sexta-feira, dezembro 5, 2025

Sambaíba aposta em retrofit e transforma ônibus a diesel em veículos a gás

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A busca por soluções mais sustentáveis no transporte urbano enfrenta um dilema técnico e econômico: enquanto os motores a diesel mais antigos, classificados como Euro 3 ou Euro 5, são altamente poluentes, os modelos mais modernos Euro 6 — que emitem até 80% menos material particulado e óxidos de nitrogênio — ainda têm custo elevado, o que dificulta sua adoção em larga escala pelas operadoras. Descubra o que a Sambaíba está fazendo;

Mas uma alternativa já utilizada no transporte de carga ganha destaque no setor de transporte coletivo de São Paulo: o retrofit com motorização a gás. No segmento de ônibus urbano, a pioneira nesse movimento na capital paulista é a Sambaíba Transportes Urbanos, uma das principais operadoras do sistema público da cidade. A empresa iniciou a substituição de motores a diesel antigos por motores zero quilômetro a gás natural e biometano com padrão Euro 6, o mesmo utilizado em veículos novos de última geração. E o custo dessa transformação surpreende: cerca de um quinto do valor de um ônibus novo com motor Euro 6. 

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Frota Sustentável
Jornalismo com foco em soluções para descarbonização de frotas

A iniciativa no transporte público foi revelada com exclusividade pelo portal Diário do Transporte e representa mais uma alternativa para a descarbonização do transporte público. O processo, conhecido como retrofit, consiste em reaproveitar a estrutura do ônibus usado e atualizar sua motorização e sistema de alimentação, adequando o veículo às exigências ambientais mais rigorosas e prolongando sua vida útil. 

Do diesel ao biometano: um novo ciclo para ônibus urbanos 

A conversão envolve a substituição do motor e ajustes no sistema de escapamento, alimentação de combustível, arrefecimento e controle eletrônico. Além de reduzir significativamente as emissões, o uso de biometano — combustível derivado de resíduos orgânicos — oferece ganhos ambientais ainda maiores em comparação ao gás natural de origem fóssil. 

Em um momento em que São Paulo discute metas mais ambiciosas de redução de emissões no transporte público, essa solução pode reduzir em até 95% das emissões das frotas urbanas a diesel, se abastecido com biometano, um gás renovável e produzido a partir de lixões e todos os outros tipos de resíduos orgânicos residênciais, indústrias e do agronegócio. 

Retrofit no transporte de cargas 

O retrofit não é novidade exclusiva do transporte urbano. O setor de transporte rodoviário de cargas já vem adotando essa prática, especialmente em caminhões pesados. Empresas como a Cocal, do setor sucroenergético, e o Grupo SADA, ligado à logística e transporte de veículos, já realizaram a conversão de frotas movidas a diesel para modelos com motorização a gás Euro 6. 

Como revelou o site Frota News, essas transformações têm apresentado ganhos expressivos tanto em desempenho ambiental quanto em economia operacional. O retrofit também permite que empresas aproveitem chassis e carrocerias em boas condições, reduzindo o descarte de materiais e contribuindo para uma economia circular no setor automotivo. 

Desafios e perspectivas 

Apesar das vantagens, o retrofit ainda enfrenta desafios. Entre eles, a necessidade de homologação técnica, treinamento de equipes para manutenção e abastecimento adequado com gás ou biometano em regiões fora dos grandes centros. Além disso, políticas públicas e incentivos fiscais podem ser decisivos para ampliar a viabilidade econômica da conversão em frotas públicas e privadas. 

 

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Marcos Villela Hochreiter
Marcos Villela Hochreiterhttps://www.frotanews.com.br
Atuo como jornalista no setor da mobilidade desde 1989 em diversas redações. Também nas áreas de comunicação da Fiat e da TV Globo, e depois como editor da revista Transporte Mundial por 22 anos, e diretor de redação de núcleo da Motor Press Brasil. Desde 2018, represento o Brasil no grupo do International Truck of the Year (IToY), associação de jornalistas de transporte rodoviário de 34 países. Desde 2021, também atuo como colaborador na Fabet (Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte, entidade educacional sem fins lucrativos). Em 2023, fundei a plataforma de notícias de transporte e logística Frota News, com objetivo de focar nos temas que desafiam as soluções para gestão de frotas.
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