sábado, dezembro 6, 2025

Scania lança nova geração de ônibus: motor Super e híbrido plug-in prometem mais economia

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A Scania anunciou uma nova plataforma de trens de força voltada para ônibus rodoviários. A novidade chega em duas versões: o novo motor Scania Super a combustão interna (ICE) e o novo modelo híbrido plug-in (PHEV). Segundo a fabricante, ambas foram projetadas para oferecer maior eficiência energética, reduzir custos de operação e preparar os operadores para as demandas das zonas de emissão zero que se multiplicam em diferentes cidades do mundo.

Baseado no motor de caminhões da marca, o novo Scania Super é considerado o mais eficiente já desenvolvido pela fabricante. Ele proporciona até 8% de economia de combustível em relação ao trem de força anterior — que já era líder do setor — além de significativa redução de emissões de CO₂.

O pacote inclui o motor de 13 litros, uma nova geração da transmissão Scania Opticruise e um sistema de pós-tratamento de emissões preparado para a futura legislação Euro 7.

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Outro destaque é a durabilidade: o motor foi projetado para dois milhões de quilômetros de vida útil, um salto considerável frente ao antecessor. A manutenção também foi otimizada, com filtros posicionados no lado frio do motor, facilitando o acesso e reduzindo o tempo de troca.

Além da eficiência e da robustez, a nova motorização inclui freios auxiliares e pode ser combinada com os sistemas de assistência ao motorista da Scania, reforçando o compromisso da marca com a segurança no transporte de passageiros.

Híbrido plug-in: até 80 km de autonomia elétrica

A variante híbrida plug-in (PHEV) foi pensada para operadores que precisam combinar flexibilidade operacional com conformidade às zonas de emissão zero.

Com uma autonomia elétrica de até 80 km, potência de 290 kW (equivalente a 394 cv) e câmbio powershift de seis velocidades, o sistema permite quatro modos de operação: elétrico, híbrido, sustentação de carga e carregamento forçado.

Na prática, isso garante reduções de até 40% no consumo de combustível e emissões em tráfego misto de ônibus. Outro recurso é o Scania Zone, sistema de geofencing (cerca virtual) que permite programar o veículo para alternar automaticamente entre os modos elétrico e híbrido, dependendo da área em que está circulando.

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Assim, o PHEV viabiliza desde entradas silenciosas e limpas em grandes centros urbanos até longas viagens intermunicipais, sem comprometer a autonomia total.

Os nossos novos grupos motopropulsores híbridos a combustão e plug-in são exemplos claros do duplo compromisso da Scania com a sustentabilidade e a rentabilidade para os clientes de ônibus”, afirma Carl-Johan Lööf, diretor de Gestão de Produtos para Soluções de Transporte de Pessoas da Scania.

Segundo ele, a estratégia é oferecer ao mercado opções competitivas e adaptáveis, capazes de equilibrar desempenho, custos e exigências ambientais.

O futuro do transporte de passageiros

A aposta da Scania em ampliar sua plataforma de trens de força reforça a visão de que não há uma única solução para a descarbonização do transporte de longa distância. Operadores com rotas estáveis e infraestrutura consolidada podem encontrar no Super a combustão uma resposta imediata e eficiente. Já aqueles que precisam se antecipar às regulações ambientais têm no híbrido plug-in uma ferramenta estratégica para preparar seus negócios para o futuro.

E no Brasil?

A Scania tem maior atuação no segmento rodoviário com motores a diesel de 9 litros de 280 cv e 320 cv (também aplicados em urbanos), e motores de 13 litros, entre 370 cv e 500 cv. Além desses, oferece duas potências de motores 9 litros movidos a gás: 280 cv e 340 cv, tanto para aplicação rodoviária quanto para urbana. Inclusive, um modelo a biometano está em teste na rota São Paulo/Campinas pela Viação Santa Cruz.

Geralmente, a Scania atualiza seu portfólio no mercado brasileiro entre um e dois anos após o lançamento no mercado europeu. No caso do uso dos motores Super, já disponíveis no Brasil para os caminhões com tecnologia Euro 6 podem chegar mais rápido do que o híbrido plug-in, porém, ainda como Euro 6, há que ainda não há data de previsão para entrada do Proconve P9 (equivalente ao Euro 7). Já o híbrido plug-in, além de ser uma tecnologia inédita em ônibus pesados — disponível para micro-ônibus pela Marcopolo, terá o desafio de custos de produção.

 

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Marcos Villela Hochreiter
Marcos Villela Hochreiterhttps://www.frotanews.com.br
Atuo como jornalista no setor da mobilidade desde 1989 em diversas redações. Também nas áreas de comunicação da Fiat e da TV Globo, e depois como editor da revista Transporte Mundial por 22 anos, e diretor de redação de núcleo da Motor Press Brasil. Desde 2018, represento o Brasil no grupo do International Truck of the Year (IToY), associação de jornalistas de transporte rodoviário de 34 países. Desde 2021, também atuo como colaborador na Fabet (Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte, entidade educacional sem fins lucrativos). Em 2023, fundei a plataforma de notícias de transporte e logística Frota News, com objetivo de focar nos temas que desafiam as soluções para gestão de frotas.
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