quinta-feira, dezembro 26, 2024

Teatro: “Insignificância” discute as consequências da fama

Em cartaz até 15 de dezembro no Teatro FAAP, Insignificância, texto do dramaturgo e diretor de teatro, cinema e televisão inglês Terry Johnson, lançado em livro em 1983, traz os atores Cássio Scapin, Amanda Acosta, Marcos Veras e Norival Rizzo  nos papéis de quatro famosas lendas norte-americanas –  a estrela de cinema Marilyn Monroe, Albert Einsten, cientista criador da Teoria da Relatividade (que levou à criação da Bomba H e, consequentemente, à Bomba Atômica), Joe DiMaggio, renomado jogador de beisebol e marido de Marylin, e o infame senador Joe McCarthy.  Com direção de Victor Garcia Peralta, a peça se passa em um hotel na Nova York de 1953 onde acontece o hipotético encontro entre os personagens. Encontro que poderia acontecer hoje, trocando os personagens originais por seus pares na atualidade.

Esta reunião singular destaca uma das questões mais discutidas na mídia contemporânea: as consequências da fama, tanto na vida pessoal de renomadas celebridades, em relação às concessões necessárias para alcançá-la ou preservá-la, quanto à sua exploração para objetivos políticos. Através das perspectivas de figuras que simbolizam alguns dos maiores fenômenos de popularidade do século XX, o autor reflete sobre as maneiras de lidar com a fama (ou com a perda dela): a rejeição por parte do cientista, a aceitação hesitante, personificada no mito sexual que Marilyn continua a representar, e a decepção quando a fama se dissipa, refletida no personagem do jogador.

Guerra Fria

Outro componente se une ao enredo: a política, representada pelo macarthismo no contexto da Guerra Fria, quando o senador McCarthy capitaneou uma verdadeira “caça às bruxas” nos EUA, com o objetivo de criminalizar o comunismo e seus adeptos, cerceando as liberdades políticas.

A montagem brasileira tem tradução de Gregório Duvivier e reedita a parceria entre o produtor Rodrigo Velloni e o autor, após a montagem, em 2016, do espetáculo Histeria, com direção de Jô Soares, que recebeu o prêmio Arte Qualidade Brasil de Melhor Produção/2017. Os figurinos de Fábio Namatame, o visagismo de Claudinei Hidalgo e as perucas de Feliciano San Roman são ingredientes essenciais na montagem, captando e personificando as celebridades “emprestadas” ao texto.

Mais de 40 anos nos separam da escrita de Insignificância, e outros 70 da época em que se passa o enredo, mas as situações e os personagens continuam muito atuais. A estrela de cinema hoje seria musa das mídias sociais. O jogador de beisebol, para nós, brasileiros, seria o jogador de futebol, com milhões de seguidores e sem muita noção. O senador poderia estar sentado no plenário brasileiro, dizendo e fazendo o mesmo que o escroque do texto de Johnson. O único que, se estivesse ainda entre nós, estaria trazendo contribuições à sociedade seria o cientista.

O espetáculo é realizado através da Lei de Incentivo à Cultura Lei Rouanet, Ministério da Cultura e Governo Federal União e Reconstrução, e do ProAC, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas.

Patrocínio: Fórmula Natural

Co-Patrocínio: Alberflex e Rehau

Apoio: Instituto Adimax e Competition

Serviço:

Insignificância – Uma Comédia Relativa 

Até 15 de dezembro

Quintas, sextas e sábados, às 20h e aos domingos, às 17h

Teatro FAAP

  1. Alagoas, 903 – Higienópolis, São Paulo

Ingressos: quintas e sextas R$100 (inteira), R$50 (meia-entrada); sábados e domingos R$130 (inteira), R$65 (meia-entrada)

Pela internet: https://teatrofaap.showare.com.br/Performance/ShoWareFrontEndPerEventDetails.aspx?EventId=193&sw_sc=internet

Capacidade: 477 pessoas

Duração: 100 minutos

Classificação etária: 16 anos

Gênero: Comédia

Ambiente acessível para PcD

Ambiente climatizado

Ficha Técnica

Elenco: Cassio Scapin, Amanda Acosta, Marcos Veras e Norival Rizzo

Autor: Terry Johnson

Tradução: Gregório Duvivier

Direção: Victor Garcia Peralta

Produção: Rodrigo Velloni

Diretor Assistente: André Acioli

Cenário: Chris Aizner

Direção de Imagem: André Grynwask e Pri Argoud (Um Cafofo)

Música Original: Marcelo Pellegrini

Iluminação: Beto Bruel

Figurinos: Fábio Namatame

Designer Gráfico: Peu Fulgencio

Consultoria de Movimento: Vivien Buckup

Fotos de Estúdio: Jairo Goldflus

Fotos de Cena: João Caldas

Visagista: Claudinei Hidalgo

Perucas: Atelier San Roman

Produção de Objetos: Jorge Luiz Alves

Pesquisa e Consultoria Histórica: João Victor Silva

Produção Musical: Surdina

Assistência e Programação de Luz: Pajeú Oliveira

Operação de Luz: Melissa Oliveira

Painel de Led e Gerenciamento de Vídeo: On Projeções

Diretor de Palco: Jones de Souza

Contrarregra: Eduardo Portella

Camareira: Luciana Galvão

Vestido Atriz: Juliano Queiroz

Alfaiate: Agenor Domingos

Assistente de Maquiagem: David Lenk

Cenotecnia: Casa Malagueta

Equipe de Cenotecnia: Alício Silva, Giorgia Massetani, Cleiton Willy, Demi Araújo, Igor B. Gomes, Mariana Maschietto, Shampzss e Danndhara Shoyama

Produção Executiva: Swan Prado

Assistente de Produção: Adriana Souza

Assistente de Designer Gráfico: Daniela Souza

Assessoria de Imprensa: Vicente Negrão Assessoria

Captação, Criação de Conteúdo e Mídias Sociais: GaTú Filmes

Anúncios Online: Lead Performance

Assessoria Jurídica: Martha Macruz

Gestão Financeira: Vanessa Velloni

Realização: Velloni Produções Artísticas

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