2018, represento o Brasil no grupo do International Truck of the Year (IToY), associação de jornalistas de transporte rodoviário de 34 países. Desde 2021, também atuo como colaborador na Fabet (Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte, entidade educacional sem fins lucrativos). Em 2023, fundei a plataforma de notícias de transporte e logística Frota News, com objetivo de focar nos temas que desafiam as soluções para gestão de frotas.
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