O transporte refrigerado deve enfrentar, a partir de 2026, um novo ciclo de exigências operacionais, marcado pela busca simultânea por redução de custos, maior controle da carga e menor impacto ambiental. Tendências como eletrificação, digitalização da cadeia do frio e metas de descarbonização deixam de ser discurso e passam a influenciar decisões estratégicas de gestores de frota e embarcadores.
A eletrificação avança de forma desigual entre os mercados. Enquanto Europa e Estados Unidos já incorporam soluções elétricas à distribuição urbana, o Brasil ainda enfrenta limitações como a baixa oferta de veículos, infraestrutura de recarga restrita e custos elevados. Ainda assim, o tema começa a ganhar espaço no planejamento de médio prazo, especialmente em operações urbanas e contratos com grandes embarcadores.
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A telemetria aplicada à refrigeração desponta como uma das ferramentas mais acessíveis e de impacto imediato. O monitoramento em tempo real da temperatura e do desempenho dos equipamentos permite reduzir perdas, melhorar a eficiência operacional e ampliar a previsibilidade da cadeia logística. Apesar disso, a adoção ainda é desigual, e falhas no controle do frio seguem como uma das principais causas de desperdício no transporte de alimentos no país.
Mesmo com o avanço tecnológico, desafios estruturais persistem. A defasagem do frete, a escassez de mão de obra qualificada e a ausência de regulamentações específicas continuam limitando investimentos e a padronização de boas práticas no transporte refrigerado.
Tendências
No centro desse movimento, a Thermo King identifica que tendências já perceptíveis em 2024 e 2025 devem ganhar ainda mais força no próximo ano, guiando investimentos, padrões operacionais e decisões estratégicas de transportadores e embarcadores.
“A eletrificação tem crescido de forma significativa no mercado de distribuição, especialmente na Europa, onde essa tendência já se consolidou e deve se fortalecer ainda mais nos próximos anos. No Brasil, embora os carros elétricos de passeio tenham avançado, o transporte ainda está em estágio inicial, mas acreditamos em uma mudança consistente a partir dos próximos anos“, afirma Claudio Biscola, Líder Comercial da Thermo King na América Latina.
No curto, médio e longo prazo, o modal rodoviário seguirá dominante no Brasil, o que reforça a necessidade de ganhos de eficiência dentro da própria operação. Para os gestores de transporte, o desafio será combinar tecnologia, capacitação e gestão baseada em dados para atender a um mercado cada vez mais exigente, sem perder competitividade em um ambiente de margens apertadas.
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