Os emplacamentos de carros importados aumentaram significativamente no primeiro semestre de 2024, gerando controvérsias no mercado. A saber, fabricantes nacionais querem limitar as importações, enquanto consumidores procuram mais esses veículos, especialmente os elétricos. Segundo a Abeifa, foram emplacados quase 45 mil veículos importados, um aumento de 235% em relação ao ano anterior, representando assim, 5% dos licenciamentos totais de 1,07 milhão de unidades no período.
Marcelo Godoy, presidente da Abeifa, chama a atenção para a baixa participação de importados no mercado brasileiro (5% entre os associados) e ressalta que o consumidor busca mais tecnologia e segurança, encontradas nos veículos importados. Aliás, ele defende a necessidade de a indústria local investir mais em tecnologias desejadas pelos consumidores, como os carros elétricos.
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No primeiro semestre, as associadas da Abeifa importaram veículos eletrificados em 92% dos casos. As montadoras locais pediram a volta imediata da alíquota cheia do Imposto de Importação para veículos, que será escalonada até 2026. Godoy argumenta que isso não faz sentido, já que as empresas já se prepararam para o ano.
Além disso, a Abeifa espera que os emplacamentos de veículos importados alcancem 96,8 mil unidades em 2024 e se posiciona contra o aumento imediato do imposto de importação e a inclusão de carros elétricos no “imposto do pecado” da Reforma Tributária, considerando essa inclusão inadequada para um mercado que deveria incentivar tecnologias limpas.
Godoy critica a inclusão de veículos elétricos no imposto seletivo, argumentando que isso desestimula a adoção de tecnologias sustentáveis e vai contra os compromissos ambientais do Brasil. Ele também destaca a importância de abordar o descarte correto das baterias em programas como o Mobilidade Verde e Inovação.
Em junho, as associadas da Abeifa registraram um aumento de 3,2% nas vendas em relação a maio, com 7.979 unidades licenciadas, sendo 7.830 importadas. No acumulado do semestre, foram 45.766 unidades, um crescimento de 223,9% em relação ao mesmo período de 2023. A participação de mercado das associadas foi de 4,25% no semestre. Com destaque para os veículos eletrificados, que representaram 52,2% dos emplacamentos de veículos elétricos e híbridos no país.
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